Em manutenção!!!

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Vem para o Capitalismo você também, vêm!!!!




Por Zezinho de Caetés

Já disse aqui que em certa época da minha vida, estudei Economia, num curso pequeno mas esclarecedor. E isto me ajudou a ir da esquerda para direita, quase num piscar de olhos, sem nem saber o que era direita nem esquerda, a não ser, quando pensava que chuto com o pé esquerdo.

Mas, não foi só por causa do curso e sim pelo andar da História. Se considerar a esquerda, de uma forma um tanto simplista, como aqueles que pensam que as soluções melhores para vivermos tem que vir de um ente coletivo, já se descobriu que é a forma mais ineficiente de lidar com a sociedade. Basta citar União Soviética, Coreia do Norte, Cuba e tantos outros que embarcaram na aventura socialista esquerdizante. Não há dúvida, a esquerda quando não mata, esfola.

Enquanto, se considerar a direita, também de forma simplista, como formada por aqueles que tem confiança em que os indivíduos, interagindo de acordo com seus princípios e valores, são capazes de construir instituições que melhoram a vida da sociedade. Exemplo? Europa, Estados Unidos e até mesmo os ex-socialistas China, Rússia (e talvez Cuba, daqui a pouco), e outros que tem confiança no indivíduo principalmente através de sua melhor criação, no campo econômico que é o chamado Mercado ou capitalismo. Não há dúvida também, a direita quando não melhora a sociedade, é por causa da esquerda.

E agora nos voltemos para o Brasil. O que somos? Socialistas ou capitalistas? Até agora nenhum dos dois. Somos ou fomos patrimonialistas, clientelistas, fisiologistas, sindicalistas, corporativistas e, como diz o Rodrigo Constantino em texto abaixo transcrito (“Quem teme o novo?” – O Globo – 29/09/2015), e flertamos com o socialismo. Mas, nunca chegamos nem perto de um capitalismo liberal. Por que não fazer a verdadeira “revolução” e agora passemos a tentar ser capitalista.

Por que não transformarmos o Bolsa Família numa Bolsa Trabalho? Por que não transformarmos a Petrobrás, numa S.A., para explorar a riqueza do Petróleo para os brasileiros ao invés de ficar nos iludindo, de que o Pré-Sal vai salvar nosso povo da ignorância? Por que não enxugamos o Estado deixando-o com as funções básicas, ainda imprescindíveis para este comedor de impostos, e no Brasil, vomitador de propinas?

Algum tempo atrás falei sobre o Partido Novo, que surgiu agora, mesmo antes de surgir a REDE de Marina, onde os brasileiros vão querer se deitar e esperar as benesses do Estado, e agora veio um que é o PMB (Partido da Mulher Brasileira), uma excrescência óbvia. Bem, é melhor do que o que eu pensei que era, Partido Militar Brasileiro, mas, venhamos e convenhamos, nem a Marta Suplicy nem a Marina e nem mesmo a Dilma iriam para ele, esta última porque não seria aceita.

Então fiquemos com o Partido Novo que propõe se engajar na luta para termos um capitalismo liberal no Brasil, este país que tem um medo danado de capitalismo, talvez porque, se ele chegar vamos ver que temos que trabalhar para viver, e não só esperar as esmolas do Estado.

Fiquem com o Constantino, que eu vou verificar se volto à política ativa ou não. Quem sabe, um dia?

“Se a Petrobras fosse privada, por exemplo, não teríamos o petrolão, e o PT não teria quebrado a maior empresa do país

O Brasil vive uma daquelas crises severas, que pune de forma desproporcional os mais pobres, que ameaça os trabalhadores com o fantasma do desemprego, que assusta com a inflação fora de controle. O brasileiro fica mais pobre a cada dia, principalmente em relação ao resto do mundo. Medido em dólar, o salário médio já despencou quase 40% nos últimos meses. A quem culpar por mais essa desgraça?

A resposta imediata é Dilma. Foram, afinal, sua incompetência como gestora, sua arrogância e sua visão ideológica equivocada que jogaram o país nesse caos. Mas, afastando-se um pouco mais, fica claro que ela não é a única responsável. O PT também tem tudo a ver com isso, e os abusos e as “pedaladas fiscais” começaram no governo Lula, que é, ainda por cima, o criador da criatura. Logo, temos o grande vilão do país: o Partido dos Trabalhadores.

Mas podemos nos afastar ainda mais. Afinal, o PT não chegou ao poder do nada. Ele foi colocado lá, pelos votos. Ou seja, boa parte da população tem culpa no cartório, acreditou nas mentiras, no estelionato eleitoral, cedeu aos encantos do populismo, endossou a “nova matriz macroeconômica”, filhote de um arcaico “desenvolvimentismo” inflacionista. Não parece correto, portanto, eximir de responsabilidade aqueles que foram cúmplices do PT por meio das urnas.

E eis o ponto central aqui: os brasileiros insistem em modelos equivocados que delegam sempre ao Estado um poder desmesurado para ser a locomotiva do progresso e da “justiça social”. O resultado é, invariavelmente, decepcionante. Vimos isso inúmeras vezes se repetindo. O governo cresce, aumenta gastos e crédito, adota postura intervencionista na economia, e, após a fase inicial de prosperidade ilusória, vem a enorme crise produzida por um modelo irresponsável e ineficiente.

Boa parte disso pode ser explicada pelo fator cultural: o Brasil e o capitalismo liberal nunca se deram muito bem. Há grande tensão nesse relacionamento, a população desconfia do mercado, do lucro, e acaba depositando uma esperança ingênua no Estado, esquecendo que ele é formado pelos mesmos políticos detestados pelo povo. Os artistas e “intelectuais” ajudam a jogar mais lenha na fogueira, sempre cuspindo no sistema capitalista como se fosse o próprio capeta.

Esse preconceito ideológico anticapitalista tem sido o grande responsável por nossa incapacidade de migrar para o time dos países desenvolvidos. Não resta dúvida de que os tucanos são melhores do que os petistas, de que o PSDB é uma esquerda mais civilizada e que respeita em parte o mercado. Mas, ainda assim, a agenda do PSDB está muito distante do liberalismo que funcionou como alavanca para o progresso ocidental. Ainda concentra poder e recursos demais no Estado.

O Brasil testou vários “ismos”: somos mestres no corporativismo, no sindicalismo, no patrimonialismo, no clientelismo e até flertamos com o socialismo. O que realmente ainda não experimentamos foi mesmo o capitalismo liberal. O liberalismo — novo ou velho — passou mais distante do Brasil do que Plutão da Terra. Apesar disso, a esquerda insiste em jogar nos ombros do “neoliberalismo” a culpa pelos males que assolam o país, produzidos justamente pelo excesso de Estado.

Quem tem consciência disso sempre se sentiu órfão na política nacional, dominada pelos 30 tons de vermelho. Todos os partidos falam em mais Estado, no governo como uma espécie de “Messias salvador”. Os liberais, então, eram obrigados a votar no “menos pior”, no que mais perto do centro ficava. Mas nunca puderam votar com convicção, em um partido que efetivamente abraçasse o capitalismo liberal, com uma agenda que colocasse o indivíduo no foco, não o Estado.

Isso agora mudou. Foi homologado pelo TSE o Partido Novo, com o número 30, que clama por mais sociedade e menos Estado, que defende mais liberdade econômica e menos intervencionismo, que não teme enfrentar o vespeiro corporativista e prega privatizações. Se a Petrobras fosse privada, por exemplo, não teríamos o petrolão, e o PT não teria quebrado a maior empresa do país, depois de transformá-la numa fonte de recursos ilícitos para seu projeto de perpetuação no poder.


O Novo reconhece no empreendedor o grande criador de riquezas, e deseja reduzir os obstáculos estatais que dificultam esse processo dinâmico que leva à prosperidade. Quem pode ser contra isso? A quem interessa manter um sistema de privilégios estatais que beneficia apenas os “amigos do rei”? Vamos dar uma chance à liberdade! Vamos valorizar mais o indivíduo! Quem teme o Novo?”

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A semana - A reforma administrativa de Dilma, os conselhos de Lula e a subida do dólar




Por Zé Carlos

Ufa!!! Cheguei ao final da semana. Mesmo atingido pela crise da Dilma, ainda não o fui mortalmente. Só sei que meu salário já baixou uns 20%. Mas, como?, se a inflação oficial é de 9,5%? Ora, meus caros e parcos 11 leitores. Cada um tem a inflação que merece, e inflação dos velhos foi maior, porque os remédios que eles tomam são todos importados. E o dólar, sem pidedade, chegou aos 4,00 reais. Mas, estamos felizes por ainda alcançar esta segunda-feira, em condições de comentar a semana que passou, no mundo político, que anda mais conturbado do que Bom Conselho em dia de feira.

