Dilma nas "pedaladas" |
Por Zé Carlos
Sem dúvida
nenhuma, depois desta semana que passou, eu tenho esperança de que muitas
semanas virão pela frente. Juro que não tenho mais medo, e sei que esta coluna
continuará por, pelo menos, mais uns 3 anos e meio. A que se deve este
otimismo, bom-conselhense ingênuo? Perguntarão alguns dos meus 11 leitores, dos
quais uns 5 são de Papacaça. Eu respondo, com o peito rasgado de alegria:
Conseguimos, conseguimos.... Foi através desta coluna que a nossa musa, a
Dilma, se lançou no mundo do humor. E foi ela que nos deu sustentação, durante
este tempo em que a escrevo, tomando remédio para não me viciar no riso.
Explico
melhor. Foi nesta semana que a Dilma deixou a presidência de lado, para se
dedicar ao que ela mais gosta de fazer, que é, além de pedalar por Brasília,
fazer humor para ser reproduzido aqui. Nunca na história deste país se produziu
tanto humor em uma semana só. E, desculpem, mas, não há espaço para introduzir
mais ninguém na coluna, a não ser nossos colaboradores importantes e habituais,
o Lula e a Dilma. É claro que, sempre aparece um humorista aqui outro ali, como
o Cunha, querendo roubar a cena, contando que não tinha contas no exterior, e
que não sabia de nada sobre os US$ 5 milhões que descobriram lá na Suíça. Foi
uma mera tentativa de imitar o Lula e a Dilma, pois estes, como se sabe, não
sabem nada mesmo. Estava certo o velho
Tancredo quando dizia que quando o cara quer ser esperto demais, a esperteza o
come. Mas, como dizia o Zé Bebinho, lá na minha terra, comecemos do início do
copo para que a cachaça desça toda.
Logo na
segunda-feira tivemos um stand-up de
Dilma na ONU. Foi impecável do ponto de vista humorístico. Ela levou ao riso
todos os habitantes do planeta, através dos seus representantes, os
conselheiros daquela entidade, que devia se chamar a OND (Organização da Nações
Desunidas). Se um ou outro não riu, foi devido à ignorância a respeito dos
nossos problemas internos. Porque, quem a conhece e a veem dizer que o Sérgio
Moro é bem-vindo e deve ser respeitado, mesmo depois que tentaram fatiar a
operação com a qual ele está tentando lavar o país, deve ter dado belas
risadas.
Vejam o que
ela lá disse, para o mundo ouvir:
“O Governo e a sociedade brasileiros
não toleram a corrupção.
A democracia brasileira se fortalece
quando a autoridade assume o limite da lei como o seu próprio limite.
Nós, os brasileiros, queremos um país
em que a lei seja o limite. Muitos de nós lutamos por isso, justamente quando
as leis e os direitos foram vilipendiados durante a ditadura.
Queremos um país em que os governantes
se comportem rigorosamente segundo suas atribuições, sem ceder a excessos.
Em que os juízes julguem com liberdade
e imparcialidade, sem pressões de qualquer natureza e desligados de paixões
político-partidárias, jamais transigindo com a presunção da inocência de
quaisquer cidadãos.”
Viram? Ela,
além de falar no Moro, também enalteceu todos os outros Moros que nascerão com
o fatiamento da Lava a Jato. Durma-se com esta capacidade de nossa musa de
fazer blagues. E, pasmem, quem não lembra do discurso na ONU no ano passado em
que ela diz que deveria haver um bom diálogo com o Estado Islâmico, já que
violência não resolve nada? E vejam o que disse no discurso deste ano:
“Não se pode ter complacência com tais
atos de barbárie, como aqueles perpetrados pelo chamado Estado Islâmico e por
outros grupos associados.”
Quem não
conhece a Dilma pensa que ela se contradisse, teve um surto mentiroso, ou coisa
pior. Mas, para quem a conhece, está vendo que ela está, nada mais nada menos,
tentando tirar uma bela gargalhada do mundo. Portanto, não se preocupem que, ao
contrário do que ela prometeu, vocês não terão refugiados sírios em sua casa,
ela vai hospedá-los todos no Palácio do Planalto.
