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terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017
domingo, 26 de fevereiro de 2017
sábado, 25 de fevereiro de 2017
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017
Depois do carnaval Temer poderá ficar com as cinzas...
Por Zezinho de Caetés
Estamos nos despedindo de vocês
até depois do carnaval. Não escreveremois muito para nos poupar para as
ladeiras de Olinda. Pensamos até não escrever hoje. Mas, depois que lemos o
texto do Ricardo Noblat, em seu Blog, que nos chamou logo a atenção pelo
título: “O governo Temer subiu no
telhado”, resolvemos fazer este curto nariz de cera.
Quem nos acompanha sabe que rezamos
o tempo todo para que o Temer termine seu mandato tampão, conseguido por obra e
graça das mazelas perpetradas pela incompetenta Dilma, e não por golpe como
alardeado pelos petistas de plantão. Seria o melhor para que tudo ficasse mais
calmo e pudéssemos votar em 2018 e fazer uma renovação do Congresso de 99,9%,
mais ou menos.
Entretanto, o que se avoluma de
suspeita sobre o PMDB como companheiro de lambanças mil, perpetradas pelo PT,
já estão se avolumando tanto que já pensamos na escolha de um presidente pelo
Congresso. Sim, poderemos ter eleições indiretas, e perguntamos, o que será de
nós, além do Temer?
Mas, agora os deixamos com o
Noblat pois não podemos escrever mais, pensando na Pitombeira e no Elefante de
Olinda. Um bom carnaval para todos.
“Para o presidente Michel Temer, a
quarta-feira de cinzas chegou antes do carnaval. A Igreja Católica trata a
quarta-feira de cinzas como um dia para lembrar a fragilidade da vida humana,
sujeita à morte.
Temer está em ótima forma física.
Quanto à saúde do seu governo, ela passou a inspirar sérios cuidados desde que
o advogado José Yunes depôs à Procuradoria-Geral da República no último dia 14,
em Brasília.
Amigo de Temer há mais de 40
anos, assessor especial dele na presidência da República, Yunes pediu demissão
do cargo em dezembro passado depois de ter seu nome citado na delação de
executivos da Odebrecht.
Foi a propósito disso que ele se
ofereceu espontaneamente para depor. O que contou, gravado em vídeo, compromete
Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil, e deixa Temer muito mal.
Segundo Cláudio Melo Filho,
ex-vice-presidente da Odebrecht, em 2014, depois de um pedido pessoal de Temer
a Marcelo Odebrecht, a empresa repassou R$ 10 milhões a pessoas da confiança do
então vice-presidente.
O repasse foi em dinheiro vivo.
Do total, de acordo com a delação, R$ 6 milhões irrigaram a campanha de Paulo
Skaf, na época candidato do PMDB ao governo de São Paulo.
O pagamento do restante foi
realizado “via Eliseu Padilha”, e um dos endereços de entrega do dinheiro teria
sido o do escritório de advocacia de
Yunes, no centro da capital paulista.
A revista VEJA revelou o caso em
agosto do ano passado. Temer e Padilha disseram que houve um pedido de doação
legal, realizada nos termos da lei eleitoral. Melo Filho manteve a versão de
que foi repasse de propina.
Esta semana, em entrevista que a
VEJA divulgou ontem à noite no seu site, Yunes reforçou a versão de Melo Filho.
“Fui mula involuntária”, declarou, apresentando-se como um inocente útil nas
mãos de Padilha.
De acordo com Yunes, Padilha
entrou em contato para solicitar-lhe um favor em setembro de 2014, mês em que,
segundo o delator da Odebrecht, parte da fatura dos 10 milhões de reais foi
quitada. Fala, Yunes:
- Padilha me ligou falando:
‘Yunes, olha, eu poderia pedir para que uma pessoa deixasse um documento em seu
escritório? Depois, outra pessoa vai pegar’. Eu disse que podia, porque tenho
uma relação de partido e convivência política com ele.”
Horas depois, Yunes estava em seu
escritório de advocacia em São Paulo quando, segundo ele, a secretária informou
que “um tal de Lúcio” estava ali para deixar um documento.
- A pessoa se identificou como
Lúcio Funaro. Era um sujeito falante e tal. Ele me disse: ‘Estamos trabalhando
com os deputados. Estamos financiando 140 deputados’. Fiquei até assustado. Aí
ele continuou: ‘Porque vamos fazer o Eduardo presidente da Casa’. Em seguida,
perguntei a ele: ‘Que Eduardo?’. Ele me respondeu: ‘Eduardo Cunha’.
Só então caiu a ficha para Yunes.
Funaro era ligado ao Eduardo Cunha. “Eu não sabia. Fui pesquisar no Google quem
era Lúcio Funaro e vi a ficha dele”, relembra Yunes.
Preso pela Lava-Jato, Lúcio
Bolonha Funaro, doleiro, fazia negócios para Cunha, hoje preso em Curitiba. A
conversa entre Funaro e Yunes foi breve. Eis o relato de Yunes.
- Ele deixou o documento e foi
embora. Não era um pacote grande. Mas não me lembro. Foi tudo tão rápido.
Parecia um documento com um pouco mais de espessura. Mas não dava para saber o
que tinha ali dentro. Depois disso, fui almoçar. Aí, veio a outra pessoa e
levou o documento que estava com a minha secretária.
De acordo com a delação de
Claudio Melo, um dos pagamentos destinados a Padilha “ocorreu entre 10 de
agosto e o fim de setembro de 2014 na rua Capitão Francisco Padilha, 90, Jardim
Europa”.
O endereço é a sede do escritório
de advocacia José Yunes e Associados. A sala de Yunes fica localizada no 2º
andar. O que mais Yunes revelou à VEJA:
- A delação do Claudio Melo fala
que recebi R$ 4 milhões. Cá entre nós, R$ 4 milhões não caberiam num pacote,
né? O que o Lúcio deixou foi um pacotinho. Não era um pacote grande. Foi tudo
tão rápido. Parecia um documento com um pouco mais de espessura.
Na conversa entre Yunes e a VEJA,
deu-se o seguinte diálogo:
- O ministro Eliseu Padilha diz
que a história narrada pelo delator da Odebrecht jamais existiu. O que o senhor
tem a dizer?
- Cada um com os seus valores
(…). Tenho um apreço até pelo Padilha, porque ele ajuda muito o presidente. Mas
não teria problema nenhum ele reconhecer que ligou para mim para entregar um
documento, o que é verdade. Vamos ver o que ele vai falar. Estou louco para
saber o que ele vai falar. Ele é uma boa figura. Mas, nesse caso, fiquei meio
frustrado. Não sei. É tão simplório. É estranho, não é?
À VEJA, Padilha afirmou que não
conhece Funaro. E que nada pediu a ele.
Em novembro, já preso, Cunha
listou 41 perguntas a serem feitas a Temer, arrolado como sua testemunha de
defesa. Entre as questões, estas: “Qual a relação de Vossa Excelência com o
senhor José Yunes? O senhor José Yunes recebeu alguma contribuição de campanha
para alguma eleição de Vossa Excelência ou do PMDB?”.
Temer ainda não respondeu às
perguntas.
Ontem à noite, procurado pelo
repórter Guilherme Amado, do blog do jornalista Lauro Jardim, de O GLOBO, Yunes
acrescentou que Temer sabia que Padilha o havia usado como “uma mula”.
- Contei tudo ao presidente em
2014. O meu amigo (Temer) sabe que é verdade isso. Ele não foi falar com o
Padilha. O meu amigo reagiu com aquela serenidade de sempre (risos).
Yunes reuniu-se com Temer ontem à
tarde no Palácio do Planalto. Não se sabe sobre o que conversaram. Mas àquela
altura, Yunes já sabia que a VEJA publicaria sua entrevista na edição que,
hoje, estará nas bancas.
O estrago que a entrevista
causará na imagem do governo será muito grande. Por mais que Temer tenha dito
que só afastará do cargo o ministro que tenha sido denunciado pela Procuradoria
Geral da República ao Supremo Tribunal Federal, a situação de Padilha se
tornará insustentável.
Se ele não agir com rapidez
livrando-se desde logo de Padilha, sua própria situação deverá ser duramente
afetada.
Afinal, segundo Yunes, Temer foi
informado por ele há mais de dois anos sobre como tudo se passou, não procurou
Padilha para tratar do assunto e o nomeou ministro depois que assumiu a vaga da
ex-presidente Dilma Rousseff.”
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
Estamos pagando a conta de luz da Janete
Por Zezinho de Caetés
Alguém ainda lembra a queda na
conta da energia elétrica em 2012, decretada pela ex-presidenta incompetenta
Dilma Roussef? Ah, nós lembramos. Fomos à feira e compramos uma torradeira
elétrica. Pois, sabem que estamos com vontade de vende-la agora?
Pois é, estamos pagando a conta
da energia que a Dilma não pagou. Como já se sabe a incompententa não quer mais
nem ser chamada pelo nome de batismo. Agora, ela é a Janete, faxineira dela
própria. É compreensível que assim seja, pois se ela estivesse vivendo em um
país onde tivesse um ditador de plantão ela já estaria presa, por crime contra
a economia popular.