E, para não ser muito criativo, eu vou começar do início, se isto é possível, neste Brasil que me lembra os perigos dos seriados a que assistia lá no Cine Rex, de minha terra, de saudosa memória, onde sempre terminava com um “perigo”, que levava todos os espectadores a voltar na semana seguinte para ver como o herói ou heroína se safava dela. E na semana passada vimos a nossa musa, a Dilma, ficar num perigo emocionante, quando o vilão chega e lhe diz: “Desta semana não passa, você será impichada!”.  E já na segunda-feira a Dilma começou a tentar evitar o “perigo da série” se propondo a fazer uma reforma administrativa, com a única finalidade de se ver livre do impeachment, tratado por todos como pule de dez.

Seu maior inimigo hoje, o Temer, chegou da Rússia, e a primeira coisa que fez, fingindo que queria salvá-la, foi dizer que não queria se meter na reforma, mas, se fosse ele não a faria. Seria temeroso pois o seu partido, o PMDB, é um saco de gatos tão grande que corria risco dela cair do cavalo.  Mas, com todos sabemos, nossa musa, a Dilma, é muito experta e foi logo consultar o nosso outro colaborador, o Lula, sim, aquele mesmo que, dizem, havia dito a ela que “ela estava f......”.

E a graça das atitudes da Dilma esta semana foi toda baseada nesta conversa com o Lulinha, um dia “paz e amor”. Ele deve ter dito: “Dilma, deixa de ser burra! Aprenda a contar. Se você não pode contar mais com uma base alugada, pois, já se comprovou que apenas uns 200 deputados comem na mão do governo, e você precisa no mínimo de 257 votos para que o Cunha, o outro grande vilão desta série, não bote você para o curral do impeachment. Toma tento!”.  E a partir daí ela, não sabendo também que o Lula é o maior de todos os vilões, e que está torcendo para que ela não se salve do perigo, começou a fazer o que por ele foi aconselhada: “Deixe a base alugada de lado, e tente comprá-la. Por exemplo, o PDT do Lupi você compra por uma ninharia. Por qualquer agência de INPS, no interior, ele está à venda. O PMDB, mais sofisticado você tem tentar comprar com cuidado. Ofereça o Ministério da Saúde, e peça um desconto, eles estão dispostos a negociar.

Então, nossa musa, a Dilma, chamou o Temer, mas o Temer disse que não poderia atender, chamou o Cunha, deu no mesmo, chamou o Renan, e este, em cima do muro estava, em cima do muro ficou. O que fez ela então se os caciques não queriam ouvi-la? Fez igual ao que já tinha feito com o Levy, o desacreditado, e chamou um deputado PMDB, um tal de Leonardi Picciani, lá do Rio, cuja maior façanha foi ter sido eleitor do Aécio, e pediu a ele uma lista de nomes do PMDB para indicar ministros. E daí ela matou 3 coelhos com uma cajadada só. Desagradou o Temer, o Cunha e Renan, que agora prometem só ir a um show dela se tiverem certeza de que o riso será garantido.

E foi nesta reforma administrativa que a presidente passou a semana, discutindo e pedindo conselhos ao Lula de como ele fez para comprar o PMDB. Na certa ele disse que, para isso, teve até de dizer que o Sarney era “um homem incomum”.

Mas, não foi só a presidente que nos fez rir esta semana. Não há nada mais risonho do que um congresso desaprovar um texto aprovado semanas antes e que a Dilma vetou. Sempre fico me perguntando: Mudou o Brasil ou mudei eu? Para mim nenhum dos dois mudou. Basta ver que, neste jogo político, o gato normalmente caça o rato, mas, quando o rato caça o gato, não tem jeito, há algo errado. E o erro era evidente, e neste caso da oposição. É claro que muitas das medidas aprovadas antes eram simplesmente pirraça para irritar a Dilma, e calar de vez sua veia humorística. E não deu outra. Muitas delas foram para o ralo. É certo que ficaram algumas das decisões, como por exemplo, reajustar os salários do Judiciário de forma a quebrar os cofres públicos, ainda podem complicar a vida do governo. No entanto, penso que depois de dado um show de humor nas votações dos vetos. O perigo maior passou.

Para ser justo, nem o Lula nem a Dilma foram os protagonistas principais da semana. Para mim, foi o dólar. Lembram do velho real, nossa moeda, que quando nasceu valia um dólar? E que só começou a se desvalorizar quando a Regina Duarte teve medo do Lula em 2003? Pois é, nesta semana que passou, ele chegou ao fundo do poço, valendo apenas 0,25 centavos do dólar, o que fez todos os brasileiros em viagem sorrirem, para não chorarem. Eu não sei se a notícia levou algum brasileiro ao suicídio lá na Disney, mas, que alguém pensou em cometer este trágico ato, pensou!. E com certeza o concretizará quando vier a fatura do cartão de crédito. Já o parque do Beto Carreiro, lá em Santa Catarina, dizem, está superlotado de gente feliz.

E foi em torno da alta do dólar, que o Brasil político girou a semana toda, pois a principal diversão era, de hora em hora, perguntar: A quanto tá, agora? Parecia a cantiga da perua. Não, não estou falando da Marta Suplicy, que se filiou ao PMDB, contando a piada de que agora está num partido de gente honesta. Dizem que o Renan e Cunha riram a bandeiras despregadas. Renan, porque deve, não nega, e diz que paga quando a Dilma quiser e o Cunha que diz não dever nada, embora já haja uns 53 delatores premiados dizendo que ele vivia brincando com os dólares que recebeu de propina, que foram tantos que ele doou uma parte a sua igreja para que os santos o ajudassem.

E, finalmente, diante de tanta confusão nossa ainda protagonista, na média, a Dilma, diante de tantos risos e tantas alegrias resolveu ir para Nova York, para ver o Papa Francisco, e talvez pedir a Cristina Kirchner que interceda por ela, junto a ele. E até, deu um showzinho para os repórteres dizendo que o dólar não era o nosso problema, porque ela está dormindo num colchão forrado desta moeda hilariante para quem fez turismo em Caruaru e não no exterior, como eu, que fui ver o meu neto ser campeão de xadrez na escola, e visitar a fazendo invadida do Pedro Correia, o delator premiado da vez. Quando todo mundo não viu nenhuma graça por ela ter declarado que tinha muitas reservas, ela então lascou: “O que me preocupa são as empresas endividadas em dólares!” Aí, os ouvintes bolaram pelo chão de tanto rir. Ora, se tem muitos dólares é só fazer um Bolsa Dólar e distribuir a moeda americana com os empresários. É realmente uma pândega.

Eu só falei do Pedro Correia, acima, en passant, todavia, ele foi o grande delator da semana e ameaçou deixar esta coluna semanal sem a ajuda, em tempo integral, de nosso grande colaborador, o Lula. Imaginem, que ele jura de pés juntos, que o petrolão foi criado numa reunião onde estavam o Lula, o Zé Dirceu e mais alguns de menos importância, e ele, o nosso delator premiado. Se isto for verdade e o Sérgio Moro não tiver sentido os efeitos do fatiamento da operação Lava Jato, não tem jeito. O Lula vai encontrar o Dirceu lá em Curitiba, qualquer hora dessas. E pelo seu silêncio, ele não está nem ligando, desde que não vá de camburão comum, e sim de pau-de-arara, para voltar à infância. Este Lula, calado, é um poeta.

E o filme do UOL, que coloco lá embaixo para que os meus leitores mais renitentes em ficarem vivos, finalmente morrerem, desta vez eu achei um pouco chato, porque ele foi muito regionalista. Quase só fala do Alckmim, o governador de São Paulo, e do dólar. Embora, alguém homenagear o “Chuchu”, pela sua gestão de recursos hídricos, é para matar qualquer paulista de tanto rir.

Agora fiquem com o resumo do roteiro dos produtores e logo abaixo o vejam. E esta semana que hoje começa, promete muito, para os nossos leitores risonhos. Até lá, se ela chegar ao fim!

“A vaidade do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e a cotação do dólar estiveram em alta esta semana. Após saber que receberá em outubro um prêmio pela gestão hídrica do seu governo, Alckmin disparou: "Modéstia à parte, [o prêmio] é merecido". E em meio à crise econômica e política, o dólar alcançou a sua maior cotação em relação ao real, ultrapassando a barreira dos R$ 4.”


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

A "Vitória de Dilma"


Pirro, Rei de Épiro e da Macedônia.


Por Zezinho de Caetés

Eu nunca vi se falar tanto em “Vitória de Pirro” como neste momento, desde que a gerenta presidenta entregou o governo ao PMDB. Embora já saiba o que significa a frase, eu fui ao pai dos burros, que hoje é o Google, para verificar o que havia de tão semelhante com a vitória da Dilma.

