Por Zé Carlos
Lembram que a coluna da semana passada terminou com um PS
(Post Scriptum)? Era o seguinte:
“P.S.: Para esta
coluna não ficar totalmente defasada com os fatos hilariantes, escrevo este PS
para dizer que o Zé Dirceu foi preso, hoje pela manhã. Mas, isto já é assunto
desta semana. Então, continuem sorrindo.”
Eu não sei se os meus 9 leitores continuaram sorrindo. Eu
sim! Porque a semana foi recheiadíssima de fatos hilariantes, além da prisão do
Zé Dirceu. Aliás, este foi talvez o acontecimento do ano, mostrando que o “guerreiro do povo brasileiro” é um
ladrão de dinheiro público, cuja causa era ele mesmo e não o povo. O que eu já
vi de milhões e milhões de reais, casas e apartamentos do Zé, penso que nem o
Fidel, em toda sua vida de roubo dos cubanos, conseguiu atingir. Agora, todos
sabem que o Zé queria era competir com o Fidel e mesmo com o Raul Castro, para
ver quem roubava mais do seu próprio povo. Mas, bastou um jato mais forte do
juiz Sérgio Moro, para que os petistas modificassem o seu grito para: “Dirceu, trapaceiro, do povo brasileiro”.
O mais hilariante neste episódio foram as reações do PT à
prisão do Zé Trapaceiro. Ou melhor, a não reação, porque tudo parecia que o Zé
era um Mané que nunca havia passado pelo partido. Que povo ingrato! Até agora o
Lula não falou nada, a Dilma não falou nada, pelo menos oficialmente, mas,
dizem que nossa musa já não dorme mais, pensando nele, e o Lula está à beira de
um ataque de nervos. E isto é motivo claro para o riso, e, portanto, material
de primeira para esta coluna semanal, que é lida por 100% dos seus leitores.
Imaginem que o grande fato do momento, é a tentativa de
impedir que o jato do Moro não atinja o nosso colaborador, o Lula. Sustentem-se
na cadeira, mas, uma das soluções aventadas é tornar o Lula ministro. Podem rir
que eu dou um tempo. Pronto, terminou o tempo. Um dos ministérios prováveis é o
Ministério da Defesa. Ainda estão vivos? Quais o motivos para levá-lo a esta
posição? Primeiro, ele não poderia ser mais preso pelo juiz Moro, e sim pelo
Lewandowski, pois teria foro privilegiado. Segundo, neste posto, ele não
deixaria prenderem a Dilma. Terceiro e último, pela sua experiência em lidar
com exércitos, junto com o general Stédile. Então tudo seria resolvido. Vou
continuar, mas, sei que aqui ficou pelo menos metade dos meus leitores em riso
convulsivo. Adiante, então, enquanto a Lava Jato fica a procura de um chefe,
além do Zé Dirceu. No Brasil de hoje, eu só posso garantir que eu não sou, nem
nenhum dos meus 9 leitores.
E, nossa musa, a Dilma, não querendo ficar para trás, na
produção de piadas, ofereceu um churrasco à base aliada, que ela não sabe mais
quem é, e portanto se a carne não tivesse no ponto, não haveria nenhuma
preocupação. Já está sendo conhecido como o “churrasco da Ilha Fiscal”, devido sua semelhança com aquele “Baile da Ilha Fiscal” que ocorreu no dia
9 de novembro de 1889 em homenagem aos oficiais do navio chileno "Almirante Cochrane", que foi
realizado na ilha Fiscal, no centro histórico do Rio de Janeiro, então capital
do Império. Foi a última grande festa da monarquia antes da Proclamação da
República Brasileira, no 15 de novembro, uma sexta-feira, seis dias após o
baile, como conta a nossa história. Este churrasco talves não seja a última
festa do governo Dilma, porque já se passaram mais de seis dias, e ela não
renunciou. Eu espero, logo, logo comemorar a Proclamação da República outra
vez, já que pelo jeito, os “pixulecos”
acabaram com a outra.
No entanto, os lances mais emocionantes da semana, foram produzidos
na Câmara dos Deputados, capitaneados pelo Eduardo Cunha, nosso Cunhão, agora
rompido de vez com a Dilma, e querendo competir com ela em termos de humorismo.
Dizem que ele tem uma “pauta bomba”.
Seja lá o que isto for, parece não ser bom para o governo. Com o auxílio da “base aliada”, que a Dilma não conhece, a
oposição, que também ninguém sabe quem é, neste momento embaraçante da política
brasileira, depois de várias escaramuças, aprovaram uma norma que vincula aos
contracheque dos ministros do STF, os salários de várias categorias, como
advogados da União, delegados federais e civis, e outros, que, se for aprovada
no Senado, vai levar todas as pessoas a fazerem cursos de Direito, porque, só
quem terá direito a um salário alto, vão ser os formados em Direito. E parece
que vem mais bomba por aí. E risos, obviamente. A coisa está tão confusa que só
quem votou contra o projeto, do qual o governo era contra, foi a oposição, já o
PT, votou a favor. Não é para rir?
Aliás, o nosso Cunhão está parecido com aquele personagem
dos Smurfs, filme infantil que os adultos adoram, chamado de Gargamel, que
persegue os outros o tempo todo. Não é à toa que a Dilma parece a Smufett e o
Lula o Papai Smurf. Eles vivem morrendo de medo das maldades do Gargamel.
