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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A semana - O Temer largou a Dilma, o "Lula Pixuleco" é esfaqueado e o Janot se livra de Collor...


Lula Pixuleco na Avenida Paulista


Por Zé Carlos

Bem, meus caros e minhas caras, começamos outra semana. E como é boa a nossa situação em poder comentar o que passou, pois em cada começo de semana no Brasil, não temos certeza de como ela terminará, e o que é pior: Se terminará mesmo! Então já começamos alegre por chegar ao fim de mais uma delas. E vamos à luta pela morte pelo riso, que a cada semana é a nossa meta, e que sempre tentamos dobrá-la.

E, como não poderia deixar de ser, mais uma vez, nossa musa, a Dilma, brilhou como nunca em sua tarefa de humorista número um do Brasil. Logo na segunda-feira, com alegria incontida no peito, por saber que o Fernando Baiano, sim, aquele mesmo que era um operador de pixulecos do PMDB, ter resolvido ser mais um dos 312 delatores premiados da Operação Lava Jato, e que, assim sendo, o Eduardo Cunha, hoje o pior inimigo de nossa musa, poderia ser mais defenestrado do que o que já está.

Dizem que ao receber o Temer no Palácio, que foi lá para dizer que não aguentava mais ser o coordenador político do governo, porque o Levy não lhe dava nenhum tostão para molhar as mãos dos parlamentares, ela, a Dilma, o recebeu com um sorriso imenso dizendo: “Viva o Baiano!” E o Temer sem entender nada, respondeu: “Viva!”, para, com sempre não contrariar à chefe. Ora, o que ele iria dizer a Marcela em casa se chegasse com um olho roxo? E declarou que estava deixando a coordenação, mas, estava se colocando à disposição para auxiliá-la e que agora via tratar da “macropolítica”, pois com a “micropolítica” não arranjou nem moedinhas de 1 real com o Ministro da Fazenda. Alguns analistas cruéis dizem que no dicionário político de Temer “macropolítica” que dizer impeachment da nossa musa, e “micropolítica” que dizer “nomeações”, e estas o Mercadante não deixou ele fazer nenhuma. E Dilma para não perder a piada disse: Eu entendo Temer, mesmo com todo esforço para emagrecer eu não estou à altura da Marcela, provocando um riso contido da bela Marcela quando leu a reportagem.

É previsível que quem ficou feliz com o afastamento do Temer da coordenação política da Dilma, foi o Eduardo Cunha, nosso “Cunhão”. Disse que o Temer foi muito sabotado pela Dilma e que não tinha condições de fazer trabalho nenhum e está doido que o PMDB desembarque logo do governo, inclusive pleiteando que seja antecipada a convenção do partido para que se decida logo se o PMDB fará humorismo fora ou dentro do governo. Ora, todos sabemos que o PMDB nunca esteve nem fora nem dentro do governo por mais de 30 anos, e qualquer tentativa de definição será inútil. O partido gosta é daquilo. E que é aquilo? Perguntem a Renan ou ao Cunhão, e riam com as respostas.

Porém, com disse no início desta coluna, a Dilma, esta semana, foi incansável em nos fazer rir. Primeiro, mandou anunciar que iria acabar com 10 ministérios, dos 39 existentes. Quando alguns assessores perguntaram quais seriam, ela apenas disse que só aceitaria os ministérios cujos ministros ela teria visto nos últimos seis meses. E, vendo o que viria como resposta, disse-lhes logo: “Aqueles reuniões ministeriais não valem, pois não consigo enxergar quem está do outro lado da mesa!” Realmente, quando vemos um reunião do ministério observamos sempre que não há mesa capaz de comportar todos ministros. Poder-se-ia cogitar de fazer reuniões na Arena Mané Garrincha. No entanto, quando lhe perguntaram de quantos ministro ela lembrava do nome, ela só citou três: O Mercadante, o Levy e o Eduardo Cardoso. E deu uma bronca danada no assessor bisbilhoteiro quando ele perguntou: “Mas, presidenta, a senhora nem se lembra do nome do Ministro da Educação de nossa Pátria Educadora?”. Na lata, ele respondeu: “Você pensa que eu sou burra? Você quer ser demitido? Não é aquele que adora ciclovias?”.

Bem, nem é preciso dizer que todos sorriram por fora e gargalharam por dentro com a resposta. E em segundo lugar, ela, depois de um encontro com Levy, o mendigo, que também é Ministro da Fazenda disse: “Olha, o Levy me confidenciou que não tem mais dinheiro nem para o papel higiênico no Planalto, e que precisamos arranjar de qualquer jeito antes que a coisa feda demais. E eu já tenho uma solução, que como sempre veio do FHC, mas, não precisa espalhar isto. Mandem o Ministro da Saúde declarar que vamos recriar a CPMF.” E não deu outra. Logo em seguida o Ministro da Saúde, todo alegre e pimpão anunciou a criação do CIS. Todos já sabíamos que CPMF significava Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, e soubemos também que de contribuição e de provisória ela não tinha nada. Então o Ministro da Saúde, que, certamente, deve ter ido a um psiquiatra do SUS, sugeriu a mesma coisa com outro nome: CIS. Que significa de Contribuição Interfederativa da Saúde. Que ministro inteligente, que sentimento nobre, parece até o gato que descomia dinheiro nas estórias do Ariano Suassuna. Miava de dor tanto na ida como na volta. E depois de todos entrarem quase em comoção com o anuncio, a nosso musa, Dilma, chegou à conclusão que as moedas eram muito grande para tirar e botar no rabo do gado e disse que desistira da CPMF ou CIS, seja lá o que se chamasse. Foi uma risadaria geral que ela está pensando noutro imposto e que, provavelmente o chamará de Contribuição Única.

Mas, o fato mais cantado em prosa e verso da semana foi a sabatina do Janot, sim, o hoje Procurador Geral da República pela segunda vez que, nomeado por Dilma, a quem Collor, cara a cara na sabatina chamou de “Vazador Geral da República”. E o filme desta semana, do UOL trata disto lá embaixo. No final, a sabatina, em termos de humor ficou por conta dos dois desafetos, Janot e Collor. Podem comprovar que antes do Collor falar a sala tinha tanta gente que o presidente da sabatina teve que cortar um dobrado para conseguir silêncio. Depois do Collor falar, só se ouvia o silêncio. Minto, uma certa hora, se ouviu uma voz pedindo “pela ordem presidente”, o presidente, dentro de suas altas funções, respondeu: “Com a palavra a senadora Vanessa Graziottin”. Como vocês vão ver no filme, foi um alarido geral com dentes à mostra. Eu, que sou de Bom Conselho, fiquei foi triste, pois quem estava pedindo “pela ordem” era Randolfe Rodrigues que dizem, só não nasceu lá porque ainda não havia maternidade naquela terra abençoada por Deus e esquecida pelos coronéis. Ainda bem que o Humberto Costa e o Anderson Rodrigues, que têm o mesmo timbre de voz, nasceram em outro lugar. Se não fosse assim iria que pensar no Agreste Meridional só nasce gente que fala fino. Seria preciso que o Lula desmentisse que ele também nascera na região.

E por falar em Lula, nosso colaborador em tempo integral e dedicação exclusiva, ou quase, tinha andado meio calado por aí, sem dar o ar de sua graça. Esta semana ele voltou e voltou com todo o gás, declarando:

“Não posso dizer que sou, nem que não sou [candidato]. Sinceramente, espero que tenha outras pessoas para serem candidatas. Se a oposição pensa que vai ganhar, que não vai ter disputa e que o PT está acabado, ela pode ficar certa do seguinte: se for necessário, eu vou para a disputa e vou trabalhar para que a oposição não ganhe as eleições”

Ninguém conta, mas deve ter havido um estrondoso acesso de riso dentro do estúdio da Rádio Itatiaia onde ele concedia a entrevista. Todos sabemos que, em termos eleitorais o Lula, dito por ele mesmo, encontra-se no “segundo volume morto”, e sem chance de lá sair, como provam as pesquisas. Todavia, seu espírito zombeteiro não cessa e por isso o estimamos tanto aqui.

E por que o estimamos? Porque o povo de São Paulo o adora. Imaginem vocês que o Pixuleco, sim, aquele boneco do Lula como presidiário de número 13-171, que tanto sucesso fez em Brasília nas manifestações do dia 16, agora veio para São Paulo. Foi um sucesso tão grande que dizem, ontem, domingo, havia mais gente para ver o boneco do que a Marcha da Mortadela dos movimentos sociais. A nota destoante deste sucesso do Lula Pixuleco foi que um militante do PT, de uma corrente pró-Mercadante, confundindo o boneco com a pessoa tentou ceifar sua vida a golpe de estilete. Ainda bem que o boneco foi levado às pressas para o SUS e lá não tendo vaga, foi levado ao hospital, onde normalmente o Lula fica à vontade,  Sírio-Libanês, onde foi operado de urgência, e hoje já se encontra bem de saúde e está dando seu espetáculo na Avenida Paulista. Eu sei que hoje, em termos de pesquisas eleitorais o Lula já está mais enterrado do que o “volume morto”, mas, o Lula Pixuleco venceria fácil qualquer eleição.

