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sábado, 31 de janeiro de 2015

E AGORA DILMA?




Por José Antonio Taveira Belo / Zetinho


Há muitas pessoas que estão arrependidas por este Brasil afora de ter dado seu voto a Dilma. O que ela falou nos debates da televisão não está sendo realizados, estava menosprezando a consciência da população brasileira. Enganou a todos, menos os nordestinos que tanto ela despreza e que lhe deu mais um mandato. O Brasil continua de cabeça pra baixo, sem nenhuma solução e reação dos seus problemas criados por a Dilma no seu governo anterior, sem que haja nenhuma solução de imediato. O governo foi acometido de sem que houvesse uma ação digna e forte para conter a corrupção que tomou conta do País. As propinas recebidas pelos correligionários admitidos no Governo Federal afloraram de modo que todo o mundo repudiou, mas não houve punição exemplar. Ela quebrou as finanças do nosso País, os ministros agora nomeados para o segundo mandato e nem ela mesma estão sem saber o que fazer para minorar a situação de falência do Brasil. E o que estavam no poder do mandato anterior mentia a cada momento para o Brasil. A inflação vem subindo e o Ministro da Fazenda informando que tudo esta legal, que tudo estava sob controle. Ledo engano. Cada um diz o que quer e titubeando nas suas afirmações, quando na realidade os problemas são grandes e duradouros. Aumentos estão virando moda. Não é surpresa para ninguém. Os indicadores econômicos demonstram os aumentos em todo sentido. O aumento do custo de vida da população com a alimentação, o transporte público, a luz elétrica, acrescidos de impostos de toda qualidade, sejam eles municipais, estaduais e federais. A gasolina tem um impacto muito grande na economia brasileira com o aumento já previsto para o imediato. E ai Dilma? O que falaste foi somente para enganar o povão, principalmente o nordestino, que se troca pela contribuição da Bolsa Família? Claro que sim. O povo não sabe mudar não sabem escolher prefere o que já vinha ocorrendo no mandato anterior cheios de corruptos, de malandragem, de propinas dadas a todos os escalões do governo, mas mesmo assim o eleitorado aceitou estas indignações. O povo brasileiro, principalmente o nordestino se contenta com qualquer coisa, desde que lhe ofereça algo em dinheiro.  Agora estamos num beco sem saída. Uma sinuca de bico. Todo brasileiro vão sofrer nos próximos anos com tomadas de decisões que estão sendo anunciadas a cada momento. O bolso do trabalhador vai sofrer com estas consequências imposta pelo Governo Federal, tudo em nome de um “ajuste nas contas publicas” O salário mínimo é de fazer dó para aqueles que recebem, não dá para manter a família dignamente. Os idosos sofrem com os aumentos constantes de medicamentos, não tem lazer, muitos as duras penas enfrentam ainda o mercado de trabalho diário, pois os aumentos irrisórios dados a cada ano somente se dão para sobreviver precariamente, depois muitos anos trabalhando para o engrandecimento da Nação, deveria ter uma vida mais tranquila. Não são visto por este prisma e sim, um estorvo no caminho da sociedade. Os políticos são a classe privilegiada. Seus aumentos são dados por eles mesmos na calada da noite, ao amanhecer já estão de salario novo que envergonha o cidadão brasileiro. A classe jurídica leva o seu quinhão, aprovado pelo poder executivo, e ai se não aprovar, é bronca. E assim vão vivendo os brasileiros as duras penas, capengando pelas ruas em busca de uma consolação para os seus dias. Melhores não virão, com certeza. Os jornais, as revistas e a televisão cada dia dão noticias estarrecedoras sobre que está por vir. São noticias que devemos ficar alerta, pois o “bicho vai pegar” sem dó e sem piedade, cada um que se vire para se manter na penúria. Mas o brasileiro é compreensivo e “boa praça” se acomoda se ajeita, com o jeitinho brasileiro, e diz - Deus é brasileiro! 

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Frei Betto e Fidel. Quem não tem vergonha, eles ou nós?




Por Zezinho de Caetés

Estou sem muito tempo para escrever, e, quando isto acontece, para manter o hábito de publicar na AGD, eu procuro os textos que, de alguma forma, são imperdíveis para que o leitor não seja enganado pela ideologização de nossa sociedade. Eu já sabia que o Frei Betto, sim, aquele mesmo, que não muda de opinião porque não vai ter como explicar aos fiéis porque o fez, sem incorrer no pecado mortal da mentira, tinha ido a Cuba. Para servir de pombo correio do Fidel eu não sabia e agora fiquei sabendo, ao ler o texto que reproduzo abaixo.

O “Frei” deu uma entrevista a uma jornalista onde (veja link na matéria abaixo) onde procura descrever sua satisfação porque o Fidel ainda está vivo. Isto apenas nos dar uma ideia de que ele precisa realmente morrer para que o povo cubano e latino-americano fique em paz e não seja motivo de tantas leviandades ditas por um homem religioso. Segundo ele, Fidel disse: “Para azar de meus inimigos, continuo vivo” e eu concordo com ele. De fato a América Latina continua com o mesmo azar de acreditar que o progresso passa por Havana e não por Washington, Paris ou Londres. De que o socialismo cubano, e agora o socialismo do século XXI, do Cháves, é o melhor para o seu povo. E o Fidel vivo contribuiu muito para isto, pois neste mundo tem bobo para tudo, inclusive acreditar nele.

Todos sabemos, e até mais do que o Lula sabe sobre o mensalão e Dilma sobre o petrolão, que o regime cubano não resistirá à morte de Fidel, e como sou seu inimigo pelo número de maldades que ele cometeu nos últimos 60 anos em Cuba, o azar é meu, mas, pelo menos tenho o direito de dizê-lo nesta nossa ainda incipiente democracia representativa.

Mas, se fosse alongar-me hoje ficaria sem jantar, e por isso, sobre o assunto, fiquem com o texto do Rodrigo Constantino, publicado em seu blog com o título de “O ditador comunista e o “frei” cristão: o que não foi dito”, no dia 29/01/2015. Ele termina fazendo a pergunta que deu origem ao meu título. Boa leitura.

““Frei” Betto foi uma vez mais visitar o “paraíso” comunista na ilha caribenha, e acabou convidado para uma conversa de uma hora e meia com o dono do pedaço, que transferiu a gestão da ilha para o irmão mais novo como quem deixa o caçula brincar com seus brinquedos (no caso, estamos falando da vida de 11 milhões de pessoas, mas deixa isso pra lá). O resultado foi esta breve entrevista divulgada no GLOBO, jornal que tem o “frei” como colunista.

Por meio dela, ficamos sabendo que Fidel Castro é um “entusiasta” de Obama, o presidente esquerdista americano, e que tece elogios ao Papa Francisco também. Betto, que já pegou em armas para ajudar na revolução comunista, é muito amigo do ditador cubano, e não parece ver nada de contraditório entre essa amizade e sua suposta mensagem de paz cristã.

Deus não tolera um Bolsonaro da vida, mas, pela ótica do “frei”, o ditador assassino deve ter um lugar garantido no céu – talvez um grande e privilegiado lugar, para continuar oprimindo e matando milhares de súditos. De lá, esses ingratos tentarão navegar em nuvens rumo ao inferno, como fazem hoje os “balseiros” desesperados para chegar a Flórida.

O “frei” vermelho disse que seu camarada é muito detalhista: “A cabeça está perfeita. O Fidel é muito detalhista, anota tudo. Quis saber onde estou hospedado, o que eu fiz, com quem falei, e sempre anotando. Ele é o homem do detalhe”. Sim, ele tem mesmo essa mania de querer saber de tudo, onde as pessoas ficam, o que pensam e falam, com quem conversam. E para garantir a precisão das informações, mantém um exército de fiscais e delatores informais. Muita curiosidade e mania de detalhes…

Ainda segundo nosso “frei”, Fidel quer mesmo mais “diálogo” com os “malditos ianques”, e eis como o comunista brasileiro coloca a coisa: “Comentei sobre a carta que ele mandou para a Federação dos Estudantes Universitários, em que aborda o reatamento das relações com os Estados Unidos. Eu disse que o diálogo é importante, é o encontro do caminhão consumista com o Lada (marca de veículos russos) da austeridade. Por enquanto, vai ser muito difícil a sintonia, porque um fala em FM e outro em AM. Ele concordou”.

O “caminhão consumista” é um dos países mais ricos e livres do mundo, com ampla e sólida classe média, e claro, com uma democracia que vem desde sua independência sem grandes choques, sob uma Constituição que sofreu poucas emendas e ainda é essencialmente a mesma. Já o “Lada da austeridade” é uma ilha miserável, com escravos em vez de cidadãos, e um regime totalitário que mantém o mesmo senhor feudal no poder há meio século. Mas é preciso “dialogar”, sabe?, como se cada um tivesse algo de bom para colocar na mesa…

Sobre o presidente esquerdista americano, eis o que Fidel pensa, segundo o “frei”: “Ele é um entusiasta do Obama e acha muito positivo o que o presidente americano vem fazendo. Mas, ao mesmo tempo, diz que o processo é muito longo. Os EUA tomaram uma série de medidas contra Cuba, que precisam ser canceladas”. E eu poderia jurar que quem tomou medidas contra o outro foi Cuba, ao encampar e expropriar empresas americanas e depois apontar mísseis soviéticos para a Flórida…

Perguntado se conversaram sobre as mudanças internas na ilha, “frei” Betto disse: “Não. Abordamos muito política a internacional. Falamos sobre o atentado na França e ele disse que gostou muito da reação do Papa Francisco. Concordou com Francisco e disse: “A liberdade de expressão tem limites. Você pode se expressar, mas não tem o direito de humilhar ou ofender”. Fidel elogiou a atitude do Papa, quando disse que se xingassem sua mãe, devolveria com um murro”.