E logo nos
dias seguintes, para ser justo, temos que incluir mais um que deve ser também
contatado pela coluna, para participar mais dela. É o senador bom-conselhense,
Randolfe Rodrigues (e nem vou repetir aqui que ele não é de Garanhuns, pois seu
nascimento lá foi um mero acidente da infraestrutura da saúde) que era do PSOL
e agora se filiou a REDE, de Marina Silva. Agora, além do timbre de voz da
Vanessa Graziottin, ele descobriu que este timbre é o mesmo de Marina, e
tentará se passar por presidente da REDE, deitando nela e dormindo o sono dos
justos. Espero que brevemente ele volte a Bom Conselho, onde terá uma rede
armada lá na Serra de Santa Terezinha para ele dormir. Seja bem-vindo à coluna.
Pronto,
depois deste parêntese patriótico, voltemos ao grande humor nacional. E,
acreditem, durante quase toda a semana, depois de chegar da ONU, a nossa musa,
a Dilma, se dedicou ao seu show a que chamou de “Reforma Administrativa contra o meu impeachment”, que apresentou na
sexta-feira com pompas, circunstâncias e muitas risadas da plateia e de todo
público brasileiro, porque foi transmitido em rede nacional de rádio, televisão
e redes sociais, sendo um dos seus maiores shows já produzidos. Para mim, que
faço esta coluna, nem se fala. Foi nele que ela anunciou, oficialmente, sua saída
do governo, para se dedicar em tempo integral a ela. Então, duvido que reste um
apenas dos meus leitores vivos até final do ano.
Já durante
toda a semana, ela ensaiava o show, internamente, lá no Planalto ou no
Alvorada. E, sabem quem a ouvia e dava conselhos? O Lula. Que assumiu
definitivamente o governo a partir desta semana, deixando o Temer possesso,
inicialmente, mas, bem risonho depois da divisão dos ministérios que ele fez,
contemplando o PMDB com 7 deles, e já dizendo que eram 7, porque este número é
o da mentira. Lula, além de ser um pândego é um sádico.
Dizem que
durante o encontro com a Dilma, onde acertou as bases para reassumir a
presidência, em caráter oficial, a nossa musa perguntou a ele, se fora verdade
que até vendeu uma MP para a Odebrecht. Ele respondeu na lata como é do seu feitio:
- Dilminha, não mudou nada. Tudo que
fiz foi para o bem do Brasil, afinal de contas eu sou um brasileiro ou não sou?
E, já pararam
de rir? Descansem um pouco para continuar. Lula saiu do encontro ungido como
presidente, o Temer continuou como vice, o Cunha continua na presidência da
Câmara e o Renan na do Senado, e afinal todos ganhamos, pois teremos riso certo
e garantido por muito tempo.
E alguns
pobres de espírito inventaram que toda a reforma ministerial, ou reforma
administrativa, seria só para que a Dilma não fosse impedida. Quanta ingenuidade. Não reconhecem a capacidade de fazer
humor de nossa musa, e sua relação com esta coluna. Ela me telefonou para ver
se eu concordava que fosse criado o Ministério do Humor. Eu achei a ideia
interessantíssima. No entanto, ela declinou da ideia, depois que soube que quem
ela queria colocar como ministro, foi designado pelo PMDB para o Ministério da
Saúde, e quando ela me ofereceu o cargo eu agradeci, pois morar em Brasília,
jamais!
Mas, a ideia
dela de colocar o Marcelo Castro, lá do Piauí, no Ministério do Humor, se viu
logo era genial. Basta ver o que ele disse depois de nomeado para Ministério da
Saúde:
“A CPMF é o melhor imposto que existe.
Porque ele tem uma baixa alíquota, ele é ‘insonegável”. Ele não gasta nada para
ser arrecadado. E tem um custo zero para ser arrecadado e arrecada um volume
grande sem onerar ninguém”.
Depois que eu
fiquei pensando, ora, se não vai onerar ninguém, de onde virar o dinheiro? Aí
eu descobri que a Dilma, como sempre, em matéria de humor, estava certa. Era
ainda o homem certo para este novo ministério, que continuaremos lutando para
sua criação. Quem sabe o Lula se dispõe a assumi-lo, para enganar os incautos que
pensam que ele ainda não é o presidente de fato, ou que realmente não sabe de
nada?
Alôooooooooooo?!!!