O Rei Pirro, que viveu lá pelos anos 300 a.c., foi rei de Épiro e da Macedônia e ficou conhecido por ser um dos principais opositores a Roma. Em uma batalha, ao felicitar os generais pela vitória, depois de verificar as enormes baixas sofridas pelo seu exército, disse a eles: “Com mais uma vitória destas, eu estarei acabado!”. Daí vem a expressão “Vitória de Pirro” para indicar alguma conquista feita com um esforço exagerado e penoso.

Se não houvesse esta expressão milenar, a partir desta semana, teríamos os termos para serem usados com o mesmo significado: “Vitória de Dilma”. Como se sabe, ela praticamente entregou o governo ao PMDB, sob o conselho do meu conterrâneo Lula que já foi useiro e vezeiro deste tipo de atitude. Segundo dizem, ele explicou a sua pupila que deveria dar os anéis para ficar com os dedos. Os anéis eram alguns ministérios, para satisfazer a sanha por cargos do PMDB, e os dedos era seu cargo, ou seja, evitar o impeachment a qualquer custo.

O que se viu, foi uma Vitória de Dilma. Só quem ganhou foi o partido do vice que agora não reina, mas, governa de fato o país, pelo menos de maneira formal, já que é a dupla Renan/Cunha que dá as cartas. E a prova disto veio na propaganda obrigatória do partido, onde se repete e se repete o chavão de que “os governos passam e o Brasil fica”. Deveria ser substituída pela frase, “os governos passam e o PMDB fica”.

Em suma, o que tivemos foi um “impeachment branco”, ou seja, a Dilma sabe que já foi, mas, esqueceu de avisar. Neste quadro partidário brasileiro estava faltando um partido novo. Agora já tem: O Partido Novo. Venha para ele você também.

Para o final de semana, escolhemos mais uma vez um texto do imortal Merval Pereira, cujo título é quase igual ao meu: “Vitória desgastante” (O Globo – 24/09/2015), e que trata do mesmo assunto, e mostra quanto esta vitória pode ter sido inútil. Fiquem com ele que eu vou fazer meu retiro espiritual no final de semana, esperando que não seja um retiro nem de Pirro nem de Dilma.

“Se era para segurar o dólar, não deu certo. E por que não deu? Por que, na verdade, a vitória do governo no Congresso na noite de terça-feira não foi definitiva, e é possível detectar-se por trás da manutenção dos vetos presidenciais interesses diversos, e não apenas o compromisso de apoiar o governo.

Poderia até mesmo ser chamada de "vitória de Pirro", em que o governo se desgastou tanto para vencer que acabou se desmoralizando mais ainda. Muitos deputados e senadores estavam realmente preocupados com os gastos que desequilibrariam de vez as contas públicas, inclusive na oposição, mais especialmente entre senadores oposicionistas. Mas muitos peemedebistas estavam mesmo preocupados em não deteriorar de vez as contas públicas que herdarão em caso de impeachment da presidente Dilma.

Daí a tirar-se a conclusão de que o governo já tem uma maioria suficiente para impedir que o processo de impeachment seja instalado no Congresso, vai uma distância grande. Foi uma vitória importante para o governo, sem dúvida, especialmente pela coragem de enfrentar o monstro, coisa que o governo Dilma vinha evitando há muito tempo, demonstrando uma fragilidade que se auto-alimentava com os erros políticos que são cometidos em sequência.
 
A presidente pagou para ver e ganhou um fôlego, até que vetos importantes politicamente e com efeitos econômicos desastrosos, como o aumento para os servidores do Judiciário, forem à votação. Aí sim veremos se a maioria governista é sólida a ponto de se desgastar com uma categoria importante, especialmente para os petistas. O teste de fogo se dará com a CPMF, que continua sendo rejeitada pela maioria do Congresso.

 Mesmo tendo superado esse obstáculo importante, o governo Dilma continua errando estrategicamente em relação ao PMDB, repetindo o mesmo erro de tentar passar por cima da cúpula partidária para negociar diretamente com as bases.

A troca vergonhosa de votos por ministérios como o da Saúde – com uma relação de candidatos à vaga que assusta – é por si só a repetição de uma ação que corrói por dentro a base aliada, que não dedica lealdade a quem se ofereceu no balcão das negociações fisiológicas mais rasteiras, e provavelmente não pagará a dívida quando enfrentar votações políticas fundamentais como o impeachment.

Ainda está na memória de muita gente a votação do impeachment do então presidente Fernando Collor, em que deputados que até a véspera juravam fidelidade ao presidente votaram a favor de afastá-lo. O mais notório deles foi o deputado Onaireves Moura, dirigente de futebol eleito deputado federal em 1989 na leva de Collor, fazendo parte da "tropa de choque", que defendia o mandato presidencial a todo custo.

Na véspera da votação do impeachment Onaireves chegou a oferecer um jantar para Collor, mas na hora de votar, não resistiu à tentação populista e gritou ao microfone o “sim” que apoiava o fim do governo de seu amigo. Acabou preso por outras falcatruas.

Na votação de terça-feira, houve um momento em que a verdadeira força da base governista foi colocada à prova pela oposição, que passou a obstruir a sessão para ver até onde o governo conseguia encher o plenário com os seus aliados.

A sessão teve que ser suspensa por falta de quorum, apenas 127 parlamentares da base marcaram presença. Essa pode ser uma boa medida da lealdade dessa base renovada a força de negociações nada republicanas, com atores políticos de segunda categoria na hierarquia partidária.

Parece mais a rapa do tacho por parte desse grupo do que uma reviravolta na posição do PMDB. Até 15 de novembro, esses novos protagonistas poderão sugar até as últimas gotas o governo Dilma, mas nada indica que a lealdade permanecerá até a decisão do partido, em sua convenção nacional, de abandonar o barco governista.

 Eduardo Cunha prepara seu discurso de rompimento do PMDB com o governo Dilma para esse dia, querendo dar-lhe a mesma dimensão que Tancredo, também num 15 de novembro, fundou a Nova República num discurso épico.


Os momentos são outros, principalmente os autores são distintos em suas histórias políticas e pessoais, mas a convenção nacional do PMDB pode marcar o fim da era petista.”

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

A quem não interessa a saída de Dilma?




Por Zezinho de Caetés

Hoje já escrevo sabendo a decisão do Congresso sobre os vetos da gerenta presidenta. E, pasmem, desta vez ela conseguiu o que queria, por lá. Pelo menos em parte. Manteve 26 dos 32 vetos que havia imposto a decisões recentes dos parlamentares.

Como disse, ela, talvez ela primeira vez, desde que levou à falência sua lojinha de 1,99, estava certa. Diante da situação brasileira, a oposição fez bem em  maneirar um pouco. Restam ainda outras decisões vetadas e que podem levar o Brasil à breca de vez, caírem os vetos. Mas, vamos esperar, com otimismo.

O assunto que nos traz aqui já é outro. A decisão do STF de fatiar a Operação Lava Jato, tirando poderes do juiz Sérgio Moro, que, por isso, não deixa de ser o homem mais influente do Brasil no momento. Agora, a Operação pode até lavar a jato, mas, não com tanta eficiência como vinha fazendo. Será pela escassez de água ou pela escassez de vergonha?

Quem tenta colocar a questão sobre outro ângulo, hoje, em seu Blog, é o Ricardo Noblat, quando pergunta no título: “A quem interessava enfraquecer o juiz Sérgio Moro?” Esta é uma pergunta correta, mas, a mais correta ainda é: “A quem não interessava a saída da Dilma?”. Talvez até fosse mais fácil de responder.

Mesmo com a alegação do ex-advogado do PT, o Dias Toffoli, de que ainda há juízes no Brasil, não podemos acreditar que este fosse o caminho correto. Mas, como sou um eterno otimista, quem sabe, ele está certo e apareça um outro Moro, esperando fazer Justiça com o Brasil?

Agora, fiquem com o Noblat que eu vou procurar minha lanterna e sair procurando um juiz igual a Moro por aí. Eu sei que não é uma tarefa fácil, mas, quem sabe eu não estarei como sorte?

“Para começar a investigar um crime, os detetives de antigamente costumavam se fazer a mesma pergunta: “A quem interessa?” Ou seja: “Quem mais tiraria vantagens do crime?”

A pergunta pode ser aplicada também para elucidar ou pelo menos iluminar outros enigmas.

Por exemplo: por sete votos a três, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu fatiar a Operação Lava-Jato, subtraindo poderes do juiz Sérgio Moro, o comandante da operação até aqui.

Continuarão com Moro somente os processos que tenham conexão direta e robusta com a roubalheira na Petrobras. Os demais poderão ser repassados a outros juízes país a fora.

Montar um quebra-cabeça com muitas peças é um desafio complicado. Torna-se impossível de ser vencido quando faltam peças.