E querem rir mais ainda? Ele declarou à mesma rádio que houve erros no governo Dilma, e continua altaneiro:

“... Se não tivesse erros a gente não tinha chegado aonde nós chegamos. A Dilma reconhece que houve erros. Acho que houve alguns equívocos nossos na questão econômica e que a Dilma tentou consertar quando propôs o ajuste fiscal”.

Quando o entrevistador deveria já não aguentar mais a vontade de rir, ele destampou:

“Eu até gostaria de ter sabido antes. Eu não sabia, a Polícia Federal não sabia, a imprensa não sabia, o Ministério Público não sabia, a direção da Petrobras não sabia. Só se ficou sabendo depois que houve um grampeamento e pegou o tal do Youssef, que já tinha muitas passagens pela polícia, falando com outros caras”.

Bem, a estas alturas não havia mais ninguém na redação pois estavam rindo da velha piada do nosso Lula: “Eu não sabia de nada!”. É o nosso inocente. E viva o Lula Pixuleco!

Só para não dizerem que esta coluna é incompleta e não aborda todos os fatos importantes, tenho mais um que assim considero. A acareação entre o Alberto Youssef e o Paulo Roberto Costa, o Paulinho de Lula. Foi a primeira vez que vi um show de humor estrelado por dois bandidos, tendo como audiência um mundo de autoridades. E a plateia chegou ao ápice da atenção quando uma das autoridades inquiridoras, mostrando um semblante raivoso, disse que ficava chateado porque um dos bandidos dissera que havia algum deles o intimidando e resoluto perguntou: “Quem é esta autoridade?”. Foi quando o Youssef declarou: “É o senhor mesmo!”, mostrando que o ditado lá do nosso interior estava sempre certo: “Quem primeiro sentiu do ... saiu!”, fazendo com que o Celso Pansera, tentasse colocar a viola no saco, mas, não encontrava um saco tão grande para caber tal viola, antes do riso generalizado. E este é agora o nosso mundo político, onde até bandido pode estrelar shows. Aguardemos os próximos.

Fiquem abaixo com o resumo do roteiro do filme, pelos roteiristas do UOL, e a seguir não percam o próprio. E só tenho a esperar que a semana que vem ainda termine.

“Na charge política desta semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, teve que encarar um irritado Fernando Collor de Mello na sabatina de sua renomeação ao cargo. Mas as tensões não pararam por aí: Alberto Youssef, preso pela Operação Lava Jato, protagonizou uma pequena reviravolta em outro momento, e outro senador foi confundido por conta do timbre.”


sexta-feira, 28 de agosto de 2015

A sabatina do Janot: "Pau que dá em Chico, dá em ...."




Por Zezinho de Caetés

Quarta-feira eu perdi uma tarde da minha vida, vendo a sabatina do Janot. Como todos sabem, para que um Procurador Geral seja empossado, o candidato tem que passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, para que seja, aquilatada a sua capacidade em exercer o cargo. Ora! No caso do Janot, ele já estava lá há dois anos, então para que toda aquela pantomima, onde havia mais gente da imprensa do que parlamentares?

Todos estavam lá, talvez, pelo mesmo motivo que eu. Para ver o Collor sabatinar o cara de quem ele xingou a mãe, e o colocou mais baixo do que o segundo volume morto das barragens paulistas. E há um explicação plausível para nosso comportamento, que revela um certo voyeurismo mórbido. Em 1989 ele ganhou uma eleição, descobrindo que o Lula tinha um filha por fora, e não dizia nada a ninguém. Pensar que ele perdeu a eleição por isto, não é trivial. Se fosse num país civilizado ele não seria sido nem candidato.

E ontem, como um escorpião da estória, mostrou que não perdeu sua natureza. Chegou até a xingar um morto, que era o irmão do candidato Janot. Foi chocante, e por essas e outras ofensas, uniu todos os senadores, que aprovaram o candidato por quase unanimidade. Ou seja, foi mais uma do Collor, que ainda não foi para a cadeia porque no Brasil, quando acontece o que aconteceu com o Zé Dirceu, até parece um milagre. Mas, não percamos a esperança na Lava Jato.

No mais, a sabatina foi uma repetição de coisas e propaganda partidária. Até o Humberto Costa, aproveitou para fazer uma série de perguntas, embora não tenha feito a que mais lhe interessa: Quando ele será denunciado? Citações na Lava Jato não lhe faltam. Como também não faltam nem a Dilma nem a Lula.

E agora, que o Janot já foi aprovado, vamos ver se ele denuncia o Renan, ou se a Agenda Brasil, o livrou disto, no chamado “acordão”, que até agora o salvou. Não vi ninguém perguntar a respeito, mesmo quando lembravam do Procurador da época do FHC, chamando-o o “Engavetador Geral da República”. Uma senadora do Rio Grande do Norte, usou tanto este apelido, em sua participação na sabatina, que deixou lívido o Janot, pensando nas outras denúncias que tem que fazer, se não quiser ser lembrado como “Escondedor Geral da República”.

E por que digo que perdi tempo? Por um motivo muito simples. Ouvi que a Dilma não pode ser investigada pelas “pedaladas fiscais”, porque ela é uma ciclista antiga, e as pedaladas foram dadas na sua gestão passada, e não nessa agora. Ora, senhores! Todos sabem que o efeito das pedaladas só fizeram efeito agora no peso da Dilma e na economia brasileira, e então, tem-se que contar também o tempo dos efeitos os efeitos. A briga jurídica sobre este pronto é o mote do momento nos meios da turma de toga.

Estamos no aguardo das atitudes do Janot e na solução deste impasse do qual depende a solução de nossa crise. E ainda acreditando em sua principal frase na sabatina: "Pau que dá em Chico, dá em Francisco", esperamos que "pau que dá em Collor, dá em Dilma, dá em Lula, como deu em Zé Dirceu".

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Os péssimos antecedentes de Dilma




Por Zezinho de Caetés

Bem meus senhores, esta semana vai ser um prato cheio para a coluna do Zé Carlos na segunda-feira. Só dá a Dilma, nossa gerenta presidenta imprevidenta incompetenta e portanto só dá piada. Ela está se superando na capacidade de dizer besteiras, e, agora, cismou, que quer ser outra mulher, tornando-se uma gerente presidente previdente e competente, e isto deverá acontecer, segundo ela própria, mudando tudo o que disse antes. Ela não chegou nem a fazer como o FHC que pediu para esquecer tudo o que ele escreveu, porque ela não sabe escrever. Talvez, dissesse: Esqueçam tudo o que eu falei!, mas, nem para isto ela tem coragem.

Continua a mentir tanto que, mente tão completamente que acredita em tudo que deveras mente. Não sei se a paráfrase do Fernando Pessoa é boa, mas, é adequada. E isto é o pior. Certas horas ela parece acreditar que está realmente dizendo a verdade. Ou ela estaria seguindo a velha propaganda nazista de que uma mentira muito divulgada termina se tornando verdade? Eu acredito mais nesta segunda versão.

E para demonstrar minha tese, deixo-os com um texto da Miriam Leitão, publicado no O Globo (26/08/2015 – “Os antecedentes”), onde ela mostra uma das entrevistas da série que o Jornal Nacional fez com os candidatos da campanha eleitoral. Leiam-no e descubram porque os “antecedentes” da Dilma, também são péssimos.

“Quem comparar o que a presidente Dilma falava há um ano e o que ela disse esta semana concluirá que são duas pessoas. O que dizia é o oposto do que diz. Os casos de divórcio entre a então candidata e os fatos foram muitos na campanha. No “Jornal Nacional” do dia 19 de agosto de 2014, Dilma afirmou que a inflação era zero e que pelos “indicadores antecedentes” o país estava retomando o crescimento.

Em entrevista aos três maiores jornais na segunda-feira, Dilma disse: “Fico pensando o que é que podia ser que eu errei”. Ela mesma respondeu que o erro foi ter demorado tanto a perceber a crise. Em seguida, justifica o erro. “Não dava para saber em agosto. Não tinha indício de uma coisa dessa envergadura.”

Exatamente naquele agosto, em que a presidente acha que não dava para saber, o jornalista William Bonner fez a seguinte pergunta para ela, com riqueza de dados e indícios de crise de grande envergadura:

“A inflação anual, neste momento, está no teto daquela meta estabelecida pelo governo, está em 6,5%. A economia encolheu 1,2% no segundo trimestre deste ano e tem uma projeção de crescimento baixo para o ano que vem. O superávit deste primeiro semestre foi o pior dos últimos 14 anos. Quando confrontada com esses números a senhora diz que é a crise internacional. Aí, quando os analistas dizem que 2015 vai ser um ano difícil, um ano de acertos de casa, que é preciso arrumar a economia brasileira e, portanto, isso vai impor sacrifício, vai ser um ano duro, a senhora diz que isso é pessimismo. E aí eu lhe pergunto: a senhora considera justo, olhando para os números da economia, ora culpar o pessimismo, ora culpar a crise internacional pelos problemas? O seu governo não tem nenhum papel, nenhuma responsabilidade nos resultados que estão aí?”

Dilma respondeu:

“Bonner, primeiro, nós enfrentamos a crise, pela primeira vez no Brasil, não desempregando, não arrochando os salários, não aumentando os tributos, pelo contrário, diminuímos, reduzimos e desoneramos a folha. Reduzimos a incidência de tributos sobre a cesta básica. Nós enfrentamos a crise, também, sem demitir. Qual era o padrão anterior...”

