O amigo e conterrâneo Jameson Pinheiro me envia novamente
suas imagens editadas e sobra para mim colocar letras nelas. Já disse que ele
fizesse o trabalho completo, porém, ele diz que é melhor nas imagens do que na
escrita. Embora eu não concorde, aqui estou eu, para lhes apresentar sua arte.
Ele diz no e-mail, em que as enviou, que não são imagens
isoladas e que elas formam uma história, sobre o emagrecimento da Dilma. Ora,
meu Deus, o que tem a ver o emagrecimento de nossa presidente com alguma coisa
séria neste país? Isto eu deixo para vocês julgarem vendo as imagens lá
embaixo.
Quando li que era uma história em quadrinhos, fiquei mais
contente, porque fui criado, em Bom Conselho, com uma revista destas nas mãos,
quase o tempo todo. Desde que me entendi por gente, e assim que comecei a
juntar as letras, já me lembro de estar com uma revista em quadrinhos nas mãos.
Era o meu maior passatempo, ao ponto de um dia quase ser expulso por um frade,
lá da Igreja Matriz, por causa de algumas delas.
Explico. Fui ao Cine Rex, na matinê, que só perdia quando
não tinha dinheiro, para rever a série que já assistira no sábado, levando,
debaixo do braço um conjunto de revistas, usadas para mostrar aos colegas,
trocá-las e até emprestá-las a alguém. Lembro bem, era tempo de inverno e lá em
Bom Conselho ainda chovia e fazia frio, o que hoje é raro. Estava com um capote
azul marinho, muito em moda na época, e que não tinha braços, só apenas um buraco
para colocar as mãos.
Depois do cinema, como candidato (nunca eleito) a coroinha,
fui à Igreja onde ia haver uma bênção, e como alguns meninos, sentei nos
degraus do altar, bem pertinho do celebrante, talvez para sentir melhor o
cheiro do incenso queimado no equipamento que balançava e do qual não me lembro
o nome. Como estava com o capote, coloquei as revistas debaixo dele e me pus em
oração. Claro que era um pouco de oração de criança, onde pensava um pouco no
santo e um pouco no perigo da série do Capitão Marvel que acabara de ver.
Foi quando um frade, de quem não me lembro o nome, mas, era
alto e tinha a coroa de frade tradicional, chegar perto de mim, e perguntar: “O que você tem aí debaixo do capote?”.
Eu gelei e tentei menti dizendo que não era nada. A mentira, além de pecado foi
muito fraca. Deveria ter dito que era um missal, ou fazer como a Dilma, que
mente com tanta convicção que até ela mesma acredita.
Não deu outra e o frade me exigiu que mostrasse o que tinha
debaixo do capote. Como criança fiquei um pouco aflito, mas levantei o capote.
Ainda bem que eu estava de calça e não me lembro se naquela época eu já usava
cueca. Só sei que ela me chamou à sacristia e me passou o maior carão,
ameaçando tomar as revistas se eu voltasse a levá-las para a Igreja. Eu não sei
porque. Ele nem olhou que revistas eram. Poderia ser a Bíblia em Quadrinhos ou
coisa assim.
Fui para casa, triste porque não assisti ao resto da bênção,
mas, muito alegre por ter ficado com minhas revistinhas. Lembro, havia uma de
Rocky Lane e outra de Roy Rogers.
Agora fiquem com a história em quadrinhos do Jameson, e
vejam se ela passaria pelo o crivo do Frei Betto. Se a entendi, a Marcela fez
milagres.
Bem meus senhores, eu devo continuar a falar sobre as Teses
do PT. Ou melhor, eu deveria. Digo assim no condicional, porque já foram tantos
os textos, de outros autores, sobre elas que eu não tenho mesmo, quase mais
nada a dizer, a não ser que é um conjunto de bobagens. Então resolvi comentar
apenas uma das tendências do partido (Articulação de Esquerda), aquela que fez
um diagnóstico da situação política e econômica do Brasil e que foi comentada
por mim na postagem anterior.
Agora vamos às recomendações feitas a partir daquele “brilhante” diagnóstico. Não poderia sair
boa coisa pois quando um médico diz que um paciente está com o coração doente
porque ele está com diarreia o remédio só pode ser ineficaz, mesmo que tenha
uma mínima chance do diagnóstico ser correto. O indivíduo vai morrer cagando
(desculpem a expressão).
Então, abaixo vão algumas proposições do PT em vermelho
(desta tendência) e minhas considerações em azul. E neste pastoril não serei a Diana.