De limitar a liberdade de expressão Fidel entende, e muito! Para o “frei”, Fidel e o Papa Francisco concordam nesse assunto, como se o Papa fosse endossar a opressão total existente em Cuba. Ninguém teria o direito de humilhar ou ofender, e isso, em Cuba, significa criticar o governo. Claro: Fidel tem o total direito de não se sentir ofendido. É por isso que 11 milhões de cubanos não podem dizer abertamente o que pensam dele. A liberdade de expressão deve ter limites…

O “garoto de recados” da ditadura cubana disse ainda: “Os cubanos, em geral, estão otimistas e ao mesmo tempo apreensivos. Sabem que será um grande choque cultural. Às vezes eu pergunto se estão preparados para a tsunami e recebo de volto uma pergunta: será que estamos preparados? A questão agora é saber como os valores da revolução serão preservados”.

Valores? Quais? Só falta dizer a “educação”, um mito ridículo num país em que todos são doutrinados ideologicamente e engenheiros dirigem táxis enquanto prostitutas possuem diplomas. Ou, quem sabe, a “saúde”, outra brincadeira de mau gosto num país em que falta o básico do básico. Que valores são esses que Cuba deveria preservar? Eu gostaria de saber…

Não sei com quem o “frei” conversou, mas parece ter sido com os membros da nomenklatura apenas, pois disse: “Eu noto que Cuba vive um momento de euforia, o prestígio de Raul é impressionante. Ouvi várias vezes frases do tipo: “A nossa sorte é que os dois estão vivos, pois sabem como conduzir esse momento”. O processo de abertura econômica é inicial, está começando. Mas sinto otimismo de que isso vai melhorar as condições de vida do país”.

Será que o “frei” acha que somos tão idiotas a ponto de acreditar que o “povo” cubano se considera sortudo por ter Fidel e Raúl no comando da nação? O povo cubano não vê a hora de ir ao enterro de ambos, isso sim! Mas o “frei” não foi “escalado” à toa, não é mesmo? Fui a Cuba com um propósito bem claro, e posso garantir que não tem nada a ver com espalhar a voz de Deus (a menos que Deus seja Fidel).


O que o “frei” Betto não perguntou ao camarada Fidel, e o que a jornalista do GLOBO, Sandra Cohen, também não perguntou ao intermediário, eu pergunto aqui, sabendo antecipadamente a resposta: o senhor não sente vergonha de defender por tanto tempo a mais longa e assassina ditadura do continente?”

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A vaca tossiu e engasgou. Será que vai para o brejo?




Por Zezinho de Caetés

Ontem tivemos a volta da gerenta presidenta, com toda pompa e circunstância, cercada pelos 39 ministros, formando com eles os “top” 40 do seu segundo governo. Só faltou o Lula, e por motivos óbvios, a PIG (Partido da Imprensa Golpista, como o PT chama quem diz que nele não tem mais inocentes)  iria logo dizer que ali estaria o bando de Ali Babá e os 40 ladrões. Eita turma maldosa esta. Não veem que para compará-los ao um bando de ladrões é necessário que se julgue o Petrolão.

Lembro bem que na época em que o Mensalão estourou nas paradas de sucessos da política, todos os envolvidos se diziam inocentes e o Lula disse que tudo não passava de caixa 2, o que todo mundo praticava. Hoje estão todos em Brasília, ansiosos para sair na Unidos da Papuda que desfilará garbosamente na Praça dos Três Poderes, todos ainda reclamando de um deles, que os levou para a prisão. Injustamente, é claro.

E na volta daquela que havia sumido desde o ano passado, a Dilma se esmerou num discurso que, ao final, quando já havia pelo menos 25 dos ministros dormindo, e o restante perguntando, o “que eu estou fazendo aqui?” Ela não disse nada de proveito. Ou seja, seguindo seu próprio linguajar de campanha, “a vaca tossiu, e se engasgou”, e desautorizou ela mesma a mexer com o seguro-desemprego e colocar um freio na gastança generalizada.

Não há como não pensar que se assim continuar, a vaca vai para o brejo engasgada, o que será morte certa. Vejam um trecho do seu discurso, que comento em seguida:

“As medidas que estamos tomando e que tomaremos, elas vão consolidar e ampliar um projeto vitorioso nas urnas por quatro eleições consecutivas e que estão, essas medidas, ajudando a transformar o Brasil. Como disse na cerimônia de posse, as mudanças que o país espera, que o país precisa para os próximos quatro anos, dependem muito da estabilidade e da credibilidade da economia. Nós precisamos garantir a solidez dos nossos indicadores econômicos.”

E por que a nossa gerenta presidenta não explicitou quais as medidas que tomaria, se eleita, e principalmente, por que disse que seu principal adversário era que as tomaria? Que nome devemos dar a este tipo de atitude? Ontem escrevemos aqui sobre a “moral petista” que tanto se assemelha a outros partidos com vocação ditatorial desde que o mundo é mundo. Para eles os fins justificam os meios e, neste caso, é sua manutenção no poder. Imagine o que a Dilma não dirá na próxima eleição, se chegar à quinta eleição vencedora, com Lula ou sem ele. Senhor tem piedade de nós, os que ainda acreditam na Democracia Representativa, se isto acontecer.

Agora está mais do que comprovado porque ela preferiu ir para a posse do Evo Morales e não para Davos, na Suíça. Simplesmente, porque não tinha nada para dizer, e poderia ficar aqui, com o porrete na mão para usar na cabeça do Levy, o Risonho, se ele mijasse fora do caco. Mesmo ele mijando dentro do caco, apenas repetindo a gerenta, ele caiu do galho, deu dois suspiro e voltou para casa com o rabo entre as pernas. Foi falar que o modelo de seguro desemprego era ruim. Então levou pau da Dilma. Isto já está virando uma rotina burocrática.

E teremos no início da próxima semana, a eleição para o cargo mais cobiçado do Brasil, (porque, o de presidente do conselho da Petrobrás, ninguém mais quer ser) o de presidente da Câmara de deputados. Por que? Leiam o que vem abaixo e eu lhes encontro depois:

“Quem ocupa o disputado cargo de presidente da Câmara dos Deputados tem direito a alguns benefícios — e não são poucos.

Além do salário de R$ 33,7 mil, o presidente da Câmara tem à disposição uma casa de 800 metros quadrados com todas as despesas pagas, carro oficial com dois motoristas, jatos para viagens a trabalho ou para voltar para casa e ainda R$ 4,2 milhões por ano para pagar até 47 funcionários.

A eleição para definição do novo presidente será no próximo dia 1º de fevereiro. Neste ano, a disputa está bastante acirrada entre Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Arlindo Chinaglia (PT-SP), Júlio Delgado (PSB-MG) e Chico Alencar (PSOL-RJ).

O posto de presidente da Câmara é considerado um dos mais poderosos da República. Além do gabinete como deputado federal, o presidente da Casa também tem direito a um gabinete exclusivo, com instalações mais amplas e com vista para a Praça dos Três Poderes, em Brasília.

O presidente também pode viajar em aviões da FAB por motivo de segurança e emergência médica, viagens a serviço e descolamento para o local de residência permanente. Caso opte por viajar em avião de carreira, a despesa será paga pela Câmara.

Além dos R$ 4,2 milhões disponíveis por ano para contratar até 47 funcionários, cabe lembrar que todos os deputados já têm direito a 25 funcionários e a uma verba de R$ 78 mil mensais. Isto significa que, na prática, o presidente da Câmara tem direito a um total de 72 funcionários, que custam aos cofres públicos R$ 5,2 milhões anuais.” (Fonte: UOL)

Os incautos ficam pensando que tudo o que foi apresentado de benesses é o que está levando à disputa acirrada, pelo cargo. Eu já imagino que o motivo é outro, principalmente, pelo candidato do PT, apoiado, assim espero, por Dilma. A guerra é simplesmente porque quem sentar na primeira cadeira da Câmara tem o poder de barrar um possível “impeachment” da presidente. Ou seja, se não for uma pessoa que se curve ao Planalto, além da “vaca” tossir e se engasgar, pode ir para o brejo mais cedo.


Eu, daqui do meu retiro recifense, já me aprontando para reinar em Olinda durante os festejos de Momo, sem esquecer o Galo da Madrugada, fico rezando para que a vaca, ao invés de ir para o brejo, vá brincar o carnaval na Papuda, talvez, quem sabe como rainha da bateria ou porta-bandeira, não a do Brasil, é claro.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Vamos sentir dó de Dilma ou de nós mesmos?