Bonner: “Mas o resultado, no momento, é muito ruim, candidata.”

Dilma: “Não, o resultado no momento, veja bem...”

Bonner: “Inflação alta, indústrias com estoques elevados, ameaça de desemprego ali na frente.”

Dilma: “Veja bem, Bonner. Eu não sei, eu não sei da onde que estão seus dados, mas nós estamos...”

Bonner: “Da indústria, candidata.”

Dilma: “Nós temos duas coisas acontecendo. Nós temos uma melhoria prevista no segundo semestre. Vou te dizer por quê.”

Bonner: “Isso não é ser otimista em contrapartida ao pessimismo que a senhora critica?”

Dilma: “Não. Não. Você sabe, Bonner, tem uma coisa em economia que chama os índices antecedentes. O que que são os índices antecedentes? A quantidade de papelão que é comprada, a quantidade de energia elétrica consumida, a quantidade de carros que são vendidos. Todos esses índices indicam uma recuperação no segundo semestre, vis-à-vis ao primeiro. Além disso, a inflação, Bonner, cai desde abril, e, agora, ela atinge, hoje, se você não olhar pelo retrovisor e olhar pelo que está acontecendo hoje, ela atinge 0%. Zero.”

Este é um exemplo. Em todas as entrevistas, Dilma foi confrontada com os dados, em todas ela os negou e atacou adversários que apontavam a necessidade de ajuste, que defendiam o corte de ministérios e a redução dos gastos do governo. Era possível saber. Difícil era ignorar os abundantes indicadores antecedentes de que o Brasil estava entrando numa crise pelos erros cometidos pelo governo.


A distância da realidade continua, ainda agora. Na entrevista de segunda-feira, ela defendeu o ex-presidente Lula e disse que a oposição incentiva contra ele uma “intolerância inadmissível”. E acrescentou: “A intolerância é a pior coisa que pode acontecer numa sociedade, porque cria o “nós” e o “eles”. Isso é fascismo.” Quem mais incentiva essa divisão é o grupo político da presidente. Aliás, houve um comício em 2014 em que o ex-presidente Lula gritou do palanque: “agora é nós contra eles”. Isso depois de citar como sendo “eles” dois nomes de jornalistas: o de William Bonner e o meu.”

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Sabatina de Rodrigo Janot - TV Senado


Dilma, gerenta presidenta imprevidenta, chega de embuste!




Por Zezinho de Caetés

Ontem, por alguns momentos, fiquei vendo a sessão da CPI da Petrobrás, onde estava sendo feita uma acareação entre dois bandidos, o Alberto Youssef e o Paulo Roberto Costa, sim, o que Lula chamava de Paulinho. E o melhor momento do trecho que vi foi a fala de um deputado que colocou os pingos nos is e disse em alto e bom som, mais ou menos, o seguinte, voltando-se para Paulinho: “O senhor está protegendo o seu chefe supremo, o Lula!”. Acreditem, não houve nem um zum-zum-zum no salão, dada a já aceita verdade da frase. Foi mais uma prova de que ainda falta pegar o chefe, e pelo menos este deputado apresentou um pedido para que o Lula compareça à CPI, antes de aparecer na Lava-Jato.

O que todos os dois bandidos admitem e concordaram é que a Dilma sabia de tudo. Apesar dela sempre dizer que não sabia de nada, e ficar passando atestado de burrice para seus súditos.

Por falar em não saber de nada, ela está seguindo o chefe supremo que a aconselhou a rodar por este país afora, inaugurando obras e falando em ambientes fechados e blindados para o povo. E ontem ela compareceu a Catanduva, estado de São Paulo, para inaugurar mais um conjunto habitacional do Minha Casa, Minha Vida, e lá, falando a uma rádio local, disse que a situação de 2016, não vai melhorar. Parece que ela caiu na real e descobriu, que enquanto ela estiver lá pelo Planalto, a coisa tende a piorar. E não adianta dizer que ela reina mas não governa. Melhor seria dizer que ela não governa mas atrapalha. Vide o Temer, que terminou desistindo. E o chefe supremo só não desiste, porque tem o rabo preso.

Sobre a Dilma cair na real, eu transcrevo abaixo o bom texto do Hubert Alquéres, a que ele intitula “Caiu na real?” (Blog do Noblat de hoje), assim mesmo em forma de pergunta. Antes de vocês o começarem a ler eu tento responder à pergurnta, dizendo: Caiu nada! Muito pelo contrário, pela entrevista que deu a alguns jornais ela está é saindo da real.

Ela declarou em entrevista, que não sabia do envolvimento do PT, nem no mensalão, e nem no petrolão, e só faltou dizer que o Zé Dirceu estava preso porque teve a lança de guerreiro do povo brasileiro apreendida numa blitz pela polícia paulista. Ainda mais declarou que a situação do Brasil estava ruim, porque ela não conseguiu prever que a crise econômica seria tão forte. E com sempre agora a culpa é da China e dos países imperialistas, que é a cantilena dos bolivarianos.

Enquanto ela posa de Carolina, aquela do Chico Buarque, que viu o tempo passar na janela e só ela não viu, o desemprego e a miséria explodem por este país a fora. E só falta vir à luz o chefe supremo para dizer, que temos uma crise, mas hoje todos estão protegidos pelo Bolsa Família. Eu apenas repito a Lucinha Peixoto, que dizia, numa hora destas: “Cruzes!!! Quanta desfaçatez”.

Fiquem agora como Hubert, que eu vou cuidar de minhas faixas para próxima manifestação pelo impeachment de nossa gerenta imprevidenta presidenta. Chega de embuste!

“Até ontem se vendiam ilusões. De forma exaustiva, a presidente Dilma Rousseff repetia: a crise é passageira e a retomada do crescimento se dará logo, logo. No máximo, admitia 2015 como o ano da “travessia”. Tudo, no entendimento do governo, era uma questão de vontade política, como se a economia fosse movida pela fé.

Não faltaram alertas, mas a presidente e sua equipe continuaram a viver em um universo próprio, vendendo uma imagem de um Brasil inexistente e creditando a ela e aos seus, o dom da infalibilidade.

Propositadamente, estabeleceram o anátema e interditaram o debate econômico, taxando de pessimista e de torcer contra o Brasil, quem não rezava por sua cartilha. Mensagem, aliás, que Lula e Dilma fizeram questão de transmitir nas inserções televisivas do PT que foram ao ar no último sábado.

De repente e meio contrariada, Dilma dá o braço a torcer e admite que durante a campanha eleitoral errou na avaliação da crise econômica, demorando a perceber sua gravidade.

Aqui surge um primeiro problema: a letargia do seu governo.  Afinal, como explicar a nós, simples mortais, que só agora Dilma descobriu que um ministério mastodôntico, com 39 cadeiras, é um prêmio à ineficácia?

Mesmo desconsiderando a demora da presidente para enxergar o que todo mundo já via, resta a questão principal: os brasileiros podem respirar aliviados porque, finalmente, a primeira mandatária do país teria caído na real?

Óbvio que não. Como deixou claro em sua entrevista aos três principais jornais do país, a presidente continua a atribuir ao fator externo, à queda das commodities, a causa da crise. Não há, note-se, a mais leve referência ao desastre da “nova matriz econômica” adotada em seu primeiro mandato.

A crise, no entendimento presidencial, é culpa dos Estados Unidos, da União Europeia e, agora, da China. O máximo de erro que a presidente admitiu foi o de não ter percebido que os tempos da “bolha das commodities” já tinham passado e só ela, debruçada na janela, não viu.

Não viu e não ouviu. Nem as críticas quase unânimes dos analistas econômicos nem o seu ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, que vive se queixando pelos quatro cantos de ter, por diversas vezes, chamado a atenção da presidente sobre a necessidade de reajustar os preços da gasolina e da energia, de conter os gastos públicos. Mas ela simplesmente fazia ouvidos de mercador.

O primeiro dever de um governante é enxergar a realidade tal qual ela é. Só assim poderá agir para modificá-la.  Dilma poderia ter economizado tempo e milhares de reais dos brasileiros.

Deveria ter observado o crescimento de moradores de ruas, de vendedores ambulantes em semáforos e das novas favelas que surgem a cada dia. Bastaria uma passadinha na feira, em um supermercado; andar pelas ruas e ver dezenas de pequenos negócios dando lugar a placas de aluga-se.

Há tempos o Brasil paga o preço da ficha que só agora Dilma admite que caiu.


Se é que caiu mesmo.”

terça-feira, 25 de agosto de 2015

A "Nova Dilma" quer sair do volume morto




Por Zezinho de Caetés

Minha semana começa logo após a semana do Zé Carlos, ou até mesmo na quarta-feira, quando há outros escritores. Já me habituei a ser um tapa buracos da coluna, mas, não reclamo. Enquanto para ela não escrevo, vivo tentando criar o movimento em prol do pagamento do 13º salário aos aposentados, e quando a Dilma soube disto, não quis me enfrentar. Já anunciou que vai pagar tudo quando setembro vier.

E é em homenagem à nossa gerenta presidenta que começo este escrito, citando o Josias de Souza que ontem escreveu:

“Dilma Rousseff está na bica de anunciar ao país que é uma outra mulher. Desde 1º de janeiro de 2015, dia em que tomou posse do seu segundo mandato, Dilma é outra. Decidiu que quem ela foi até a campanha presidencial do ano passado não estava preparada para governar o Brasil. Foi boa enquanto durou. Mas era cega. E agora é outra.

