"Se Trump ajudar Cuba a livrar-se
do Comunismo, merece(ria) o Nobel da Paz
por Bordin Burke
O ex-presidente Barack Hussein
venceu o Prêmio Nobel da Paz na edição 2009, quando mal havia pisado na Casa
Branca, por conta, segundo o comitê norueguês, de seus apelos pelo desarmamento
nuclear e "por seu trabalho pela paz mundial". Conforme declarado na
época pela turma de Oslo, "muito raramente uma pessoa com a influência de
Obama capturou a atenção do mundo e deu às pessoas a esperança de um futuro
melhor."
Muito raramente também, por
certo, um líder do mundo livre despeja tantos milhares de mísseis sobre o
Oriente Médio, enquanto incentiva a desastrosa Primavera Árabe; fornece tantas
armas e recursos logísticos para milícias armadas da Síria - que compõem, vejam
só, o Estado Islâmico; retira as tropas americanas do Iraque no pior momento
possível, contribuindo para desestabilizar a região; semeia tanto ódio racial e
divisão entre as pessoas de seu próprio país; faz tanta força para desarmar os
cidadãos honestos de sua nação; e o gran finale: decreta a revogação da
política do "pé molhado, pé seco", a qual garantia residência aos
cubanos que conseguissem pisar em território americano (fugindo da ditadura
caribenha) sem o visto.
Apressado come cru mesmo - e
concede honrarias àquele que pôs a (relativa) estabilidade da civilização
ocidental em grave risco com sua postura pusilânime frente aos inimigos da
liberdade (especialmente terroristas muçulmanos) e sua cumplicidade para com
globalistas que buscam minar as soberanias nacionais e governar (e enriquecer)
à distância - além, claro, de ter flertado com o regime sanguinário implantado
na ilha mais admirada (a partir do conforto capitalista) pela esquerda caviar,
visando dar nova vida ao regime opressor dos Castro, que vinha cambaleante após
o afastamento de Fidel de seu posto de "comandante".
Convenhamos que não dá para
considerar tal estapafúrdio uma surpresa, visto que o falecido terrorista
Yasser Arafat - que declarou abertamente que a OLP planejava “eliminar o Estado
de Israel e estabelecer um Estado puramente palestino” - foi agraciado com o
Nobel da Paz em 1994. E como esquecer do presidente colombiano Juan Manuel
Santos levando a premiação em 2016 após empurrar goela abaixo de seu povo um
acordo de leniência com a organização guerrilheira terrorista de inspiração
comunista - autoproclamada guerrilha revolucionária marxista-leninista -
conhecida como FARC?
A imagem do Nobel da Paz poderia
restar menos arranhada depois de tantos episódios, todavia, se seus
encarregados prestarem atenção no anúncio feito por Donald Trump em Miami esta
semana:
Donald Trump anunciou nesta sexta
(16) que o acordo feito entre Barack Obama e a ditadura cubana está cancelado.
“Eu estou cancelando o acordo
completamente unilateral da última administração [Obama] assinado com Cuba”,
disse Trump em um comício realizado em Little Havana, na cidade de Miami,
tradicional polo de exilados cubanos nos Estados Unidos.
Ele ainda lembrou que reforçará o
embargo contra a ilha e que seu governo adotará novas restrições a viagens de
americanos para Cuba e a proibição para empresas norte-americanas de fazer
negócios com empresas cubanas controladas pelas Forças Armadas do país
latino-americano.
Em posição diametralmente oposta
à indiferença desumana de Obama, Trump denunciou o que chamou de “natureza
brutal” do regime de Raúl Castro em Cuba. “Em breve alcançaremos uma Cuba
livre”, afirmou o presidente.
Acompanhado pelo vice-presidente
Mike Pence, por vários membros de seu gabinete, pelo governador da Flórida,
Rick Scott, por congressistas de origem cubana como Marco Rubio, Mario Diaz
Balart e Carlos Curbelo e representantes de da comunidade de exilados cubanos,
Trump disse que os dissidentes José Daniel Ferrer e Berta Soler, que não foram
autorizados a viajar para Miami, “estão aqui com a gente.”
“Negociaremos um acordo melhor
[com Cuba]”, avisou Trump, salientando, todavia, que isso será possível somente
no caso ocorram avanços democráticos “concretos”, e a realização de “eleições
livres” e a “libertação de prisioneiros políticos”.
