Bem,
continuando nossa “escrevinhação”
sobre nossa visita infantil a nossa cidade, passemos a outro item que merece
ser aqui colocado. Eu disse antes que havia vivido o passado de Bom Conselho,
mas, agora, passemos ao presente.
Pela primeira
vez em minha já longa vida, eu fiquei parado num sinal de trânsito em Bom
Conselho. Vocês não podem imaginar a minha emoção! De repente, estava eu ali,
já um pouco irritado porque a sede da A Gazeta, mais um vez estava fechada, no
cruzamento da Avenida Nova com a Rua da A Gazeta (desculpem, mas, não me lembro
o nome certo da rua), um “semáforo”
me observa vivamente.
Não tive como
não voltar outra vez ao passado e lembrar de quão era livre para andar pelas
ruas de minha cidade. Agora, além dos quebra-molas, lá estava aquele olho
vermelho a me observar, como se dissesse “se
você passar, eu te devoro!”. Eu, como cidadão obediente e temente a Deus,
parei lá, e fiquei esperando que o olho de outra cor aparecesse.
E neste
momento de “paradez” não voluntária,
meu cérebro girava, e pensava. É o progresso! Afinal de contas tínhamos
conseguido chegar lá. E hoje, pode-se dizer tudo de Bom Conselho, menos que não
tenha “semáforo”. Mesmo que não me
lembre de ter passado em outro, um apenas já era o bastante. Chegamos lá!
O que pude
observar, foi que nos minutos (não me lembro quantos, mas, demorou bastante),
em que lá fiquei parado, não passou nenhum carro, pelo cruzamento. Apenas uma
mulher, com um feixe de lenha na cabeça, atravessou a rua receosa, até que eu
vi sua agrura e fiz sinal indicando o sinal vermelho, e que ela poderia passar,
pois o sinal estava fechado para mim. Mulher inteligente, pois ainda não
confiava que os motoristas de Bom Conselho fossem cumpridores da lei. Só sei
que eu a cumpri e passei lá alguns preciosos momentos.
Um dia na
vida, eu fui um economista, e, de vez em quando eu me lembro das coisas que
estudei, embora saiba que hoje tudo é diferente, no entanto, acho eu, não tão
diferente assim. Eu não teria perdido aqueles minutos se houvesse apenas um
olho amarelo, avisando que, tem mulher passando com feixe de lenha na cabeça.
Naquela época, para se decidir se deveria haver um olho vermelho, passávamos
horas estudando os custos e os benefícios daquele gasto. Hoje, pelo que vi, o
progresso é mais importante, custe o que custar.
Passando o
citado bloqueio semafórico, dirigi-me ao Açude da Nação. Fiquei surpreso com o
Portal de Saída. Pelo que me lembro não havia passado por debaixo dele ainda.
Não sei se foi pela vontade que tenho de ficar em Bom Conselho para sempre,
quando chego lá, ou se é porque é uma novidade. Saí assim mesmo, para em
seguida entrar outra vez na próxima rua do Hotel Raízes, onde mais uma vez fui para
o quarto 8, com todos os seus problemas.
Não foi de
propósito, mas, voltei ao sinal de trânsito de sempre, perdi mais um tempo, só
passaram dois porquinhos, mas, desta vez, segui em frente indo em direção ao
Corredor, embicando pela Igreja de São Sebastião, em direção a bairros que eu
não conhecia da cidade. Foi a viagem ao futuro. Onde antes, eu fazia piquenique
nos sítios coma a garotada do Ginásio São Geraldo, hoje é zona urbana. Moderna,
mas, que mostra quanto Bom Conselho precisa de um Plano Diretor efetivo. Vista
de cima ela já parece um caranguejo.
Mas, isto é
coisa para outra rodada de “escrevinhação”,
onde abordarei coisas de nossa terra, quase como um turista, mas, com o olho de
quem gosta daquela terra e que um dia poderá ser útil na procura da cabeça do
crustáceo. No próximo ano, certamente, muitos dirão que também querem encontrar
a cabeça, e, espero que não estirem mais suas pernas.
Zé Caninha era uma personagem em Garanhuns na metade do
século passado, idos tempos. O seu apelido apareceu, principalmente, no bairro
da Boa Vista, onde residia em uma meia água no alto da Bandeira, onde dizia
sempre – aqui de casa comtemplo a passagem bela, florida de minha terra natal –
em sua pequena janela enxugava os olhos marejados com um pano da cozinha. A sua
vida era bebericar pelas vendas da cidade. Era um andarilho. Era conhecido quando chegava a qualquer bar,
mercearia e já dizia – lá vem Zé Caninha e ele chegava sorridente, tomando a
primeira do dia e não sabia qual era dose da noite. Sempre acompanhava algum
seresteiro no frio da madrugada, se esquentando com o vinho Jurubeba ou
Conhaque Alcatrão São João da Barra. Era notívago. Gostava de perambular pelas
ruas escuras, enlameadas sob o frio da boquinha da noite entrando pela
madrugada, muitas das vezes bêbado. Dormia muitas das vezes ao relento.
Amanhecia dormente, pelo frio recebido a noite. A cachaça o protegia do frio,
dizia. Não incomodava ninguém. Era de paz. Nunca ninguém soube de um atrito com
qualquer pessoa, sempre na dele. De dia ia ali e acola, sempre parando para
tomar uma e muitas vezes pagos pelos amigos. Dona Carminha, sua mulher já tinha
esgotada toda sua fala, repreendendo, aconselhando para deixar aquela vida de
andarilho pelos bares da vida. Muitas vezes foi encontrado no baixo meretrício,
sentado na mesa de algum cabaré na Rua São Francisco. Certa noite não sabia
onde estava. Descia a Rua São Miguel, escura e poeirenta bêbado. Escorava-se
ali e acolá. Olhava de um lado para outro, a via o mundo rodar. Escorado em um
muro branco descia sem sentir o frio que fazia na noite clara e enluarada que caia
sobre a cidade. Encontrou um portão largo aberto. Olhou arregalando os olhos,
onde via muitas casinhas, de vários tamanhos branquinhas, cruz no alto e alguns
anjos pendurados chamando por ele. Esfregava os olhos e enxugava com a costa da
mão, mas lá estavam eles, os anjos, chamando-o sorridentes. Mais de uma vez já não
sentia as pernas, entrou no local e adormeceu em cima de tumulo pegado ao muro.