Transcrevo abaixo o texto da
Míriam Leitão que entra nos detalhes da burrada feita por Janete em 2012,
mexendo nos preços da energia de forma artificial e sem nexo. O texto é do O
Globo e ela, a Míriam, o chama de “Choque
persistente”, para mostrar que ainda não estamos livres, e pagando pelos
erros da Janete.
Nós, como já dissemos várias
vezes, fizemos um curso de Economia tempos atrás, e nem nos lembramos muito de
tudo que aprendemos. Mas, lembramos sua principal lição: Não há almoço grátis,
nem mesmo de capim, para dar a quem cometeu aquela burrada. E a estamos pagando
até agora.
Mas, se só fosse isto, talvez
estivéssemos melhor de vida. No entanto, a ideia persistente, de Lula e do PT,
no passado, no presente e no futuro, para ficarem com o poder foram além de
darem energia barata. Eles querem dar o paraíso aos pobres, que continuariam
pobres, mas, ricos.
Esta é a eterna contradição das
esquerdas. Tudo bem que se tentasse nivelar por baixo como fizeram todos os
socialismos reais e que todos ficassem no mesmo patamar de riqueza ou pobreza.
No entanto, isto sempre ocorreu com o surgimento de uma casta de dirigentes de
vida nababesca, como Fidel, aquele ditador coreano que não sei escrever o nome,
e outros.
Mesmo na China que hoje é um dos
maiores países capitalistas do mundo, ainda mantém uma classe dirigente que
finge comandar o país e se diz socialista em respeito a Mao-Tse-Tung, e o
grosso da população que vive no capitalismo e gasta o fruto do seu trabalho como
turistas nos países capitalistas.
No entanto, o tema hoje é a nossa
conta de energia que vai encarecer mais ainda. Tem alguém aí querendo comprar
uma torradeira elétrica? Fiquem com a
Míriam.
“A conta da eletricidade criada
pela política da ex-presidente Dilma conseguiu a façanha de ser um passivo que
precisa ser pago várias vezes. A mesma conta persegue o consumidor ano após
ano. O erro daquela redução artificial das tarifas decretada em 2012 provocou o
tarifaço, despesas para o Tesouro, crise econômica e reaparece como passivo das
empresas de transmissão de energia.
O custo agora será de R$ 62
bilhões, mas em 2015 o país já pagou a mesma conta da desastrada intervenção
nos preços de energia feita pela ex-presidente através do enorme reajuste das
tarifas que ficou na média em 51%, mas chegou, em algumas cidades, aos níveis
de 70%.
A conta de energia elétrica dos
consumidores residenciais, hoje, é 33% mais cara do que antes de a presidente
Dilma intervir no setor em 2012. Isso, levando-se em consideração a queda de
10% no ano passado, fruto da recessão econômica, que fez despencar o consumo,
permitindo a revisão das bandeiras.
A MP 579 ficará para a história
como o exemplo perfeito do que não fazer. O primeiro erro foi misturar política
com decisões econômicas e baixar preços para usar como moeda eleitoral. Dilma
gravou o comunicado ao país sobre a queda dos preços tendo ao seu lado o
marqueteiro João Santana. Não era ano eleitoral, mas o plano era preparar uma
peça publicitária.
Outro erro foi tomar a decisão de
reduzir as tarifas sem olhar a situação do setor, e as previsões hidrológicas.
O país estava entrando num período de estiagem, os preços dispararam, as
empresas estavam expostas ao mercado livre, e literalmente quebraram. Para
reequilibrar financeiramente as distribuidoras, o governo liberou socorro do
Tesouro e depois determinou que elas se endividassem no mercado bancário tendo
como garantia o compromisso da agência reguladora de que o custo daquela dívida
seria repassado às contas. E foi o que aconteceu em 2015, quando o preço disparou.
A crise havia chegado em um ponto tal que, se as tarifas não fossem corrigidas,
as empresas de distribuição iriam à bancarrota.
Depois foi a vez de as geradoras
quererem também se ressarcir dos prejuízos da 579 e agora chegou a hora de
pagar as perdas das empresas de transmissão. Esses R$ 62 bilhões que serão, de
novo, tirados dos consumidores são, portanto, a terceira vez que esse fantasma
reaparece no orçamento do brasileiro. Desse total, R$ 35 bilhões são o custo de
ter adiado a solução. As indenizações às empresas deveriam ter começado em
2013, mas foram postergadas pela ex-presidente. A cobrança desse valor na conta
de luz será dividida em oito anos. Em 2017 serão R$ 10,8 bilhões, mas outras
parcelas desse valor serão cobradas nos anos seguintes. Isso quer dizer que um
erro cometido em 2012 permanecerá pesando sobre o país até 2025.
A conta foi paga também
indiretamente e de várias outras formas. A inflação subiu e espalhou custos
para toda a economia. A disparada dos preços acabou fazendo parte da tempestade
perfeita que jogou o PIB brasileiro no buraco do qual ainda não saiu. Os juros
tiveram que ser elevados, aumentando o custo da dívida pública. O setor deixou
de investir por longo tempo porque muitas empresas estavam com graves
desequilíbrios financeiros.
Segundo o diretor-técnico da
consultoria PSR, Bernardo Bezerra, há risco de aparecerem mais dois esqueletos.
As geradoras dizem que querem receber por ativos não depreciados, e as
distribuidoras apresentaram mais uma conta. Dizem que o consumo caiu, por causa
da crise e dos erros da MP 579, e isso as deixou sobrecontratadas, o que no
jargão elétrico quer dizer que fizeram contratos para entregar mais energia do
que foi consumida. O país corre outro risco que é essa MP virar agora a
desculpa para todo o tipo de desequilíbrio. Até aqui, a conta das empresas era
real. O perigo é virar desculpa.
Tentando fazer um contrafactual:
o que teria acontecido no país se em vez de João Santana ao seu lado, com a sua
suposta esperteza — a mesma que o levou à prisão — ela tivesse um bom
especialista em energia? Ele poderia ter dito que ela não fizesse o que fez. Se
assim fosse, provavelmente, muito da atual crise teria sido evitado.”
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
A sabatina do Alexandre de Moraes e a suruba do Jucá...
Por Zezinho de Caetés
E o fato político de ontem foi a
sabatina do Alexandre de Moraes, sim, aquele que já assumiu tantos cargos na
Segurança Pública e no Judiciário que, se um dia receber ordem de prisão,
recusará as algemas, citando mil e um artigos do código penal, para comover o
policial.
Nós, como já dissemos mil e uma
vezes, não entendemos quase nada de juridiquês.
Mas, sempre fomos curiosos no assunto. E quando vimos o Carequinha da Justiça
não se enrolar e nem piscar nas respostas às perguntas. Ficamos maravilhados.
Somente hoje, quando vamos ler a
mídia é que podemos notar que os analistas dizem: “Os senadores fingiam que perguntavam e o sabatinado fingia que
respondia”, com o faz o Ricardo Noblat em texto transcrito lá embaixo, no
qual o título já diz tudo: “Alexandre de
Moraes vai para o abraço”. O senador Jucá diria que vai para a suruba, como
explicamos lá embaixo também.
Enquanto nós, a maioria ignorante
come pelas beiradas, os ecos da justiça. Foram mais de 10 horas de sabatina, e
não vi nem uma vez o sabatinado nem levantar para fazer xixi. Talvez ele tenha
ido na hora em que eu tentava comer. Já os senadores, quando a câmera passava
os olhos pelo plenário eu só via a Gleisi Hoffman. Será que ela nem xixi faz?
Desculpem aqueles que são tão machistas que pensam que mulheres não tem essas
necessidades.
É muita dureza ser sabatinado do
Senado. Se não fosse pela certeza que todos têm dos resultados, talvez não aguentassem.
Dizem que nos Estados Unidos, de onde tentamos, e com razão, copiar tudo, menos
a Constituição, há sabatinas que duram meses. Mas, lá, há casos onde o
sabatinado pede para fazer xixi e sai sem atingir o posto pretendido. Aqui não.
Sabatinou, aprovou! Mesmo sem fazer xixi.
Foram, segundo as folhas, 19
votos a favor e 7 contra, e a Gleisi Hoffman não votou, porque se considerou
impedida. Nem fui procurar saber porque ela se considerou impedida. Fico
supondo que ela estava com a bexiga muito cheia. E hoje, está marcada uma
sessão do Senado às 11 horas, para sacramentar o nome do Alexandre de Moraes.
Alguém duvida do resultado?
Tenho certeza que o senador
Romero Jucá, sim aquele que até hoje tenta explicar o que é “sangria”, quando ele se referiu à Lava
Jato, não tem a menor dúvida. Ele deve pensar que o nome do sabatinado será
aprovado porque numa “suruba” tudo é
possível, literalmente.
Pois é, meus senhores e minhas
senhoras, ao abordar a questão do “foro privilegiado” que é aquela instituição
brasileira que permite que “alguns homens
seja mais iguais do que os outros”, como os porcos da revolução dos bichos
do George Orwell, o senador Jucá, íntimo da Lava Jato, comparou este instituto
a uma suruba. Nós já sabíamos o significado desta palavra do Houaiss que diz:
Suruba: 1) muito bom, excelente, capaz (um trabalhador);
2) namoro escandaloso; 3) porrete grande, cacete; 4) sexo grupal; surubada.