O relator da decisão do STF foi o ministro Dias Tóffili, ex-advogado de Lula, ex-assessor de José Dirceu, um petista de raiz. Tóffili desabafou irritado a certa altura do julgamento:

- Há Polícia Federal e há juiz federal em todos os estados do Brasil. Não há que se dizer que só haja um juízo que tenha idoneidade para fazer investigação ou para seu julgamento. Só há um juiz no Brasil?

Não, há muitos. Mas Moro já demonstrou à farta sua competência na condução do caso e seu rigor na aplicação das leis. Nada mais precisa provar.

Não existe outro juiz que conheça tão bem como Moro o que a Lava Jato investiga. Nem que opere como ele em tão fina sintonia com a Polícia Federal.

Embora sem esse nome, a Lava Jato começou em 2009. E seu objetivo inicial foi o de apurar lavagem de dinheiro entre empresas ligadas ao deputado José Janene (PP-PR), que já morreu.

A apuração levou à descoberta de um posto de gasolina, em Brasília, que lavava dinheiro. E em seguida ao doleiro que fazia a lavagem e que se escondia sob o nome de Primo.

Por conta do posto de gasolina foi que a operação ganhou o nome de Lava Jato.

Primo era o doleiro Alberto Yousseff. E foi por meio dele que se chegou a Paulo Roberto Costa, então diretor de Abastecimento da Petrobras. O resto é história conhecida.

Portanto, é falsa a afirmação de que a Lava Jato, por vocação e em respeito ao seu escopo original, deve limitar seu interesse à roubalheira na Petrobras.

Como desvincular o que aconteceu na Petrobras com o que aconteceu em outras empresas e órgãos dos governos Lula e Dilma?

Os personagens, em várias ocasiões, foram os mesmos. Os crimes de igual natureza. E o produto deles serviu ao mesmo propósito – o de manter no poder quem nele queria se conservar.

A quem interessou a decisão do STF relatada por Tóffili?

Ela foi celebrada pelos advogados de presos, de ex-presos, de suspeitos e de quem mais receia cair nas malhas da Lava Jato.

Por que? Ora. Seguramente porque aumentam as chances de eles se darem bem.

No Congresso, ontem à noite, deputados e senadores não escondiam seu alívio com o enfraquecimento de Moro.

A blindagem da Lava Jato foi rompida pela primeira vez. Doravante será mais fácil rompê-la sempre que necessário.


Esperem para ver.”

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Lula & Groucho Marx: "Estes são os meus princípios, e se vocês não gostarem deles... bem, tenho outros."




Por Zezinho de Caetés

No momento em que escrevo, ainda estou esperando o que vai acontecer com a “pauta bomba”, hoje no Congresso. Explico. Há uma série de despesas que foram aprovadas pelo Congresso, entre elas, o aumento de salários no Judiciário e a vinculação de aposentadorias ao salário mínimo, e que, a meu ver, de forma correta, a nossa gerenta presidenta, e desta vez, coisa rara, não incompetenta, vetou. Os nossos parlamentares vão decidir se derrubam os vetos da presidenta, ou não.

Dependendo do que acontecer nesta reunião, tudo em nossa política poderá mudar, como um passe de mágica. Então escrever muito é uma bobagem. Mas, tenho uma certeza que independente de tudo, ganhando ou perdendo no Congresso a Dilma já está perdida na política e faz muito tempo. Não há remédio que cure, e isto só prejudica o Brasil. A única solução viável, ou é a renúncia ou o impeachment, para o bem do Brasil.

Já o conterrâneo Lula, dependendo do que possa acontecer por lá pela Lava Jato, ainda temos dúvidas se ele seguirá o caminho da Dilma ou não. Todos já sabem que o Lula, depois que saiu de Caetés, só tem um objetivo na vida: Se dar bem! Dependendo do que isto significa, até agora ele conseguiu quase tudo que queria e até pode-se dizer que seu deu bem. Mas, a operação Lava Jato é o seu calcanhar de Aquiles. É uma interrogação ainda o que irá acontecer com ele.

Se minhas análises saíssem do meu desejo, ele já estaria na companhia de Zé Dirceu há muito tempo. Mas, venhamos e convenhamos, o “cara” é esperto. Eu lembro de uma frase de um cômico americano, o Groucho Marx, que dizia: “Eu não entro em clube que me aceita como sócio!”. O Lula poderia repetir que não entra em governo que aceita seus conselhos, depois da crise a qual o lulopetismo levou o Brasil.

Para que vocês detalhem o assunto tenho que transcrever outra vez o imortal Merval Pereira, num texto onde ele analisa o cerco ao Lula (“O cerco se fecha” – O Globo – 22/09/2015), pelos acontecimentos mais recentes. Eu lhes deixo com o articulista e apenas cito o Groucho Marx outra vez, que poderia muito bem o Lula, quando apresenta soluções para o Brasil: “Estes são os meus princípios, e se vocês não gostarem deles... bem, tenho outros.” O Lula, como todos sabem e dito por ele mesmo, não gosta de ler, mas, penso que ele adora filmes do citado comediante.

“Se Lula desconfiava, conforme relatos, de que o objetivo final da Operação Lava-Jato é ele, ontem deve ter tido certeza disso. Nunca a Operação Lava-Jato chegou tão perto dele, por enquanto apenas na retórica de seus procuradores ou do próprio Juiz Sérgio Moro, mas com ações que se aproximam cada vez mais de denúncias que envolvem diretamente Lula no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.

O procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, afirmou em entrevista coletiva para explicar a nova fase – sugestivamente chamada de “Nessum Dorma” (“Ninguém dorme”) - que ‘não tem dúvida nenhuma’ de que os escândalos de corrupção da história recente do País – Mensalão, Petrolão e Eletronuclear – tiveram origem na Casa Civil do Governo Lula, cujo titular mais famoso, o ex-ministro José Dirceu, está preso pela segunda vez.

Ele não apenas insinuou, mas garantiu que as investigações indicam que foi montado um esquema de compra de apoio político para o governo federal conectados entre si desde o mensalão, pela mesma organização criminosa e pessoas ligadas aos partidos políticos.

Já o juiz Sérgio Moro escreveu em um de seus despachos condenando o ex-tesoureiro do PT João Vaccari que “(...) A corrupção gerou impacto no processo político democrático, contaminando-o com recursos criminosos, o que reputo especialmente reprovável. Talvez seja essa, mais do que o enriquecimento ilícito dos agentes públicos, o elemento mais reprovável do esquema criminoso da Petrobras, a contaminação da esfera política pela influência do crime, com prejuízos ao processo político democrático. A corrupção com pagamento de propina de milhões de reais e tendo por consequência prejuízo equivalente aos cofres públicos e a afetação do processo político democrático merece reprovação especial."

 Juntando-se essas afirmações ao fato de que a operação “Nessun Dorma” apura a propina na Diretoria Internacional da Petrobras de 2007 a 2013, ocupada por Nestor Cerveró, que negocia uma delação premiada com o Ministério Público, tem-se que além das negociatas da Eletronuclear, estão sendo investigadas ações como o superfaturamento do contrato da sonda Vitória 10.000 que, segundo Cerveró, foi feita a mando do próprio presidente da Petrobras à época, José Sérgio Gabrielli, para saldar dívidas de campanha de Lula com o grupo Schahin.
Na proposta de Cerveró para a delação premiada, que ainda não foi aceita, ele afirma que Gabrielli lhe disse que a ordem veio “do homem lá de cima”, numa referência clara ao então presidente Lula.

O operador Julio Camargo, em cuja delação premiada aparece a acusação ao presidente da Câmara Eduardo Cunha, disse que representava a Samsung na transação do navio-sonda Vitória 10 000 e confessou ter pago 25 milhões de dólares a diretores e intermediários, incluindo aí o próprio Cerveró.

O ex-diretor da área internacional contou aos procuradores da Operação Lava-Jato que os contratos de compra e operação da sonda Vitória 10 000 foram direcionados à construtora Schahin com o propósito de saldar dívidas da campanha presidencial de Lula, em 2006 com o banco do mesmo nome.

 Esse caso está ligado a outro, mais nebuloso, envolvendo o assassinato do prefeito Celso Daniel, e foi revelado à época do mensalão numa tentativa mal sucedida do lobista Marcos Valério de fazer uma delação premiada para se livrar da penas de mais de 40 anos a que foi condenado na ocasião.

Ele revelou que foi procurado pelo PT para pagar uma quantia em dinheiro a uma pessoa que ameaçava revelar detalhes do caso Celso Daniel, acusando líderes do PT pela morte. Segundo ele, que teria se recusado a entrar no esquema, coube ao pecuarista José Carlos Bumlai, amigo pessoal de Lula, fazer o pagamento, pelo qual contraiu um empréstimo de 6 milhões de reais no Banco Schahin, quantia que teria sido paga como parte da propina da sonda.