A
primeira tarefa é reocupar as ruas. A oposição de direita controla parte
importante do Judiciário, do Parlamento e do Executivo, em seus diferentes
níveis. Agora está trabalhando intensamente para também controlar as ruas,
utilizando para isto sua militância mais conservadora, convocada pelos meios de
comunicação, mobilizada com recursos empresariais e orientada pelas técnicas
golpistas das chamadas “revoluções coloridas”. Caso a direita ganhe a batalha
de ocupação das ruas, não haverá espaço nem tempo para uma contraofensiva por
parte da esquerda. Assim, a primeira tarefa de cada petista deve ser apoiar,
participar, mobilizar e ajudar a organizar as manifestações programadas pelos
movimentos e organizações das classes trabalhadoras.
Eles sentiram que as chamadas “ruas” não pertencem mais ao PT. E já
tentaram colocar seu bloco e o exército do Stédile nelas e foi um grande
fracasso, mesmo que oferecessem pão com mortadela e uma pequena ajuda de custo,
a quem participasse. E hoje, já se sabe que não perderam só as ruas, o PT
perdeu todos os meios de comunicação com o povo, a não ser aqueles que comem no
mesmo cocho dos ladrões da Petrobrás, mesmo tendo roubado menos. Vejam a prova:
A gerenta presidenta, não vai falar no dia 1 de maio, aos trabalhadores, com
medo de um panelaço daqueles de ensurdecer o país. Como eles irão reocupar as
ruas, só se for com os bois do Lulinha.
A segunda tarefa é construir uma Frente Democrática e Popular. Há várias iniciativas em curso, algumas delas sem o PT e
até mesmo contra o PT. Nosso Partido deve procurar as forças que elegeram Dilma
no segundo turno presidencial e que defendem as reformas estruturais, propondo
a elas que se constitua uma frente popular em defesa da democracia e das
reformas. O programa mínimo desta Frente Democrática e Popular deve incluir a
revogação das medidas de ajuste recessivo; o combate à corrupção; a reforma
tributária com destaque para o imposto sobre grandes fortunas; a defesa da
Petrobrás e da industrialização nacional; a ampliação das políticas públicas
universais como saúde e educação; a reforma política e a democratização da
mídia. A Frente Democrática e Popular é essencial para derrotar o golpismo e
libertar o governo da chantagem peemedebista. Mas o objetivo principal da
Frente Democrática e Popular é lutar por transformações estruturais, sendo para
isto necessário construir instrumentos de articulação política e de comunicação
de massas que nos permitam enfrentar e vencer o oligopólio da mídia.
E esta segundo tarefa é tirar o
Levy, o Risonho, da jogada. Eles não entendem que se não fosse ele, o Brasil já
teria perdido o grau de investimento, o que significa que os investidores
passariam a encarar o país como caloteiro em primeiro grau e a Dilma, talvez,
já tivesse ido embora. Neste ponto, eu quero que eles tenha sucesso no que diz
respeito a Dilma sair. Esta tal de Frente Democrática Popular, já foi utilizada
na Venezuela, que vive dias de horror, com todos fedendo a cocô pela falta de
papel higiênico.
A terceira tarefa é mudar nossa estratégia. Se queremos melhorar a vida do povo, se queremos ampliar a
democracia, se queremos afirmar a soberania nacional, se queremos integrar a
América Latina, se queremos quebrar a espinha dorsal da corrupção, é preciso
realizar reformas estruturais no Brasil, que permitam à classe trabalhadora
controlar as principais alavancas da economia e da política nacional. Para
isto, precisamos de uma aliança estratégica com as forças
democrático-populares, com a esquerda política e social. Precisamos, também,
combinar luta institucional, luta social e luta cultural. Recuperar o apoio
ativo da maioria da classe trabalhadora, ganhar para nosso lado parte dos
setores médios que hoje estão na oposição, dividir e neutralizar a burguesia,
isolando e derrotando o grande capital transnacional-financeiro. Isso implica
abandonar a conciliação de classe com nossos inimigos.
Esta é uma tarefa que eles
puseram no documento para que ele não ficasse curto. Isto já caiu de moda há
tanto tempo que parece até brincadeira. Neutralizar a burguesia hoje é apenas
dizer que o Lula não os representa mais. Ficou rico demais, e a estratégia do
PT deve ser sempre que todos sejam pobres para eles ganharem sempre as
eleições.