Fizeram um alarde danado com o
senador, dizendo que ele havia sido um chulo, quando na realidade ele foi
apenas um suruba que achou que o suruba da Lava Jato vinha em sua direção. Ou
seja, pelo Houaiss, o Jucá foi um excelente trabalhador que está com medo do
porrete da Lava Jato.
Agora, para aqueles que tem a
cabeça suja e que veem o mal em tudo, o que o senador disse era que o “foro
privilegiado” é uma verdadeira suruba, nisto concordamos com ele, até quando
ele diz que os julgadores devem cair for dela também, se querem ser coerentes.
Mas, hoje tem a votação no
Senado, onde não esperem que se vá bater no Alexandre de Moraes com suruba nenhuma.
Aquilo lá é um antro de surubas, segundo o Houaiss. Agora fiquem com o Noblat
para pequenos detalhes.
“A Companhia do Teatro Insano da
Praça dos Três Poderes dará, hoje, por finda a curta temporada da peça “Tome lá
o meu voto, mas jamais se esqueça de mim”.
O ex-ministro da Justiça
Alexandre de Moraes, indicado para suceder Teori Zavaski no Supremo Tribunal
Federal, foi personagem importante da peça, mas não foi o principal.
O protagonismo coube ao Senado –
ontem, à Comissão de Constituição e Justiça integrada por 27 senadores, 13
deles investigados pela Lava Jato; hoje, ao plenário com um total de 81
senadores.
Coube à Comissão sabatinar
Alexandre – e o fez por mais de 10 horas. Caberá ao plenário aprovar a
indicação em definitivo. É o que fará para que o novo ministro tome posse na
primeira semana de março próximo.
O variado repertório da Companhia
do Teatro Insano (etc. e tal...) inclui comédias de grande sucesso e tragédias
que não deixam saudade. A peça que sairá, hoje, de cartaz não foi uma coisa nem
outra.
O enredo foi o mesmo das outras
vezes em que esteve em jogo a aprovação de um nome para a mais alta corte de
Justiça do país: os senadores fingiram que perguntavam; o indicado fingiu que
respondia.
Pergunta alguma, resposta alguma
mudou na Comissão voto algum. Como os eventuais debates que serão travados no
plenário não mudarão coisa alguma.
Alexandre driblou as poucas
perguntas que poderiam lhe criar algum tipo de embaraço, e os autores das
perguntas se deram por satisfeitos. A oposição fez de conta que se opôs. O
governo limitou-se a apoiar.
Bem treinado, seguro da aprovação
ao seu nome depois de ter visitado previamente os 81 senadores à caça de votos,
Alexandre tergiversou à vontade, repetiu platitudes e não se comprometeu com
nada.
Em troca, e como de costume em
situações semelhantes, os senadores esperam apenas contar com a simpatia do
novo ministro sempre que enfrentarem dificuldades no âmbito da Justiça.
O Senado que aprova é o mesmo que
acolhe ou rejeita pedidos de impeachment contra ministros de tribunais
superiores. Nenhum deles, até hoje, perdeu a toga por conta de algum pedido.”
terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
A morte do PT. Humberto Costa pega na alça do caixão
Por Zezinho de Caetés
E mais uma semana começa. Pelo
menos para nós que só começamos às terças-feiras. Mesmo assim não menos alegre
do que no final de semana com a confissão do Humberto Costa de que o PT morreu,
que ainda repercute no meio político.
Ontem, vi o Senador Cristovão
Buarque falando da tribuna do Senado, do gesto de coragem do nosso senador. Ele
dourou um pouco a pílula, mas, vá lá, nós concordamos que foi um gesto de
coragem, mas, daqueles em que você está no meio de uma selva, perdido, e
aparece um leão querendo lhe comer, e você, apenas usa o que tem à mão para mata-lo.
No fundo, no fundo, ele estava
era se “borrando” de medo, e quando
viu que não há mais chance para petista nenhum, pois será difícil, em 2018, alguém
apertar o 13 na urna, ele agora quer que o PT peça perdão, pelos crimes que
cometeu.
O Tarso Genro, lá do Rio Grande
do Sul, também está nesta jogada de purificar o PT. Li até o que querem fazer
com a ex-presidenta incompetenta, a Dilma, lançando-a como candidata a
governadora do Estado. Pensamos que ele pensa que os gaúchos são burros. O
mesmo pensaria Humberto se se candidatasse aqui a governador, aqui em
Pernambuco. Purificar o PT é como querer transformar aquele petróleo com que
Lula melou seus 9 dedos em água mineral.
Continuando com o Humberto Costa,
o que ele disse na entrevista a Veja, já seria motivo para sua condução
coercitiva para explicar à justiça quem foi que roubou no PT. Eu sei que ele
diria que foi a Gleisi Hoffman ou o Lindberg Farias, mas, estes já estão mais
encalacrados do que o Lula. Ele teria que levar até “selfies” dele afanando o erário junto com o Lula para que fosse
beneficiado num acordo de delação premiada.
Pensamos que isto ainda não aconteceu
porque a PF está sobrecarregada tentando mostrar que a Dilma, o Lula e o
Mercandante quiseram obstruir o trabalho de justiça, naquele episódio em que a
Dilma o nomeou Ministro da Casa Civil com o único objetivo de salvá-lo das
garras do Sérgio Moro. Ainda me lembro da cena patética do Lula descendo uma
rampa no Palácio do Planalto, com a cara de quem pensa: “Onde eu fui amarrar meu jegue!?”.
E estava lendo agora que esta
história de usar a nomeação para ministro, e que agora o Temer usou com o
Moreira Franco para se livrar das instâncias inferiores da justiça, usando a
excrecência do Foro Privilegiado, não é nova não.
Conta-se que o Zé Dirceu foi
visto, em priscas eras, quando ainda era o potentado da República, aos brados
no Palácio do Planalto dizendo que o Henrique Meirelles deveria ter status de ministro,
para pegar o foro. Como todos sabemos o Meirelles foi tão importante para o
governo Lula quanto está sendo para o Temer agora. Fizeram a operação rapidinho
e o Meirelles virou ministro.
Então hoje, quando você escutar
um petista falando do caso Moreira “angorá”
Franco, pergunte pelo Meirelles. No entanto, sabemos que o PT nunca primou pela
coerência, e o Lula é o campeão das idas e vindas ideológicas, por motivos que
fogem totalmente a princípios, nesta área.
Enfim, são tantas as emoções
desta semana, que talvez o gesto do Humberto Costa seja esquecido, como soe
acontecer neste país. Hoje, será a sabatina do Alexandre Moraes para ser
nomeado ministro do STF. Imperdível. Dizem que o PT prepara milhares de dossiês
para desqualificar o candidato. Mas, com que roupa este partido pode se opor a
isto depois de terem nomeado o Toffoli?
Não quero dizer que nenhum dos
dois sejam incapazes de assumir a cadeira do Teori Zavascki, mas, pelo menos,
respeitemos os mortos com um pouquinho de coerência. Este é o PT que o Humberto
quer. Com coerência e princípios e dizendo “mea
culpa, mea culpa, mea maxima culpa!”, e deixar o Alexandre morrer pela
boca, como sempre tentou.
Só para concluir, eu diria que,
segundo o Humberto, o PT morreu e esqueceu de deitar. Vamos fazê-lo deitar em
2018, para o bem do Brasil. Pelo menos senador petista de Pernambuco será coisa
do passado. E pelo que vemos de movimento de fuga no Senado, até 2018, só
teremos no PT a Gleisi e o Lindberg. Não porque não queiram sair, mas, porque
não tem para onde.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
A semana - Humberto Costa afunda o PT, Dilma volta à política e o Temer procura um ministro...
Por Zé Carlos
Ontem, fui ao cinema. Era minha atividade de lazer favorita.
Agora ainda é, mas, se não tiver que sair de casa. E como os bons filmes já vêm
prontos na Netflix e quejandos, substitutos naturais do Cine Rex lá em Bom
Conselho ou do Cine São Luiz aqui em Recife, alguns leitores poderão me perguntar:
“Por que então fostes ao cinema?" A resposta é muito simples e quase banal: Meus
netos levaram-me.
E, confesso, o inusitado não foi ir ao cinema, e sim o filme
que fui ver. Sustentem-se na poltrona: “LEGO
BATMAN”. Sim, meus caros e caras, como diria nossa musa, a Dilma, o
protagonista já foi muito meu conhecido tanto nas revistas em quadrinhos quanto
nos cinemas: Batman, o homem morcego.
Quem da minha idade consegue esquecer? No entanto, o que isto tem a ver com uma
coluna humorística que trata de política, ou uma coluna política que trata de
humor? O enredo do filme. Ao assisti-lo remeti-me ao Brasil de hoje, vendo
aquelas pecinha do LEGO (que meus netos adoram), transformarem o Batman na
Operação Lava Jato. Explico.
O enredo básico é que a cidade do Batman, onde ele atuava e
atua como super-herói, conseguiu prender todos os bandidos, e o filme gira
durante a crise depressiva do homem morcego porque não tem nada mais para
fazer. Juro que pensei logo do sisudo Sérgio Moro quando ele prender todos os
políticos corruptos, e sua crise depressiva a
la Batman. Agora entendo porque o Lula ainda não foi preso, já que poderia
muito bem ser o principal vilão o Coringa,
do filme. Acho que o Moro está tentando adiar as prisões para evitar tomar
antidepressivos, quando os bandidos se acabarem. No entanto, pelo jeito, a
corrupção é tanta aqui no Brasil, que isto só poderá ocorrer lá pelo ano 2100,
quando o juiz sisudo já for o tataraneto do Moro.