Ainda tem alguém vivo? Então siga-me, que morrerá em breve. Não me lembro o dia
certo da semana, nem estou com paciência de ir olhar nos sites de busca, mas
houve um dia em que o Senado e a Câmara, quiseram ir às armas. Alguns dias
antes o Renan, presidente do Senado e do Congresso, isto é, quando eles se unem
ou para legislar ou conspirar contra tudo e contra todos, disse que iria fazer
uma sessão do Congresso para votar os vetos da Dilma, ao reajuste milionário do
Judiciário, e outros penduricalhos propostos pelos legisladores, que, se
passarem (os vetos), o tesouro abre falência. O Cunha, o presidente da Câmara,
que gosta tanto de nossa musa, que quer criar jacarés no espelho d’água do
Congresso, na esperança de um dia empurrá-la lá dentro, resolveu só deixar o
Congresso usar o prédio da Câmara, se um veto especial fosse votado (o que
trata do financiamento privado de campanha, cuja história, em si, já é um show
de humor). Resultado? Os senadores tiveram que ficar em seu recinto, e os
deputados no deles. Vocês já pensaram no que aconteceu? Mais humor e humor. O
senadores aprovaram um projeto, para evitar futuros entreveros, o Meu
Congresso, Minha Vida, que vai construir uma casa só para o Congresso se
reunir, deixando o Cunha de fora.
E, até que
enfim, na sexta-feira, a Dilma apresentou o seu show de humor, ao mostrar seu
novo ministério. E todos ficaram esperando que era algo sério, isto é,
importante. Porque quem ler esta coluna sabe que sério é o humor, e isto nossa
musa tem para dar e vender. Ela “extinguiu”
8 ministérios, e prometeu acabar com 3.000 cargos comissionados (que
provavelmente, vai escolher ainda, no tempo que lhe resta de governo, depois de
completar as metas do PAC), e, sustentem a barriga, resolveu cortar os salários
dela e dos ministros em 10%. Ora, com uma economia destas, ela não vai poder
sustentar o seu cachorro. Coitado do “nêgo”.
Porém, não duvidem de sua capacidade em fazer humor. Os 8 ministérios foram
extintos, mas, continuam lá em Brasília do mesmo jeito, como os zumbis do “thriller” do Michel Jackson. Ou seja,
eles continuam vagando por Brasília, provocando despesas.
E na reforma
ministerial, o de que eu mais ri, além das declarações do Ministro da Saúde,
levando em conta, meu passado, pois fui do tempo que se achava que comunista
comia criancinha com feijão de corda, e que militar, quando via um deles,
puxava a arma,foi a nomeação de um comunista para ser Ministro da Defesa, ao
qual os comandantes militares devem fazer continência todos os dias. Até que
enfim eles chegaram lá! E vamos que vamos porque rir é evoluir, e vice-versa.
E, agora
vamos ao nosso filme do UOL, que, diante da tanto material, deve estar
bombando. E está mesmo. Vejam o Cunha em direção ao penta campeonato de
denúncias na operação Lava Jato e vejam que as demissões do pacote do riso da
Dilma demitiu, como já vimos, o Ministro da Saúde, para o que ela usou o
telefone, e também demitiu a Dilma Bolada, por falta de pagamento. Não deixem
de conferir, se houver algum leitor vivo até aqui.
Agora fiquem
como o resumo dos roteiristas do UOL e nos aguardem na próxima semana, com mais
humor de Dilma, porque agora ela tem o tempo todo, como presidente em não
exercício, entre uma pedalada e outra por Brasília. Aliás, esta semana é esperado o julgamento das "pedaladas fiscais de nossa musa. Não perca na próxima semana. Uma boa presente semana para todos.
“A charge política do UOL desta semana
relembra as denúncias que fizeram do presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pentacampeão, a reforma ministerial e o rompimento de
relações entre Dilma Bolada e a presidente Dilma Rousseff.”
P.S: Só soube hoje, que ontem, em Brasília, foi realizado um show de humor, protagonizado pelo Eduardo Cardoso (Ministro da Justiça), Nelson Barbosa (Ministro do Planejamento) e o Luís Adams (Chefe da AGU), cujo roteiro, foi o pedido de afastamento do juiz do TCU que cisma em dizer que a nossa muda pedalou o ano passado para vencer as eleições. Não dá nem tempo de fazer um resumo deste show, que foi ser um verdadeiro desbunde. Fica para a próxima semana (Zé Carlos)
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