“Quando os cubanos realizarem
medidas concretas, estaremos prontos, dispostos e capazes de voltar à mesa de
negociação do acordo, que será muito melhor “, disse Trump.
“É importante que haja liberdade
em Cuba e na Venezuela”, declarou. Por fim, o presidente agradeceu a comunidade
de exilados cubanos por ser a “voz dos sem voz” e disse que eles fazem a
diferença na luta para parar a perseguição do regime contra os dissidentes e
para acabar com a “ideologia depravada” que existe em Cuba.
Difícil antecipar os
desdobramentos de tal medida, mas uma coisa é certa: os Estados Unidos não mais
compactuam nem tampouco fazem vista grossa para as atrocidades cometidas a
poucas milhas de sua costa, e que motivam serem humanos sedentos por liberdade
a arriscarem a vida em embarcações improvisadas durante fugas desesperadas para
longe da "igualdade" socialista.
É esperado, obviamente, que
diante da retomada do embargo comercial, voltarão as mesmas malas de sempre a
afirmar que a miséria em Cuba é "culpa dos Ianques capitalistas" -
falácia que pode ser facilmente refutada, da mesma forma que vão por terra os
mitos dos exemplares serviços públicos de Saúde e Educação no país com 11
milhões de escravos.
Que fique claro, porém, que
deixar de prestar apoio ao governo tirânico de Cuba e ainda, de lambuja, deixar
Nicolas Maduro com as orelhas em brasa, é atitude que não se via partindo da
Casa Branca desde que Ronald Regan findou seu segundo mandato. Se tal atitude
servir de estopim para, quem sabe, destronar os líderes comunistas da Força
Armada Revolucionária e forçar uma transição para um sistema econômico menos
controlado pelo Estado, Trump já deveria receber um Nobel da Paz no ato.
A probabilidade que isso ocorra é
mínima, com certeza, levando em conta que a esquerda hegemônica na mídia e na
academia não vão deixar barato nem mesmo uma eventual indicação de Donald
Trump. Mas que seria merecido, isso seria...
Em Tempo: é de se indagar como
seria a vida em uma eventual Cuba capitalista - e como ela seria retratada para
o mundo. Nos moldes atuais, ela nos serve de eterno alerta de quão terrível é a
vida sem liberdade, e de que não vale a pena, pois, investir em utopias
igualitaristas - muito embora alguns "historiadores" prefiram
distorcer fatos e criar narrativas fraudulentas. Após a queda do comunismo,
porém, como seria mostrada esta nova Cuba, pelas lentes alinhadas calibradas
ideologicamente à esquerda da imensa maioria de jornalistas, documentaristas,
fotógrafos e escritores?"
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AGD Comenta:
Eu sei que um Prêmio Nobel da Paz
para o Donald Trump é uma fina ironia do articulista que vocês acabaram de ler.
Entretanto, pensar no Prêmio Nobel para Obama, só nos sugere um passado irônico,
e até engraçado.
Entre as expressões latinas que
ficaram na minha formação havia uma que não me esqueço: “Si Vis Pacem, Para Bellum” que ao pé da letra quer dizer: “Se
queres a paz, prepara-te para a guerra”,
mas, poderia ser, no Brasil de hoje, “se queres paz, aprende a votar”. E parece que a “direita” entende mais disto do que a “esquerda”, pelo menos quando pensamos na influência
americana no mundo.
Depois que os Estados Unidos, bem
ou mal, se tornaram a nova Roma, com intenções universalistas, no sentido de
influir nos destinos do mundo, os maiores períodos de paz se devem mais à sua
presença em muitas regiões do que em sua ausência.
Nesta época de globalização
comercial, sempre vence o mais forte em termos econômicos, quando se fala de
países. Quem assim não procede está fadado a ser “destino turístico”. E hoje,
temos apenas um vencedor em potencial, que são os Estados Unidos.
A Europa, com a saída inglesa,
vai ser um “destino turístico” tal qual a Rússia. Resta-nos a China, que
necessita apenas livrar-se da influência do socialismo caquético para se tornar
um potência que rivalize com os americanos.
E o Trump, apesar de suas histrionices, está seguindo o rumo da “direita” para consertar os erros que o Obama fez em relação a Cuba. Diziam que
Cuba se democratizaria quando o Fidel morresse. Mas, agora está se esperando
que o Raul, seu irmão, morra também. Até quando se precisará morrer para que o
capitalismo aflore naquela ilha, escravizada durante 60 anos?
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