Aqui estou seguro, disse. Ninguém vai me incomodar. O frio é intenso. A garoa da
manhã cobre as pessoas na rua com uma chuva fininha. Pouco molha os casacos
vestidos de varias cores. Todos agasalhados e de braços cruzados cruzando a rua
enlameada para compra do pão para o café da manhã. As sobrinhas abertas a meio pau. Alguns postes
de luz ainda acesas. Seu Domingos dono de uma padaria na ponta da Rua do
Corrente fornece os seus pães nas redondezas. Todos os dias por volta das três
e meia da manhã, o padeiro já se encontra amassando a massa e dando formato ao
pão que começa a ser vendido às seis horas da manhã. Tem que entregar o pão nas
mercearias da redondeza, no Alto da Bandeira e Convento das Freiras, com pés de
eucaliptos, exalando um perfume na redondeza, logo cedinho aos fregueses para o café das
primeiras horas da manhã. É um homem cumpridor dos deveres e nunca recebeu
reclamações, algumas já surgiram de pouca monta, pois o Saci o seu entregador
adoeceu, não chegando o pão no horário acertado nas mercarias e vendas. Diariamente
entregava o pão na mesma hora, quatro e meia da manhã. Saci, um negrinho magro e de sorriso aberto
mostrando a sua dentadura perfeita, descia e passava em frente ao Cemitério São
Miguel. Tinha um defeito na perna, uma mais curta do que a outra, a esquerda. Um
arrepio surgia em seu corpo todos os dias. Mas não ligava. Ali não tinha
ninguém vivo, até a minha mãe se encontra enterrada lá no fundo em cova rasa. Benzia-se.
Olhava e muita vez fechava os olhos quando passava em frente do portão aberto,
onde via vários túmulos. Arre Deus! Deus me livre! Neste dia chuvoso, descia
ele com um balaio de pão na cabeça, como sempre. Saia da padaria cantarolando –
Acorda Maria Bonita / acorda vem fazer
café / o dia já vem raiando / e policia já esta de pé. Outra musica do seu
repertoria madrugador – Ole mulher rendeira
/ ole muié rendar / tu me sina fazer renda / que ti ensino namorar muitas
das vezes ensaiando um passo ali e outro acola. Gostava desta musicas, pois era
fã de Lampião. Homem valente e não se assombrava com cobras, raposas e ninguém
lhe enfrentava. Era macho para ninguém botar defeito, dizia sentado junto ao
forno dos pães que assava. Descia já com medo de passar no cemitério. Zé Caninha
se acordara de ressaca, olhava de um lado para outro, Virgem
Maria morri e estou vivo disse esfregando os olhos e se encolhendo pelo frio
que assolava a cidade. . Ouviu o Saci cantando e quando ele passava Zé Caninha,
se levantou do tumulo onde dormia e estendeu a mão por cima do muro - Me dê
dois pão! Saci arregalou os olhos, era negro ficou branco jogou o balaio no
chão e saiu em uma disparada e os pães ficaram espalhados no chão. Zé disse a
gente não pode mais pedir nada que a pessoa se assusta.
Ontem foi o aniversário do meu conterrâneo Lula. Eu só vim
saber deste dia muito tempo depois de zanzarmos pelo nosso interior do meu
decepcionado Caetés, e até, nossa ex-pátria, Garanhuns. Decepcionados, não
porque se esperava mais dele, e sim, pelo tanto que ele fez de bobagens.
Naquela época, nem mesmo as nossas mães sabiam, com certeza,
nossas datas de aniversário. Até calendários eram difíceis de aparecer, e,
certas vezes, não sabíamos nem o dia da semana em que roubávamos mangas dos
vizinhos. Hoje não! Tanto eu quanto o Lula sabemos o dia em que nascemos, com
uma margem de erro de um mês ou dois, dependendo de que igreja fomos batizados,
e da acuidade do sacristão, ao escrever nosso batistério.
Com o passar do tempo, até nossos filhos começam a acreditar
que nascemos no dia em que nossas mães dizem que nascemos, e, como é o caso do
Lula, ficamos famosos, e é quase obrigatório ter uma data para comemorar o dia
em que viemos ao mundo.
Como o Lula, poderia receber os parabéns, se não soubesse a
data? Então registre-se: 27 de outubro. Pelo que ele se considerou um dia, esta
data deveria ser mais importante do que o Natal. Se a Lava Jato não tivesse
surgido, poderíamos ter até grandes festividades anuais, neste dia, mesmo até
maiores do que o dia de sua morte, porque os mitos não morrem.
Todavia, o que temos neste ano para o Lula? Ameaça de cadeia, como diz o Josias de Souza,
cuja texto de ontem, transcrevo abaixo, para aqueles que gostam de detalhes das
aflições do ex-mito. E Lula, que não sabe viver sem ser um mito, cancelou sua
festa de aniversário, e ficou deblaterando contra tudo e contra todos,
perguntando, talvez: “O que fiz eu para
ter uma presidenta incompetenta, no meu pé?” Tudo! Respondem todos.
E agora, com a Polícia Federal no encalço dos filhos e das
noras, ele está caindo na real. E seus filhos que pensavam que “filho de mito, mitinho eram” agora,
talvez, nem liguem para dar os parabéns a ele. É um triste fim para o Policarpo
Quaresma, às avessas, de nossa querida Caetés.
Agora, penso eu, sua única solução seria ser um delator
premiado dele mesmo. Ajoelhar-se humildemente aos pés dos brasileiros e dizer:
Mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa! Se mesmo assim, não receber o perdão,
aqui vai o “Eu pecador”, completo tanto em latim como em português.
“Confiteor Deo
omnipotenti, beatae Mariae semper Virgini, beato Michaeli Archangelo, beato
Joanni Baptistae, sanctis Apostolis Petro et Paulo, omnibus Sanctis, et tibi
pater: quia peccavi nimis cogitatione verbo, et opere: mea culpa, mea culpa,
mea maxima culpa. Ideo precor beatam Mariam semper Virginem, beatum Michaelem
Archangelum, beatum Joannem Baptistam, sanctos Apostolos Petrum et Paulum,
omnes Sanctos, et te Pater, orare pro me ad Dominum Deum Nostrum.”
“Confesso a Deus
Onipotente,à bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao bem-aventurado são Miguel
Arcanjo, ao bem-aventurado são João Batista, aos santos apóstolos Pedro e
Paulo, a todos os Santos e a vós, Padre, porque pequei muitas vezes, por
pensamentos, palavras e obras, (bate-se por três vezes no peito) por minha
culpa, minha culpa, minha máxima culpa. Portanto, rogo à bem-aventurada Virgem
Maria, ao bem-aventurado são Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado são João
Batista, aos santos apóstolos Pedro e Paulo, a todos os Santos e ,a ti Padre,
que rogueis por mim a Deus Nosso Senhor.”