Reeleita, Dilma revela-se ao país aos poquinhos, para não chocar as crianças. Até o final de setembro, ela extinguirá dez dos 39 ministérios que, em campanha, defendia com vigor (veja vídeo). Finalmente, Dilma poderá comunicar ao país que já é 100% outra.

A nova Dilma é uma mulher assim, do mesmo tamanho, só que bem mais magra. Faz dieta e pedala diariamente. Continua filiada ao PT. Mas decidiu ser mais realista do que o PSDB. Por isso abandonou todas as suas convicções. Já tinha mudado no macro, abraçando o Joaquim Levy e rendendo-se ao liberalismo. Agora, muda no micro, prometendo enxugar a Esplanada. Faz por pressão o que deixou de fazer por opção.

Dilma só não mudou duas coisas. Manteve o mesmo nome, para não ter que trocar os documentos. Manteve também sua crença no Todo-Poderoso. “Minhas relações com Lula são as mais próximas”, disse nesta segunda-feira (24). “Quem tentar me afastar dele não conseguirá.'' Lula e'o pastor de Dilma. E nada lhe faltará.”

Então, agora que os brasileiros se animem porque vem aí a “Nova Dilma”. E a pergunta que não quer calar é: Será possível alguém mudar tanto assim? Ora, meus amigos, quem conviveu com o Lula e que o acompanhou durante todos estes anos, já pode afirmar, certamente, que isto, além de ser possível, é saudável e salutar, para manutenção daquilo que eles gostam mais: o poder. Lula mudou tanto que nem sua própria terra, Caetés, o apoia mais. O Rafael Brasil, eu não sei. Mas, eu não o apoio há muito tempo.

Ontem ela já anunciou que cortará pela raiz o número de ministérios, é claro, começando por aqueles que nunca foram realmente ministérios, a não ser para abrigar aqueles que se aproveitaram deste período para ficar rico às custas do nosso dinheirinho, principalmente do meu que aposentado sou, e que já atrasei o carnê pela falta da invenção do Getúlio de pagar um mês não trabalhado para alegrar os eleitores.

Aliás, pegando o mote, eu, como um liberal convicto, penso ter sido a CLT o grande fator de atraso do nosso capitalismo Porcina, ou seja, aquele que diz que é sem nunca ter sido. O que se espera agora é que a “Nova Dilma”, para inaugurar com mais brilhantismo sua fase “neoliberal”, é a declaração de privatização da Petrobrás, ou, pelo menos o que resta dela, depois da devassa em seus cofres feitas pelos amigos do PT e quejandos.

E por falar nos “amigos do PT”, vi ontem o Collor espinafrar o Procurador Geral da República chamando-o de “facista” e outros adjetivos mais pesados, embora não tenha chegado ao ponto da defenestração anterior na qual xingou a mãe do Janot. Ou seja, a briga é de cachorro grande, e a Dilma não teve opção, e vai ser outra mulher depois de dizer que já tomou vacina anti-rábica, para enfrentar as feras.


Então que venha a “Nova Dilma”, apesar de não acreditarmos mais em uma palavra que ela diz. Aliás, depois daquela campanha, quem acredita é do PT, que já está quase morto no volume morto.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A semana - Dilma recebe Angela Merkel e toma de 7 x 1, por causa do boneco do Lula




Por Zé Carlos

Todos os meus 10 leitores sabem, este espaço é uma pretensa coluna de humor. E por isso não há nada mais sério na mídia do que ela. Quando dizem que o Brasil é o país da piada pronta, além de ser uma verdade, apenas comprava nossa tese, de que nada é mais sério do que o humor. E neste mês de agosto tudo leva a crer que conseguiremos atingir nossa meta, que é levar o distinto público à morte hilariante, e, quem sabe até dobrá-la.

E agora lembramos que hoje é o dia 24 de agosto. Para quem gosta de história é um prato cheio. Tantos acontecimentos macabros aconteceram na história do Brasil político, neste dia, que os protagonistas da política se esforçaram ao máximo na semana passada, cada um em sua área, para levar os leitores ao desespero com tanto humor, que chamaria de negro, se não fosse vermelho e estrelado.

Logo no início da semana veio a notícia de que o humorista Danilo Gentili que é um concorrente desta coluna, havia comentado aquele atentado ao Instituto Lula, que chamamos aqui de “atentado do traque de chumbo”, dizendo o seguinte: “Instituto Lula forja ataque para sair de vítima e o máximo q conseguem com isso é todo mundo dizendo q pena que o Lula não tava lá na hora”. Quando se esperava uma grande risada lá no Instituto, veio uma ação judicial tentando incriminar o “pretenso” humorista por ele ter assim se expressado. Ora, senhores e senhoras, é uma questão de interpretação. O que ele quis dizer é que o Lula deveria estar lá porque soube que, em sua infância ele gostava de brincar com traque de chumbo. Esta turma é muito carrancuda mesmo. Foi piada, eles são contra. No entanto o juiz que julgou o caso, talvez, entre uma risada e outra disse, entre outras coisas: “Não é possível criminalizar-se, ou censurar-se, a piada.” Isto para essa coluna é um bálsamo porque temos certeza que nunca seremos criminalizados por tentar fazer o povo rir. Tal qual em Berlim, um dia, aqui no Brasil ainda tem juízes de verdade, e sendo assim sabem que não existe nada mais sério do que o humor.

Bem se houver alguém vivo depois da meia noite desta segunda-feira, corre o risco de morrer ao ler o que segue, e pasmem, aconteceu tudo na semana passada. Vocês pensaram que o Instituto Lula terminou a piada denunciando o piadista? Longe disto. Para provar que eles gostam mesmo é de reclamar, não pouparam nem o boneco inflável que representou o Lula tão bem lá em Brasília. Como não tem mais o que reclamarem do FHC, agora criticam o “pixulula”, que no fundo, no fundo é uma prova inconteste de que o Lula, ficará colaborando com esta coluna de forma vitalícia, pois ele não se elege mais nem para inspetor de quarteirão. E vejam bem, quando se pensava que as jocosidades vinham apenas do seu Instituto, eis que ele aparece na propagando do PT, nas inserções de 30 segundos, quase matando todos de rir. Eu vi só um trecho do pronunciamento, porque corri para pegar as panelas e, quando voltei o programa já havia terminado. Vejam o que ele disse: “Com o esforço e a luta de todos vamos controlar a inflação, gerar empregos e derrotar o pessimismo. Podem ter certeza. O Brasil vai voltar a crescer.” Apenas esqueceu de dizer porque o Brasil parou de crescer. Nem a piada de que a culpa é do FHC pode ser usada, porque chamaram um prosélito do neoliberalismo para tentar salvar a besteira que fizeram, o Levy, o convertido, e Ministro da Fazenda de Dilma.

E a melhor notícia da semana, envolve mais uma vez nossa musa inspiradora a Dilma. Vocês não vão acreditar, mas, lembram daquela viagem que ela fez aos Estados Unidos, onde tentou rivalizar como o Obama na tarefa de fazer seus povos sorrirem? Pois é, o Marciano (que não se perca pelo nome) que prestou serviços ao governo brasileiro na referida visita, forneceu à delegação da presidente 25 motoristas, dois ônibus, um caminhão, três vans  e 19 limusines. Cobrou US$ 100 mil, segundo a mídia. E ainda não viu a cor do dinheiro. Vai recorrer à justiça americana, penso eu, porque a justiça de lá está mais ociosa do que a daqui, que não suporta mais nenhum processo, além dos milhares envolvendo a operação Lava Jato. Noutros tempos isto não aconteceria, porque a Petrobrás já teria pago a conta, ou quem sabe, a Odebrecht?

Aproveito o nome do dono da empresa que levou o calote da Dilma, Marciano, para dizer que se um marciano chegasse aqui na semana que passou, pensaria que no Brasil só existiria um político, o Eduardo Cunha, o nosso conhecido Cunhão. Nunca vi um bafafá maior por uma coisa que já era esperada desde que o Cunhão rompeu com o governo Dilma. O que ele esperava? Que ficaria fazendo graça sozinho? O Janot, que é aquele Procurador do qual se esperava que tivesse uma ordem de prioridade das denúncias, as está fazendo de forma aleatória, isto é, jogando tudo na roleta. E, vejam, não sei quem ganhou, mas, os sorteados para ganharem a mega sena do Janot, foram o Cunhão e o Collor, sim, aquele mesmo que já enfrentou tantos processos, que se estivesse guardando as cópias, já poderia viver de vender papel para reciclagem.

E, quem viu a reação do Eduardo Cunha à denúncia, até agora deve estar se contorcendo de riso, quando ele, em entrevista cantou a modinha, muito conhecida pela Dilma:

“... daqui não saio, daqui ninguém me tira...”

Aliás, esta modinha vem se constituindo o hit dos tempos recentes e tem tudo para emplacar no carnaval do ano que vem, pelo menos em Brasília e no Rio de Janeiro.