E, o pior é o desfecho do filme que deixaram meus netos
alegríssimos e eu meio cabreiro. Para sair da depressão o Batman se torna amigo
do Coringa e todos terminam numa boa,
como disseram meu neto, divertindo a todos. Já pensaram aqui o sisudo Moro e o
Lula dando-se as mãos e dizendo: “Você o
cara camarada!”. Não. Seria demais até para esta coluna, pois poderia levar
a óbito todos os nossos leitores.
Agora volto diretamente para a semana que passou e sem
efeitos cinematográficos. Como sempre quase tudo gira em torno de Brasília, mesmo
que a propina saia de Belo Monte, sim, aquela usina que gerou um belo monte de
propina para o PT e PMDB. Dizem que havia um percentual fixo para distribuição
da bufunfa entre os membros destes
partidos, que era de 1%. As pessoas pensam que 1% é uma mixaria, mas o
empreendimento que ainda poderia produzir propina se não fosse Batman, digo,
Sérgio Moro, terminará, lá por 2019 e custará quase 30 bilhões de reais.
Imaginem, quantos políticos ficariam ricos, se não fosse a Lava Jato, com
módicos 1%.
E agora, a maior piada deste nosso país, entre as tantas que
ele produz semanalmente é que o PT quer
resurgir como um partido que congregue
apenas os “puros”, ou seja, aqueles
que não foram citados nas várias relações de corrupção que todos os dias
aparecem. Até o nosso Humberto Costa, sim aquele ministro da saúde que se
encrencou tanto quando exercia o cargo que resolveram tirá-lo e colocá-lo como
líder do PT no Senado, finalmente admitiu a uma revista semanal, que o PT tirou
uma casquinha do roubo perpetrado através do processo eleitoral, e que serviu
para o enriquecimento de tantos. Quando perguntado se no governo petista houve
ou não corrupção ele declarou:
“Houve. Houve pessoas
que podem ter se beneficiado pessoalmente? Claro. No nosso caso [o do PT], as
coisas que até agora têm sido identificadas foram feitas dentro de uma linha de
fortalecer a política do partido. Foram feitas com o propósito de manter o
poder e de fortalecer o PT. Nesse processo, perdemos as referências.”
Ou seja, ele já avançou em relação a Lula, que nunca soube
de nada, e da Dilma que não tinha mesmo condições de saber de nada, pois sua
missão maior na presidência foi produzir humor para esta coluna. O PT roubou,
mas, roubou por uma causa nobre, tal qual um Robin Hood, às avessas, que tira
dos pobres para dar aos políticos ricos. Então riam e riam muito com uma piada
do início do século passado: Tudo pela revolução! Só o sisudo do Sérgio Moro os
fez perder as referências.
E pensam que terminou? Qual nada! O Tarso Genro que se
considera um “puro” de coração
petista já está esperando a aprovação do Partido Raiz da Luiza Erundina. Dizem
que, para manter o nacionalismo tão característico das esquerdas no país, o
nome seria Partido Raiz de Mandioca, mas, descobriram que já tinha havido um
escândalo com este nome, e ficou só como Raiz. Mesmo assim não pode ser o PR
porque esta sigla já tem dono entre os 820 partidos brasileiros (uns 35
existentes e os mais de 700 sendo criados). A proposta até a agora é chamá-lo
de PARIZ, que é a cidade para onde todos
da esquerda querem ir em caso de fuga. Afinal de contas ninguém sabe para onde
o jato d’água da Lava Jato correrá daqui para frente.
E uma grande notícia vinda esta semana foi a declaração de
nossa Musa, a Dilma, de que vai se candidatar outra vez, agora para deputada ou
senadora. Com sua verve humorística, que sustentou nossos leitores aqui por
meses a fio, só temos a agradecer a ela a colaboração, que atualmente não tem
sido muita porque ela só faz shows em espanhol e, infelizmente, de nossos 16
leitores, só um entende Dismanhol,
sua nova língua. Atualmente, ela está lendo o Raduan Nassar, um escritor
brasileiro que se tornou conhecido agora por ter dito que o governo Temer é
golpista, e o Roberto Freira tenha contestado o que ele disse. Dizem que depois
do affair entre os dois os livros dele aumentaram as vendas em 2 exemplares, um
para Dilma e outro para o Lula, que agora, resolveu fazer o Art. 99, para
entrar numa universidade das que ele criou, para evitar se encontrar com o Eike
em Bangu. Então preparam-se caros leitores que a Dilma está voltando. Como
senadora ou como deputada? Isto nem ela mesmo sabe, mas, o importante é que ela
estará de volta a esta coluna. Vejam o que ela respondeu ao entrevistador que
colheu esta notícia preciosa para o humor:
“Eu não serei
candidata a presidente da República, se é essa a sua pergunta. Agora, atividade
política nunca vou deixar de fazer (…) Eu não afasto a possibilidade de me
candidatar para esse tipo de cargo: senadora, deputada, esses cargos”.
Viram, além de tudo é modesta. Não quer mais se candidatar a
presidente da República. Esta é a nossa Dilma. Que venha como Senadora, de
preferência no lugar da Gleisi Hoffman, ou se não tiver preconceito de gênero,
substituindo nosso Humberto Costa, que lhe cederia a vaga com prazer. Afinal de
contas, ele já estará no PARIZ (Partido Raiz) por aquelas datas.
Fiquei pasmo foi que o ditado que sempre era repetido lá em
Bom Conselho de que “o que menos
esperamos é o que vemos”, é que foi o STF o grande piadista da semana.
Primeiro, decidiu, através de um dos seus ministros que o Moreira Franco
poderia ficar tranquilo no posto de ministro porque sua situação foi muito
diferente do que foi decidido antes por outro ministro de que o Lula não
poderia ser ministro. Lembram deste último caso, que foram motivos de boas
gargalhadas de nossos leitores, quando a Dilma, nossa musa, nomeou Lula
ministro para fugir do sisudo Sérgio Moro, através do Bessias? Pois, o Lula
agora quer seu ministério de volta pela contradição humorística de nossa
Suprema Corte. Ele pergunta, se o Moreira pode, por que não eu? Eu penso que é
por causa daquela brincadeira de gato e rato. O Moreira é o angorá e o Lula...
Deixa prá lá. Todavia, que é hilário isto é. E não se contentando com o grau de
hilariedade todos os ministros do STF decidiram que preso que se sentir mal
devido ao aperto nas prisões pode pedir indenização ao governo. Eu quando li
isto, já sabia que poderia perder alguns leitores por embolia hilariante. Alguns
alegaram que os doentes do SUS poderiam entrar na justiça, além das vítimas dos
assaltos, etc. Isto seria o caos. Já pensou se pudéssemos exigir que o governo
funcione neste país? Só em pensar isto na situação em que vivemos, já é motivo
de riso.
E a pergunta que não pode calar é: E o Temer, o que fez em
favor do riso nesta semana? Suas aparições públicas têm sido para tentar salvar
o seu ministério, que, dizem, deve igualar o número dos seus ministros
demitidos do governo de Dilma pegos nas delações. O STF livrou o “angorá” que é o epíteto dado pelas planilhas
corruptivas da Odebrecht ao Moreira Franco, mas, são tantos envolvidos que ele
decidiu botar as barbas de molho. Sua preocupação na escolha de um Ministro da
Justiça, mostra isto. São tantos os candidatos que ele parece ter decidido,
igual ao STF, fazer um sorteio dos nomes. Dizem que mandou a Marcela segurar a
sacolinha do bingo e o Michelzinho tirar a bolinha vencedora. Sabem quem saiu?
O Sérgio Moro. Ele mandou a Marcela fechar a sacolinha e quase dá umas palmadas
no Michelzinho. Seu candidato predileto deve ser o Jucá, sim, aquele que disse
que a “sangria” tinha que ser
estancada, e até hoje tenta explicar a origem do sangue. Ou seja, mesmo quando
não faz nada o Temer nos faz rir. E como bastasse toda esta contribuição,
reuniu a imprensa para um show intimista, no qual declarou que se alguém for só
citada nas delações, não acontece nada, se for indiciado, ficará de molho, e se
for denunciado será demitido. Justo, muito justo, justíssimo, se não soubéssemos
que nossa Suprema Corte é mais lenta do que tartaruga no cio. É mais uma piada
para honrar seu contrato com esta coluna. Está se tornando um pândego.
E termino por aqui, não por falta de notícias engraçadas e
sim para manter os leitores vivos. Até a próxima semana.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
Não há pirulito grátis. Vamos às ruas no dia 26/3...
Por Zezinho de Caetés
Está chegando o Carnaval e nada
mais justo do que transcrever o texto do Hubert Alquéres (Blog do Noblat) que
ele intitula de “Rasgaram a fantasia”.
Leiam-no lá embaixo. Aqui, vamos só com um nariz de cera, tocando apenas um dos
seus tópicos.
Ontem falamos neste espaço da importância
da Operação Lava Jato para o Brasil. E não há dúvidas sobre isto, ao ponto de
estarmos sendo convidados pelos bons movimentos sociais para irmos às ruas, no
dia 26/03/2017, e dizemos: Abaixo quem não lava a jato!.