E pensar que, um dia, eu sabia isto do cor. Mas, depois dos
70, precisamos mesmo é do Google. De qualquer forma, parabéns Lula! Você
conseguiu.
Fiquem agora com o Josias, que eu vou verificar meu
batistério para saber a data correta do meu aniversário.
“Ao passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, em 1º de janeiro
de 2011, Lula teve o vislumbre das dádivas que o mundo proporciona a alguém que
enfia o dedo num favo de mel, lambendo-o em seguida. Nesta terça-feira, 27 de
outubro de 2015, Lula completa 70 anos fugindo das abelhas.
Transtornado, o ex-soberano cancelou uma festa que os amigos lhe
proporcionariam em São Bernardo. Depois de passar o final de semana praguejando
os delatores da Lava Jato e denunciando uma conspiração da mídia e do mundo
para “criminalizar” o PT e os petistas, Lula revoltou-se com a batida que
agentes federais fizeram na empresa do seu filho Luiz Cláudio Lula da Silva.
Nas últimas semanas, a família Lula da Silva ganhou lugar cativo nas
manchetes policiais. Sob suspeita de traficar influência em benefício da
Odebrechet, Lula viu-se constrangido a prestar depoimento à Procuradoria da
República. O STF deu carta branca a um delegado federal para interrogar Lula na
Lava Jato. Um delator disse ter repassado verba suja à nora de Lula. Outro
declarou ter quitado com verbas roubadas da Petrobras uma dívida milionária da
campanha Lula-2006.
Na véspera do seu aniversário, Lula desconfiava da própria sombra. E de
Dilma Rousseff, que muitos acreditam ser a mesma coisa. Em privado, o criador
deu asas à suspeita de que a criatura estivesse por trás da varredura da Polícia
Federal na firma do seu caçula. Foi preciso que o ministro Jaques Wagner (Casa
Civil) entrasse em cena para evitar uma crise maior entre Lula e Dilma.
A desconfiança de Lula é pueril. O pedido de busca e apreensão na firma
Luiz Cláudio Lula da Silva foi feito pelo Ministério Público Federal. A ordem
foi expedida por uma juíza federal que, em seu despacho, endossou a avaliação
segundo a qual é “muito suspeito” que a firma do filho de Lula tenha recebido
R$ 1,5 milhão de um escritório de lobby suspeito de comprar medida provisória
feita sob medida para uma montadora de automóveis.
À noite, como que convencido de que a pacificação entre Lula e Dilma é
ruim para o país, o grão-tucano Fernando Henrique Cardoso instilou numa
entrevista de tevê intriga capaz de afastá-los de vez. Dilma é “pessoalmente
honrada'', disse FHC no Roda Viva. E quanto a Lula? Bem, aí “tem que esperar
para ver”. Para Lula, pior que o ferrão das abelhas, só mesmo o bico irônico de
um tucano.
Nunca antes na sua história pessoal Lula passara um aniversário tão
amargurado. Paga o preço do poder desmedido. Entre inúmeras desvantagens, a
reeleição proporciona a vantagem de, em tese, satisfazer todos os apetites de
seus beneficiários. Mas Lula não se contenta com tudo. Convive com o sentimento
de que faltou completar algo. E se joga em maquinações e pequenezas numa idade
em que deveria pautar-se pela serenidade e grandeza.
A irritação não é boa conselheira para Lula. Se as investigações
avançam na sua direção e de seus familiares é porque os investigadores
encontraram matéria-prima. Num cenário assim, os ataques a Dilma e a encomenda
do escalpo do ministro José Eduardo Cardoso (Justiça) adiantam pouco. Melhor
caprichar na defesa. Quanto mais Lula fica fora de si, mais expõe o que tem por
dentro.”
Realizou-se no último final de semana, em Garanhuns, nas
dependências do Hotel Tavares Correia, o Congresso Estadual de vereadores,
patrocinados pela UVP(União dos Vereadores de Pernambuco), sob a presidência do
vereador da cidade de Timbaúba, Josinaldo Barbosa. Pois bem!!! De um modo
geral, Os congressos oferecem aos participantes, principalmente aos que exercem
cargos eletivos a convivência com outros cenários, outras realidades que,
somadas aocotidiano, se transformam em
aprendizagem. Sem contaro intercâmbio
social quese opera de diversas
maneiras. No que se prendem as comunicações, é de grande valia a presença em
congressos, dos profissionais jornalista, radialistas e blogueiros políticos.
Aprende-se muitolonge de uma tela de
computador.Não se escreve política
somente na base do Ctrl “C” & Ctrl “V”,ou apenas consultando o titio GOOGLE.
Constatou-se uma ausência total e maciça da imprensa de
Garanhuns ao ótimo evento político. Durante os três dias foram discutidos temas
da maior importância paras o dia a dia dia dosprofissionais da escrita que se debruçam, cotidianamente, ao escrever
sobre apolítica local e regional.
Fazendo-se um balanço da blogosfera de Garanhuns, podemos destacar o Blog do
jornalista Roberto Almeida, haja vista que, boa parte de suas postagens é tanto
de política nacional quanto à paroquiana, não só de Garanhuns como de todo o Agreste
Meridional. Podemos considerar também o Blog de Ronaldo César que, quase
sempre, dá suas estocadas na política nacional, local e regional. O bom Blog de
Carlos Eugênio por ter bastante intimidade com a classe política da região, nos
oferta com boas surpresas políticas que ocorre ou estar nas entranhas da
política do agreste.
Em se Tratando da blogosfera que circunda na grande
Garanhuns, podemos destacarA Gazeta
Digital de Bom Conselho, que tem bons analistas políticos, destacando-se o seu
âncora, Zé Carlos,que publica crônicas
Agradáveis e de boa leitura com aquelas pitadas instigantes de um eufemismo
provocante e com um leve toque de um ótimo e oportuno humorismo de momento ou
de ocasião; O grande Rafael Brasil(grande em todos os sentidos), apresenta nas
páginas do seu blog temas eminentemente políticos, apesar de tratar único e
exclusivamente de política em nível nacional. RAFAELÃO BRASILSÃO, jamais gosta
de enveredar pelas estradas sinuosas da política paroquiana...