O próprio Milton Schahin admitiu ter emprestado 12 milhões de reais ao amigo de Lula, em declarações à revista Piaui, mas diz que não é obrigado a saber o que  faria com o dinheiro. Bumlai era a única pessoa que tinha autorização para entrar no Palácio do Planalto a qualquer hora, sem audiência marcada, de acordo com um aviso que havia na portaria do Palácio, com sua foto para que não houvesse engano.”

terça-feira, 22 de setembro de 2015

EU NÃO SABIA!




Por José Antonio Taveira Belo


O companheiro Lula nada sabia do que vinha acontecendo no seu Governo. Era um pobre inocente e como ainda o é, como apregoa para a população brasileira. Oito anos de governo e nada sabia. Sabia sim, ou ignorava sabendo. O companheiro Lula é expert neste sentido de manipular a mente dos pobres brasileiros com o seu charme de estadista. Seu palavreado faz que os “bestas” aclamem o que diz. Fiz isto, fiz aquilo, mas da roubalheira existente no Brasil nada sabia. Os seus asseclas hoje prisioneiros em uma vasta operação desencadeada oportunamente pela Policia Federal ele sai com esta “Eu não sabia”. E quem sabia? É uma pergunta que todos fazem neste meu Brasil, brasileiro. Todos estão estupefatos com o que vem ocorrendo em nossa querida pátria, escândalos tenebrosos que envergonha a nossa nação, corrupção em todos os níveis, no poder público e nas empresas privadas. As propinas eram e foram distribuídas com todos e o companheiro Lula enfatiza em suas pregações que nada sabia o que acontecia no seu Governo da corrupção das propinas dadas pela Petrobras ao seu Partido Trabalhadores e para sua campanha eleitoral.   É um contrassenso, é uma conversa para boi dormir, alegar que nada sabia. Que governo é este? Ninguém de sã consciência acredita no que o companheiro Lula propaga aos quatro cantos do Brasil, INOCÊNCIA, QUE NADA TEM A DECLARAR SOBRE ESTES ESCANDALOS, Os seus assessores agiram por conta própria é que se define por suas declarações. Mas a Policia Federal esta investigando e vai chegar a um denominador comum, indicando para a justiça estes malfeitores da sociedade brasileira. Para dar continuidade a este descalabro escalou e o povão aprovou a companheira Dilma para dar sequencia a estes escândalos. Não sei se ela entrou sabendo de tudo que se passava com o seu articulador ou mesmo entrou de gaiata em uma fria como esta que atravessa o Brasil a crise moral, econômica e financeira mostrando em todo o planeta o desconforto que passa a nação brasileira. Os companheiros intitulados de Ministros e os Gerenciadores das empresas governamentais foram escolhidos a dedo, cada um com uma missão enriquecer ilicitamente e doando alguns milhões ao Partido dos Trabalhadores que por sinal trabalharam airosamente na conquista de dinheiros roubados para campanhas eleitorais. A cada dia que passa um escândalo aparece que assombra o nosso povo. Novas personalidades aparecem pelos meios de comunicação mostrando o cinismo de cada um, muitos rindo dos “bestas” que votaram neles. É uma época conturbada que estamos vivendo. A inflação subindo, o valor cambial do dólar indo para estratosfera e nosso real cada dia mais desvalorizado. As propostas da candidata Dilma proferida nos debates promovidos pelas Redes de Televisão, prometia “mundo e fundos” e grande parte da população brasileira acreditou nas promessas. E agora?  Eram promessas “da boca pra fora” E agora “está em mãos lençóis” e o companheiro Lula a avesso ao governo, pois a sua pupila não esta cumprindo o "dever de casa”.  As greves assolam no país em todas as categorias. E todos responsáveis por esta situação catastrófica se dizem “inocentes”. Vamos e venhamos. 

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A semana - Dilma na Arca de Noé, Lula na Polícia Federal e o "governo de ladrões do Gilmar...





Por Zé Carlos

Eu tenho vivido agora por semanas. É o custo de escrever uma coluna semanal. Todos os dias juntamos um pouquinho, e, na fase que estamos vivendo, a cada dia rezamos para que a semana acabe. E olhem, que depois de tantas negociações e reuniões no Planalto, é muito difícil prever se chegará ao fim. No entanto, alvíssaras, se estamos escrevendo isto, a semana acabou, e o Brasil não. Então vamos por partes, como diria seu Júlio Porqueiro ao cortar um porco, na minha infância, lá em Bom Conselho.

Logo em seu início, e nem sei mesmo se foi no final da outra semana, o Temer, nosso vice-presidente, que não aguentou o humor de nossa musa, a Dilma, indo fazer um stand-up na Rússia, logo no início do show, disse: “A presidenta está se recuperando cada vez mais e tenho certeza que terminará o mandato.” Quando os russos souberam, através do intérprete, que ele havia dito uma semana antes que “Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo”, referindo-se a popularidade da Dilma que beira os 7%, eles começaram a rir tanto que foi preciso parar o show para eles tomarem uma dose de vodca. Aliás, com uma popularidade maior do que esta o Collor conseguiu passar mais tempo no governo. Talvez seja esta a explicação para o que o Temer informou aos russos. Por outro lado, ele não poderia dizer outra coisa. Simplesmente, não quis entregar o ouro aos bandidos, digo, russos.

Mas, adentremos a semana e se preparem. No musa, resolveu agora levar seu show de humor a várias regiões do país, por conselho do nosso colaborador, o Lula. Vamos fazer um resumo da performance dela, já que contar tudo, poderia levar os meus eleitores a óbito, todos os 11.

Vocês se lembram que na semana passada, o governo enviou ao Congresso um Orçamento com déficit de R$ 30,5 bilhões para 2016. E disse que não tinha outro jeito. Pois é, quando o marido tenta enganar a mulher dizendo que não tem dinheiro para chegar ao fim do mês, a primeira coisa que a família faz é procurar nos bolsos dele enquanto está dormindo, mesmo que ele diga que vai ver se arranja um pouco mais com o patrão. E toda a família fica esperando. Mas, quando ele chega e diz que o patrão não tem mais dinheiro, não tem jeito. Ou ele perde a credibilidade ou tenta arranjar o dinheiro. Esta metáfora familiar resumiria o primeiro show de humor de nossa musa, quando o governo procurou o Congresso para tapar o rombo e ele disse que não tinha. E o pior é que o Brasil, por causa do rombo, ficou com a ficha suja, e com fama de caloteiro. Aí não teve jeito: A Dilma encontrou uma maneira para tentar solucionar o problema, e quase mata todos de rir, até chorar. Com esta atitude, de “tenho não tenho”, que caracteriza nossa musa nos últimos tempos, a credibilidade foi para espaço, e então foi um Deus nos acuda.

Para tentar recuperar a credibilidade internacional ela mandou anunciar algumas das medidas para não terminar o próximo ano no vermelho. Bem até agora, não foi bem um anúncio oficial e sim um show intermediário dos dois humoristas substitutos, Levy, o enganador, e o Nelson, o enrolador, que fazem humor em Brasília enquanto a chefe percorre o Brasil com seu espetáculo mais recente, do qual falaremos mais embaixo: “O impeachment e eu”, uma comédia com várias partes dramáticas.

E o que prometeu a dupla Nelson & Levy? Coisas simples de realizar como adiar o reajuste dos servidores, o que poderá até comprometer esta coluna, pois não a poderei escrevê-la com fome, já que me enquadro na categoria. E, só era o que faltava, vai proibir os concursos públicos e não vai pagar mais aqueles que substituem os que saíram do serviço público. E como se não bastasse vai fixar um teto para a remuneração dos servidores. Então, só posso dizer que grande parte do esforço para o rombo que o governo fez nas contas públicas vão ser descontadas em cima do funcionalismo público. Só falta agora me pedirem o que resta do meu salário, como uma doação para o bem do Brasil. E eu até daria de bom grado se soubesse que ele não iria para Zé Dirceu, que até na cadeia ficou mais rico.

Todavia, os cortes não param por aí. O governo vai cortar também verbas para o Minha Casa, Minha Vida, que agora se chamará só “Minha Casa, Minha  qualquer outra coisa” porque é difícil encontrar alguém com vida neste país até 2016. Alem disto vai cortar verbas do PAC. E tenho certeza, a Dilma só cortou verbas deste programa para dizer que tiraria o pão da boca do próprio filho, afinal de contas, ele é a Mãe do PAC. Coitadinho do menino, já vinha sofrendo de desnutrição crônica, agora certamente será um anjo. Espero que o prefeito de Bom Conselho ofereça um lugar para ele lá no Santa Marta. E o governo foi por aí, cortando, cortando e cortando. No entanto, depois se descobriu que todos os cortes propostos tiravam dinheiro de um lugar para colocar em outro, e que a maioria não passa de “cortes de vento”. Ou seja, mais uma vez a musa nos fez rir de susto. Ou seja, ela deu uma pedalada de humor na gente.