Por Zezinho de Caetés

Mudou o Brasil ou mudei eu? Leiam o texto abaixo, que saiu na Veja.online (25.01.2015) escrito por Gabriel Castro. O título é um resumo perfeito, como deveria ser, do texto, e se não quiserem lê-lo vejam o filme que está lá embaixo, que o justifica plenamente: “O desastroso recomeço de Dilma, a presidente consternada”.

Eu agora sei porque o Zé Carlos diz que a Dilma é a protagonista de sua coluna semanal, que ele diz, ser de humor. Ao ler o texto vocês verão, com lágrimas nos olhos (espero que de riso) o que Dilma está fazendo neste primeiro mês de re-desgoverno. No filme ela fala ainda quando o Brasil era um país sem pobreza. Hoje já estamos no Brasil, pátria educadora, e tudo não passa de uma grande enganação.

Hoje não vou me alongar, e deixo com vocês letras e filmes que mostram como o populismo está arrasando com este país, como já o fez na Venezuela, Argentina e Bolívia, entre outros, menos visíveis. Eu sinto até dó de nós mesmos enquanto os bolsistas familiares sentem dó da Dilma. De quem você sente dó?

“Era 0h31 do último domingo (15h31 de sábado em Brasília) em Jacarta quando o brasileiro Marco Archer foi executado com um tiro no peito. Criado em uma família de classe média alta, ele se tornou um traficante profissional e rodou o mundo até ser preso no país asiático com 13 quilos de cocaína, em 2004. Archer dizia se arrepender apenas de ter sido flagrado por um agente de segurança indonésio. O governo brasileiro tentou evitar a execução até a última hora por meio de cartas, ameaças de rompimento diplomático e um telefonema feito pela presidente Dilma Rousseff ao colega indonésio Joko Widodo na véspera da execução. Nada adiantou.

Um dia antes da morte de Archer, o policial militar Manoel Messias dos Santos havia sido assassinado friamente por traficantes em Penedo (AL) enquanto caminhava pela rua. Poucas horas depois de Marco Archer ter sido executado, a garota Larissa de Carvalho, de 4 anos, perdeu a vida após ser atingida por um tiro quando saía de um restaurante com a mãe, em Bangu (RJ). No dia seguinte, outra criança morreu em circunstâncias semelhantes: Asafe Willian Costa Ibrahim, de 9 anos, vítima de uma bala perdida enquanto brincava na piscina de um clube em Honório Gurgel, na capital fluminense – ele morreu três dias depois.

Na segunda-feira, o surfista profissional Ricardo dos Santos foi baleado em frente à casa de sua família, em Palhoça (SC), após uma discussão corriqueira com um policial fora de serviço. Morreu no dia seguinte. Se a média de 2013 tiver sido mantida, outras 153 pessoas foram assassinadas no Brasil no mesmo dia. Uma a cada dez minutos. Desde que o traficante foi executado na Indonésia, mais de mil vidas foram tiradas prematuramente no país presidido por Dilma. A chefe da nação não se pronunciou sobre nenhuma delas. Tampouco o fizeram seus ministros.

Embora o pedido de clemência em favor do traficante esteja alinhado à tradição da diplomacia brasileira, as expressões usadas por Dilma, que se disse "consternada" e "indignada" com a sentença de morte, fogem do padrão. Ela não afirmou "consternada" ou "indignada" por causa dos bilhões de reais da Petrobras desviados para abastecer partidos que apoiam seu governo, inclusive o PT. Nem demonstra preocupação ao financiar regimes em que o fuzilamento é política oficial – o caso de Cuba, que construiu o Porto de Mariel com recursos brasileiros, é o mais evidente. Dilma, que pediu "diálogo" com os decapitadores do Estado Islâmico, tampouco se pronunciou quando morreram Manoel, Larissa, Asafe e Ricardo. Para um país que registrou 56.153 assassinatos em 2013, é difícil compreender.

O dicionário Aurélio define a expressão "consternado" com o sentido de "prostrado, desalentado, de ânimo abatido". É uma boa expressão para definir o comportamento de Dilma Rousseff até aqui. A presidente consternada não deu uma entrevista sequer em 2015. Fora o discurso de posse, em 1º de janeiro, Dilma nem mesmo falou em público. A presidente encastelada deixa ainda mais explícita a falta de rumo do governo: janeiro nem mesmo se encerrou e as limitações e contradições de Dilma se tornaram evidentes.

Nas últimas promessas irreais de campanha deram espaço a decisões opostas, especialmente na economia: nomeação de um liberal para o Ministério da Fazenda, alta na conta de luz, aumento no preço da gasolina, elevação de impostos, redução em benefícios trabalhistas, subida na taxa de juros, corte profundo no Orçamento. Toda a cartilha econômica que ela atribuiu aos adversário Aécio Neves e Marina Silva foi cumprida imediatamente.

O silêncio de Dilma também não foi interrompido no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. A presidente, que se especializou em passar sermões nos países desenvolvidos sempre que discursou diante de líderes globais, agora tem pouco o que apresentar ao planeta. Preferiu comparecer à posse do presidente Evo Morales em seu terceiro mandato à frente do governo boliviano, o que também é emblemático sobre as prioridades do governo.

Parte das escolhas que Dilma fez no início do segundo mandato eram necessárias para a economia, como o corte no Orçamento e a correção no preço dos combustíveis. Mas as medidas consistem exatamente no contrário do que ela afirmou que faria. A guinada veio sem uma explicação ou um pedido de desculpas ou pronunciamento à nação.

A ex-ministra de Minas e Energia de Lula, que desfruta da fama de especialista no setor elétrico, também deve se preocupar com a situação energética do país: o apagão da última segunda-feira devolveu às manchetes a situação de risco na geração de energia. Mesmo com o crescimento pequeno da economia nos últimos anos, a rede está perto do limite e o governo precisou importar energia da Argentina.

Nas escolhas políticas que fez, a presidente conseguiu desagradar a aliados e oposicionistas. Nomeou ministros criticados até mesmo pelo PT, escolheu leigos para áreas-chave e não se constrangeu de apontar figuras envolvidas em casos de corrupção, como George Hilton (Esporte) e Eliseu Padilha (Aviação Civil)

No horizonte próximo, há poucas esperanças para Dilma. A restrição orçamentária e as consequências da operação Lava Jato sobre as empreiteiras devem prejudicar o início de novos empreendimentos e programas durante o ano. Ao mesmo tempo, a sombra do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a acompanha cada vez mais de perto. As críticas feitas pela ex-ministra Marta Suplicy, que atacou frontalmente o governo Dilma em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, são um recado claro do ex-presidente, que pretende voltar nas eleições de 2018 - e já notou que precisa desatrelar sua imagem da de Dilma para evitar danos à sua popularidade. A divisão entre dilmistas e lulistas é outra fonte de problemas para o governo.

As investigações sobre os desvios da Petrobras devem se aproximar do Palácio do Planalto após a confissão, vinda da empreiteira Engevix, de que os recursos desviados serviam para a compra de apoio político no Congresso. Mais uma razão para Dilma ter medo nos próximos 1.437 dias até o fim do mandato.”



terça-feira, 27 de janeiro de 2015

A crise e a moral petista




Por Zezinho de Caetés

Hoje faço um nariz de cera para uma aula de história. O Ruy Fabiano, no último sábado, a partir do Blog do Noblat, escreveu o texto: “O tamanho da crise”, e nele procura esmiuçar as crises políticas que se passaram em nossa república nos últimos tempos, desde a queda do general Figueiredo, de não saudosa memória.

Nele, vocês encontrarão a seguinte frase: “De mudança em mudança, chegou-se ao PT, que a prometeu em termos mais radicais que seus antecessores: seriam não apenas econômicas, sociais, mas, sobretudo, de ordem moral. O partido construíra sua reputação com um discurso moralista tão extremado que Brizola chegou a apelidá-lo de “UDN de tamancos”.”

Vejam bem como a política, que o Magalhães Pinto dizia que parecia uma nuvem, porque mudava de forma todo o tempo, e eu já digo que parece cocô de cachorro na calçada, pois a cada pessoa que passa e nela pisa, sai xingando, enquanto sua forma mudou, já houve um tempo em que o PT falava em moral. Alguém viu nos últimos 10 anos pelo menos, este partido pronunciar esta palavra? Claro que não, porque suas ações foram tão diferentes de sua pregação que a palavra foi esquecida. E quando falam, seu significado é diferente da Moral. Para os apreciadores da Unidos da Papuda, quem agora é a “UDN de grife” é o PSDB e a oposição em geral, que hoje critica sua derrocada moral.

Hoje, temos uma governante que se esconde nos piores momentos de crise que o país atravessa desde a redemocratização do país, que simplesmente sumiu e, como eu já disse aqui mesmo, só pode ser por vergonha. Pelo menos, meu conterrâneo Lula, não sumia quando a coisa apertava. Mentia, está certo, como para dizer que o mensalão era apenas caixa dois e depois que não existia, mas, pelo menos, não fugia da raia. O cara era mesmo sem vergonha, mas não sumia, até agora.

A Dilma está muda, e não sei se surda, mas, isto ela sempre foi porque só ouvia Lula, que falava muito alto, e agora, que estão brigados, não ouve mais ninguém. Agora também o Lula emudeceu ou não tem mesmo o que dizer, depois do que Marta Suplicy disse dele. Eu já penso que a mudez deles vem do rombo bilionário que o partido criou na Petrobrás. Ora, se isto agora é admitido mesmo pelo ex-presidente da empresa, o Gabrieli, além dos doleiros da vida, como eles irão explicar que não sabiam, e que agora o TCU descobriu que o Zé Dirceu ganhou tanto dinheiro das empresas que davam propina, que não quer mais saber deles?