Voltando-se ao Congresso da UVP, propriamente dito, a
presença dos profissionais da imprensa foi na casa de zero ao quadrado,
excetuando-se aí, o blogueiro Ronaldo César que foi lá marcar presença, tomou
um cafezinho e se picou!!! Agora, vexame maior foi da Câmara de Vereadores de
Garanhuns. Seus 13 vereadores sequer foram lá marcar presença no congresso realizado
em sua cidade onde exerce o cargo de vereador. Fazemos aqui, raríssimas
exceções a uma vereadora que deu o ar de sua graça no sábado e o vereador
Alcindo que fez um bico extemporâneo no sábado e no domingo. Quanto ao
presidente da Casa Raimundo de Moraes, passou por lá, apenas na abertura e no
encerramento do evento, em que pese ter sido ele, Gersinho, que enveredou
esforços para que o Congresso dos 40 anos da União dos Vereadores de
Pernambuco(UVP), fosse realizado em Garanhuns, haja vista, depois de sua
fundação, a nossa cidade ter sido sede do primeiro congresso realizada por
aquela entidade.
Segundo as estatísticas passadas para este escriba, através
da secretaria da UVP, pasmem, é de fazer vergonha. Para se terideia do desinteresse grosseiro ou das
ausências lamentáveis(?) dos edis da região, tomamos como parâmetro,a Câmara de Vereadores da cidade de Caruaru
que se fizeram presentes mais vereadores da terra de Vitalino do que mesmo
todos os presentes de todas as Câmaras de Vereadores de todo o Agreste
meridional. Isso mesmo, de todo o Agreste Meridional!!! Nossos vereadores
agrestinos perderam uma grande oportunidade de familiarizarem-se com temas da
maior importância como o proferido pelo Conselheiro do Tribunal de Contas,
Ranilson Ramos, donde palestrou o assunto: A IMPORTÂNCIA DO TCE PERANTE OS
MUNICÍPIOS; Outro conteúdo atualizadíssimo foi às mudanças que o Congresso
Nacional efetuou na lei eleitorais para os próximos pleitos. Teve como
palestrante o competente advogado eleitoral Felipe Ferreira Lima. Com o
capítulo: OS REFLEXOS DA REFORMA POLÍTICA NAS ELEIÇÕES DE 2016.
De resto, é preciso que todos nós fiquemos de sobreaviso,
que no exercício da cidadania, o papel do agente público e dos profissionais de
imprensa, torna-se imprescindível absorver conhecimentos digeri-los e, passar à
frente para que a sociedade tome conhecimento de suas respectivas
responsabilidades.
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(*) Altamir Pinheiro é o administrador do excelente Blog
Chumbo Grosso da cidade de Garanhuns.
As semanas
estão se tornando mais intensas. E tensas. E como todos sabem, quanto mais
tensas ou intensas, mais material humorístico para proporcionar aos nossas 12
leitores uma semana risonha e feliz.
O que não se
esperava com tanta ênfase era que o Cunha, o nosso Cunhão, presidente da Câmara
Federal (e isto já é uma piada, mas, por favor, contenham-se) fosse, disparado,
o campeão do humor em nossa coluna. E olhe, que houve uma intensa competição
por parte de Lula, Dilma, e, pasmem, do humor institucional da CPI da
Petrobrás. Então se sustentem, que o riso será muito.
Vocês se
lembram de um show de “stand-up” do
Cunha na CPI da Petrobrás, onde ele declarou que não tinha, não tem e nunca terá
contas no exterior, porque ele ama os bancos brasileiros? Pois é, como vimos,
pessoas que o queriam prejudicar inventaram que ele tinha muitas contas na
Suíça. E a armação foi tão bem feita que ele teve que criar um arquivo de som
no seu celular para dar entrevistas e que serve também como show humorístico em
todo o Brasil. A gravação diz simplesmente o seguinte: “Eu não tenho contas no exterior. Daqui não saio, daqui ninguém me tira.
Pois, onde é que eu vou morar?”. E o ápice do show é quando a plateia
responde: “Na Papuda, junto com o
Pizzolato!”, e irrompe num frenético gargalhar. Embora, vá num crescendo
quando o Cunha toma a palavra e diz: “Eu
vou, mas, levo Dilma junto!”.
E o Brasil
chegou ao impasse. Se o Cunha ficar a Dilma pega, e se sair o Moro come.
Enquanto isto, nós pobres cidadãos, ficamos apenas colhendo as migalhas que o
riso nos trás, porque, se for esperar outra coisa, tentando ver a dura
realidade, seríamos apenas frustrados risonhos. Nos viramos para um canto e
alguém diz que nosso orçamento está mais deficitário do que loja de 1,99. Para
continuar nas “pedaladas”, que ainda
salvaram nossa a musa, a Dilma, diz ter que deixar o país e ir pedalar em outro
lugar, fazendo shows. A arrecadação está caindo mais do que sinal de telefone
celular em Bom Conselho. O nosso Banco Central, resolveu desistir de existir e
diz que agora não pode fazer mais nada, até que Dilma volte a honrar as calças
que veste, para pedalar. Além disto, já estão anunciando um corte no Bolsa
Família. Não riam, mas, isto é verdade. Eu fico pensando como os pobres vão
continuar viajando de avião e comprando celular. Eu nem falo de smartphones porque isto já é coisa da “nova” classe média, mas, um celular já é
um bem de primeira necessidade para todos. Se isto acontecer, tenho certeza, a
Dilma virá para nossa coluna em tempo integral.
Ou seja, as
únicas coisas que sobem, hoje no Brasil, são a inflação, o desemprego e o riso,
mostrado semanalmente nesta coluna. E não me culpem por isto, e sim, nossos
atores políticos que são da melhor espécie. E se vocês pensam que a única coisa
risível esta semana foi o “fica não fica”
do Cunha, imaginem, quando souberem o que a Dilma andou aprontando em seus
shows nacionais e internacionais. Então preparem-se.
Comecemos com
o Lula, que mesmo andando sem tempo, agora está acumulando a função de
presidente da república honoris causa,
a de pré-candidato em 2018, além de está produzindo um material riquíssimo para
esta coluna. Por exemplo, num dos seus shows, em Salvador, ele declarou:
“…Desde dezembro eu denunciei que o PT
precisava tomar cuidado porque há um processo de criminalização do partido. Há
um processo de criminalização do PT e dos petistas. Aí eu denunciei o vazamento
seletivo. Na quinta-feira, começa o boato de alguém do PT. Na sexta, sai que
alguém delatou o PT. No sábado, sai nas revistas e nos jornais. […] Isso é
desde 2005. É um processo.”