Não podemos ficar em casa, embora
saibamos que serão tantas as reivindicações que não caberão em nossas mãos
tantos os cartazes que deveríamos levar. Fim do Foro Privilegiado, Refoma da
Previdência, Reforma Trabalhista, Reforma Tributária e tantas outras que são
absolutamente necessárias para que o Brasil continue vivo, ou, pelo menos,
continue fazendo parte do mundo civilizado.
Sabemos que mesmo sobre estes
assuntos não há consenso, o que é razoável e salutar numa Democracia, mas,
devemos ir às ruas sim, para mostrar que a sociedade brasileira ainda está
viva. Tomemos o exemplo das Reformas. Ora, reformas são reformas e nada mais do
que reformas, como diria a Dilma se pudesse aparecer na avenida.
Todos querem ficar com sua
aposentadoria (e eu sou um deles), todos querem emprego (eu não sou mais um
deles), todos querem que paguemos justos impostos. Tudo isto não seria motivo
de comoção social se vivêssemos ainda no Paraíso, onde para ter tudo bastaria
estirar a mão em direção à Divindade que nos deu. Caímos em desgraça e o que
nos regula hoje é escassez e esta lúgubre ciência que é a Economia.
Sempre repito aqui que não há
almoço grátis, apesar do Bolsa Família. Hoje não podemos mais nem falar que o
ar que respiramos é grátis, e a água nem se fala. Os professores de Economia
tem dificuldades de dar exemplos do que sejam bem livres. E alguns políticos até podem perguntar, e o erário? Pois
parece para eles que lá é tudo livre, ou seja são viciados em dinheiro público.
No entanto, devemos ver que
devemos escolher entre uma coisa e outra desde nossa infância. A resposta para qual o pirulito? não pode ser, os dois
pirulitos, mas, aquele com que podemos arcar. O que podemos fazer é apenas
encontrar pessoas que possam nos governar e nos ajudar a escolher o pirulito,
mantendo nossa liberdade de escolha. Como vimos, o PT nos prometeu os dois, e
passamos anos os lambendo para descobrir que só tínhamos direito a um, porque o
outro era fruto de dívidas e enganação.
Só nos resta agora lutar para que
possamos comer de forma mais eficiente o nosso pirulito, que foi mordido por
muitos nos últimos anos, e exigirmos que a Lava Jato continue para termos de
volta pelo menos uma parte do que foi comido com a corrupção.
E para isto, ir às ruas é
fundamental. Estaremos lá no dei 26 de março com uma ideia na cabeça e um
pirulito na mão, tendo muito cuidado com o Lobão.
Fiquem com o Hubert para outros
assuntos que urgem no Brasil de hoje.
“A crise, por si só já
suficientemente grave, está a um passo de se transformar em crise de
autoridade.
Policiais militares em alguns
estados do Brasil cruzam os braços, escondem-se sob as saias de suas mulheres,
oficiais e soldados são revistados por paisanas para verificar se estão saindo
dos quarteis com a farda escondida.
Nessa quebra de hierarquia e
disciplina, alguns pulam o muro da guarnição ou são transportados de
helicóptero para burlar os piquetes.
No mundo real, 140 pessoas foram
assassinadas no Espírito Santo, piquetes se espalharam para os quarteis do Pará
e do Rio de Janeiro. Indefesa, a população vive dias de terror e sofre as
consequências da incúria governamental.
Como se não tivesse nada com isso
e vivesse em universo paralelo, o mundo da política rasgou a fantasia. Entrou em ritmo carnavalesco frenético, com
nítido propósito de auto blindagem e de abafar a Lava-jato.
Enquanto a nação, horrorizada,
tomava ciência dos assassinatos por atacado no Espírito Santo, parlamentares
tramavam a aprovação em regime de urgência de uma lei de anistia para os
partidos que subtrairia poderes de punição da Justiça Eleitoral.
Dois dias depois, a sabatina
training numa chalana gourmet foi mais uma clara evidência de que Brasília
perdeu inteiramente o senso de medida e a compostura nesses dias
pré-carnavalescos.
Tanto assim que o ministro-chefe
da Casa Civil, Eliseu Padilha, confessou sem a menor cerimônia que o “notável”
Ricardo Barros foi nomeado ministro da Saúde depois do Partido Popular garantir
que “todos os votos do partido” ficarim a favor do governo, num toma lá dá cá
explícito.
A marchinha “A criminalização da
política” cantada pelo senador Edison Lobão, novo presidente da Comissão de
Constituição e Justiça é de deixar pasmo qualquer folião.
Na sua letra há protestos contra
a “tirania” da lava-jato que “se transformou num inquérito universal”, contra a
“perseguição aos políticos”, contra a delação premiada, e a favor da defesa da
anistia a caixa dois e da lei do abuso de autoridade.
Lobão não é do bloco “do eu
sozinho”, ao contrário.
No mesmo compasso vai o nome dos
sonhos do PMDB para o Ministério da Justiça, o deputado Rodrigo Pacheco, um
crítico radical ao poder investigativo do Ministério Público.
Capitaneado pelo PMDB, o cordão
Unidos pelo Patrimonialismo é suprapartidário, vai do PT ao PSDB, da base
governista à oposição.
Face a aversão da sociedade ao
ritmo atravessado dessa bateria, o presidente Michel Temer procurou se
distanciar do bloco dos sujos e malvados, afirmando solenemente que no seu
governo não haverá blindagem.
Na leitura cor de rosa, sua
decisão de afastar temporariamente ministros formalmente denunciados e
transformar o afastamento em definitivo quando eles virarem réus, é um sinal
positivo.
Na leitura mais realista,
aprofunda a blindagem, pois aposta na morosidade da justiça que tende a ser
soterrada pelo ritmo dos acontecimentos. Como dizia Ulysses Guimarães, sua
excelência o fato, costuma falar mais alto. E ele tem nome e RG: delações da
Odebrecht.
O presidente é prisioneiro das
próprias contradições do seu mundo, daí o seu comportamento pendular.
De um lado, dá passos que
alimentam às desconfianças da sociedade, como no episódio Moreira Franco e na
própria escolha de Alexandre de Moraes para o Supremo. De outro, tem tido a
sensibilidade de recuar quando a pressão da sociedade se faz mais forte. Foi assim nas demissões de Romero Jucá e
Geddel Viera Lima.
Como o mundo da política vem
exagerando na farra, Michel Temer deve fazer novo movimento para refrear sua
voracidade. Dificilmente a pretensão do deputado Rodrigo Pacheco vai dar samba.
O presidente tem fortes vínculos
com o cordão dos patrimonialistas, a quem deve solidariedade, mas é, antes de
tudo, um político pragmático.
Está de olho no dia 26 de março.
Teme a força das multidões, prontas para botar o bloco na rua.”
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
Lula à frente nas pesquisas. O que um velório não faz...
Por Zezinho de Caetés
Nós, que gostamos de política e
fazemos comentários sobre, não podemos nos queixar por falta de assunto, hoje.
Se eles são relevantes ou não é outra coisa. Mas, o que pode ser relevante num
governo que durará um ano e meio?
Se o Temer tivesse sido eleito em
eleições normais (como presidente, pois como vice, ele o foi e esta história de
“golpe” nem o PT acredita mais, a não
ser Senadora Fátima Bezerra porque não aprendeu ainda outra palavra), com, pelo
menos 4 anos pela frente, ele ainda estaria naquela coisa dos 100 dias, nos
quais não faz outra coisa do que se escolher ministros igual ao Trump (cada
povo tem a tragédia que merece).
Felizmente, o Temer só tem pouco
mais de um ano. E por que dizemos isto? Simples, pois se não fosse assim quem
teria este tempo seria a incompetenta Dilma. Por falar nela, a última vez que a
vi estava no velório da Marisa Letícia, aplaudindo o showmício de Lula. Mas,
felizmente também, porque temos um tempo de reflexão para saber o que é que
temos para enfrentar 2018.
Já lemos ontem que, numa pesquisa
de intenção de votos, o Lula ganha de todos os candidatos se a eleição fosse no
dia de realização da pesquisa. E quem seriam os remanescentes na tal pesquisa?
Os mesmos de sempre, com a inclusão do Bolsonaro, que, apesar não sabemos quem
disse a ele quem tem capacidade para ser presidente. Talvez, tenha sido os
mesmos que orientaram o Collor. O discurso de ambos era a caça a bandidos. Um
saiu como bandido e ainda está enrolado. O Bolsonaro é uma pura vestal.
Acreditem se quiser.
Temos a Marina. Meu Deus do céu.
Será que alguém, em sã consciência poderia pensar que a Marina teria o mínimo
de condições de assumir a presidência, sem o risco de sair alguns meses depois?
Primeiro pelo seu ranço petista enrustido e segundo porque não tem estofo para
cargo. Ela seria melhor como guru de consulta lá na Granja do Torto ou mesmo
como representante da Natura.
Aí vem o Ciro “Boca Suja” Gomes, que continua o mesmo.
Agora, a única diferença é que é ele ou Lula, e já começou a meter chumbo
grosso no meu conterrâneo. Sabemos que até lá um dos dois cai fora. Todavia, é
mais certo o Lula sair levado pelo Sérgio Moro, Curitiba abaixo. Talvez o Ciro
não resista ao comando do Lupi, sim, aquele que dizia amar a Dilma e agora ama
o Ciro, na promiscuidade política deste país.