Além disso, como explicar ao distinto público, sem uma Carta aos Brasileiros, que agora a economia voltou ao “neoliberalismo” (o que nunca usou a não ser o liberalismo do FHC, tolhido pelas circunstâncias) como promessa de levar o pobre para o seu lugar? O que a Dilma descobriu, e tem menos malícia e apego ao poder do que o Lula, foi que não se pode dar almoço grátis a todos, sob o perigo de todos ficarem sem almoço. O que eu não sei é se o Levy, o Risonho, é a pessoa certa para levar à frente este retorno à era FHC. Eu mesmo preferia o seu professor, o Armínio Fraga.

Mas, pensando bem, do jeito que a economia brasileira está, foi até melhor que a Dilma ganhasse as eleições, mesmo se valendo de um estelionato eleitoral, como o país jamais viu, porque temos a certeza de que, se ela não sair antes por impeachment ou por renúncia, sairá daqui a quatro anos. E se continuar com a vergonha que está hoje, pela porta dos fundos, como Figueiredo.

Mas fiquem com o texto do Ruy Fabiano e meditem sobre a história, para não repeti-la, pensando que o Lula é uma solução. Ele é o problema.

“O exercício continuado do poder é, historicamente, fator de desgaste e enfraquecimento, sobretudo quando sua longevidade é atropelada por crises conjunturais. Há numerosos exemplos – e  entre nós, o mais recente foi o próprio regime militar.

Durou 21 anos e não resistiu ao acúmulo de fatores adversos que o tempo impõe (e expõe), em especial quando entra em cena a economia. Quando o presidente Figueiredo viu-se desafiado pela frente oposicionista comandada por Tancredo Neves, em 1984, já iam longe os bons tempos de crescimento alto e inflação controlada, que tornavam os outros erros secundários.

O país começava a mergulhar na crise que, no governo seguinte, o levaria à hiperinflação. A crise, porém, começara ainda no governo Geisel, estendera-se pelo governo seguinte, levando às ruas o discurso da mudança. Não se acreditava mais na capacidade do regime de protagonizá-la.

O resto é história. Não houve eleição direta, mas houve notória participação popular nos acontecimentos que levaram a oposição a vencer no colégio eleitoral.

De mudança em mudança, chegou-se ao PT, que a prometeu em termos mais radicais que seus antecessores: seriam não apenas econômicas, sociais, mas, sobretudo, de ordem moral. O partido construíra sua reputação com um discurso moralista tão extremado que Brizola chegou a apelidá-lo de “UDN de tamancos”.

Nos dois períodos do governo FHC, em que a economia começou a se ajustar – não sendo, portanto, tão eficazes as críticas a esse tema -, o PT investiu duramente na estratégia das denúncias. Pedia CPI todo dia. Lula não hesitava em dizer: “Quanto mais CPI, melhor”. Foi com esse discurso, que assegurava que era possível “um mundo melhor”, que o partido chegou ao poder.

É bem verdade que contou com uma mãozinha do próprio FHC, que, antes das eleições, chegou a dizer que “agora é a vez do Lula”. Supunha que PSDB e PT, vertentes do que via como gradações de um mesmo programa esquerdista, estavam destinados a se alternar ad eternum no poder.

Mas essa é outra história, que a História desfez. O que importa é constatar que o moralismo petista era meramente estratégico. Sabia que a maioria das denúncias que fizera quando na oposição era de fachada. Não fosse, já as teria reaberto e dado consequência judicial desde o início. O partido assumiu conduta que ele próprio passou a chamar de pragmática (palavra que adquiriu significado para lá de ambíguo).

Aliou-se às lideranças que mais execrava e absorveu, com impressionante talento e rapidez, os métodos mais abomináveis do fisiologismo. Tudo isso, claro, provocou dissensões internas.

Os primeiros a desembarcar foram os intelectuais fundadores do partido. Prevaleceu a ala pragmática, que tem em Lula e José Dirceu, seus expoentes. E o partido começou a colecionar escândalos, chegando ao paroxismo do Petrolão, que o The New York Times considerou o maior do mundo moderno.

De escândalo em escândalo, rompeu-se parcialmente a impunidade. José Dirceu, ícone do partido, foi preso. Lula, embora poupado, ficou exposto. Ninguém crê no seu alheamento em relação ao que se denuncia – nem ele.

O resultado é o que está em curso: as maiores lideranças do partido tentam se descolar uns dos outros. Dilma distancia-se de Lula, que, via Martha Suplicy, manda recados ao Planalto. José Dirceu está magoado com ambos: Dilma e Lula.

Sente-se excluído do poder, o que sugere que não se deu conta ainda de sua condição de presidiário (ainda que em regime aberto). O PMDB, aliado do poder – não importa quem lá esteja – reclama de sua escassa fatia no loteamento de cargos.

Dilma, sem maiores aptidões para a negociação política, põe-se de costas para os partidos aliados, dos quais necessitará dramaticamente quando o novo Congresso, a partir de fevereiro, se empossar. O que ocorrerá? Ninguém sabe.

Sabe-se que a política é feita de paradoxos – e o que une, neste momento, os que estão no poder e em suas adjacências é exatamente o risco de se encontrarem no banco dos réus.

Isso impõe, ao menos em tese, uma aproximação estratégica (ou pragmática) dos que neste momento duelam e trocam adjetivos pouco cordiais. São inimigos íntimos, que dependem de uma boia comum para sobreviver.


O quadro é mais desafiador que o do fim do regime militar. Além da crise econômica, gerencial e política, há a crise moral, a mesma que o PT, quando na oposição, buscou imputar a seus adversários. Está enfim provando do próprio veneno – só que preparado e servido por ele mesmo.”

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A semana - Seca, apagão, pacotão, petrolão, inflação... Ufa! Sei não....




Por Zé Carlos

As semanas se sucedem e está cada vez mais difícil de encará-las sem a ajuda do bom humor. Vejam bem, o Brasil se tornou aquele lugar do qual se dizia que “de dia falta água e de noite falta luz e na casa que não tem um corrupto é milagre de Jesus”. Se me lembro bem, corrupto não era o adjetivo utilizado, mas, convenhamos, com um pouco de exagero, para ajudar o humor, hoje isto é válido.

Senão vejamos. Houve algum dia na semana em que não se descobrisse um corrupto novo? Houve sim, porém, quando isto aconteceu o outro não novo era citado nos telejornais, ou, falando da propina que deu, ou prometendo mais delações premiadas. Parece até que os políticos e empresários desta terra, abençoada por Deus e bonita por natureza, não jogam mais na Mega-Sena, porque só pensam em delações, que já vêm premiadas.  Dizem que são tantas as delações que os prêmios estão se esgotando e a Justiça não está mais aceitando-as. Não se sabe ainda se por fraqueza das denúncias ou pela ausência de prisões suficientes, para prender delatores e delatados.

Por falar em prisões, Pernambuco foi notícia quase a semana inteira. Os presos se revoltaram, pensava-se porque a justiça não tinha agilidade para julgar seus processos ou para ouvi-los. Mas, dizem que não foi por isso, e sim, porque alguém espalhou o boato que qualquer preso que fizesse uma delação premiada contra o companheiro, ganharia um facão, uma foice ou um celular. E a moda anda tão em alta no Brasil, que todos viram as cenas dos presos que ganharam os prêmios, quando não estavam de foice ou de facão estavam falando ao celular, gritando: “Mamãe, ganhei na delação!”. Será que isto seria humor negro? Claro que não. É humor premiado.

E, vamos aos fatos do que se passou durante esta dura semana. Faltou luz em 11 estados, e nenhum era do Nordeste. Caros leitores nordestinos (parece que são 5, os outros 3 não são conterrâneos) não riam à toa, pois teremos a nossa vez. Todos já sabemos que depois da bonança que foi a farra energética da Dilma, veio a tempestade do aumento da conta de luz. E por falar nela, nossa presidente, e nossa maior colaboradora da coluna, ela andou sumida durante a semana inteira, com exceção do dia da posse do Evo Morales. Dizem que ela quis pousar nas fotos de cocar, como o fez um dia junto com o Lula. O cerimonial vetou porque o índio cocaleiro quer deixar de ser índio, e vestir-se como tal não iria ajudar em nada a sua nova imagem. Ele agora só usa ternos do Armani, aconselhado por Lula.

E, no pior dos mundos, onde só humor salva, vimos que a falta de energia é causada pela falta d’água. A seca, que já vivia o seu ápice em São Paulo, agora já se espalha pelo Sudeste inteiro. No linguajar técnico quando se diz que já está sendo usado o “volume morto” de uma represa para fornecer água que gera energia ou mata a sede, é porque a vaca além de tossir, já foi para o brejo, faz tempo. E agora é o Rio de Janeiro, que dizem já está usando o volume morto do Paraíbuna do Sul. Como na Baía da Guanabara só tem dejetos e não tem água nem para competição de remo, só rindo mesmo, com a situação, quando pensamos nas Olimpíadas, com saudade da Copa.