Vocês
imaginem, isto dito para uma plateia só de petistas. Foi um delírio hilariante.
Vejam a imaginação de Lula. Inventar que há um processo de criminalização do
PT. Nem o Cunha chegou a tanto. Ou seja, o nosso colaborador inventou agora a criminalização semanal, tal qual esta
coluna. E isto vem desde 2005, quando ele declarou na França, que não havia
nenhum mensalão. Só existia o Caixa Dois, que era uma instituição nacional. E
como vocês sabem, e ele diz, isto é um processo, e vocês sabem que petista
odeia processo, porque sabe que será condenado. É perseguição da grossa mesmo.
Os petistas que estão hoje podres de ricos, como ele, ganharam seus dinheiros
honestamente, como se sabe, dando assessorias e palestras pelo mundo afora. O
Zé Dirceu, o Delúbio, o Genuíno e outros, estão presos devido a esta
criminalização criada pelas elites. Ou por crueldade do Joaquim Barbosa.
Outro exemplo
claro desta perseguição, é a inveja que as elites têm do sucesso da família do
Lula, que agora já está sendo assunto para os seus shows de humorismo. Ninguém
nunca notou a capacidade empreendedora dos seus filhos, dizendo que eles foram
ajudados pelo pai para ficar rico. Quanta injustiça, quando todos sabem que um
dos seus filhos ficou rico, por ter achado uma pepita de diamante na bosta de um
elefante do qual ele cuidava quando era servidor de um zoológico. E é falando
estas coisas, que o Lula continua imbatível. Vejam o que ele falou mais, quando
a plateia já começava a adernar, de tanto rir:
“Eu lembro quando Herodes mandou
marcar todas as crianças. E Maria e José tiveram que fugir com Jesus Cristo.
Ele ficou 30 anos que a gente não sabe o que aconteceu na vida dele. Quando ele
voltou, em três anos transformou a história da humanidade. E o que fizeram com
ele? Crucificaram.”
Dizem que o
Frei Beto se levantou e saiu do show quando ouviu isto. Quando todos pensaram
que seria devido a possibilidade de Lula começar a se comparar a Jesus Cristo,
ele, voltou pediu a palavra e disse: “Lula,
não se compare com os perdedores. Eles não crucificarão você”. E a plateia
aplaudiu e urrou de alegria. Mas, ele, em atenção a Frei Beto, continuou:
“Queria que vocês ficassem atentos,
porque nós estamos vivendo um momento excepcional. Um cidadão é preso, esse
cidadão tem a promessa de ser solto se ele delatar alguém. Aí ele passa a
delatar até a mãe se for o caso, para poder sair da cadeia. O dado concreto é
que nós estamos vivendo quase um Estado de exceção.”
Quando lhe
disseram que foi a Dilma que assinou a Lei da Delação Premiada, ele
simplesmente declarou, para o regozijo da audiência, com sua principal piada,
hoje usada por todos os humoristas mas nunca se igualando ao seu criador: “Eu não sabia!”. E continua o show.
“Eu, de vez em quando, fico muito puto
quando vejo corrupto histórico falando de ética. Obviamente que nós achamos que
quem errar nesse país tem que pagar. Não defendemos quem pratica corrupção,
não. Mas às vezes eu fico irritado porque parece que os empresários tinham dois
cofres. Tinha o cofre do dinheiro bom e o cofre do dinheiro ruim.Parece que o
PT só ia no dinheiro ruim. O bom era para o PSDB, era para os outros partidos
políticos. É uma coisa insana. Será que os petistas eram tão burros assim? Ou
será que o empresários falavam assim para os petistas: ‘olha, esse dinheiro
aqui é propina. Esse aqui é honesto, qual é o que você quer?’.”
Como já disse
aqui, todos pensam que o Lula diz isto a sério, e começam a contestar dizendo
que foi ele e a Dilma que nomearam quase todo mundo que roubou a Petrobrás e as
outras empresas do governo, e que eles tinham o poder de criar nossa jabuticaba
maior: “A propina legal!”. No
entanto, todos sabemos que tudo isto é dito para ser publicado aqui na nossa
coluna, para matar os nossos 12 apóstolos, digo, leitores, de riso. Como o Lula
é cruel!
Isto ficou
provado quando ele disse quase no final do show, quando a maioria já estava
desmaiada de tanto rir, que “O que eles
fazem com a Dilma é uma coisa nojenta, porque é o preconceito contra a mulher.
Esses machistas, essas pessoas que só enxergam a mulher como objeto de cama e
mesa, esses machistas…”. Bem, não precisa dizer, que alguns que sobravam na
plateia entraram em transe com aquela “metamorfose
ambulante”, lembrando da Rosemary Noronha, aquela virginal criatura.
E todo o
roteiro dos seus shows parte, um pouco, de sua irritação, porque, agora, as
elites querem botar seus filhos no meio. Principalmente, quando ele é
perguntado por que só os seus filhos conseguiram fazer fortuna tão cedo. Ele
sempre responde: “Puxaram ao papai!”.
Pois é, “quem sai aos seus, não degenera”,
como diziam lá em Bom Conselho.
Quem nos leu
até aqui, pode até ficar pensando que, nesta semana, a Dilma não deu o ar de
sua graça. Quanta tolice. E houve alguma semana nos últimos 12 anos em que ela
não contasse uma piada, desde que fechou a loja de 1,99, porque só havia
produtos de 5,99 e ninguém comprava? Claro que não. Aguentem mais um pouco.
Dilma cometeu
vários shows esta semana, aqui e no exterior, e com grande sucesso. Vejam o que
ela disse na Suécia, ao lado do primeiro-ministro de lá, que a deve ter
cumprimentado como cumprimenta a rainha também de lá, mesmo sabendo que aqui
ela reina, mas não governa:
“Sobre a questão política, te asseguro
que o Brasil está em busca de uma estabilidade política e não acreditamos que
haja qualquer processo de ruptura institucional. Nós somos uma democracia e
temos tanto um Legislativo, quanto um Executivo e um Judiciário independentes e
que funcionam em autonomia e harmonia. Não acreditamos que haja nenhum risco de
crise política mais acentuada”.
Mesmo sendo
mais uma mentira para fazer rir, ninguém riu até que ela começou a bater boca
com o Cunha, mais uma vez, além de declarar, já de volta ao Brasil, no
Congresso da CUT:
“Eu me insurjo contra o golpismo e
suas ações conspiratórias. Quem tem força moral, reputação ilibada e biografia
limpa para atacar minha honra? Quem?”