E, pasmem, o Aécio Neves ainda
aparece como cotado embora numa posição indecente para quem quase foi o
presidente, não o sendo apenas pelo estelionato eleitoral da chapa Dilma/Temer,
que está sendo julgado pelos tribunais. Coitado do herdeiro do Tancredo, que
deve estar se contorcendo no túmulo com os achados da Lava Jato.
Aliás, de vez em quando pensamos
se houvesse uma Lava Jato na época de Tancredo, se seria maior ou menor do que
a operação atual. Talvez fosse até maior, mas, talvez tivéssemos nos livrado do
Maluf, que ainda sobrevive, e pode até aparecer em alguma pesquisa por aí. Como
dizia minha amiga Lucinha Peixoto: Cruzes!
E na referida pesquisa aparecem
até um bando de loucos num total de 3,7% que votariam no Michel Temer. Para
vocês verem como anda o eleitor brasileiro. Não que o Temer seja dos piores,
pelo menos até aqui, mas poderia manter o PT vivo com a lenga-lenga do “golpe”, por mais alguns anos.
Entretanto, o que mais nos
alarmou foi que o Lula teve um percentual de 30,5%. Para nós uma tragédia,
palatável e crível apenas por isto vale apenas para o período de realização das
pesquisas, que coincide com o da doença, funerais e comício fúnebre de Lula de
Dona Marisa Letícia.
Ora, dirão os céticos e petistas,
mas, vai parar o tempo para fazer uma pesquisa? Claro que não, mas, em seus
resultados devem ser enfatizados todos os fatores que podem comprometer a
veracidade e importância dos seus resultados. O que esperamos é que não morra
ninguém da família de Lula lá por setembro de 2018, se ele conseguir ser
candidato. A tragédia poderia ser pior ainda.
Eu, agora falando na egoísta
primeira pessoa, não tenho ainda candidato para o próximo ano, pois acredito
naquela história das “nuvens” do
Magalhães Pinto, se não me falha a memória. Lá elas podem estar totalmente
diferentes, ou haja até mesmo um céu de brigadeiro. Tudo pode acontecer, menos
uma coisa, pelo que se vê hoje: O PT ganhar outra vez! E digo isto apenas
pensando que no Brasil há seres vivos além de jumentos (que me perdoe o tão
criticado animal).
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
PATRIMÔNIO DE UMA CIDADE
Bom Conselho - PE |
Por José Antônio Taveira Belo /
Zetinho
Toda cidade tem uma história e
suas estórias, aquela transmitindo seus feitos, suas datas, seu passado cheio
daquele vigor cívico que enobrece, orgulha e glorifica o presente; essas
inebriando, entusiasmando, sensibilizando no presente o passado, vinda através
das tradições e das lendas. Ali é uma praça, um monumento, uma ruina, uma
igreja, uma casa, uma rua. Aqui uma figura, um folguedo, um canto, uma dança,
um uso de costume, tudo isso, porém forma um conjunto de conhecimentos e de
saudades em uma cidade. Há pairando sobre tudo isso o tempo. Ele é responsável
pela história. E ele sua medida no contexto vivencial. A cidade é feita de
sonhos e desejos. Sonhos e desejos que, um dia, se tornarão recordações, se
incorporarão aos inúmeros labirintos da memória das pessoas. É assim a cidade a
moradia dos homens. E Bom Conselho não fica atrás. A cada dia a cidade vem
sofrendo a delapidação do seu patrimônio, rasgando um passado que cresceu e
poderia ser conservado para as gerações que advir, mas sofremos a cada dia um
desprezo pelo patrimônio cultural que guarda a valioso sentimento dos seus
antepassados. Leio com tristeza e lamentação na edição da À GAZETA nº 425 de 16
a 31/01/2017 página 07, e vejo a foto da destruição do Bangalô de Luisinha
Correntão, que já fora delapidado com a construção de um prédio horrível
vermelho, já destoando o lugar. Aquele bangalô na minha infância brinquei muito
nos seus terraços, corredores e salas mal iluminadas trazendo medo para as
crianças correndo de um lado para outro se esquivando dos espinhos dos “bem
casados” florzinha vermelhinhas. Em 1950 aquele lugar foi de expectativa para
nós crianças, pois a minha querida mãe Nedi estava para “dar a luz” e nos
mandou para o bangalô de Luisinha para esperarmos a cegonha passar por cima do
telhado até a nossa casa na Rua do Caborje e ali ficamos até ao meio dia,
quando fomos avisados da chegada da nossa irmã Ana. Olhamos um para outro e
ficamos sem ver a “cegonha” passar pelo lindo céu azul e um sol abrasador
naquele dia 09 de o outubro. Ali, também à tarde no terraço, sob o sol se
pondo, o Tenente Caçula sentado com o chapéu cinza, paletó, guarda chuva preto
e de óculos de grau “fundo de garrafa” com Luisinha, observando as pessoas que
circulava na Praça Lívio Machado, com a sua estátua que retirassem para fazer
uma rodoviária, infelizmente ainda hoje é falada e rejeitada pelos
moradores. Naquele terraço costumava
Luizinha receber as suas amigas para o bate papo e o chá da tarde e recordar os
bons momentos vividos e avivar os pensamentos, encerrando muitas das vezes com
a hora do Ângelus tocado no auto falante na Praça Pedro II. Os patrimônios da cidade vão desaparecendo em
cada governo municipal, que não atenta para esta cena. Quantos prédios e
residências não foram destruídos nestas últimas décadas? Eu enumerarei alguns
da minha infância que por sorte ainda alcancei, se não somente veria através de
fotografias cinza como o nosso povo o vê hoje. O Cinema Rex, edifício antigo
que embelezava a todos quem ia até o Corredor, com os seus cartazes
cinematográfico, para aqueles sentir a programação da semana; derrubado para
fazer um mercado público de carne, que hoje não representa nada de acordo com
alguns anuncio na nossa querida A GAZETA; o Correto brincava muito quando
descia pela Rua das Aguas Belas, para visitar as casas de minha Tia Maria, mãe
de Geraldo e Hélio Belo, e das Tias Joana e Maria Eugenia, destruíram. A Bomba
de Querosene Jacaré instalada em frente da casa de Tenorinho, destruído, não
sei existe alguma fotografia; a Praça Pedro II, bonita como era no meu tempo com
os seus canteiros coloridos e rosas vermelhas e amarelas e margaridas
branquinhas e com as suas palmeiras imperiais, destruíram para fazer uma nova
praça que de nada é bonita como a que existia; No Alto do Colégio um posto de
gasolina tomou a ali um monumento. Tantas e tantas outras casas no “quadro” que
deveriam permanecer na sua originalidade, como existe em outros lugares que
preservam a beleza do passado da cidade. Cidades como Ouro Preto, Mariana, São
João Del-Rei no Estado das Minas Gerais; Paraty e Petrópolis no Rio de Janeiro,
Olinda o seu sitio histórico, Pelourinho em Salvador e tantas outras que
conservam o seu patrimônio histórico que encontra os turistas que ali se alojam
e se encontram em passeios pela paisagem existente. Onde se encontra a Secretaria
de Patrimônio Histórico da Prefeitura de Bom Conselho, se existe, para conter
estas aberrações, ainda tardia. Existe ainda em nossa cidade patrimônio que
devem ser preservados e que se não tomar providencias breve cairão, como está
acontecendo com o Bangalô de Luisinha Correntão, um patrimônio que deveria ser
preservado. Vejamos alguns que poderão ser atingidos por esta ganancia de
modernidade. O bangalô do Coronel José Abílio, este eu acredito que ninguém
mexerá, pois o Coronel é capaz de ressuscitará e lutar para que se preserve o
seu lugar donde dali velava a nossa cidade; A casa de Doutor Raul Camboim, na
Rua Aguas Belas. Outra bela casa que
ostenta a beleza arquitetônica de tempos idos. O Ginásio São Geraldo quase foi
destruído, pois houve movimento para isto; O Grupo Mestre Laurindo Seabra, onde
muitos aprenderam as primeiras letras e hoje dão testemunho do aprendizado em
vários lugares do nosso Brasil; A antiga cadeia pública, onde pode ser
instalado um centro de artesanato para os nossos artesões. O casarão onde
funcionava a GAZETA, outro imóvel antigo. Vamos guardar a memória do
antepassado em nossa cidade e não tentar destruir o que ainda existe.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
A volta do Bolsa Família e o "mecanismo"
Por Zezinho de Caetés
Acordamos nestes dias já esperando
notícias piores do que as do dia anterior. E na política, fora o pronunciamento
bisonho do Temer de que com ele vai ser “dureza”,
e se a Lava Jato colocar qualquer ministro na rota da corrupção, primeiro, não
acontece nada se for apenas uma citação, segundo, vai descansar em casa, e sem
tornozeleira eletrônica se for indiciado, e terceira se o cara se tornar réu,
será demitido, não houve nada.
Lembremos que se a Dilma tivesse
feito esta “regra de corte” o Bessias
não teria nem sido acionado no caso de Lula. Aliás, seria ótimo que o Temer com
a base política que o Sérgio Moro deu a ele, transformasse isto em Lei, em
relação à presidência da república, pois nos livraria de ver o Lula com esta
estória idiota de se candidatar em 2018. Esta conversa, dizem, que quando ele
começa a contar, os bois do Brasil inteiro caem no sono.