E, como vimos, nos estertores da semana passada, houve uma manifestação da qual participaram mais de 100 milhões de habitantes, se considerarmos os que ficaram em casa com vontade de ir, para pedir o impeachment da nossa colaboradora maior, a Dilma, ou 100 milhões e 1 porque eu estava lá e não fui computado nas estatísticas. Em represália os chamados Movimentos Sociais, o PT e a UNE, foram às ruas no dia 20 para mostrar com quantos quilos de mortadela se faz uma manifestação. Até hoje, ninguém sabe se esta marcha foi a favor ou contra o impeachment, pois do blá, blá, blá que vimos pode-se concluir tudo.

No entanto, mesmo sem mostrar um grande número de participantes, a marcha dos vermelhos em comparação com as dos verdes-amarelos, mostrou a que veio: Defender o governo da Dilma, no que eles acham que ele tem de bom. O problema é que eles não sabiam explicar porque andaram em ônibus de luxo, mas, comeram mortadela de segunda. Disseram que era culpa do Cunha e do Levy. Este último será culpado, certamente, pelo pagamento dos ônibus, e dará neles outro calote. Afinal de contas estamos em pleno ajuste fiscal.

Será que alguém tirou alguma conclusão de quem venceu nas ruas? Ou seja, o impeachment sai ou não sai? Diante do quadro esquisito em que se encontra nossa política eu lembrei de outra música de nossos carnavais, e não sei porque:

“O coelho sai, não sai?... o coelho sai, não sai”
Não sai, não sai, não sai não!
“O coelho sai, não sai?... o coelho sai, não sai”
Não sai, não sai, não sai não!
Segura o coelho! Segura o coelho, 
Seguro o coelho, que esse coelho é ladrão!...

E por aí chegamos ao nosso filme semanal, que além de tratar das idas às ruas, mostrando a pujança democrática do povo brasileiro, também aborda a visita ao Brasil da Ângela Merkel, sim, a mulher mais poderosa do mundo, de quem Dilma, Cristina Kirchner e Michele Bachelet, morrem de inveja, e ficam dizendo que ela veste muito mal. E o filme mostra outro show de humor de nossa presidente tentando comparar o Brasil com a Alemanha, menos, é claro no futebol. Vejam os gols na narração de Galvão Bueno e tirem suas conclusões.

Vejam logo abaixo o resumo do roteiro do filme dos roteiristas do UOL e em seguida vejam o filme e não percam a contar do placar em nosso desfavor. E, mesmo, ainda restando muito de agosto, tenham uma boa semana.

“A presidente Dilma Rousseff (PT) recebeu em Brasília, nesta semana, a visita da chanceler da Alemanha, Angela Merkel. Dilma não resistiu e fez brincadeiras envolvendo a derrota do Brasil por 7 a 1 para a Alemanha na Copa do Mundo do ano passado. E foi pelo mesmo placar que a presidente foi derrotada esta semana. Entre os gols que ela levou, estão os protestos pró-impeachment, aumento do desemprego, queda da arrecadação e do PIB e aprovação da redução da maioridade penal pela Câmara Federal.”


sexta-feira, 21 de agosto de 2015

A denúncia do "pixuleco" do Cunha




Por Zezinho de Caetés

Faz já algum tempo que não transcrevo textos do imortal Merval Pereira. Não foi por discordância e sim por ausência minha. Ontem, no Globo, num texto que ele chamou de “O ocaso de Cunha”, ele faz considerações sobre o que acontecerá depois da denúncia do presidente da Câmara, pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot.

Talvez seja este o fato mais importante desta semana tendo o mérito de ofuscar as bobagens do Renan com a tal Agenda Brasil, e que, dever-se-ia chamar de Agenda Renan. Afinal, só serve a ele mesmo, se alguém acreditar que não está envolvido com a Operação Lava-Jato. E deixa no ar a pergunta que todos fazemos: E o Renan, por que não foi denunciado?

Aliás, por que o Janot não denunciou outros envolvidos, que é um argumento político para defesa de Eduardo Cunha? Inclusive, alguns sugerem que também deveria ser denunciada, ou pelo menos investigada mais a fundo, a Dilma, sem querer falar do Lula, que já tem trabalho demais para brigar como o “pixulula”.

De uma forma ou de outra, o mundo político pós-denúncia, mesmo não significando o “ocaso” do Cunha, pelo menos alguma sombra pairará sobre sua figura pública. Afinal a acusação é que ele manipulou, nada mais nada menos do que 5 milhões de dólares (embora digam que é mais). Se, pelo menos fosse em real, eu tentaria entender, mas, com a moeda americana nas alturas, eu desisto. É muito “pixuleco” para o meu bestunto.

No entanto, eu suponho que, antes do “ocaso”, o presidente da Câmara pode fazer muitos estragos ao governo Dilma, e como eu acredito que Dilma não é a solução, e sim o problema para o Brasil, qualquer ajuda será bem-vinda para apeá-la do poder, dentro da lei e da ordem constitucional, onde se enquadra o impeachment, como comprovou o próprio PT quando defendia o de Collor.

A oposição, à qual parece que o PSDB se juntou recentemente, depois de ouvir os gritos das ruas, já está se reunindo para propor o impeachment, que, se Cunha não renunciar, vai depender muito dele. Que não renuncie, portanto! E depois do impeachment pode ser preso também.

Fiquem agora com o Merval, e tenham um bom e reflexivo final de semana.

“A partir da denúncia do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o que deve acontecer ainda hoje, o deputado Eduardo Cunha passará de todo-poderoso líder político a investigado na Operação Lava-Jato, o que lhe retira boa parte do poder que esbanjava.

A concretização da acusação fragilizará a posição de Cunha, que enfrentará necessariamente um movimento dentro da Câmara pela sua renúncia ao cargo.  Provavelmente ele ainda tem uma maioria que o apóia, mas ficará exposto à execração de um grupo político suprapartidário que tirará de seus atos a legitimidade.

Se como conseqüência de sua denúncia Cunha acelerar o processo de impeachment contra a presidente Dilma, por exemplo, ficará do ato a suspeita de que se trata de uma retaliação pessoal.

Eduardo Cunha tentou nos últimos dias vários movimentos para reverter sua situação e pelo menos retardar o processo contra si, todos infrutíferos. O ministro Teori Zavascki, que é o relator da Operação Lava-Jato no Supremo, não aceitou os argumentos da defesa de Cunha para retirar da Justiça Federal do Paraná a investigação sobre os contratos de navios-sondas pela Petrobras com a Samsung, pelos quais, segundo delação do empresário Júlio Camargo, Cunha teria recebido propina de US$ 5 milhões.

Nesse mesmo processo, Cunha é acusado de ter usado sua influência política para chantagear a Samsung quando a empresa coreana desistiu do negócio. A Procuradoria-Geral da República, investigando o caso, descobriu que saíram do computador da presidência da Câmara textos de projetos que prejudicariam a Samsung, apresentados por uma deputada ligada a ele.

O Procurador-Geral Rodrigo Janot por duas vezes pronunciou-se sobre acusações de Cunha contra a ação de investigação, uma ao Supremo Tribunal Federal e outra à própria Câmara, respondendo a questionamento do deputado do PSOL Chico Alencar.  Nos dois casos, Janot acusou Cunha de usar a Câmara em seu benefício próprio, sendo acionando a Advocacia Geral da União (AGU) ou acusando os Procuradores de terem invadido a privacidade dos 513 deputados federais para investigar Cunha.

Alguns parlamentares já preparam o pedido de investigação de Cunha pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa, o que pode, em tese, resultar na perda de seu mandato. O hoje presidente do Senado, Renan Calheiros, já teve que renunciar ao cargo quando uma denúncia contra ele foi levada ao Conselho de Ética. Cunha garante que não renunciará, mas o futuro a Deus pertence.

 Mesmo que o movimento seja incipiente no momento, Cunha hoje está isolado politicamente e é provável que passe a ser um fardo muito pesado para ser carregado por seus aliados, que lhe devem favores mas não lealdade. Sua teoria da conspiração de que o governo, mancomunado com o Procurador-Geral da República, montou toda a denúncia contra ele e protegeu políticos que estão aliados ao governo num “acordão” para salvar a presidente Dilma – referência indireta ao antigo aliado Renan Calheiros – não tem base real nem fôlego para motivar a oposição a apoiá-lo, nem vai emocionar seus aliados.


Tanto ele quanto Calheiros montaram inicialmente uma estratégia de proteção, depois de surgirem na lista de Janot de investigados. Os dois tiveram um ativismo político para protagonizarem as ações no Congresso e se passarem por vítimas caso fossem denunciados. No momento da denúncia, Cunha não tem histórico político para se apresentar como vítima de um governo corrupto, e Renan mudou a aposta, mas não é certo que escapará do Ministério Público.”

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

A Agenda do Renan e a mesmice de Brasília


O Pixulula


Por Zezinho de Caetés

O Brasil atual está virando uma mesmice, no que diz respeito a Brasília e adjacências. E assim continuará até que a Dilma, gerenta presidenta Porcina, isto é, a que foi sem nunca ter sido, deixar o poder. Na última semana houve novidades, com as manifestações do povo nas ruas e a descoberta pelo povo de que o Lula é realmente o chefe, porque se não for, é um imbecil completo.