Dizem que
todos ficaram calados, porque poderiam serem confundidos com alguém de
reputação ilibada, mas, na saída, não aguentaram o riso. Por que? Então, se ela
tem uma reputação tão ilibada, o autor de toda piada na frase é o Lula. Este
sim, sabe enganar mais do que ninguém. A Dilma hoje, é só uma mulher tentando
cumprir um roteiro de um filme feito por ele.
E, o filme do
UOL, nos traz todos estes assuntos de forma quase didática. Quando lá é
mostrado o Cunha como o Poderoso Chefão,
insinuando que ele rouba até bicicleta, não coloca outro filme para homenagear
o Lula, que hoje seria um clássico, O
Ladrão de Casaca.
Todavia, o
filme trata de um dos fatos mais básicos ocorridos na semana: O término da CPI
da Petrobrás, onde se concluiu, depois de gastarem rios e rios de dinheiro,
milhares e milhares de vidros de remédios para voz cansada, que o roubo da
Petrobrás não teve nenhum mandante. Tudo aconteceu, como numa economia de
mercado, onde a busca pelo lucro é que move os seres humanos, e os políticos
devem ser considerados como tais. Ou seja, Lula et caterva se livraram de mais
uma. Só sobrou o riso forçado do relator, e terem pegado Cunha na mentira. O
resto só foi de abrobinhas.
Agora fiquem
com o roteiro produzido pela UOL, e veja abaixo, o vídeo semanal. Esperamos que
todos passem mais uma boa semana, rindo muito, espantando seus males.
“Na mesma semana, o deputado Ivan
Valente (PSOL-SP) chamou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de
"poderoso chefão". Já o deputado Laerte Bessa (PR-DF) o chamou de
"ladrão" na CPI dos Crimes Cibernéticos. "Ele é ladrão, mas
antes de ele ser ladrão tem muito ladrão por trás dele", afirmou. E ainda
teve sessão da CPI da Petrobras madrugada adentro...”
Hoje, cansado de procurar na imprensa se o Lula vai ser
preso ou não, se a Dilma vai ser impichada ou não, se o Bumlai vai voltar de
Miami ou não, eu parti para apresentar um texto com assunto internacional.
O Sandro Vaia escreve hoje (Blog do Noblat), um artigo
intitulado “As botas de maduro”, em
que fala da Venezuela, o que seria a mesma coisa de escrever sobre o Brasil, se
o poder Judiciário em momentos de glória não tivesse levado à frente o mensalão
e o petrolão.
Se hoje, já temos muitas coisas da Venezuela, como verão ao
ler o texto do Vaia, não chegamos ainda ao ponto de ficar sob as “botas do Lula”, como foi sempre o
objetivo do PT, seguindo os ditames do Forum de São Paulo.
No entanto, ainda corremos sérios riscos de chegarmos às “botas do Maduro”, se não lutarmos para
que o maior roubo da história do mundo, fique impune. E parece, pela reação
popular, que chegaremos lá. Quando vi um
vídeo, com o povo chamando Lula de ladrão, minhas esperanças se renovaram.
Agora fiquem com o Vaia, leiam com atenção e não deixem o
Brasil cair de maduro.
“A Venezuela tem a poção mágica das “democracias" bolivarianas. A
principal delas é ganhar eleições mesmo com menos votos do que os adversários.
Na última eleição parlamentar, em 2010, o PSUV, partido
chavista-madurista-petroleiro-bolivariano, teve 48,13% dos votos e com eles fez
uma bancada de 96 deputados. As oposições, com 51,7% dos votos conseguiram
eleger 71 deputados.
Conhecemos esses milagres autocráticos desde os tempos da ditadura
militar brasileira. Naqueles tempos, os truques do governo para garantir
maiorias com menos votos eram metaforicamente chamados de “casuísmos”. Não dava
pra eleger? Eles nomeavam.
Os bolivarianos, mais criativos, inventaram uma espécie de média
harmônica para dar mais peso aos votos a favor do governo do que aos votos
contra. Assim, com menos votos conseguem-se mais deputados. Manteve-se assim a
farsa sob a aparência de “democracia”.
O repertório de truques para as eleições parlamentares deste ano,
marcadas para o mês de dezembro, perdeu bastante da sutileza e do glacê
democrático com que os chavistas cobriam o seu bolo autoritário.
O governo da Venezuela arrancou os véus diáfanos de sua fantasia e
começou por colocar na cadeia alguns de seus principais adversários, líderes
oposicionistas notáveis, e proibiu a participação de outros nas eleições. Todos
“conspiradores”, evidentemente, como é capaz de atestar sem nenhum
constrangimento a Justiça venezuelana, aparelhada e controlada pelo governo até
a raiz dos cabelos.
Quem lembra da “democracia relativa” do general Geisel sabe muito bem o
que pode significar a “ditadura relativa” de Nicolás Maduro.
O único país da América Latina que cresce menos do que o Brasil, e que
enfrenta uma brutal crise de desabastecimento, além de uma inflação de 150% ao
ano que o governo tenta esconder, a Venezuela sofre ainda os efeitos provocados
pela queda do preço do petróleo-sua única fonte de renda.
Quanto mais a miséria material avança sobre o povo venezuelano, mais o
governo de Maduro chafurda na miséria moral de uma ditadura sem disfarces.
A última grande desfaçatez do governo venezuelano foi a de decidir
quais são os “observadores independentes” que o chavismo vai tolerar para fazer
um acompanhamento da lisura das eleições de dezembro.
Primeira condição é a de que os “observadores independentes” não tenham
independência nenhuma. Só serão aceitos se forem da Unasul-Uniao de Nações
Sul-americanas- e se a fiscalização for feita em zonas eleitorais escolhidas
pelo governo.
Ainda assim há restrições: o Tribunal Superior Eleitoral indicou o
ex-ministro Nelson Jobim como chefe da missão de observação da Unasul. O nome
foi aprovado pela Presidência da República e pelo Itamaraty. Mas o governo de
Maduro vetou o nome.
Em razão do veto, o TSE decidiu não participar da missão de observação
da Unasul, o Brasil recolheu seus zagueiros e nem Dilma Rousseff nem o
chanceler Mauro Vieira deram um pio de protesto.