Aliás, pela aparência física, o Gargamel deve ter sido copiado do Cunhão. Dizem que ele (o Cunhão) sorria às bandeiras
despregadas quando o líder do PT anunciou que seria contra a Smurfette, digo
Dilma. Querem rir mais? Dizem que dos 445 deputados presentes apenas 16 foram
contra. Ou seja, o Gargamel, digo o Cunha, tinha que gargalhar mesmo.
No entanto, quem mais brilhou esta semana, neste show do
humor que é a política brasileira foi, mais uma vez, o Collor. Ele chamou, do
púlpito do Senado Federal, o Procurador Geral da República, o Janot de “filho da puta”. Quer dizer, já estão
botando as mães no meio, de maneira oficial. Foi por isso que o Temer, o
vice-presidente em exercício, teve que vir a público pedir calma aos participantes
deste jogo, porque senão a vaca, além de tossir, vai para o brejo. Ele foi tão
convincente em sua fala que alguns empresários lançaram um documento pedindo
para que ninguém mais fosse chamado de “filho
da puta”. Pelo menos na vida pública, porque na privada, cabe qualquer
dejeto. E para rir mais ainda o Temer disse que a situação “razoavelmente”
confusa.
Como sabem os meus 9 leitores, eu estava em São Paulo quando
aconteceu o mais risível fato da semana: A apresentação do programa eleitoral
do PT, sim, aquele que a gente paga para passar na TV, e que suportamos de vez
em quando. Eu não sei aqui em Recife, de onde escrevo agora, o que aconteceu,
mas, lá na pauliceia, em meu bairro, ninguém conseguiu ouvir nada ao som de
panelas. E, pelo som, eram panelas velhas, que segundo o cantor, dá comida boa
(vejam o filme lá embaixo). Eu não tive outra alternativa a não ser pegar uma
panela novinha e amassá-la com uma colher de pau. Quando o Lula começou a
falar, o que se ouvia era um som apoteótico de panelas, que mais parecia as
trombetas do apocalipse. E quando nossa musa, a Dilma, apareceu, com seu
vestido branco, magra e bem maquiada, ninguém chegou a ver pois todos já
estavam nas janelas se comunicando com sinais de luz. Eu vi o programa na
internet depois. Para quem quiser morrer de rir, eu recomendo com ênfase,
principalmente para ver o Zé de Abreu, que deixou de ser mendigo, com o bolsa
família, e agora é apresentador do PT.
Esta semana foi tão hilária que nela entrou até o Papa
Francisco fazendo piada. Imaginem que ele perguntou a uma brasileira, em
público quem ela achava ser o maior jogador do mundo: Pelé ou Maradona? O que
vocês acham que a moça respondeu? Pela gargalhado do Papa, todos pensaram que
ele teria respondido que era Maradona. Não foi o caso, ela respondeu Pelé
mesmo. O Papa estava rindo era das declarações da Dilma lá em Roraima, numa
inauguração do Minha Casa Minha Vida, que agora está sendo chamado de Meu
Pixuleco, Minha Vida. Ela disse: “Ninguém
vai tirar a legitimidade que o voto me deu”. Justo muito, muito justo,
justíssimo. E quem poderia dizer que ela estaria errada? Está certa, muito
certa, certíssima. Quando sair o seu impeachment ou ela renunciar, ela
descobrirá que numa democracia, o voto deu e o voto tira. O Papa que vem de um
peronismo brutal e que está doido para ver a Cristina Kirchner pelas costas,
tinha que gargalhar mesmo, quando a moça lhe contou o episódio. Ele não riria
tanto ao saber que o Pelé foi o melhor jogador. Pronto, já internacionalizei a
coluna esta semana, agora voltemos ao nosso hilário Brasil, fazendo alguns
comentários sobre o filme do UOL desta semana.
Como não poderia deixar de ser, o filme aborda o panelaço e
suas consequências, e vai ao ponto, colocando a cara do Temer em Roberto Carlos
quando canta “este cara sou eu”,
enquanto a Dilma o aplaude quando a “cara
deveria ser ela”. Além disso, o filme trás o Zé Dirceu, que abusou da regra
3, e vejam o Collor ao vivo e em cores, xingando a mãe do Janot.
Leiam abaixo um resumo do roteiro feito pelos produtores do
filme e o vejam logo abaixo. E façam como o Papa Francisco e o Gargamel,
gargalhem, antes que o Collor xingue também a mãe de vocês.
“A panela da
presidente Dilma Rousseff (PT) borbulhou durante a semana. No programa exibido
em rede nacional de TV, o PT citou os panelaços e disse que os governos do
partido foram os que mais colocaram comida nas panelas dos brasileiros.
Resultado: mais protestos pelo país. Enquanto isso em Brasília, o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), permanece em guerra com Dilma e impôs novas
derrotas ao governo. O vice Michel Temer falou que a crise é grave e se lançou
na missão de acalmar a situação. Para apoiar Dilma ou para ter paz caso assuma
o governo?
A semana havia
começado quente, com prisão, outra vez, do ex-ministro José Dirceu. Desta vez,
ele foi alvo da operação Lava Jato. Envolvido na mesma operação, o
ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) foi à tribuna do Senado e xingou o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot.”
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