E saio da política para entrar na
história que acabei de ler na imprensa. Li a manchete: “Brasil terá pelo menos 2,5 milhões de ‘novos pobres’”. A curiosidade
pode matar ou esclarecer e fomos observar o que seriam os “novos pobres”. E o texto tenta esclarecer que foi o Banco Mundial,
sim, aquele banco que nunca entra em crise porque não é banco, que disse serem
eles, os “novos pobres” no Brasil,
aqueles que deixaram de ser pobres até 2015 e que agora voltaram a sê-los.
E o grande problema é que eles
vão agora correr atrás do Bolsa Família, que elegeu o PT por muitas vezes e que
serviu como massa de manobra de todos os governantes (tem as exceções, é claro)
neste país abençoado por Deus e, agora, feio pelo que restou dos governos ditos
progressistas.
Pois é, agora temos os novos
pobres para o Temer lidar com eles, e já se pensa em aumentar o orçamento do
Bolsa Família, para gáudio dos atravessadores de votos na interiorização deste
país. Será que além de termos perdido mais de 12 milhões de postos de trabalho
com o PT, também perdemos a criatividade? Parece que sim.
Bater na tecla do Bolsa Família é
uma solução que só leva à manutenção do “mecanismo” de que fala o cineasta José
Padilha em texto publicado no último domingo no O Globo (“Operação Lava Jato”), e que transcrevemos lá embaixo.
Nós não advogamos aqui a
supressão total do programa Bolsa Famíia, de repente, pois, como previmos eu e
o Luis Gonzaga há muito tempo, ele já viciou um monte de nossos cidadãos. E,
pelo que está se vendo, não foram só os pobres que foram viciados, e sim,
grande parte dos políticos que não podem se eleger sem ele.
Quando vejo o Lula, falando para
as nações amigas, lá no estrangeiro, dizer que a solução do Brasil é tentar
trazer de volta o pobre para o mercado de trabalho através de crédito fácil e “esmolas” governamentais, depois do
resultado que estamos colhendo de quando ele fez isto, junto com a
ex-presidenta incompetenta Dilma, temos vontade de chorar.
Para nós não há solução para a
pobreza seja ela nova ou velha, a não ser, fazendo todos crescerem juntos com
base na produtividade de todos. E isto só pode ser alcançado quando o Estado
inchado que temos, começar a tomar anti-inflamatório com um bom programa de
privatização e abertura ao capital estrangeiro. E isto, já digo era e é um
programa de longo prazo, como os economistas dizem.
Se no longo prazo estivermos
todos mortos como profetizava o Keynes, não foi por causa da diminuição do
Estado e sim por causa de nossa incompetência em eleger pessoas que pensem nos
seus filhos e netos e não só no que comer amanhã.
Dizem que hoje existem mais de 12
milhões de pessoas desempregadas, nossa indústria voltou aos níveis do século
passado, a agricultura ainda faz procissão para chover, e o comércio fecha as
portas até no Natal. Mas, não temos mais pobres como antigamente, a mendigar
pelas ruas. Quem sabe, agora voltarão os novos pobres a fazer o mesmo de forma
mais sofisticada? Espero que não seja entrando nas lojas, quando a polícia
estiver em greve.
O que precisamos mesmo é um
choque de capitalismo, mesmo que seja selvagem, na Economia e liberalismo na
política, para mostrar que o brasileiro, como indivíduo tem o seu valor. Basta não
o iludir com promessas de saídas coletivistas que já botou tantos países para
baixo. Se isto só for possível a longo prazo, mesmo assim será melhor do que o
nunca do Bolsa Família e Estado patrão.
Fiquem agora com o texto do José
Padilha que mostra, talvez, a causa primeira, de ainda estar se falando em
Bolsa Família no país que, segundo o Lula, havia acabado com o miséria: “O
Mecanismo”. Vamos desarmá-lo em 2018?
(sou otimista e acho que ainda chegaremos lá).
“1)Na base do sistema político
brasileiro opera um mecanismo de exploração da sociedade por quadrilhas
formadas por fornecedores do estado e grandes partidos políticos. (Em meu
ultimo artigo, intitulado Desobediência Civil, descrevi como este mecanismo
exploratório opera. Adiante me refiro a ele apenas como “o mecanismo”.)
2) O mecanismo opera em todas as
esferas do setor público: no legislativo, no executivo, no governo federal, nos
estados e nos municípios.
3) No executivo ele opera via o
superfaturamento de obras e de serviços prestados ao estado e as empresas
estatais.
4) No legislativo ele opera via a
formulação de legislações que dão vantagens indevidas a grupos empresariais
dispostos a pagar por elas.
5) O mecanismo existe a revelia
da ideologia.
6) O mecanismo viabilizou a
eleição de todos os governos brasileiros desde a retomada das eleições diretas,
sejam eles de esquerda ou de direita.
7) Foi o mecanismo quem elegeu o
PMDB, o DEM, o PSDB e o PT. Foi o mecanismo quem elegeu José Sarney, Fernando
Collor de Mello, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da
Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer.
8) No sistema político brasileiro
a ideologia está limitada pelo mecanismo: ela pode balizar politicas públicas,
mas somente quando estas políticas não interferem com o funcionamento do
mecanismo.
9) O mecanismo opera uma seleção:
políticos que não aderem a ele tem poucos recursos para fazer campanhas
eleitorais e raramente são eleitos.
10) A seleção operada pelo
mecanismo é ética e moral: políticos que tem valores incompatíveis com a
corrupção tendem a serem eliminados do sistema politico brasileiro pelo
mecanismo.
11) O mecanismo impõe uma
barreira para a entrada de pessoas inteligentes e honestas na política
nacional, posto que as pessoas inteligentes entendem como ele funciona e as
pessoas honestas não o aceitam.
12) A maioria dos políticos
brasileiros tem baixos padrões morais e éticos. (Não se sabe se isto decorre do
mecanismo, ou se o mecanismo decorre disto. Sabe-se, todavia, que na vigência
do mecanismo este sempre será o caso.)
13) A administração pública
brasileira se constitui a partir de acordos relativos a repartição dos recursos
desviados pelo mecanismo.
14) Um político que chega ao
poder pode fazer mudanças administrativas no país, mas somente quando estas
mudanças não colocam em cheque o funcionamento do mecanismo.
15) Um político honesto que
porventura chegue ao poder e tente fazer mudanças administrativas e legais que
vão contra o mecanismo terá contra ele a maioria dos membros da sua classe.
16) A eficiência e a
transparência estão em contradição com o mecanismo.
17) Resulta daí que na vigência
do mecanismo o estado brasileiro jamais poderá ser eficiente no controle dos
gastos públicos.
18) As políticas econômicas e as
práticas administrativas que levam ao crescimento econômico sustentável são,
portanto, incompatíveis com o mecanismo, que tende a gerar um estado
cronicamente deficitário.
19) Embora o mecanismo não possa
conviver com um estado eficiente, ele também não pode deixar o estado falir. Se
o estado falir o mecanismo morre.
20) A combinação destes dois
fatores faz com que a economia brasileira tenha períodos de crescimento baixos,
seguidos de crise fiscal, seguidos ajustes que visam conter os gastos públicos,
seguidos de novos períodos de crescimento baixo, seguidos de nova crise
fiscal...
21) Como as leis são feitas por
congressistas corruptos, e os magistrados das cortes superiores são indicados
por políticos eleitos pelo mecanismo, é natural que tanto a lei quanto os
magistrados das instâncias superiores tendam a ser lenientes com a corrupção.
(Pense no foro privilegiado. Pense no fato de que apesar de mais de 500
parlamentares terem sido investigados pelo STF desde 1998, a primeira
condenação só tenha ocorrido em 2010.)
22) A operação Lava-Jato só foi
possível por causa de uma conjunção improvável de fatores: um governo
extremamente incompetente e fragilizado diante da derrocada econômica que causou,
uma bobeada do parlamento que não percebeu que a legislação que operacionalizou
a delação premiada era incompatível com o mecanismo, e o fato de que uma
investigação potencialmente explosiva caiu nas mãos de uma equipe de
investigadores, procuradores e de juízes rígida, competente e com bastante
sorte.
23) Não é certo que a Lava-Jato
vai promover o desmonte do mecanismo. As forças politicas e jurídicas
contrárias são significativas.
24) O Brasil atual esta sendo
administrado por um grupo de políticos especializados em operar o mecanismo, e
que quer mantêlo funcionando.
25) O desmonte definitivo do
mecanismo é mais importante para o Brasil do que a estabilidade econômica de
curto prazo.
26) Sem forte mobilização popular
é improvável que a Lava-Jato promova o desmonte do mecanismo.
27) Se o desmonte do mecanismo
não decorrer da Lava-Jato, os políticos vão alterar a lei, e o Brasil terá que
conviver com o mecanismo por um longo tempo.”
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
A semana - A revolta dos "carros sujos", a mangueira da Lava Jato e a revolta das mulheres...
Por Zé Carlos
O Brasil está se tornando tão engraçado que ninguém tem que se
esforçar mais para criar piadas, e para quem tenta fazê-lo, a realidade é uma
grande concorrente. Senão vejamos.