Riam, mas, se contenham para aguentar o final. Lembram da CPMF? Sim aquele imposto que vem ajudando governos desde FHC e que tiraram do Lula porque, o dinheiro que era destinado para saúde, passou a financiar somente a saúde dele. E que disseram que ia voltar como CIS, da qual depois desistiram? Pois agora o imposto voltou como CPPREV. Dizem que vai para tapar o rombo da previdência. Quem acredita nisto, se o partido que está no poder, segundo um ministro do STF, o Gilmar Mendes, instalou no Brasil uma cleptocracia? Quando ele falou isto e foram contar a Dilma, nossa musa, ela perguntou logo: “O que é isto?”, porque ela entende de dilmês e não de grego. Então os assessores, entre uma bronca e outra explicaram para ela que o termo vem do grego e que quer dizer “governo de ladrões”. Ela, entre uma pedalada e outro, deu de ombros e tascou: “Então isto é com o Lula”.

Foi quando o Lula soube disto que resolveu ir diretamente a Brasília para perguntar o que ele queria dizer com a aquilo, pois até este momento ele achava que o cleptocrata chefe era o Zé Dirceu. Mas, a história do Lula em Brasília, em conto depois. Agora vamos voltar a algumas piadas de Dilma, para as quais eu recomendo uma pausa para tomar água e café, se não quiseram embrulhar o estômago de tanto rir, ou chorar.

Num dos seus shows mais concorridos, não sei se foi em Rondônia ou foi no Acre, ela tascou esta:

 “Todos os países que passaram por dificuldade, não vi nenhum propondo ruptura democrática como forma de saída da crise. Esse método de usar a crise como mecanismo para chegar ao poder é uma versão moderna do golpe''

E pasmem, todo mundo ficou em silêncio total, sem saber o que isto significava. Isto porque em plateias petistas puras não há crise e se houver é culpa dos “russos”, e quem pariu mateus que balance. A própria Dilma ficou atônita por ter preparado tão bem a piada e não haver nenhuma reação do público. Foi aí, que ela, humorista nata, disse o que o Lula havia dito quando pedia o impeachment do Collor. Então a patuleia veio abaixo, de riso.

E agora, ela realmente está doida que saia logo o impeachment para vir trabalhar, em tempo integral aqui nesta coluna, pois em todos os shows ela só fala nisto. Todos sabem que as críticas ao processo de seu impedimento é só piada para inglês ver, ou cubano, sei lá! E vejam em outro show outra intervenção da nossa musa:

“Qualquer forma de encurtar o caminho da rotatividade democrática é golpe, sim. É golpe. Principalmente quando esse caminho é feito só de atalhos.”

Eu até também acho que seja um “golpe”, muito grande, milhões de pessoas nas ruas pedindo sua saída. E o que é pior, parece que até o Lula vai à próxima manifestação. Dizem que ele já se arrependeu tanto de ter colocado Dilma na presidência, que se dispõe até a dar um abraço no Pixuleco, em plena Avenida Paulista.

E já que tocamos no nome de Lula, todos souberam que um delegado da PF, solicitou que ele fosse ouvido em um inquérito, num desdobramento da operação Lava Jato. Ele ficou possesso e declarou que tudo não passava de armação da oposição. E sabem quem vai julgar se ele irá ou não ser ouvido? O Janot, sim, aquele mesmo que considera a Dilma inocente de pai e mãe. Eu penso que ele não autorizará a oitiva (sempre quis usar este termo, chegou a ocasião) porque se o fizer, ele vai apenas repetir “eu não sabia de nada”, e não tem nem condições de fazer delação premiada, pois não teria a quem acusar. Ele seria o culpado de tudo. Uma ótima delatora premiada seria a nossa musa, a Dilma, que já foi entregue por todos os delatores, e agora entregaria o Lula. Esta seria aceita pelo Sérgio Moro.

E eu termino esta coluna com uma citação de um político, para colocar uma notícia: “O governo abriu a semana propondo a volta da CPMF e terminou discutindo a legalização do bingo e do jogo do bicho. Não há o menor risco de dar certo.” Pois é, senhores este país poderá virar uma roleta, e espero que não seja uma “roleta russa”, para fazer o ajuste fiscal. Aliás, já virou há algum tempo. Depois da saudação da mandioca, tivemos nesta semana a saudação aos animais da Arca de Noé, pela a Dilma, em sua última contribuição semanal para esta coluna. Este show só pode ter sido feito no Ministério da Educação, pois, quando ela diz que a ciência vem ajudando desde os tempos de Noé, só isto explicaria o alto nível de analfabetismo funcional que temos na Pátria Educadora.

Agora fiquem com o filme do UOL (e antes com o resumo do roteiro feito pelos produtores) que aborda muitos destes fatos e ainda acrescenta outros, como por exemplo a verve humorística do ministro Gilmar Mendes no STF, quando se julgava se seria permitida ou não a doação de empresas para campanhas políticas. Ele disse que se imperassem os princípios de alguns petistas, o STF poderia revogar os 7 x 1 com a Alemanha. Eu morri de rir e o Davi Luis morreu de chorar. E, de quebra ainda trás o Ciro “Boca Suja” Gomes em mais um dos seus “stand-ups”.

E até a semana que vem, se ela terminar. Antes de ir definitivamente não poderia deixar dar uma notícia auspiciosa aos leitores, talvez nenhum, que chegaram até aqui. Segundo dizem, não sei se as boas ou as más línguas, se o Pacote de Setembro (obrigado Zezinho) não passar a Dilma renunciará. Eu só posso dizer: “Dá-lhe, Cunha!

“A charge política do UOL desta semana aborda a união entre Bíblia e ciência promovida pelo mais recente discurso da presidente Dilma Rousseff, os ataques de Gilmar Mendes ao PT atribuídos à "mão de Deus" e o novo membro do PDT, Ciro Gomes, pegando pesado com um certo presidente da Câmara.”


quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Uma renúncia honrosa ou a Grécia será aqui, além do Haiti...




Por Zezinho de Caetés

Eu penso que o governo está tão tonto que seria um alívio que impichassem logo a Dilma, pois ninguém terá condições, pelo menos aqueles que tem um pouco de amor ao próximo, de vê-la sofrer tanto na mão de uma equipe tão incompetente. É de fazer chorar.

Penso até que ela já perdeu o apoio até da mãe dela, porque do neto e da filha já havia perdido, como comprovado pelas suas ausências dentro da muralha, no desfile de 7 de setembro. Com a proposta da criação da CPPREV que comentei anteriormente, ela perdeu o apoio dos movimentos sociais, do PT, dos partidos que se diziam da base aliada e até do PSDB que nunca sai do muro, junto com FHC.

Então, o que se pode esperar de um governo que age como uma barata tonta? E quem paga por isso? O Brasil, é claro, que espera agora que as outras agências de risco reconheçam o óbvio: o país está falido.

Como diz o imortal Merval Pereira, de quem reproduzo um texto logo abaixo, publicado em seu blog (“Rumo ao abismo” – 16/09/2015), nem o Lula a ajuda mais, embora, tenha as mesmas ideias fracassadas implantadas por ele no tempo das vacas gordas. Por um motivo muito simples, o Lula arrombou os cofres e deixou as chaves com a Dilma, que completou o arrombamento para se eleger, e agora quer ver se recupera alguma coisa.

Vai ser muito difícil que a Dilma escape do impeachment. Portanto, a melhor saída para ela seria um renúncia honrada, se isto ainda é possível.

Agora fiquem com o imortal Merval, que eu vou ver o que devo fazer para viver sem a aposentadoria. Tenho um amigo grego e vou me comunicar com ele, para ver se ele me ajuda.

“Ao mesmo tempo em que parece ter recuperado a capacidade de iniciativa, o governo da presidente Dilma colocou-se em posição de risco extremo ao enviar ao Congresso um pacote de ajuste fiscal que se choca com suas bases populares e ao mesmo tempo atinge em cheio a classe média e o setor produtivo, com a criação de novos impostos, sobretudo a CPMF, que ressurge das próprias cinzas apenas quinze dias depois de ter sido abandonada por inviável pelo próprio governo.

O momento é mais delicado, é verdade, graças a um erro de cálculo inacreditável do próprio governo, que enviou um orçamento com déficit de R$ 30 bilhões para pressionar o Congresso e conseguiu chamar a atenção das agências de risco para sua incapacidade de administrar a crise que criou.

Com a perda da classificação de bom pagador, o país encurtou seu tempo, e a presidente Dilma vê-se agora diante de uma luta de vida ou morte por seu mandato. A negociação no Congresso para aprovar o pacote fiscal transformou-se em uma decisiva batalha em que o governo começa com os partidos de oposição dispostos a negar-lhe qualquer nesga de ar para sobrevivência, e muitos da situação recusam sua solidariedade, acusando a presidente de ter se curvado diante das exigências dos neoliberais, representados pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy.