Toda semana, como disse meu conterrâneo, tem gente presa. Não é mais nem notícia de primeira página. Daqui a pouco os presos pela Lava Jato estarão só nas páginas policiais. A não ser que o chefe seja preso. Isto dará manchetes e capas de revistas. Já imagino a capa da Veja, com o “pixulula” de fundo e as letras em vermelho dizendo “Até que enfim!”. Já a Carta Capital dirá, tendo ao fundo a imagem de Lula chorando, “Infelizmente, aconteceu!”.

Talvez, outra prisão que dará manchetes será a prisão de Renan, que é muito simples de bolar: Por exemplo: “A vaca foi pró brejo, sem nota fria!” ou “O cabelo do Renan começou a cair!”, referindo-se àquele implante, que ficou pior do que o do Dirceu e o do Álvaro dias. Ainda outra boa para a ocasião seria: “A Agenda Brasil deu cana!”. Eu optaria por esta última porque eu nunca vi algo tão ridículo como esta salada de metas, que, só chegariam a aparecer se elas fossem dobradas, mas, a Dilma dobrará as metas delas e não as do Renan.

E o Cunha, será preso ou não? Tudo dependerá do que se chamou de “acordão” e do destino do Renan, que depende de Janot, que depende de Dilma que depende do Senado, que depende do Renan e que depende do povo, que não depende de ninguém. Que me desculpe o Drummond.

Eu encontrei um texto que lhes ofereço abaixo para comprovar a mesmice brasiliana. Antes da chamada Agenda Brasil, que foi um esforço hercúleo de Renan (dizem que ele trabalhou mais de 15 minutos nela, copiando e colando o que já havia sido proposto) para se achegar à Dilma e salvar sua pele na Lava a Jato, com a ajuda de Janot, o Procurador Geral da República que esqueceu de procurar a Dilma e agora só procura o Cunha, ele (o Renan) havia dito que o número de ministérios existente era uma excrescência. E é mesmo. São 39 ministérios, o que ultrapassa a capacidade da presidenta para saber os nomes de todos os ministros. E dizem que é por isso que ela não os troca com a frequência necessária.

Mas, pasmem, na Agenda Brasil, como diz o Gil Castello Branco no texto citado (O Globo – 18/08/2015), o Renan esqueceu a “excrescência” em suas metas. Então, o que se espera neste país em que tudo de ruim dobra? Dobrar a excrescência.

E fiquem com o texto, onde as “excrescências” do no Estado inchado são postas de forma didática, até para a “roraimada” Dilma.

“Na semana passada, a piada em Brasília era que se Dilma submetesse Os Dez Mandamentos ao Congresso Nacional, a proposta seria retalhada, e as despesas do céu iriam aumentar. Como Renan Calheiros repentinamente passou de incendiário a bombeiro, o fogo abaixou. Resta saber se a “Agenda Brasil”, proposta por Renan, é apenas espuma, como dito por Eduardo Cunha, seu colega no PMDB e na Lava-Jato.

Espuma ou não, o “pacote Renan” deveria incluir outros temas. Como exemplo, incorporar as dez medidas contra a corrupção propostas pelo Ministério Público Federal, que serão apresentadas como projeto de iniciativa popular. Caso o Congresso Nacional as adotasse, não precisaríamos colher 1,5 milhão de assinaturas. Na mesma linha, Renan poderia agilizar a tramitação de mais de 500 projetos de lei relacionados ao combate à corrupção, muitos dos quais engavetados há anos no Legislativo.

Também fez falta a redução dos 39 ministérios, como sugeriu o próprio Renan na sua (curta) fase oposicionista. A reforma administrativa deveria começar na Presidência da República (PR), que em março passado, tinha exatos 18.388 servidores. Para prestigiar algumas áreas ou para saciar a fome de cargos dos políticos, a PR inchou em quantidade de órgãos e funcionários. Dentro da PR estão nada menos do que nove ministros!

Conforme boletim do Planejamento, a quantidade de servidores da Presidência engloba a Vice-Presidência, a Controladoria-Geral da União, a Advocacia Geral da União, a Agência Brasileira de Inteligência e todas as secretarias com status de ministério: Aviação Civil, Portos, Promoção da Igualdade Racial, Micro e Pequenas Empresas, Assuntos Estratégicos, Relações Institucionais, Direitos Humanos, e de Políticas para Mulheres. Também integram a estrutura da PR a Agência Nacional de Aviação Civil e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários. Uma eventual reunião dos 18.388 servidores da PR no Rio de Janeiro teria que ser realizada no Maracanãzinho.

O ginásio, porém, não seria suficiente para sediar reunião de todos os funcionários públicos federais lotados no Rio de Janeiro. Aliás, diga-se de passagem, nem o Maracanã, que após as reformas só pode abrigar 78.838 pessoas. Acreditem ou não, apesar de a capital ter sido transferida para Brasília há 55 anos, no Rio estão lotados 102.623 servidores públicos federais ativos do Poder Executivo. No Distrito Federal são 70.251.

Outra curiosidade são os quase cem mil cargos, funções de confiança e gratificações existentes apenas no Poder Executivo federal. Como o número atual é de 99.850, em breve chegaremos à marca histórica, provavelmente recorde mundial. Somente os chamados cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS) somam 22.559.

Tanto a quantidade de servidores como as “comissões” cresceram significativamente nos últimos anos. De 2002 para cá, foram quase 130 mil servidores federais civis a mais e cerca de 30 mil novos cargos, funções de confiança e gratificações. Ainda que as despesas com pessoal em relação ao PIB tenham diminuído, a tribo cresceu, em número de índios e caciques, sem que os serviços públicos tenham melhorado.

Há muitos anos o Estado não é repensado. Na década de 30, Getúlio criou o Dasp para incorporar o “fordismo” à administração pública. Anos depois, Hélio Beltrão preocupou-se com a burocracia e o respeito ao cidadão. O economista Bresser Pereira, apesar de contestado, também trouxe o assunto à tona. Entretanto, a fusão do Ministério da Administração e Reforma do Estado com o do Planejamento não surtiu efeito, pois as questões administrativas perderam relevância. No dia a dia, os cortes orçamentários e a questão fiscal se sobrepõem à discussão sobre o Estado. Assim, inexiste debate sobre como redimensionar ministérios, autarquias, fundações, agências reguladoras, conselhos e comissões, bem como sobre a privatização de estatais e subsidiárias.

Além da “pauta Renan”, urge enxugar a máquina pública e aprovar medidas eficazes para o combate à corrupção, o nosso mal maior. As propostas do MPF tratam de prevenção, aceleração dos processos judiciais, recuperação de recursos, eliminação de brechas por onde escapam os bandidos de colarinho branco, redução das prescrições e agravamento das penas, inclusive aos partidos políticos. A sua assinatura no site http://migre.me/rd57T é importante, tal como no “Ficha-Limpa”.


Enfim, é difícil dizer se todos Os Dez Mandamentos seriam aprovados no Congresso Nacional. No momento, entretanto, o que parece mais importante para a sociedade brasileira é o sétimo: Não roubar!”

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Lula, as manifestações e o "pixulula"


Manifestação em Garanhuns (Blog do Ronaldo César)


Por Zezinho de Caetés

Domingo passado fui às ruas. Foi realmente uma festa cívica, democrática e principalmente, com a cara do Brasil, alegre e jocosa no que concerne às mensagens feitas à mão ou impressas vendidas pelos camelôs a 10 reais (na pechincha). Eu comprei uma que carreguei durante o percurso.

Como não poderia deixar de ser, comprei aquela que homenageava o meu conterrâneo, o Lula, onde havia sua imagem e as palavras de ordem de quase todas as manifestações que espocaram em todos os recantos do Brasil. Não lembro as letras exatas mas tinham mais o ou menos o seguinte teor: “Cadeia para Lula!”. Eu procurei uma réplica do boneco que saiu lá em Brasília que mostrava o Lula como presidiário e com o número: 13-171, e que já cognominara de “pixulula”. Ainda não havia chegado ao Recife, mas, na próxima já deve estar aqui.

Por incrível que pareça, apesar de concordar com os dizeres do cartaz, eu fiquei um pouco triste por ser do mesmo Agreste Meridional que o Lula, e de uma forma ou de outra já tenhamos convivido pessoal e politicamente. Como caiu aquele rapaz! E não foi por falta de aviso e nem por falta motivos o que está acontecendo. Eu sempre me surpreendi como é que ele conseguiu ser mais do que animador de torcida de sindicato. Mesmo, assim votei nele algumas vezes, antes de rompermos na política.

Suas atitudes, atualmente, são de uma pessoa à beira de um ataque de nervos que só os petistas esganiçados não entendem que o que ele queria mesmo era voltar para Caetés e ser esquecido por lá, na Cadeira 13 da nossa futura Academia de Letras. Só que agora é tarde e tem que fazer todo tipo de malabarismo para que a profecia de sua prisão não se cumpra. Eu, hoje, prefiro até que ele vá logo preso porque não tiraria de mim sua imagem de pessoa inteligente e hábil. Porque, pensar que ele não é culpado de nada, é no mínimo passar para ele um atestado de imbecilidade. Quem merece um desses é a Dilma, sua incompetente criatura, mas, esta é outra história.