E, junto com o apagão hidroelétrico, veio o Pacote do Levy, que meu amigo o Zezinho de Caetés, chama de O Risonho, economista que está se tornando um colaborador à altura desta coluna de humor. Ele disse que quer fazer um ajuste fiscal para trazer de volta a credibilidade do Brasil interna e externamente. O grande problema dele, e daí vem a fonte de riso, é quando ele tenta explicar quem roubou esta credibilidade. Lula e Dilma dizia que foi o FHC, que dizia que tinha sido o Collor, que dizia ter sido o Sarney, que dizia ter sido João Figueiredo, que dizia que tinha sido o povo, por ele não gostar do seu cheiro. E o Levy vai dizer o que?

Talvez, ele vá fazer como o Ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, colocado no filme, tentando explicar a crise de energia e os frequentes apagões. Segundo ele a culpa é de Deus. Dizendo isto, o Levy não estaria faltando com a verdade e seria mais crível do que quando se apresenta tentando doirar a pílula e nos matando de rir, tentando nos enganar sobre quem roubou nossa credibilidade, pois todos sabem quem foi, menos eu e Dilma e Lula que nunca soubemos de nada.

Entretanto, o motivo de riso que se prolongará até o início do mês de fevereiro é a disputa pela presidência da Câmara e do Senado. O filme do UOL, apresentado abaixo apresenta outro Eduardo, o Cunha, xingando o seu concorrente, que é do PT. E a contenda é igual a briga de foice no escuro. O cargo justifica pela sua importância em nossa República. Depois de Dilma, vem Temer, e depois de Temer, vem Eduardo Cunha, e depois de Eduardo Cunha vem, Renan, e depois de Renan vem o Ricardo Lewandowski, e depois do Ricardo Lewandowski... bem, deixa prá lá. Esperemos mais sorte para o Brasil no futuro.

Bem, se não rirem com o filme abaixo, levem em conta que nem sempre seus produtores estão informados sobre o que se passou durante a semana, ou mesmo, não tiveram tempo de abordá-los. Minha meta aqui é supri-los, naquilo que posso, com as notícias que os levem a bolar de rir, mesmo que sejam aparentemente tristes. Perdoem-me mas na campanha da Dilma se fez um imagem tão alegre do Brasil que a situação agora, em quaisquer dos seus aspectos, quando abordada, é motivo de riso.

Levem então em conta o aumento de impostos, a bagunça em que se encontra nossa ex-grande empresa, a Petrobrás, a inflação que sobe, o emprego que desce,os juros que sobem, o crédito que desce,  e comecem a rir. Sustentem-se na cadeira quando souberem que no ano passado, tal qual uma família desastrada, os brasileiros gastaram mais em dólar do que os gringos gastaram aquei em reais, ao ponto de em Miami, para se encontrar emprego em loja já se tem que saber português brasileiro (português português não serve porque Portugal, nosso avozinho não tem o que gastar por lá).

Se algum leitor perguntar se isto acontece somente com o Brasil, eu diria que não. Os venezuelanos também devem estar rindo muito depois que o Maduro quer contratar alguém como o Levy, para ver se ele consegue pelo menos comprar papel higiênico para o Palácio de Miraflores, enquanto a Argentina virou um caso policial, e nossos “hermanos” gargalham geral quando a Cristina Kirchner diz que ela não sabia de nada sobre o crime. Parece que agora está sendo aconselhada pela Dilma e, como se dizia lá em Bom Conselho, pelo seu filósofo maior, “se conselho fosse bom, não se dava, se vendia”. Tanto isto é verdade que agora a Argentina está pagando ao Brasil, os conselhos de Dilma, em energia elétrica para evitar apagão. E ainda dizem, por aqui, que nossa Dilma não sabe de nada.

Agora fiquem com o resumo do roteiro feito pelos produtores do UOL, que eu vou tentar descobrir quem é o responsável pela falta de credibilidade do Brasil.

“O 'Escuta Essa' desta semana traz o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB), apostando suas fichas na tese de que "Deus é brasileiro" para que "Ele" possa fazer chover no Brasil e diminuir o risco de racionamento. O programa também traz o líder do PMDB e candidato à presidência da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, "disparando" contra o também candidato à presidência, Arlindo Chinaglia (PT-SP).”


sábado, 24 de janeiro de 2015

Levy, o Risonho e a esquizofrenia econômica




Por Zezinho de Caetés

Quando eu soube que o Joaquim Levy seria o Ministro da Fazenda do quarto mandato de Lula, eu pensei: O FHC ganhou as eleições. Não deu outra. O Levy tem pensamento de Malan, objetivos do Malan, vestimenta do Malan, óculos do Malan, menos o sorriso do Malan. Por um bom tempo eu não vi um retrato do Levy onde ele não estivesse rindo. Por isso, em minhas incursões na área de Economia, eu o chamo de Levy, o Risonho.

E olhem que no cargo que ele entrou não havia motivo para risos, no entanto, o Levy sorria, justificando o epíteto que lhe dei. Na última sexta-feira eu li um texto da Maria Helena de Souza, no Blog do Noblat, onde ela se refere a esta alegre característica do novo ministro da fazenda, e lhe dar o título (ao texto) de “O sorriso do doutor Levy”.

Nele, ela diz que não entende de Economia, mas sofre assim mesmo. Imaginem, quem, como eu, entende um pouquinho. Estamos vivendo, na economia, o verdadeiro samba do crioulo doido, ou para ser politicamente correto “o samba da afro-descendente doida”. Alguns falam que o PT está esquizofrênico, outros dizem que o partido sempre foi assim, quando o Lula se ausentava. E agora que ele parece ter se ausentado de vez, a coisa está feia.

Logo de cara se vê que a autora do texto abaixo não entende mesmo de Economia. Ela fala da máquina pública caríssima, com quase 40 ministérios (graças ao Ali Babá que sujou o número 40, e se a Dilma tiver que criar mais, tem que serem 2), um monte de parlamentares, os auxílios, os carros de luxo, etc. Nada disso seria ruim, se houvesse um bom retorno a partir destes custos. O problema é que precisamos usar lentes de aumento para verificar um bom trabalho da turma envolvida.

E por que a Maria Helena sofre? Por isso mesmo, é muito gasto para o serviço oferecido por tamanha estrutura. Só nos resta mobilização popular e cobrar dessa turma, para que o próprio país não se torne também esquizofrênico, se transformando na imagem do PT. Se deixarmos com os ilustres deputados, já li que o Eduardo Cunha, jurou de pés juntos que um pedido de impeachment da Dilma será arquivado, se ele for o presidente da Câmara. E ele está dentro da legalidade, embora fora da moralidade e da sensatez. No Senado teremos a volta do Renan, o Cabeludo, que segue a mesma cartilha. Os ministérios estão todos dominados. O que fazer? Vamos nos mobilizar e usar a força do povo para fazer com que o Cunha, ou outro qualquer, não entre já com má intenção.

Voltando ao Levy, o Risonho, Dilma o mandou para Davos na Suíça falar com os banqueiros enquanto ela foi para a Bolívia falar com os cocaleiros. Existe alguma doença pior do que esquizofrenia governamental? Se houver, ela atacou o segundo governo da gerenta presidenta de vez. E agora, parece que ela não quer que se considere que este mandato seja o quarto do Lula. E o Lula, com câncer ou sem câncer, quer o trono outra vez, de onde nunca saiu. Dizem que a nomeação do Levy foi obra sua, para repetir a do Palocci, o Mudo Rico. Dizem que é um “governo do meio”, ou seja nem é neoliberal nem cubano, está no meio. Foi isto que ele foi explicar em Davos, tarefa difícil, enquanto a Dilma explicava ao Evo Imorales o que restou do socialismo do século XXI, no seu governo. Aparentemente, muito mais fácil, se o índio não entender de Economia também.

E assim, estamos nós aqui esperando, que pelo menos o sorriso do Levy, o Risonho, não seja o “sorriso do lagarto”.

Fiquem com o texto da Maria Helena e tenha um bom fim de semana, de preferência com um bom sorriso.

“Em ‘Torresmo à Milanesa’, Adoniran e Carlinhos Vergueiro falam de dois operários que na hora do rango pegam suas marmitas e sentam num canto para comer e “conversar sobre isso e aquilo, coisas que nóis não entende nada...”

Eu também falo do que não entendo, Economia. Não entendo, é verdade, mas sofro!

O Palácio do Planalto custa uma pequena fortuna ao Tesouro Nacional.  O que não falta à dona Dilma são auxiliares. Pensantes ou não. E ainda tem o AeroLula às suas ordens, que ela usa como bem lhe aprouver, como se fosse um fusqueta da família Rousseff.

Nossa máquina pública é caríssima. 39 ministérios com toda a bagagem que isso implica, dos gabinetes aos altos salários e mais os generosos adicionais; um Congresso que pode passar mais de um ano sem que ouçamos a voz de todos os seus membros: são 513 deputados federais e 81 senadores, num total de 594 gabinetes, não sei quantos assessores e secretárias, planos de saúde de alta voltagem, carros de luxo com motoristas, auxílio-moradia e, o que mais me irrita, viagens semanais aos seus estados de origem, para visitar as bases... Só quem já viveu numa dessas bases e sabe o que eles fazem lá de quinta a segunda é que pode avaliar o que isso significa!

