Por Zezinho de Caetés
E mais uma semana começa. Pelo
menos para nós que só começamos às terças-feiras. Mesmo assim não menos alegre
do que no final de semana com a confissão do Humberto Costa de que o PT morreu,
que ainda repercute no meio político.
Ontem, vi o Senador Cristovão
Buarque falando da tribuna do Senado, do gesto de coragem do nosso senador. Ele
dourou um pouco a pílula, mas, vá lá, nós concordamos que foi um gesto de
coragem, mas, daqueles em que você está no meio de uma selva, perdido, e
aparece um leão querendo lhe comer, e você, apenas usa o que tem à mão para mata-lo.
No fundo, no fundo, ele estava
era se “borrando” de medo, e quando
viu que não há mais chance para petista nenhum, pois será difícil, em 2018, alguém
apertar o 13 na urna, ele agora quer que o PT peça perdão, pelos crimes que
cometeu.
O Tarso Genro, lá do Rio Grande
do Sul, também está nesta jogada de purificar o PT. Li até o que querem fazer
com a ex-presidenta incompetenta, a Dilma, lançando-a como candidata a
governadora do Estado. Pensamos que ele pensa que os gaúchos são burros. O
mesmo pensaria Humberto se se candidatasse aqui a governador, aqui em
Pernambuco. Purificar o PT é como querer transformar aquele petróleo com que
Lula melou seus 9 dedos em água mineral.
Continuando com o Humberto Costa,
o que ele disse na entrevista a Veja, já seria motivo para sua condução
coercitiva para explicar à justiça quem foi que roubou no PT. Eu sei que ele
diria que foi a Gleisi Hoffman ou o Lindberg Farias, mas, estes já estão mais
encalacrados do que o Lula. Ele teria que levar até “selfies” dele afanando o erário junto com o Lula para que fosse
beneficiado num acordo de delação premiada.
Pensamos que isto ainda não aconteceu
porque a PF está sobrecarregada tentando mostrar que a Dilma, o Lula e o
Mercandante quiseram obstruir o trabalho de justiça, naquele episódio em que a
Dilma o nomeou Ministro da Casa Civil com o único objetivo de salvá-lo das
garras do Sérgio Moro. Ainda me lembro da cena patética do Lula descendo uma
rampa no Palácio do Planalto, com a cara de quem pensa: “Onde eu fui amarrar meu jegue!?”.
E estava lendo agora que esta
história de usar a nomeação para ministro, e que agora o Temer usou com o
Moreira Franco para se livrar das instâncias inferiores da justiça, usando a
excrecência do Foro Privilegiado, não é nova não.
Conta-se que o Zé Dirceu foi
visto, em priscas eras, quando ainda era o potentado da República, aos brados
no Palácio do Planalto dizendo que o Henrique Meirelles deveria ter status de ministro,
para pegar o foro. Como todos sabemos o Meirelles foi tão importante para o
governo Lula quanto está sendo para o Temer agora. Fizeram a operação rapidinho
e o Meirelles virou ministro.
Então hoje, quando você escutar
um petista falando do caso Moreira “angorá”
Franco, pergunte pelo Meirelles. No entanto, sabemos que o PT nunca primou pela
coerência, e o Lula é o campeão das idas e vindas ideológicas, por motivos que
fogem totalmente a princípios, nesta área.
Enfim, são tantas as emoções
desta semana, que talvez o gesto do Humberto Costa seja esquecido, como soe
acontecer neste país. Hoje, será a sabatina do Alexandre Moraes para ser
nomeado ministro do STF. Imperdível. Dizem que o PT prepara milhares de dossiês
para desqualificar o candidato. Mas, com que roupa este partido pode se opor a
isto depois de terem nomeado o Toffoli?
Não quero dizer que nenhum dos
dois sejam incapazes de assumir a cadeira do Teori Zavascki, mas, pelo menos,
respeitemos os mortos com um pouquinho de coerência. Este é o PT que o Humberto
quer. Com coerência e princípios e dizendo “mea
culpa, mea culpa, mea maxima culpa!”, e deixar o Alexandre morrer pela
boca, como sempre tentou.
Só para concluir, eu diria que,
segundo o Humberto, o PT morreu e esqueceu de deitar. Vamos fazê-lo deitar em
2018, para o bem do Brasil. Pelo menos senador petista de Pernambuco será coisa
do passado. E pelo que vemos de movimento de fuga no Senado, até 2018, só
teremos no PT a Gleisi e o Lindberg. Não porque não queiram sair, mas, porque
não tem para onde.
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