Começando pelo começo, como faria o Conselheiro Acácio, logo no início
da semana, o Senado juntou-se para escolher os membros da Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ). É uma comissão tão importante que tudo que se faz
de importante por lá, pelo Senado, passa por ela. E o que se viu? Foi nomeado
um Lobão para sua presidência. E dizem as melhores fontes, ele é um Lobo Mau, e
que os porquinhos morrem de medo dele. E eu o vi declarando em entrevista que
não se incomodava de ser chamado de Lobo Mau, pois tinha a consciência
tranquila que não fez nada de errado. Ou seja, só comeu os porquinhos certos. E
a própria Justiça, de horror, tirou a venda dos olhos quando descobriu que
haviam nomeado um lobo para tomar conta do chiqueiro.
Até aí tudo bem, mas, como se
sabe lá em Bom Conselho, que uma andorinha não é suficiente para impedir o sino
de bater, pois caga pouco, nomearam para compor a CCJ, 10 senadores que estão
enroscado com a Lava Jato, ou seja, são “carros
sujos”, e alguns sujíssimos como o Renan, que dizem que tem tanta sujeira
no carburador que nem mais pode ser ligado. O problema dos “carros sujos” é que odeiam água e vivem
se escondendo da mangueira do lava jato do sisudo Sérgio Moro. Noticia-se que
entre seus 27 membros titulares estão os seguintes senadores: Jader Barbalho
(PMDB-PA), Valdir Raupp (PMDB-RO), Benedito de Lira (PP-AL) e Lindbergh Farias
(PT-RJ). E entre os suplentes: Fernando Collor (PTC-AL), Renan Calheiros
(PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Humberto Costa
(PT-PE). Alguém já ouviu falar de algum destes? Pelo que me informam, se o Moro
conseguisse segurá-los na Lava Jato, iria precisar mais do que uma mangueira,
para limpá-los todos.
Eu não acredito que, a estas
alturas, ainda tenha algum dos meus 17 leitores (soube esta semana que entrou
mais um de Garanhuns no time) vivo. Todavia, eu sou mais otimista do que o
Zezinho de Caetés (agora meu concorrente no humor) e conto algumas coisas que a
turma do “carro sujo” diz do lavador
de carros, o sisudo Moro:
“Sérgio
Moro foi treinado nos Estados Unidos pelo FBI” (Marilena Chauí)
A Marilena Chauí, como se sabe é
fanzoca da série televisiva House of Cards, sua maior fonte de informação,
igual ao autor da seguinte pérola:
“Ambos [Moro e Janot] atuaram e atuam com órgãos dos Estados Unidos,
abertamente, contra as empresas brasileiras, atacando a indústria bélica
nacional.” (Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira)
Além disto há aqueles como o
advogado do nosso colaborador maior, o Lula, que pediu descanso desta coluna esta
semana devido às exéquias de sua esposa que diz:
“O inquérito não tem como
intenção esclarecer os fatos e sim condenar o ex-presidente Lula.”
(Cristiano Zanin Martins)
“Sérgio Moro dorme e acorda pensando em prender o Lula” (Guilherme
Boulos)
Lembram dele? É aquele que se
sentindo entediado na classe média, depois do que disse dela a Marilena Chauí,
resolver aderir ao proletariado. E outra:
“Há uma perseguição sem precedentes ao ex-presidente Lula.” (Gleisi
Hoffmann)
E por lembrar desta figura, a
Gleisi agora é a Líder do PT no Senado. Ficou mais difícil ainda a mangueira do
Moro atingi-la. Quem sabe a mangueira do Fachin não funcione rápido? Sonhar é
livre, pelo menos até agora. E só para completar:
“Vaidade, que merda é a vaidade. O que pode fazer com um homem até então
sério!” (Roberto Requião)
Ou seja, só porque um homem
resolve trabalhar num lava jato com seriedade, já começaram as discriminações.
Vão comer alfafa!
Aliás, outro fato importante da semana, é que o Moro negou a saída de
Eduardo Cunha, nosso ex-Cunhão e agora Cuinha, da cadeia, quando este pediu
para diminuir o jato da mangueira pois estava sofrendo da mesma doença da
esposa do Lula, Dona Marisa Letícia, que Deus a tenha. Moro, que é sisudo,
porém, manuseia a mangueira de forma magistral, simplesmente disse:
"O aneurisma, embora
lamentável, não impede a continuidade da prisão, sendo de se lembrar que o
acusado se encontra recolhido exatamente no Complexo Médico Penal, no qual tem
condições de receber os cuidados necessários a sua condição".
Vejam como é o Brasil, um preso quer ser solto para se tratar quando
está preso num Complexo Médico. Se
eu fosse o Moro o deixaria sair, mas somente se ele fosse para o SUS e não para
o Sírio-Libanês.
Prosseguindo, as nomeações para CCJ, dizem, é tudo culpa do Temer.
Apesar de dizerem que mesmo sendo um “carro
sujo”, não pode entrar agora na Lava Jato, porque lava jato de presidente é
na Granja do Torto, ele teme que alguns que o cercam sejam atingidos pela
mangueira do Moro. Dizem que ele tem um “gatinho
angorá” que a turma da Lava Jato está doida para pegar e dar um banho
daqueles, todavia, tanto a Marcela quanto o Michelzinho o adoram e não querem
ver o gato molhado. O que fez? Nomeou o gato ministro, repetindo o gesto
tragicômico da nossa musa Janete, vulgo, Dilma, tempos atrás com o Lula.
Lembram?
E agora, dizem também, que o Temer e sua turma de carros enferrujados
não estão perdoando mais o Moro, com sua mangueira certeira, e querem porque
querem destruir até o prédio onde funciona a Lava Jato. Então, o que tem
surgido de “teorias da conspiração”
fazem deste nosso país um verdadeiro picadeiro. Eu já ouvi até dizer que o
Alexandre Moraes, que era Ministro da Justiça, e ainda se estar esperando alguma
“justiça” feita por ele, o Temer vai colocar no lugar dele o Renan. Meu Deus,
se isto acontecer eu passo a escrever esta coluna diariamente. Vai ser riso
para levar o leitor a óbito.
No entanto, outros fatos aconteceram esta semana. Uns tristes e outros
alegres, mas, no fundo, no fundo, todos com um grande potencial de humor. Vejam
a situação do Espírito Santo, não, não a terceira pessoa da Santíssima Trindade
que não tem nada a ver com isto, e sim o Estado da Federação, que se jactava de
não ter tido nenhum motim nos seus presídios, para não ficar atrás em termos de
humor, lá, quem fez motim foi a polícia. Com esta atitude morreram mais de 100
pessoas, mostrando que a ocasião faz o ladrão, e com a ausência de polícia nas
ruas, não ficou um aparelho de TV nas lojas. Saíram mais do que no Natal. Este
é o lado do humor negro, negríssimo. O humor mais verde amarelo veio quando se
constatou que os PM não foram às ruas porque foram impedidos pelas esposas e
familiares. Elas se postaram nos portões dos quartéis e ninguém passava. Podem
rir, é verdade. Isto aconteceu, e o pior de tudo é que as mulheres de outros
estados já estão fazendo o mesmo. Isto seria já motivo de riso mesmo num país
do qual o De Gualle não tivesse dito: “Este país não é um país sério!”. Ele
deve ter dito isto no Carnaval, porém, tem outra coisa que dizem que ele disse:
“Os homens só serão grandes, se estiverem
realmente decididos a sê-lo”. E quando eu vi um Ministro da Defesa acuado
pelas mulheres dos soldados, eu apenas descobri que aqui os homens e mulheres
ainda não decidiram ser grandes. E que venha o bom riso apaziguador.
Esta semana foi publicado aqui no Blog um texto sobre filmes de
faroeste. Eu achei tão bom que prometi a mim mesmo escrever algo, não com o
mesmo brilhantismo, sobre este gênero, mas com a minha experiência
cinematográfica, lá do Cine Rex, em Bom Conselho. Se fosse associar faroeste
com o que se passa hoje no Brasil, o filme a comentar seria, talvez, “O homem que matou o facínora!”.
Entretanto, e pegando leve, eu cito aqui apenas um filme que tem muito a ver
com o Renan, hoje líder do PMDB no Senado, e que está “assim” com o Temer: “Investigação
sobre um cidadão acima de qualquer suspeita”, com o (fui pegar na internet,
para não pensarem que minha memória continua intacta) Gean Maria Volanté e
Florinda Bolkan. Não é um filme de humor nem de faroeste, mas, sobre política,
campo no qual, humor e brigas abundam. O protagonista da história consegue
defender sua amante de um crime, se incriminando. E ninguém acredita nele. Quem
iria suspeitar de um ex Ministro da Justiça? Vamos rir todos, pois já estou me
estendendo demais e tem leitor que não gosta.
E para não passar em brancas nuvens, menos de um ano atrás eu escrevi
um texto neste blog, intitulado “MEIO
MILHÃO” de acessos, obrigado...” (aqui),
onde ficava feliz por ter este blog ter alcançado 500 acessos. Hoje, fui lá no
reloginho que marca estas coisas e em menos de um ano tivemos mais 100.000
acessos. Só tenho que agradecer outra vez, pois não sei se estarei vivo para
comemorar o “MILHÃO”, ou a espiga inteira: Obrigado a todos e principalmente
aos meus colaboradores fixos ou eventuais.
The End.
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