Confesso que estou revoltada e indignada. Fomos iludidos por dona Dilma na campanha e agora estamos sendo punidos pelos erros que ela, o PT e partidos coligados cometeram. Não fomos nós, a sociedade como um todo, que estraçalhamos a estrutura econômica do Brasil. Mas somos nós que vamos pagar a conta!

O ministro Joaquim Levy disse, com todas as letras, que é imprescindível arrumar a casa. O país está numa recessão que ainda pode nos custar muito caro. Precisamos recuperar a credibilidade do Brasil diante do mundo para poder retomar o crescimento.

Tudo bem, não há como duvidar de suas palavras. Mas quem devia se dirigir à Nação para nos informar e se desculpar, era ela, a presidente. Ela é a responsável. Quem tem que assinar essa promessa é ela e não ele. Ele é demissível ad nutum, ela não.

Não me parece justo que paguemos pelo esbanjamento aloprado do governo Dilma I. Não seria mais correto apertar o cinto do governo? Congelar as benesses que favorecem os altos funcionários da administração? Fazer o Congresso ver que a paciência dos brasileiros pode estar se esgotando?

Até quando vamos tolerar impostos de primeiro mundo e serviços de quinto mundo?

Dona Dilma falava daquele país idílico que ela administrava sempre enfezada, de mau humor. Já o doutor Levy nos mostra um cenário triste, feio, assustador, onde ser feliz vai ser complicado.  Mas ele o faz com um sorriso tão simpático...


Governo novo, ideias novas, lembram?  Viram qual era a novidade? O sorriso em vez da carranca!”

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Afinal, o câncer de Lula voltou ou não voltou?




Por Zezinho de Caetés

Como todos sabem, sou conterrâneo do Lula e ex-companheiro na luta política mesmo sem nunca, graças a Deus, ter entrado para o PT, partido este criado e gerido até hoje por ele. Não o desejo mal pessoalmente. Talvez deseje o mal político, porque enquanto ficou bem na política quase leva este país à merda, desculpem aqueles que me veem sempre usar o sinônimo cocô, mas a ocasião pede um termo mais forte.

E todos continuam a saber que o Lula foi vítima de câncer na laringe, seu melhor instrumento de trabalho para enganar a patuleia do bolsa família, que vive morrendo no SUS, enquanto, meu conterrâneo se tratava no Sírio-Libanês. E a grande pergunta hoje é: Será que o Lula ficou curado? Eu desejaria que sim, e que ele, ao constatar isto viesse ajudar no meu projeto maior que é a criação de nossa Academia Caeteense de Letras, e que ainda penso em implementar e dar-lhe de presente a Cadeira 13. Não pela sua produção literária, que é nenhuma além da assinatura, mas, por ser emigrante pela seca e será outra vez ao voltar de São Paulo, correndo dela, outra vez.

Li na imprensa, dias atrás que o Lula está de câncer novo, agora no pâncreas. Fiquei consternado mas esperançoso por nova cura, e mais satisfeito, porque, caso isto seja verdade, politicamente, poderemos ter um candidato a menos em 2018, e, quem sabe a Dilma indica o Mercadante para afundar de vez o PT? Vejam uma parte da notícia que pode ser vista completa aqui.

“O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva combateu de um ano para cá um novo câncer e o controlou, dizem fontes ligadas ao petista. Lula se curou da doença na laringe, mas foi acometido de um câncer em um órgão vital, que teria sido descoberto no início de 2014. O ex-presidente passou a visitar esporadicamente o Hospital Sírio Libanês em São Paulo durante a madrugada, entrando de carro pela garagem privativa do corpo clínico para evitar boataria. E tomou um forte medicamento para evitar a quimioterapia.

Há dois meses o repórter teve acesso a informações sigilosas sobre o estado de saúde do ex-presidente, e desde então confirmou a informação com quatro fontes distintas, que pediram anonimato – um médico do Sírio, que não compõe a equipe que cuida de Lula; um diretor do PT; um assessor especial do Palácio do Planalto; e um parlamentar amigo de Lula.

O ex-presidente não faz tratamento intensivo no hospital – onde se curou do primeiro câncer – porque estaria tomando diariamente um medicamento importado dos Estados Unidos, que custa cerca de R$ 30 mil por mês (ainda não comercializado no Brasil). Seria uma versão mais recente e potente do popular Avastin, que ameniza o quadro clínico e a dor, e evita a quimioterapia.

O quadro de saúde impediu Lula de intensificar a agenda de campanha junto à presidente Dilma Rousseff, embora tenha feito visitas a algumas capitais, mas sempre sob orientação e cuidados médicos. A presença do médico Roberto Kalil na festa da vitória de Dilma, no Palácio da Alvorada, onde Lula se encontrava na noite do dia 26 de outubro, não seria mera visita à amiga que também combateu a doença sob os cuidados do mesmo médico de Lula.”

Bem, depois desta notícia e a traição da perua Marta Suplicy, em relação a sua atuação na campanha da eleição presidencial, se o Lula ainda resiste é porque mostra que nasceu, como eu, lá no “sertão” de Caetés, e é “antes de tudo um forte”. Isto do ponto de vista físico. Do ponto de vista político foi uma paulada maior do que a que matou a cobra, mesmo que quem o fez não mostrou o pau. E esperamos uma reação dele até hoje. Veio a reação e leio outra vez na Folha de S. Paulo, coluna da Mônica Bérgamo:

“O ex-presidente Lula ingressou nesta segunda (19) com interpelação judicial contra o jornalista Leandro Mazzini que publicou em sua coluna "Esplanada", reproduzida em jornais e no UOL (empresa do Grupo Folha), a informação de que ele teria feito um tratamento sigiloso no Hospital Sírio-Libanês para tratar um câncer no pâncreas no início de 2014.

Na medida protocolada no Fórum Criminal de SP, os advogados de Lula declaram que "o jornalista faltou com a verdade", negam o diagnóstico e pedem esclarecimento sobre dados como o uso de um medicamento, o Bevacizumab. "O remédio não é usado ou recomendado pela literatura médica para tratamento de câncer." A interpelação é medida preparatória para eventual ação penal.”

Apesar da interpelação o jornalista Leandro Mazzini responsável pela primeira nota sustenta as informações. E é dele o texto abaixo, que passo para vocês e pode ser encontrado no original aqui.

“O famoso médium João de Deus, fundador da Casa Dom Ignácio, em Abadiânia (GO), foi procurado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para curá-lo da reincidência do câncer. Tornaram-se amigos desde que o ex-presidente fez tratamento alternativo com o curandeiro contra o câncer na laringe, já curado.. Lula foi visto em Abadiânia em meados do ano passado, e depois João de Deus passou a visitar o ex-presidente em São Paulo periodicamente.

A reincidência atingiu um órgão vital do ex-presidente, segundo fontes ligadas à família de Lula, e o ex-presidente passou prioritariamente a se tratar durante a madrugada no hospital Sírio Libanês, com medicamento importado e de forte dosagem, ao preço de aproximadamente R$ 30 mil por mês. O que, segundo relatos de quem o acompanha, evita quimioterapia e reduz drasticamente os efeitos no corpo.

De posse da informação, no início de janeiro a Coluna procurou o Instituto Lula e o Hospital, que preferiram não se pronunciar. Após a publicação, dia 4, o Instituto negou e o hospital apenas repetiu o boletim médico de novembro, informando que o quadro estava normal.

João de Deus tem fama internacional. Com ajuda de entidades espirituais, propalam seguidores, suas cirurgias em doentes são realizadas com sucesso em Abadiânia. Ele curou de doença grave um dos herdeiros da Audi, e assim foi convidado a visitar a Áustria. Um séquito de poderosos políticos e empresários passa pelo interior de Goiás atrás do curandeiro. O ex-ministro do STF Joaquim Barbosa já foi visto lá, assim como o presidenciável Aécio Neves, que acompanha nas visitas um familiar.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sonha ser candidato ao Palácio do Planalto novamente em 2018, mesmo que isso valha um esforço descomunal de sua saúde, ainda debilitada. Como 2014 seria um ano importante para o PT e a presidente Dilma, que tentaria a reeleição, Lula tratou seu caso como segredo de estado – qualquer vazamento a respeito de sua saúde afetaria diretamente o projeto de poder do partido.

Ainda de acordo com a fonte, Lula estaria com a recaída do câncer sob controle, sem riscos imediatos de metástase. Após a revelação da Coluna, começou uma caça às bruxas na família do ex-presidente, porque só parentes e alguns poucos médicos tinham acesso à informação.

Há algo no Poder que incomoda os mandatários ou quem já dele saboreou: ficar longe.. do Poder. Lula quer voltar a comandar o País e se esforça em mostrar que está bem no quadro clínico. E sabe que há nomes potenciais em ascensão dentro do PT, como Fernando Pimentel (MG) e o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.”