 Enquanto a agência de classificação de risco Moody´s considerou as medidas fiscais anunciadas pelo governo como um "desenvolvimento positivo", mesmo diante da realidade de que não conseguirá fazer um superávit primário no próximo ano, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) Vagner Freitas diz que “o pacote é recessivo” e “imputa a culpa da crise aos trabalhadores”.

Segundo ele, as medidas refletem a política “do Levy, que é de corte e não de investimento, de corte nos direitos dos trabalhadores servidores públicos federais". No próprio PT, e por incentivo de Lula, vários setores já estão se mobilizando contra a proposta do governo.

O senador do Rio Lindbergh Farias, que tem se notabilizado por ser um porta-voz informal de Lula no Senado, disse que Dilma está dando um tiro no pé, defendendo uma política contrária aos trabalhadores. Como Lula já disse recentemente, em vez de cortes deveriam estar sendo estimulados investimentos (com que dinheiro?) e aumentado o crédito (com que dinheiro?).

Já o presidente nacional da Juventude do PT, Jefferson Lima disse que "os jovens do PT precisam pressionar o partido e governo, para colocar em prática aquilo que vendemos na campanha como projeto". Também o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) repudiou as soluções apresentadas pelo governo, protestando, sobretudo, contra os cortes de financiamentos para o Minha Casa Minha Vida e o que chamam de congelamento no salário de servidores públicos. 

Para o MTST “a solução para o problema fiscal deve ser buscada em cima daqueles que ganharam como nunca nos últimos anos. Defenderemos nas ruas a taxação das grandes fortunas, de dividendos e remessas de lucro, além da maior progressividade no Imposto de Renda. Os ricos, banqueiros e empresários devem pagar a conta”.

 Estabeleceu-se, portanto, um embate em que o governo Dilma perdeu parte substancial de sua base de apoio, inclusive no próprio PT, e não ganhou a solidariedade da oposição ou da classe média, que continua querendo vê-la pelas costas. Vencedora nas negociações no Congresso, com o apoio dos governadores e provavelmente do presidente do Senado, Renan Calheiros, pai do governador de Alagoas, disposto a se contrapor como o “good cop” ao “bad cop” Eduardo Cunha, a presidente terá recuperado o fôlego para prosseguir lutando pelo seu governo.

Mas este é um cenário improvável, dada a correlação de forças hoje existente no Congresso. Também o bate-boca do ministro Joaquim Levy com deputados da base não ajuda a mudar esse clima de hostilidade. A atitude de enviar uma proposta ao Congresso, e a posterior negociação, podem ter dado a Dilma um fôlego suplementar, e neutralizam momentaneamente o movimento para apressar o trâmite do impeachment.


Derrotada, terá dado um passo decisivo rumo ao abismo, e poderá só restar a ela a iniciativa da renúncia honrada, ou a humilhação do julgamento no processo de impeachment que se seguirá à demonstração cabal de que não tem mais condições de governar.”

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Seriam os governadores "corretores tributários"?




Por Zezinho de Caetés

A melhor imagem que vi na mídia, em relação à reunião de Dilma com os governadores, foi de uma empresa de corretagem onde a chefe diz: Olha vamos vender mais. E para mostrar que queremos isto, se vocês venderem a CPMF no Congresso, nós só ficaremos com uma comissão de 0,20%, e o que passar disto, até 0,38%, será de vocês.

Agora governadores viraram corretores tributários? Parece, pela expressão de felicidade que vi numa foto do grupo, que sim. A crise está tão braba que eles tentariam vender o “produto” por qualquer migalha. Como dizem os ingleses: “What a shame!”, ou o no português rasteiro, “Que vergonha!”. E hoje eles já devem amanhecer na porta do Congresso com um catálogo tentando vender os benefícios da CPMF, para não perderem seus empregos.

E, ainda tem mais. A corretora chefe, que é a gerenta presidenta incompetenta, Dilma, para ajudar os corretores mirins, autorizou até que, na venda, usem uma marca de fantasia: CPPREV (Contribuição Provisória para a Previdência). Então o que já foi CPMF, passou a ser CIS e agora passou a ser CPPREV. É realmente, um esforço terrível de vendas.

Não se surpreendam os parlamentares se, ao adentrarem hoje no Congresso, encontrarem lá os estandes dos vários Estados competindo para ver quem venderá mais cotas da nova CPPREV. É o fim da picada. A Dilma já não está mais no volume morto, ela já morreu e esqueceu de deitar.

E é por isto que eu adorei a história que partiu de um deputado pernambucano, o Mendonça Filho, de ler na Câmara, um documento que tenta mostrar como será o enterro, digo, impeachment da Dilma. Como pernambucano, fiquei até orgulhoso, mesmo sabendo que nosso governador, provavelmente, também estará vendendo a CPPREV.

Vejam abaixo a sua fala, e notem que a reação de acusá-la de “golpismo” do PT contra o impeachment foi desmascarada de forma contundente. As contradições e ilogicidades deste partido já não enganam nem mais a classe C do Lula. Quando eles fazem uma coisa é Democracia, quando a oposição faz a mesma coisa, é golpe.

Fiquem com o Mendonça Filho, que eu vou estudar como farei para me safar da CPPREV, caso a Dilma não seja impichada antes. A ideia de guardar o dinheiro debaixo do colchão, com este nível de inflação já está superada. Quem sabe talvez, parar de comprar e viver de minha horta caseira?


terça-feira, 15 de setembro de 2015

O Pacote de Setembro, o Pacote de Abril e a CPMF




Por Zezinho de Caetés

Saiu ontem, o Pacote de Setembro. Lembram do Pacote de Abril? Vou refrescar a memória dos mais novos.

O chamado Pacote de Abril foi lançado em 1977 pelo ditador de plantão, o Ernesto Geisel e visava, manter mais um pouco, a ditadura militar. É também chamado de “a Constituinte do Alvorada”, porque ele reformava a Constituição para garantir que o Congresso continuasse aos pés do Executivo, e ao mesmo tempo dava ao povo a ideia de que o Brasil estava num pleno Regime Democrático. Ninguém Segura este País! Era muito semelhante à Pátria Educadora, que morreu ontem com o Pacote de Setembro.

E a partir dos “parlamentares biônicos”, o Geisel conseguiu estender a ditadura por mais 8 anos. E qual a semelhança do Pacote de Abril com o Pacote de Setembro. Bem, eu penso que é só o papel em que vem embrulhado. Hoje, todos sabem que a Standars & Poors segurou este país, que já estava sendo seguro pelas lambanças do governo de nossa gerenta presidenta, já há algum tempo.

No entanto, as semelhanças param no parte externa do pacote. Hoje, não temos mais “parlamentares biônicos”, embora alguns ainda o sejam, mas, funcionam à base de pixulecos e não de baionetas. E temos, embora uma parte esteja pixulecada, um imprensa livre.

Em sua parte interna, a tentativa é a mesma. Fugir de problemas que podem levar ao impeachment de nossa presidenta, embora naquela época não havia esta ameaça ao Geisel. E com a ajuda do Congresso. Mas, será que, tal qual o Pacote de Abril, agora será tão fácil?

Imaginem, senhores se é crível o que estou lendo. Vão ressuscitar a CPMF, que na semana retrasada era CIS, que seria um contribuição para a saúde. Vieram a público e disseram que tudo não passava de trote. E agora lá vem a CPMF outra vez. E, pasmem, ontem em reunião com os governadores, ao saberem que alíquota deste novo imposto, que seria de 0,2% em cada transação financeira, ao invés de reclamar, perguntaram: E a nossa parte, que foi prometida, cadê?

Então, alguém do governo disse que a alíquota poderia ser de 0,38%, e que a diferença iria para os Estados. Eu não vi, mas, dizem que foi um alarido geral de alegria. Ou seja, se o governo federal pode tungar os contribuintes, por que também não os Estados?

E assim, se os congressistas se comportarem bionicamente, teremos mais uma vez o Estado crescendo sua influência, e levando a mais corrupção e ineficiência. Vade Retro!

Para não ficarem tão tristes eu lhes deixo com um texto do Ricardo Noblat (Blog do Noblat – 15/09/2015), no qual ele, é mais otimista do que eu (o que é difícil) e acha que o Pacote de Setembro vai ser contido no Congresso. Leiam e meditem, mas, não deixem de juntar moedas para fazer transações em dinheiro vivo, pois eu acho que se não conseguirem tirar a Dilma antes, a CPMF vem aí, e se usar cheque, lá vem tunga!