Estamos falando do Lula, por enquanto, nas manifestações, nas quais finalmente, ele entrou, como já deveria estar desde as primeiras, pelo conjunto da obra. E, nesta pelo menos, foi quem deu mais fôlego aos participantes que quase me deixam mouco com as cornetas e apitos quando se falava o nome dele. Quem era petista ali, e eu sei havia um monte deles, ou, pelo menos simpatizantes, como eu, só lembrava daquelas épocas das diretas já, no qual o público vinha abaixo em aplausos quando seu nome era mencionado. E quem não lembra do “Olê, olê, olê, olá, Lulá, Lulá!? Tudo ficou no passado.

Dizem que no Brasil todo, quase 1 milhão de pessoas foram ás ruas malhar o Lula, quando antes malhávamos o Judas, lá pelo nosso interior. Seria ingratidão? Eu não acho, apesar das suas possíveis boas intenções. Afinal de contas o inferno está cheio delas, e o Lula sabia disto muito bem.

Hoje, a grande dúvida na mídia e no povo é se o Lula vai voltar a reinar. Eu acho, se isto acontecer, realmente, a História voltará como farsa, dando razão aos marxistas de plantão, já que a tragédia já houve.

Hoje li sobre uma polêmica lá no Agreste Meridional, mais especificamente em Garanhuns, sobre uma frase que um grupo levava em uma faixa na manifestação de lá e que dizia:

“O povo de Garanhuns e região pede desculpas ao Brasil pelo filho corrupto. Justiça: Lula na cadeia”.

Vi uma ponderação de um blogueiro, que evita dizer, se para ele a frase é verdadeira ou não, de que a frase é errada, pois o povo é o conjunto de todos e não só um grupo. Ele não sugeriu, mas, o seu raciocínio leva à conclusão de que a frase deveria vir com um abaixo assinado de todo o povo de Garanhuns e região.

E alargando mais seu raciocínio, chegaríamos à conclusão que ninguém poderia falar em nome do povo, a não ser com assinaturas e talvez com reconhecimento de firma. Tenha dó! Eu, como participante do povo daquela região também peço desculpas ao Brasil, e prometo que farei tudo, para que o Lula volte para Caetés, lutando para que ele possa, em dia de reunião da Academia de Letras, possa fazer como Zé Dirceu, saindo da cadeia para ocupar a Cadeira 13.


Desculpem a jocosidade, mas, este é o começo da farsa de que o Hegel falava, de quando a história se repete. Já estou esperando a próxima manifestação do povo.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

BODAS DE PRATA.


Matriz de Bom Conselho - PE


Por José Antônio Taveira Belo / Zetinho


Há um velho ditado ainda hoje presente na atualidade e apregoado no passado - quem é coxo parte cedo. É verdade, verdadeira. A Gazeta estará completando 25 anos de atividades em nosso Município, no próximo ano e qual a comemoração esta sendo preparado para este grandioso evento que se aproxima? A Gazeta é um patrimônio grandioso da nossa gente, e por este Brasil afora. Não podemos ignorar o trabalho que vem realizando ao longo destes anos este veiculo de comunicação que espalha os nossos desejos e as nossas dificuldades através da escrita, imparcial. A grandeza deste periódico é formidável, grandiosa e gratificante. Não podemos ficar inertes para este acontecimento memorável que merece nossa atenção sem dúvida nenhuma.  Nas suas paginas correm os maiores acontecimentos de nossa cidade. É uma importante fonte de informações, que seja na politica, na religiosidade, no quadro social, nos artigos de grandes personalidades que exprime ora, seus pensamentos, ora fatos corriqueiros e principalmente o seu editorial. Quem quer saber o que é Bom Conselho nestes últimos vinte e quatro anos se debruce nas suas páginas iniciais até a presente data. São fatos notórios que orgulha e engrandece o nosso povo. Não se pode negar. É visível. As novas gerações podem e deve muito bem consultar este grande periódico, nos seus estudos escolares e universitários para saber quem é quem durante este tempo, pois este grande jornal revela minuciosamente e com imparcialidade aos seus consultores. Tenho como orgulho e guardo com carinho e muito cuidado os exemplares da Gazeta, há bastante tempo. Quando os folheios gera uma enorme sensação de vivenciar os fatos passados, não tão distante. É como voltar ao passado no presente.   É importante que a sociedade se movimente para festejar este acontecimento que é orgulho de Bom Conselho, de Pernambuco e porque não dizer do nosso Brasil. Não se pode deixar de comemorar e homenagear o grande empreendedor, incentivador e guardião o Senhor Luiz Clério Duarte, batalhador incansável em levar a frente este empreendimento, mesmo saltando e enfrentando as dificuldades que lhe aparece. Filho da terra, depois de alguns anos ausentes mais o coração centrado na sua cidade, voltou ao seu torrão natal no intuito de manifestar o seu amor pela terra que nasceu através das letras e da informação, cresceu dando o seguimento do pensamento do trabalho do seu pai LUCIO DUARTE, tipografo de grande qualidade no manuseio dos tipos na Rua dos Correntões, hoje, Barão do Rio Branco. É a hereditariedade que domina na família Duarte.  Não é fácil se manter tantos anos um jornal do interior levando a todos o que acontece no Município. É um desafio muito grande que a cada ano vem se firmando no seio da cidade de Bom Conselho.  Estive neste meio tempo asseando os 360 exemplares da Gazeta e pude observar com orgulho o passado expresso  em suas paginas já descolorindo. Este quinzenário é uma enciclopédia para pesquisas sobre este tempo que não se apagam, pois o que esta escrito é a pura verdade dos acontecimentos em nossa cidade, sem tirar nem por. São milhares de fotografias das famílias ilustres, dos sacerdotes católicos que passaram pela Matriz da Sagrada Família, dos pastores evangélicos da religiosidade dedilhada na cidade, dos políticos que estiveram à frente do nosso município, prefeitos, vereadores, deputados estaduais, da nossa sociedade, principalmente aquelas fotos que retratam o nosso passado. As fotografias dos nossos casarões e bangalôs do Quadro, da Praça Pedro II com as suas palmeiras centenárias, que atualmente não existe mais, do cinema Rex, do Correto, das Capelas de São Sebastião no Corredor e Santo Antonio no Alto do mesmo nome do santo, da Ermida de Santa Terezinha, lá no alto para que venha chegando a Bom Conselho já comtempla aquele “pontinho” branco lá na Serra, do Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho vizinho ao Seminário dos Capuchinhos e do inesquecível Colégio São Geraldo, do Grupo Mestre Laurindo Seabra, formadores do nossos homens e mulheres que frequentaram as suas bancas escolares e partiram para novos horizontes. Dos nossos professores que nos ensinaram as primeiras letras. Cidade das Escolas é um orgulho nosso do passado e do presente a Escola.  Os artigos, que relembram quem escreveu, como Manoel Miranda, Florisbello Vila Nova, sem o “que” e tantos outros que são destaques na qualidade do escrever, mesmo amador. É estas relíquias que devem ser mostrados a sociedade que não tem conhecimento do valor que evidencia a GAZETA. É hora de reconhecermos este trabalho incansável.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A semana - Dilma oferece comida, Lula, o margarido, come a entrada e Renan e Cunha brigam pela sobremesa


Lula, o margarido


Por Zé Carlos

Esta semana, o ponto alto foram as manifestações a favor do impeachment da nossa principal colaboradora desta coluna, a Dilma. Pelo menos em Recife, onde também fui às ruas, vi a determinação do povo em atender o pedido desta coluna para colocar a Dilma para fora, com o propósito de, assim que ela saia transformá-la em colaboradora permanente, até com a carteira assinada, como já o é o Lula. E todos sabem que o intuito é louvável pelo que ela, mesmo em tempo parcial, tem feito em termos de humor pelo nosso Brasil. Mas, veremos que nem só de manifestação nossos leitores vão rir esta semana. Ainda não temos uma estimativa do público que compareceu para pedir o Fora Dilma e Cadeia para o Chefe (que até agora ninguém sabe quem é), porém, quem sabe, até o fechamento da coluna nós o trazemos lá embaixo. Agora voltemos no tempo.

A nossa musa, a Dilma, agora vive de reuniões sociais, churrascos, inaugurações do Minha Casa Minha vida. Diante de tal capacidade para fazer humor, não poderia ser diferente. Logo nos estertores da semana passada, ela reuniu, na noite do domingo, no Palácio da Alvorada, nada mais nada menos, do que 13 ministros, além do Temer, presidente em exercício, e dois líderes do governo no Congresso. É bom logo dizer que o número de ministros foi apenas para manter a esperança dela no número 13, ainda que ele não tenha sido bom para ela, nos últimos tempos. O objetivo do encontro, pelo menos no oficial, foi que ela iria anunciar medidas concretas para reverter as pesquisas de opinião pública, que a colocam lá na rabeira dos presidentes eleitos no Brasil. Na realidade, tratava-se de mais um “stand-up”, onde as piadas rolaram soltas, e depois foram transmitidas ao público externo pelo Ministro Edinho, sim, aquele que está sendo lavado a jato pelo Sérgio Moro.

Querem saber um resumo deste show de humor? Então segurem-se com a explicação do Ministro:  “A presidente foi eleita para cumprir quatro anos de mandato, e o Brasil é exemplo de democracia para o mundo. Não podemos brincar com a democracia, não podemos brincar com as instituições. A presidente vai cumprir seu mandato e está otimista com a capacidade de a economia responder a esse momento de dificuldade num curto espaço de tempo”. Os presentes devem ter morrido de rir, por dentro, com esta piada. Ou seja, esta frase é igual a frase da Dilma de que não tem meta, mas vai dobrá-la. Ou seja, a Dilma cada dia quer atingir a meta desta coluna que é trazê-la para fazer graça só aqui, para os nossos 9 leitores (agora são 10 segundo me informou um amigo) e deixar o resto da população, sorrindo por dentro.