Mais uma vez a diplomacia brasileira se curva às taras dos populistas
bolivarianos do subcontinente, abre mão de sua independência e de sua dignidade
e silencia diante de mais esse passo de Maduro em direção à ditadura sem
disfarces.”
Hoje estou numa pressa danada, porque ainda tenho que pegar
minha bandeira e ir para a manifestação a favor do impeachment da presidenta
gerenta, e já, que agora são diárias. E como ontem já tratei de Economia, hoje
volto a fazê-lo de uma forma mais “light”,
transcrevendo um texto, quase didático, do Hurbert Alquéres (Blog do Noblat).
Seu título não diz tudo nem é esclarecedor: “Olha que cai a jaca”. Se antes não
sabemos se é jaca dura ou jaca mole, não temos ideia sobre o que ele escreverá.
Mas, quando ele diz que a jaca é o Levy, e que hoje é jaca mole, tudo fica
claro.
Todos sabemos que o Levy continua no cargo porque é
indemissível. Se ele cair a coisa desanda mais ainda para o Brasil, se isto é
realmente possível. Não é porque todos gostem de jaca, mas, porque quando uma
jaca cai do pé, como eu e meu conterrâneo Lula sabemos, se atingir alguém faz
um estrado danado.
Então a política de Dilma, que ainda quer se manter no
cargo, é, até com a ajuda do suíço Eduardo Cunha, mantê-lo no pé, até
apodrecer. Enquanto Lula, quer de qualquer forma derrubar a jaca, para que a
Dilma se esborrache. E nós brasileiros, não podemos nem mais comer jaca com a
inflação a quase 10%, e nossa renda caindo, quando não estamos desempregados.
Mas, fiquem agora com o Hubert, para maiores detalhes sobre
os resultados de um possível doce de jaca, que eu vou me preparar para tentar
impedir que a Dilma como deste doce. Já a casca, eu posso deixar para ela.
“Dia sim e outro também, o ex-presidente Lula, o presidente do PT Rui
Falcão, parlamentares e economistas petistas correm para debaixo da jaqueira e
balançam a árvore até não poder mais para ver se a fruta cai. A jaca, no caso o
Ministro da Fazenda Joaquim Levy, corre sérios riscos de se espatifar no chão,
embora a presidente Dilma Rousseff tenha assegurado com todos os erres e esses
que ele está firme no pé.
Até quando, só Deus sabe, mas por enquanto vai se segurando, pois para
Dilma, ruim com Levy, pior sem ele. Não que a presidente morra de amores pelo
ajuste fiscal ou pela ortodoxia de Levy. Sua cabeça continua sendo a da “nova
matriz econômica”, do expansionismo fiscal. Nisso, ela não se difere de Lula e
da cúpula do PT.
Mas é obrigada a se render e manter Levy no cargo, ao menos por
enquanto. Neste momento a troca de comando da área econômica seria um desastre.
Arrastaria, mais ainda, o governo para o precipício, aprofundaria a
instabilidade econômica e política, sinalizaria para o mercado que a
austeridade fiscal é de mentirinha.
Foi o instinto de sobrevivência, e não a convicção, que levou Dilma a
prestigiar seu ministro da Fazenda.
Há aqui um conflito de interesses. A preocupação de Dilma é com ela
própria, é conseguir terminar o seu mandato. E Lula tem os olhos fixos em 2018.
Em um quadro de desemprego, inflação alta, e cortes para todos os lados,
inclusive nos programas sociais, sua pretensão de voltar ao Planalto irá por
água abaixo. Para mantê-la, urge derrubar Levy, substituí-lo por alguém que se
disponha a dar um cavalo de pau na economia.
Tanto quanto a presidente ele tem consciência de que não há na
prateleira governista outra política econômica minimamente responsável. Mas
quem disse que ele está preocupado com isso.
Se necessário for, reeditará Orestes Quércia, o ex-governador que
enterrou o Banespa e as estatais paulistas, e dirá: “quebro o Banco do Brasil,
a Caixa Econômica, mas me elejo”.
Neste cabo de guerra entre a criatura e o criador, a presidente sempre
cedeu às pressões do seu tutor. O “imexível” Mercadante dançou. Quem garante
que o mesmo não acontecerá com Joaquim Levy?
Entre o mar e o rochedo, está o país, que nem a atual presidente nem o
ex parecem se preocupar.
É o Brasil que sai perdendo ao ter um Ministro da Fazenda com
autoridade dilacerada, questionado e bombardeado por todos os lados,
principalmente pelo partido da presidente.
A essas alturas, Levy é pouco mais do que um pato manco, de
credibilidade baixíssima por não ter entregado o que prometeu. É atacado pelos
petistas mais por suas qualidades do que por seus defeitos, que, diga-se de
passagem, são vários.
Por volta do primeiro semestre, quando ainda pintava como o novo Delfim
da economia, Levy vendeu terreno na lua ao anunciar o retorno do crescimento
econômico já no terceiro trimestre de 2015. Seu pacote teve efeito quase nulo,
impotente que foi para fazer frente a uma queda do PIB de 3% já apontada na
pesquisa Focus, a uma inflação de 9,75%, no acumulado dos últimos doze meses, e
a um déficit nominal que se aproxima da casa de dois dígitos.
E começou a balangar na jaqueira no momento em que cedeu, aquiesceu e
passou a tecer loas ao patético orçamento deficitário, a maior trapalhada de
uma equipe econômica, após o confisco das cadernetas de poupança da era Collor.
A erosão de sua imagem, inclusive no meio empresarial, se acentuou com os
ziguezagues do cria não cria a CPMF.
Não é culpa dele, como Lula e companhia querem fazer crer. Mas sob sua
égide, o Brasil foi rebaixado pelas agências de risco, está na iminência de
perder o investiment grade. E o superávit primário de 2015, inicialmente
previsto para ser de 1% do PIB, foi rebaixado para 0,15% e nem isso vai ser
cumprido.
Assim fica difícil manter-se no pé. Do jeito que vai, não será preciso
nem balançar a árvore. A jaca pode cair de madura. Ou podre.”
Como todos sabem, eu estudei Economia um tempo, apesar de
não ser minha formação principal. E sei que, nesta matéria, a gerenta
presidenta incompetenta, só teve aulas com o Lula e com o Mantega. Aliás, o que
o Mantega sabia sobre nossa economia, sem dúvida nenhum, nos levou ao ponto em
que estamos, que eu não digo que é o fundo do poço, porque, ninguém ainda o
viu, e, certamente, se o PT, continuar no governo, não encontraremos nunca este
fundo.