Ou seja, se verdade, o Lula está nas mãos de João de Deus. Pela óbvia constatação de que jamais o SUS vai dispor do medicamento citado devido à contenção de despesas determinada pelo Levy, o Risonho. Para sobreviver, com o remédio que custa 30.000 por mês, Lula precisa fazer uns cálculos se vale a pena se candidatar em 2018, pois ele, como sempre contará com a reeleição, e lá ficará até 2026. Vamos colocar 2025, porque, na certa ele renunciará para fazer campanha em prol do seu sucessor que deverá ser o seu filho Lulinha, para facilitar as contas: 12 x 10 x 30.000, em reais que quando calculados pela máquina, pois minha cabeça está um trapo serão: R$ 3.600.000,00.


Outra vez, se for verdade, penso que o Lula será candidato, afinal de contas, na presidência, os gastos com o Cartão Corporativo são sigilosos. De qualquer forma, com câncer ou sem câncer, o estamos esperando em Caetés, sempre discordando politicamente, mas, desejando que ele fique curado. Enquanto não temos certeza de nada apelemos para que Deus faça o melhor pelo país.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Apertem os cintos, a pilota sumiu 2 (vergonha dos brasileiros)




Por Zezinho de Caetés

Li, já hoje, no O Globo, a seguinte notícia. Se informem e eu encontro vocês lá embaixo:

“BRASÍLIA — Em meio a uma série de medidas impopulares, a presidente Dilma Rousseff completa hoje 30 dias sem dar entrevistas. É o maior período que ela ficou sem responder a perguntas de jornalistas desde maio de 2013, quando passou 31 dias sem falar à imprensa. A última entrevista de Dilma foi no dia 22 de dezembro do ano passado. Naquele dia, a presidente ofereceu o café da manhã anual aos jornalistas que acompanham o dia a dia do Planalto. Na ocasião, falou por cerca de uma hora e meia.

Desde então, a presidente não se manifestou publicamente sobre temas que têm mexido com a vida dos brasileiros, como as medidas anunciadas no fim de 2014 endurecendo as regras para pagamento da pensão por morte, do auxílio doença, do seguro desemprego e do seguro defeso. Muito menos sobre a escolha de ministros polêmicos, como o do Esporte, o pastor George Hilton, do PRB. Dilma também não falou sobre o aumento de impostos, da gasolina, nem sobre o reajuste nas tarifas de energia em até 40% — tampouco sobre o apagão desta semana. Outro tema que ela evitou falar foi sobre o desempenho no Enem, quando meio milhão de jovens zeraram a redação.

Na última entrevista, o interesse maior ainda era sobre a montagem do Ministério do segundo mandato, pois até então haviam sido anunciados somente quatro nomes: Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Alexandre Tombini (Banco Central) e Armando Monteiro Neto (Desenvolvimento). A situação da presidente da Petrobras, Graça Foster, também estava na ordem do dia.

Desde dezembro, a presidente tem preferido se manifestar por notas oficiais. Foi assim para anunciar os 39 ministros do segundo governo. Também foi por nota que Dilma condenou a execução do brasileiro Marco Archer, na Indonésia, no último sábado. Desde 1º de dezembro de 2014, a Secretaria de Imprensa da Presidência (SIP) divulgou 13 notas com decisões ou declarações de Dilma.

Segundo a secretaria, “a falta de entrevistas desde o Natal se explica pelo recesso da presidente no fim do ano e os despachos internos com os novos ministros”. A assessoria disse ainda que, ao longo de 2014, Dilma concedeu 44 entrevistas, sem contar coletivas como candidata à reeleição.

Neste começo de governo, Dilma nem sequer retomou o programa semanal de rádio “Café com a Presidente”, que apresentava políticas de governo e era distribuído às emissoras interessadas. O programa existe desde o primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com a secretaria, o programa será reformulado.”

Ontem coloquei no Mural deste blog um título sugestivo para o atual momento da gerenta presidenta: “Apertem os cintos, a pilota sumiu 2”. Esqueci apenas de incluir o subtítulo: “Vergonha dos brasileiros!”. E é este subtítulo que me leva a escrever sobre este Cinema Brasil.

Nunca na história deste país se cometeu um estelionato eleitoral de tamanha proporção. As ações iniciais do segundo governo Dilma deixam todos os brasileiros com vergonha, inclusive ela, e por isto, está desaparecida. Por que, com que cara esta senhora do destino se apresentará na TV falando ao povo brasileiro? Ela não conseguiria, e se o fizesse, o IBOPE da fala seria zero, porque, ninguém mais acredita nos contos de fada plantados durante a campanha eleitoral.

A vaca tossiu tanto que contaminou a Dilma com a doença da vaca louca. Ela simplesmente está desnorteada. Talvez tenha dado autoridade a Levy, o Risonho, para implementar o seu conjunto de maldades, talvez não. Só o tempo dirá, mas, o embuste foi muito grande e atingiu a todos. Até o PT está em polvorosa por saber que mesmo com o Lula, se estiver sadio, em 2018 só conseguirá votos dos bolsistas familiares, isto é, se não cortarem seus ganhos antes para fazer os “ajustes” fiscais.

Algumas medidas tinham que serem tomadas porque quem entende um pouco de Economia sabe que o Paraíso é mais embaixo. Se todos fossem iguais o Lula iria para o SUS. Indo para o Sírio-Libanês, alguém tem pagar a conta, ficando com menos comida. No entanto, com a credibilidade que a Dilma está passando só quem acredita que ela não voltará atrás é o Mantega, que foi encontrado em São Paulo, lá no Parque Trianon, falando sozinho e dizendo: “O Brasil está bem, inflação controlada, crescimento em dia, não teremos apagão, não faltará água, e eu voltarei ao Ministério da Fazendo no próximo governo Lula.”


Enfim, nunca desejando o mal ao próximo, aproveito que a Dilma está em Brasília e lhe dou um bom conselho: Ao invés de ir à posse do Evo Morales, vá mediar o conflito entre o Islã e o Mundo Ocidental, fazendo caricaturas do Profeta. Será mais adequado do que ficar indignada com a morte de traficantes. Aliás, uma pergunta que não quer calar: Será que o Evo ainda tem coragem de aparecer na Indonésia?

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Guerra à Indonésia? O nosso reino vai mal




Por Zezinho de Caetés

No último sábado, um brasileiro morreu na Indonésia. É claro que, sendo um brasileiro, nós que também somos, procuramos saber o que aconteceu. Acidente Aéreo? Morte súbita? Latrocínio? Engasgo com pasta de dente no hotel? Escalando os morros do país? Nosso olhos e ouvidos passam a esperar mais notícias, com curiosidade de zebra para descobrir se é preta com as listas brancas ou branca com as listas pretas, tentando usufruir do sistema de cotas.

Aí vem a bomba. Morreu fuzilado e sem chances de defesa durante o fuzilamento. Nossos brios se exaltam e começamos logo a querer nos alistar para a possível guerra contra a Indonésia, que permitiu tanta barbaridade. E, tentando representar este nosso orgulho, nossa gerenta presidenta, depois de ter implorado pela vida do nosso compatriota, em vão, chamou nosso embaixador de volta e gerou um caso diplomático, digno dos governos petistas.

Óbvio que o petista, enrustido ou não, apoia cada gesto e cada ato de sua representante maior, embora eu não tenha visto nenhum na fila do alistamento para a guerra. Eles sabem, como a Dilma sabe, que isto não passa de uma tentativa de encobrir as mazelas que todos os dias aparecem na imprensa vindas do Petrolão. Talvez seja até medo que aqui se crie a pena de morte contra exploradores do povo e ladrões do dinheiro público.

No texto abaixo, publicado pelo site Opinião e Notícias, o Percival Puggina coloca os pingos nos i’s diz apenas o óbvio: “Executaram um traficante brasileiro. Dilma está indignada. Excelência, fale apenas por si. A nós, o que nos deixa indignados é o tráfico!” E eu acrescentaria alguns motivos de indignação, não com o governo da Indonésia, que apenas cumpriu a lei do seu país, fornecendo material para o fuzilamento, e sim, pelo descaso que aqui temos com este tipo de gente. O Marcola e o Fernandinho Beira-Mar continuam matando nossos jovens de overdose e nada acontece. Mas, como poderia acontecer quando um presidiário nomeia ministros? “É mentira, Terta?” Ou quando se defende um governo onde se mata por motivos políticos há mais de 60 anos, como em Cuba? Isto sim, me indigna muito mais.

Eu não sou a favor da pena de morte, mas, longe de mim ser a favor do esculacho geral, onde traficantes, corruptos e outros meliantes são tratados como “guerreiros do povo brasileiro” (obrigado Zé Carlos, pela dica). Fiquem com o Puggina e continuem meditando se o povo brasileiro merece isto. E o pior é que só daqui a 4 anos o Brasil terá uma nova chance. Estão pensando num possível impeachment? Eu estou pensando é na linha de sucessão ao trono: Temer, Cunha, Renan e Lewandowisky. O reino vai mal...

“A execução de alguém é, sempre, um ato de extrema violência, que agride nossa sensibilidade. Na madrugada de  ontem, na Indonésia, um cidadão brasileiro sentiu o peso da lei local que aplica a pena máxima para o crime de tráfico de drogas. Há dez anos, Marcos Archer entrara no país com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta. Apanhado pelo raio-x do aeroporto, conseguiu fugir, mas foi capturado dias depois. Simultaneamente, também foram executados um holandês, um malauiano, um nigeriano, uma mulher vietnamita e uma cidadã do próprio país.