“Somente os banqueiros, por meio de sua entidade de classe, se apressaram, ontem mesmo, em declarar seu apoio ao pacote de medidas anunciadas pelo governo para fazer face à perda recente pelo Brasil do selo de bom pagador, retirado pela agência de classificação de risco Standard & Poor´s.

As federações de indústrias do Rio São Paulo criticaram o pacote. Bem como a Confederação Nacional da Indústria. Empresários em geral, mesmo com medo de possíveis retaliações, declararam seu desagrado com o pacote. Economistas disseram que ele não passa de um remendo feito às pressas. E mal feito.

Para tapar o buraco no orçamento da União do próximo ano, o governo cortou um pouco na própria carne, nada de expressivo. Preferiu tentar tapar o buraco metendo a mão no bolso dos que pagam impostos. Quer recriar a CPMF à qual Joaquim Levy, ministro da Fazenda, se opusera outro dia.

E o vice-presidente Michel Temer também.  O PMDB, idem. E os demais partidos com representação no Congresso. Será que o governo calcula que todo esse pessoal dirá amém à CPMF só por que o Brasil perdeu o selo de bom pagador? Não foi Lula que disse que o selo de nada vale? Dilma não disse que não era nenhuma catástrofe?

Sabem quantas vezes o Congresso aprovará o pacote do jeito que o governo o embrulhou? Nenhuma. Curioso é que se Temer já tivesse substituído Dilma e fosse autor do mesmo pacote, ele acabaria aprovado pelo Congresso. Como derrubar um presidente, pôr outro no lugar e negar-lhe o primeiro pedido?

Mas não só por isso. Um governo novo não assumiria com déficit de credibilidade. Pelo contrário. A tragédia de Dilma, de autoria dela mesma, é que sua credibilidade foi para o buraco depois da reeleição. Dilma mentiu muito, como sabemos. E sequer se deu ao trabalho mais tarde de pedir desculpas.

Se tivesse pedido, e se fosse sincera ao pedir, recuperaria parte da credibilidade perdida. Se daí para frente resolvesse governar com transparência, recuperaria mais um pedaço. E quando explicasse as dificuldades enfrentadas pelo governo, e justificasse o que pretenderia fazer, talvez fosse bem-sucedida. Não será.

Sobre transparência: a proposta dela é de recriar a CPMF com uma alíquota de 0,20%. Pois bem: ontem à noite, ao jantar com governadores à caça de apoio, Dilma admitiu aumentar a alíquota para 0,38%. A diferença de 0,18% ficaria para os Estados. Como merece crédito um governo que se desmente em poucas horas?


A guilhotina continua sendo afiada para decapitar Dilma. E com a ajuda dela.”

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

O governo está mesmo sem cuecas




Por Zezinho de Caetés

Bem, meus senhores e minhas senhoras, mesmo correndo o risco de ficar monótono, eu ainda tenho que bater na tecla do rebaixamento da nota do Brasil, que o levou ao nível do calote. E não poderia ser diferente, pois, o texto de Sandro Vaia, abaixo transcrito (“Nota baixa” – Blog do Noblat – 11/09/2015), não nos deixa esquecer. É uma verdadeira algaravia (vejam no texto dele o que isto significa).

E minha meta hoje, é apenas colocar mais grasnadas na confusão reinante nas hostes governamentais, depois que o governo Dilma tomou bomba, na Standard & Poors, aquela agência cuja função é zelar pela lisura financeira dos países. Vejam bem o que disse o líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (aquele cujo irmão guardava dinheiro nas cuecas):

“Essas agências não têm nada que se meterem no Brasil, deviam estar preocupadas com a vida delas, não com o Brasil. Essa crise, em certa medida é forjada. Enquanto a agência fica com essas firulas, a população está consumindo. Elas prestam um desserviço ao Brasil, não têm que ficar dando pitaco na vida interna do Brasil. Essas análises não deveriam nem ser levadas em conta, isso não tem a menor importância.”

Isto foi há uns meses atrás, quando a agência botou apenas o Brasil de castigo dizendo, olha, se não estudar vai levar bomba. Ontem o país levou bomba e o que ele disse? Confiram:

“Não é o rebaixamento de uma agência do fim do mundo que vai diminuir o ânimo do governo em buscar soluções para equacionar os problemas da economia brasileira. É claro que quem está na tese do quanto pior, pior, vê uma notícia assim e passa a comemorar.”

Meu Deus, será que esta pessoa tem capacidade para ser líder de alguma coisa? Tem sim: Líder do governo da gerenta presidenta incompetenta. Por que? Por que se mostra tão burro quanto a chefe, e ela adora ficar cercada de burros por todos os lados, para ficar dando carão em todos.

Brincar com o rebaixamento do Brasil por qualquer agência (e olhem que o rebaixamento pelas outras está vindo a caminho) é um irresponsabilidade sem tamanho, nesta época em que vivemos num mundo globalizado. Ou, seja, só aumenta a algaravia, como verão abaixo no texto do Vaia.

“Algaravia é uma tremenda duma palavra feia. Mas existe. E se existe podemos, então, usá-la.

Segundo os dicionários, algaravia é uma confusão de vozes, linguagem confusa, embrulhada. Algo assim como um discurso de Cantinflas, aquele cômico mexicano que recitava longas algaravias, recheadas de muitas palavras e nenhum sentido.

O rebaixamento do grau de investimento do Brasil pela agência de risco Standard & Poors provocou uma tremenda algaravia nas hostes de governistas e assemelhados próximos ou distantes.

A primeira voz, claro, é do condestável da República, o Grande Timoneiro Lula, que é ao mesmo tempo inventor e sustentáculo do governo Dilma e mentor da “oposição por dentro” aos apertos orçamentários que ela precisa mas não consegue fazer.

Lula disse que o rebaixamento da nota do Brasil pela S&P “não significa nada”. Quando a S&P deu o grau de investimento ao Brasil em 2008, ele mesmo disse que estavam dando ao Brasil um “atestado de país sério’. Quando foi que ele falou bobagem: ontem ou em 2008? Não éramos sérios antes ou não somos agora?

Mas o diz-e-depois-desdiz de Lula não significa nada, diante do histórico de contradições que compõem sua trajetória de metamorfose ambulante.

Significativo é que a declaração de Lula tenha sido feita num momento em que ele estava em Buenos Aires ao lado de Cristina Kirchner, a presidente da Argentina, simbolizando que o caminho para a “argentinização” da nossa economia talvez esteja mais perto do que possa imaginar a nossa vã filosofia.

Nelson Barbosa, o ministro do Planejamento, disse que a decisão da agência de risco foi “uma surpresa”. Parece que todos sabiam, menos o ministro que planeja.

A algaravia ganhou a participação especial do heroico ministro da Fazenda, Joaquim Levy, chamado a dar explicações sobre o rebaixamento da nota do Brasil ao Jornal da Globo, ancorado por William Waack, que o bombardeou com perguntas incomodamente pertinentes.

Levy, com aquele olhar levemente vagotônico de quem não entende bem como é que foi parar no meio de um governo sem eira nem beira, onde é visto como uma borboleta num formigueiro, se pôs a recitar algumas banalidades, tipo:

“A baixa popularidade é uma possibilidade de aumentar ela”. Ou: “O rebaixamento (da nota) do Brasil é apenas uma avaliação". Ou ainda: (A Operação Lava Jato) é uma coisa bacana do Brasil”.

Mas essas não foram as frases mais chocantes de Levy. Para o dia seguinte ao do programa da Globo, ele guardou a iguaria mais fina:

“Os brasileiros devem encarar o aumento de impostos como um investimento”.

Essa frase foi demasiada até para um extraterrestre como Joaquim Levy, tanto que ele nem tentou dar-lhe um sentido. Limitou-se a dizer que “o país agora precisa trocar a fiação" e que o governo vai tomar algumas medidas até o fim do mês. Quais medidas? Um mistério.

O governo está estudando aumentos de impostos que não tenham que passar pelo Congresso, simplesmente porque pelo Congresso não passariam. Nem Renan Calheiros nem Eduardo Cunha, presidentes das duas casas do Legislativo, querem ter algo a ver com as desgraças econômicas do País, embora parte da responsabilidade pela aprovação de projetos arrasa-quarteirão dos cofres públicos tenha que ser dividida com eles.

Também do Congresso, que ultimamente tem produzido mais escuridão do que luz, veio o protesto do deputado petista José Guimarães, líder do governo na Câmara, que não levou a sério o rebaixamento da nota do Brasil “por aquela agenciazinha lá do fim do mundo”. (Nota: Jose Guimarães nasceu em Quixeramobim).


Mas do meio da tremenda algaravia produzida pela nota da Standard & Poors (que no dia seguinte, por sinal, rebaixou também a classificação da Petrobras), o silêncio que se tornou mais eloquente foi o da presidente Dilma. Um silêncio ensurdecedor.”