A tal da Nova Matriz Econômica é uma excrescência acadêmica
para arranjar votos. Nunca foi tão simples subir ao poder e nele manter-se,
desde quando meu conterrâneo, o Lula, dividiu o país entre pobres e ricos e fez
sua contagem onde descobriu que aqueles eram em maior número do que estes. Ora,
todos sabem que ele não é burro e deduziu, ora, se cada pessoa tem direito a um
voto, e se eu tiver o apoio dos pobres, eu vou bater o recorde do Hugo Cháves,
na Venezuela, em número de mandatos.
E por um tempo deu tudo muito certo, até que, um erro de cálculo
o levou a criar a Dilma, à sua imagem e semelhança, com o intuito claro de
voltar em 2014 à presidência. Só esqueceu de conversar com a “russa”, e ela passou-lhe uma rasteira
daquelas, pois também sabia que se tivesse o apoio dos pobres, venceria
qualquer um, inclusive o Lula. Não deu outra.
A presidenta fez o diabo e venceu as eleições. No entanto, a
Economia, aquela que diz não haver almoço grátis, vinha em direção contrária.
E, como sempre acontece, os pobres eram mal informados e caíram na onda. E chegamos
a este estado de coisa, neste país, que era abençoado por Deus e bonito por
natureza, e hoje, os brasileiros já pensam que Deus se refugiou em Miami,
porque a coisa aqui está feia.
Vendo que a vaca estava indo para o brejo, a Dilma chamou
Levy, o enrolado, para tentar sanar o problema criado pelo Mantega, e seus
conselheiros. Já são 9 meses com Levy, e pelo jeito a criança já nasceu morta.
Ou seja, o PT, não quer soltar o osso da Economia, porque se soltar, como explicará
aos pobres que tudo não passava de um engodo, e que neste mundo, quem não
trabalha não come?
Então encontrei um texto, publicado no Blog do autor (o
economista Mansueto Almeida – “Sem rumo
ou ‘comprado em dólar’” – 10/10/2015)), que numa linguagem simples, embora
mais acadêmica do que a minha, explica o nó em que o Partido da Trambicagem
(PT) nos meteu. Leiam-no e vejam porque, com toda certeza, o Lula et caterva estão “comprados em dólar”, que é um eufemismo para trambicagem, desde que
se tenha influência no valor das moedas.
Fiquem com o Mansueto, que eu irei meditar se compro dólar
ou não. Se você acha que a Dilma vai cair, é melhor ficar “vendido em dólar”. São tantas as emoções....
“O governo federal, com a ajuda do ex-presidente Lula, tem consigo a
incrível façanha da apressar a perda do segundo grau de investimento do Brasil,
postergar a retomada do investimento, aumentar a volatilidade cambial e as
expectativas de inflação.
O pedido do ex-presidente Lula para a saída de Joaquim Levy noticiada
fortemente pelos jornais de sexta-feira, 16, e que levou a uma reunião entre o
ministro e a presidente da República, reunião esta em que supostamente o
ministro carregava em seu bolso uma carta de demissão (não confirmado), deixou
o mercado nervoso e aumentou ainda mais as incerteza da economia.
Por que tanto nervosismo com a troca de um ministro da Fazenda? Por
pelo menos quatro motivos. Primeiro, a agenda do ajuste fiscal,
independentemente de quem sente na cadeira que é hoje ocupada por Joaquim Levy,
é a mesma. Assim, alguém achar que a troca de um ministro faria muita diferença
está equivocado. Mas a depender de quem seja o novo ministro e do seu desejo de
agradar politicos do PT o quadro
econômico pode piorar ainda mais.
Segundo, uma dos grandes ou o maior entrave ao processo de ajuste
fiscal e que alimenta as incertezas é a atuação dos parlamentares e
simpatizantes do PT. A cada dia a população é bombardeada com criticas do PT ao
ministro da Fazenda e a sugestão de um suposto plano de ajuste alternativo que,
ao contrário de resolver a crise, agravaria a crise fiscal. Apenas alguém muito
inocente (mesmo com Ph.D. e com título de professor titular) poderia achar que
aumento do gasto publico em um país com déficit nominal de 9% do PIB resolveria
uma crise fiscal.
Terceiro, um outro entrave ao ajuste econômico é o governo do PT. Entre
os parlamentares de oposição há a convicção que não há como negociar com um
governo do PT porque, um mínimo consenso politico pró-reformas hoje, seria
utilizado em um momento seguinte pelo PT para acusar políticos dos partidos de
oposição de promoverem uma agenda liberal contra os trabalhadores e as classes
de renda mais baixa do país.
Ou seja, muitos parlamentares de oposição acreditam que o governo que
hoje pede ajuda do Congresso Nacional para aprovar o aumento da CPMF será o
mesmo que amanhã usará a aprovação de qualquer reforma para jogar a culpa
dessas mesmas reformas no colo da oposição. Tem dúvidas? Quem foi o senador que
primeiro criticou veementemente o ultimo plano de ajuste fiscal? Um senador do
PT: Lindbergh Farias.
Quarto, muitos alegam que, mais do que trocar o ministro da Fazenda, o
processo de ajuste seria mais fácil com a troca de governo. Mas como estamos há
três anos de uma nova eleição, os analistas veem duas possibilidades com o
governo atual. O governo se mantém até 2018 em um cenário de estagnação, com um
ajuste fiscal incompleto e com pouquíssimos avanços estruturais. A outra
possibilidade é a presidente não terminar o seu mandato e, por isso, analistas
de mercado hoje visitam mais deputados e senadores do que os ministérios da
Fazenda, do Planejamento e o Banco Central.
E a possibilidade de o governo conseguir se fortalecer politicamente e
aprovar uma agenda de reformas estruturais? Hoje, quase ninguém acredita nessa
possibilidade, e o PT junto com o ex-presidente Lula, ao atacarem
sistematicamente a equipe econômica do governo Dilma, aumentam as incertezas e
fazem com que todos fiquem trabalhando com os dois cenários possíveis apontados
acima.
O PT e o ex-presidente Lula ou não sabem o mal que fazem quando
criticam a política econômica e pedem a cabeça do ministro da Fazenda ou estão
“comprados em dólar” (linguagem do mercado para quando alguém compra dólar no
mercado futuro por um preço pré-estabelecido e, se o valor da moeda dispara, a
pessoa tem um grande lucro, pois vai
comprar a moeda por um preço menor no dia de fechamento da operação e vender a
um preço mais alto).”