Nossa presidente, a mesma pessoa que sugeriu mediação internacional (por que não foi por conta própria?) para resolver a sequência de crimes contra a humanidade que estão sendo cometidos pelos fanáticos do ISIS, primeiro pediu clemência, depois se disse “consternada e indignada” e, por fim, engrossou ainda mais chamando nosso embaixador em Jacarta para consultas. O Itamaraty afirmou que o fato estabelecia “uma sombra” nas nossas relações com a Indonésia. Excelências, sombrio é o tráfico!

Não é paradoxal? Nem uma só palavra foi dirigida por nosso governo para desculpar-se ante as autoridades de lá pelo fato de um cidadão brasileiro haver tentado levar para dentro do país delas o pó da morte que passeia arrogantemente pelas esquinas, ruas e estradas do Brasil. Foi o governo da Indonésia, com suas leis duras contra o tráfico, que indignaram o governo brasileiro.

Certamente, para cada traficante morto na Indonésia, um país onde esse mal deve ter proporções pequenas, morrem no Brasil dezenas de milhares de seres humanos, vítimas da droga e do ambiente criminoso que em torno dela se estabelece. A pergunta que faço é: o que é melhor? Punir o tráfico com tal severidade que o sentido de preservação da própria vida acabe com ele, ou perder milhares de vidas por ano, executadas direta e indiretamente pelos traficantes? A quem deveria convergir mais firmemente nossa sensibilidade, racionalidade e indignação?

Note-se que nas execuções de ontem havia apenas uma pessoa da Indonésia. As demais eram estrangeiras. Não disponho de estatísticas mais amplas dessa pequena amostra, mas ela sugere que os indonésios não andam muito dispostos a enfrentar a lei local nesse particular.


A leniência com a criminalidade, que se expressa tanto na nossa legislação quanto nas proteções e garantias que oferecemos aos criminosos, transformaram o Brasil numa terra sem lei, a partir do topo da pirâmide social.”

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A semana -Todos com um olho no peixe e outro no gato




Por Zé Carlos

Tenho que começar pedindo desculpas aos meus 8 leitores por só publicar esta coluna hoje e não ontem com sói ser. E também avisar que não foi por medo dos terroristas do Estado Islâmico e sim por um motivo justo e da maior importância. Tive que comparecer ao aniversário do meu neto Davi, e lá se foi o domingo embora, de forma prazerosa  e alegre. Então para evitar as crises de abstinência de alguns dos meus leitores, lá vai a semana, com um dia a mais.

E no Brasil de hoje, humor é que não falta. E a Dilma continua sendo nossa deusa roliça. Lembram que ela prometeu que não haveria tarifaço, não ia aumentar os juros e não tocaria nos direitos trabalhistas, nem que a vaca tossisse? Pois é, 2015 já começa com o tarifaço da energia elétrica, vem aí o da gasolina e não esperem comprar mais produtos chineses por 1,99. Agora só vai haver lojinhas de 10,99. Eu estou doido para que a Dilma volte à sua antiga atividade, como dona de uma lojinha destas. E o seguro-desemprego, já prevendo o aumento do próprio, está mais difícil e acabaram a oportunidade de viúva de trabalhador ficar rica com aposentadoria de marido morto. Alie-se a isto o aumento dos juros e vamos ter que aumentar o Bolsa Família além da Bolsa Banqueiro. Não sei vocês, meus poucos leitores, mas, eu estou estourando em uma boa gargalhada. Agradeçam isto à nossa protagonista.

Aproveitando esta semana estendida, vi ontem notícias sobre um APAGÃO. Eu diria: de novo? Os dedos das mãos de Lula não dão mais para contar quantos houve nos últimos tempos. Ficaram lembrando muitos os APAGÕES do FHC e esqueceram os da era Lula/Dilma. Vamos rir no escuro mesmo.

Eu não sabia até agora que o nosso Santo Padre o Papa também poderia ser um grande colaborador desta humilde escrivinhação semanal. Mas, vejam o que ele declarou, quase textualmente:

“Se xingarem minha mãe, esperem um murro na cara!”

Para quem viveu em Bom Conselho, e observou todos os conflitos infantis da época, os quais 9 entre 10 envolviam Melckzedec, por motivos às vezes banais, sabe que um motivo não banal para uma boa briga era xingar a mãe, ou como se dizia, “botar a mãe no meio”. Ninguém aguentava isto sem dá um murro na cara do xingador. Isto se justificava porque em nossa tenra idade ninguém era realmente cristão. Todos nós íamos apenas às santas missas e tínhamos medo de Padre Alfredo, mas, ser cristão mesmo, nem o Padre era. Ninguém dava a outra face quando botavam a mãe no meio.

No entanto, que Padre Alfredo prometesse dar um murro na cara do Coronel, se este xingasse a mãe dele, poderíamos até esperar, mas, do Papa Francisco, não. Afinal de contas dizem que ele representa Jesus aqui na terra e não poderia dizer o que disse, a não ser num rompante de humor, talvez pensando, sem querer ser pretensioso, que eu iria citá-lo aqui na coluna para o gáudio e riso dos meus não tão cristãos leitores. Seja bem-vindo Santo Padre.

Outro fato importante para que aqueles que acham que a morte não seja motivo de humor, a não ser para o Estado Islâmico, esta semana que passou a justiça da Indonésia, mandou matar um brasileiro por ser traficante de droga, mesmo depois que a Dilma pediu de joelhos para que ele não fosse executado. Não teve jeito, foi fuzilado. E onde está o riso disto, infiel? Na morte do brasileiro nada, mas, no que disseram por que a Indonésia não aceitou o pedido de clemência de Dilma. É que junto com o pedido de perdão para o condenado havia uma proposta de convênio para importar juízes daquele País. Nome do programa: “Mais Juízes”. Se ela queria alguém do petrolão candidato à morte, não se sabe. O que se sabe mesmo é que mesmo sentindo a morte de alguém, não se pode transformar um traficante em herói nacional. Daqui a pouco, com a indignação da Dilma e da querela diplomática que ela começou, o Zé Dirceu não vai ser mais o único "guerreiro do povo brasileiro".

E agora, voltando ao atrasado filme do UOL que, toda semana, leva vocês ao riso, ele é dedicado, quase todo, aos paulistas, o nosso novo sertão. É que até agora ninguém sabe se há racionamento de água ou não em São Paulo. Eu, como bom nordestino lembrei das velhas discussões se havia ou não seca no Nordeste. Saber isto era algo fundamental para a região porque a SUDENE que se sustentou durante décadas a fio dos problemas da região, e em seu quase final de atuação ainda não sabia o que era uma seca, como o governador Alckmin, de São Paulo, não sabe o que é racionamento. E até hoje os paulistas podem até morrer de sede mesmo que nunca tenha havido racionamento d’água, como aqui no Nordeste, enquanto as autoridades não decretassem que havia seca, parecia chover em toda região.

E assim se passaram anos e anos de SUDENE e ainda não temos como dizer se ainda há seca no Nordeste ou não. Pela minha experiência em São Paulo, quando lá estive, já havia racionamento. Graças a Deus, hoje a SUDENE é só um prédio de referência.

E como não poderia deixar de ser, o “piti” da Marta Suplicy não poderia faltar. É que ela andou dizendo que o “o PT ou muda, ou se acaba”. Mas, com sempre, não disse para onde deve mudar e o que era se acabar. No filme ela faz algumas acusações ao novo Ministro da Cultura, o Juca Ferreira, dizendo que ele agiu como um petista na gestão passada. E como todos sabem, hoje, ser chamado de petista é uma ofensa maior do que aquelas feitas pelo Charlie Hebdo ao profeta Maomé. E nesta caso sim, o Papa poderia propriamente dizer:

“Se alguém me chamar de petista, leva um murro na cara”.

E aí, pelo que vem ocorrendo nos últimos tempos, eu nem criticaria o Santo Padre, porque sei, que neste caso, nem Jesus aguentaria, quanto mais outro profeta qualquer.

Ainda estão aguentando de tanto de tanto rir? Então preparem-se para morrer agora. O Cerveró foi preso. Sim, aquele mesmo, que mantém um olho no peixe e outro no gato e que foi motivo de tanto riso pelos infiéis que, se ele fosse o Profeta Maomé, não ficaria um humorista, deste país, vivo.

Agora fiquem com o resumo do roteiro do filme, feito pelo pessoal do UOL, e depois vejam o filme e descubram se há ou não racionamento em São Paulo. E se a Dilma sabia.

“Escuta Essa! Sem água, Alckmin pede Raul e vira metamorfose ambulante. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), virou a “Metamorfose Ambulante”, cantada por Raul Seixas. Depois de ao menos um ano de crise, o tucano admitiu, finalmente, que há racionamento de água. Mas ele logo voltou atrás. Disse que foi mal interpretado e que não há racionamento. De qualquer forma, a situação é grave. Com pouca chuva, o nível dos reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo continua caindo.

E a senadora Marta Suplicy (PT) disparou “fogo amigo”. Ela criticou o próprio partido, a presidente Dilma Rousseff e o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. E ainda fez denúncias contra o ministro da Cultura, Juca Ferreira.

Na operação Lava Jato, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró foi preso pela Polícia Federal ao chegar ao Brasil.”