Mas, para não dizer que não ouve nenhum anúncio de medidas importantes, segundo outro porta-voz da presidência, o nosso colaborador (free lancer), José Guimarães, líder do governo na Câmara, complementou o conjunto das piadas: “A presidente vai liderar um amplo diálogo com as bancadas, com os partidos, com os empresários, com os movimentos sociais. Vai percorrer o país e não há chance de renunciar”. Ou seja, uma das piadas no show da Dilma, foi que ela não tem chance de renunciar. Otimismo de mais é sempre uma fonte de piadas, e com esta, dizem, até o Mercadante, deu um ar de riso.

E o churrasco “stand up” foi tão proveitoso, humoristicamente, que a presidente repetiu o show, agora num jantar, no horário de sempre, mas, agora com outros convidados. Lá estavam, na última segunda-feira, início real desta semana, 21 ministros e 43 senadores. Sabem quem estava lá? O Fernando Collor, sim, aquele mesmo que chamou o Procurador Geral da República de “filho da puta”, na semana passada. Riram? Agora lá vai: Quem foi o senhor da festa foi o Renan Calheiros, sim, aquele mesmo que tem tudo também para aplicar o mesmo adjetivo ao Procurador, e, tenho certeza, o faz, embora não em público. E, pasmem, foi ele, que tomou uma parte do tempo dedicado as piadas de nossa musa, a Dilma, para contar 28 piadas envolvendo os campos da melhoria no ambiente de negócios/infraestrutura, equilíbrio fiscal e proteção social. Foi um verdadeiro desbunde hilariante quando todos caíram na real e descobriram que não existia uma só que não devesse passar pelo Cunhão, lá na Câmara. E aí é que a porca torce o rabo. Ou seja, foi apenas mais um show de nossa musa, neste país do riso. E a ansiedade para o riso, quando ouvidas e digeridas as piadas do Renan, houve uma reunião com o ministro da fazendo, Levy, o enrolado, e já transformaram estas piadas em 43, ou seja quase duplicaram a meta, como aconselha a Dilma, e deram um nome ao seu conjunto: “Agenda Brasil”. Tendo como autor original o Renan, quem espera que de lá saia coisas boas? Só os nossos 10 leitores que adoram rir na segunda-feira.

Estão vivos ainda? Mas, teriam morrido se no parágrafo anterior eu tivesse informado que, neste show, o Collor deu conselhos à nossa musa, para evitar o impeachment. Ele disse que o evitou, renunciando ao cargo. Espero que ela siga o conselho e poupe o trabalho do Eduardo Cunha. É o sujo dando conselho à esfarrapada. E haja riso. E, realmente, este é um país que esta coluna adora. A cada momento é uma piada. Um jornal de grande circulação, noticiou que, no dia seguinte a este jantar, três dos convidados deram entrada no serviço médico da Casa com queixas de indisposição alimentar. É um caso para a Operação Lava Jato investigar os nomes das três vítimas. Isto só pode ter sido tentativa de homicídio através da diarreia. É um crime hediondo porque quem morre se cagando, está com a  vida política acabada. Quem terá sido o, ou a, mandante. Na certa deve ter sido o mordomo.

Quando todos pensavam que a Dilma, nossa magra musa, iria voltar à dieta Ravena, acreditem senhores, ela ofereceu mais um rega-bofe, agora para homenagear o Dia do Advogado. Os convidados representam a “justiça” deste país, e os convidadas eram da Suprema Corte. Estava lá uma boa parte dos ministros, além daqueles que preparam a comida como Temer, Mercadante e outros que lidam na cozinha dela. Todos pensam que eles estavam lá para assistir a mais um show de humor de nossa principal colaboradora. Mas, não era só isto. O maior interesse era mesma a dieta dela. Ou seja, todos estavam de olho na dieta dela. E a comida toda foi preparada para mostrar a todos, do outro poder da República de que dieta como a da Dilma é impossível de existir neste Brasil em crise, e se eles pensarem em impeachment vamos ficar sem suas receitas maravilhosas.

Mas vocês estão pensando que eles desistiram do show de humor? Claro que não. A Dilma dissertou sobre a necessidade de harmonia entre os poderes, ainda lembrando das 28 piadas do Renan, em rega-bofe anterior, e que já se transformaram em 43. Óbvio que teria que ter alguém para pedir para ela “dar uma palhinha” e contar pelo menos uma delas. Então, ela se empertigou toda, com aquela classe de humorista e tascou: “Venda de ativos patrimoniais (terrenos de Marinha, edificações militares obsoletas e outros ativos imobiliários da União)”. A plateia veio abaixo de tanto riso, mas isto apenas quando ela explicou que concordava com a ideia, desde que o resultado da venda fosse devolvido aos índios, para fazer justiça social. Eu, até agora não me contive, com o humor do Renan. Já estou pensando em convidá-lo para colaborar com a coluna. Em tempo, dizem que o Dias Toffoli já se declarou descendente direto do Araribóia, e quer o seu quinhão, na venda.

E, depois de um longo e tenebroso inverno, mesmo sem chuvas em São Paulo, eis que aparece em Brasília, o Lula, travestido de “margarida”, para homenagear a Marcha das Margaridas, que é o braço florido do PT. Dizem que os órgãos públicos gastaram uma nota para alimentar tantas “flores” que lá estiveram para, ao contrário de quase toda nação, gritarem: “Fica Dilma!”, numa atitude de discordância frontal com esta coluna. E lá estava ele, o “Margarido”, digo, o Lula, fazendo a plateia florida ri de novo, embora com piadas antiguíssimas. Por exemplo, disse ele em relação a Dilma: “É lógico que ela pode errar, como eu errei e como qualquer um erra enquanto mãe. Nem sempre a gente faz as coisas que são aceitas 100% pelos filhos. Nós sabemos disso. Mas quando ela errar, ela é nossa. E temos de ajudá-la a consertar. Não julguem a Dilma por seis meses de mandato, porque ele é de quatro anos.”. Só faltou acrescentar: “Tirem ela do volume morto!”. E chorar lembrando de sua mãe, a Dona Lindu, que nasceu analfabeta, como todas as mães, fato que ele como bom filho, contra ele, resolveu protestar também ficando analfabeto pelo resto da vida. Dizem que o encontro foi apoteótico, no Estádio Mané Garrincha, quando a Dilma apareceu e foi entoada a canção que ouvi tanto em minha vida:

Apareceu a margarida, olê, olê, olé
Apareceu a margarida, olê meus cavaleiros...

E o Lula comandava a brincadeira com um chapéu de margarida, já que não tinha nenhum boné do MST.

E foi com o espírito florido que ele, se reuniu com a cúpula do PMDB, em encontro onde estavam os maiores correligionário do PT e do Lula (Temer, Jáder Barbalho, Romero Jucá, José Sarney, etc.), e foi logo reclamando: “Não dá para esperar toda segunda-feira e ver se mais alguém foi preso”, o que, como todos sabem, se tornou uma rotina desde quando o Sérgio Moro começou a levar a sério a ideia de repetir no Brasil a Operação Mãos Limpas, da Itália. Aqui se chamou Operação Lava Jato, talvez, devido a sujeira encontrada não caber num lavatório e nem mesmo na Fontana di Trevi, precisando de mangueiras mais possantes. Eu não sei porque não a chamaram a Operação Rabo Solto, porque só quem tem medo é quem tem o rabo preso.

E quando se pensava que o humor da Dilma fosse apenas par um público interno, coisa que esta coluna jamais permitirá, ela apareceu na TV, para dizer que “jamais pensou em renunciar”. Sei que todos ficarão tristes com a notícia, tanto os meus 10 leitores, que seriam contemplados com seu humor em tempo integral, quanto 70% da população brasileira que diz não apoiar o seu governo. Bem, mas a solução para isto, é o impeachment, assunto que ela disse não responder a respeito, e ficou para o povo responder e, como já vimos no primeiro parágrafo, o povo foi quase unânime em pedi-lo nas manifestações.

Agora, já sabemos que aqui em Recife tivemos mais de 50 mil pessoas, e eu, era uma delas. Meu cartaz dizia: “Dilma, vem para nossa coluna! Congressistas ajudem esta coluna acelerando o impeachment.” Tenho certeza de no dia seguinte os meus leitores aumentarão de 10 para pelo menos 1 milhão e dez leitores, se todos os que foram para Avenida Paulista começarem a lê-la.

Ia até esquecendo filme abaixo, do UOL, que é muito curto esta semana, por uma motivo claro. Seus produtores não tiveram muito tem por terem ido para as manifestações. Mesmo assim, vejam a Dilma dizer, como o Lenine, e para as margaridas e Margarido: “Eu envergo mas não quebro!”. E riam, se ainda aguentarem, pois a semana foi puxada. E até a próxima. Antes do filme, leiam o roteiro de seus produtores.

“Na charge política do UOL desta semana, a presidente Dilma ataca de cantora e diz que "enverga, mas não quebra" enquanto assiste, de camarote, Eduardo x Renan.”