A quarta tarefa é alterar a linha do governo. É plenamente possível derrotar a direita se tivermos para
isto a ajuda do governo. É possível derrotar momentaneamente a direita, até
mesmo sem a ajuda do governo. Mas é impossível impor uma derrota estratégica à
direita, se a ação do governo dividir a esquerda e alimentar a direita. Por
isto, o 5º Congresso do PT deve dizer ao governo: que os ricos paguem a conta
do ajuste, que as forças democrático-populares ocupem o lugar que lhes cabe no
ministério, que a presidenta assuma protagonismo na luta contra a direita,
contra o “PIG” e contra a especulação financeira. 11. A quinta tarefa é mudar o
próprio PT. O Partido que temos não está à altura dos tempos em que vivemos.
Das direções até as bases, é preciso realizar transformações profundas. Precisamos
de um partido para tempos de guerra.
Esta tarefa eu apoio quase
totalmente embora minha linha seja um pouco diferente. Seria tirar Dilma da
presidência, dentro da lei e da ordem. E eles escrevem verdades candentes como
esta: “O Partido que temos não está à
altura dos tempos em que vivemos.” Eu digo que não está e nunca esteve.
Depois que colocamos meu conterrâneo, quase analfabeto, na presidência, só
poderia dar nisto mesmo.
A quinta tarefa é mudar o próprio PT. O Partido que temos não está à altura dos tempos em que
vivemos. Das direções até as bases, é preciso realizar transformações
profundas. Precisamos de um partido para tempos de guerra.
Sem comentários.
Agora, para me desculpar com meus leitores por não continuar
estes comentários sobre estas tresloucadas teses petistas, eu os deixo com o
texto do Ruy Fabiano (“Delírios à beira
do abismo” – Blog do Noblat – 25/04/2015), escolhido entre tantos outros
textos para arrematar esta questão, e não perder mais tempo com bobagens.
“O Caderno de Teses do PT, a ser debatido em seu 5º Congresso, em
junho, em Salvador – e disponível em seu site -, expõe o grau de alheamento de
sua militância em relação à conjuntura presente. O partido propõe, em síntese,
uma revolução, a partir da mobilização das massas. Que massas?
O partido não percebe que perdeu a hegemonia das ruas. Seu projeto
socialista, de viés autoritário – autointitulado “hegemônico” -, jamais
enfrentou tantos obstáculos.
A economia vai mal, suas principais lideranças estão às voltas com o
Código Penal e as massas que ocupam as ruas pedem que deixe o poder. A
presidente reina, mas não governa. O poder está nas mãos de uma trinca
peemedebista: Michel Temer, vice-presidente; Eduardo Cunha, presidente da
Câmara; Renan Calheiros, presidente do Senado.
A economia está nas mãos de um tecnocrata liberal, Joaquim Levy, que
representa o avesso do projeto socialista do partido. Os Cadernos de Teses – um
conjunto de sete apostilas, cuja primeira tem o provocativo título de “Um
Partido para Tempos de Guerra” – parecem ignorar a nova realidade posta ao
partido. Age como se cada etapa de sua presença no poder tivesse obtido êxito.
No processo de aparelhamento gradual da máquina administrativa do
Estado e dos organismos de representação da sociedade civil, este momento – o
quarto mandato consecutivo na presidência da república – seria o de up grade
revolucionário. Mas alguma coisa não deu certo – e a militância não percebeu.
O partido perdeu seguidores e ganhou adversários, a tal ponto que
passou a ser enxotado das ruas. Seu líder maior, Lula, não mais aparece em
locais públicos. Fala apenas a auditórios ideologicamente higienizados. Idem a
presidente da República, cuja presença é inevitavelmente saudada por vaias.
As pesquisas mostram que, se as eleições fossem hoje, o PT perderia no
primeiro turno, não importa o adversário. Em vez de discutir o que mudou, onde
se deu o desvio, o 5º Congresso do PT põe em debate teses que, ainda que seu
projeto houvesse triunfado, seriam senão inviáveis, ao menos complicadíssimas.
Entre outros disparates: reestatização de tudo o que foi privatizado;
cassação de todos os ministros do STF que condenaram os mensaleiros do partido;
estatização da Rede Globo e das TVs que exibem programas religiosos; demissão de
todos os ministros do governo Dilma que não rezem pela cartilha socialista:
Joaquim Levy (Fazenda), Kátia Abreu (Agricultura) e Armando Monteiro
(Desenvolvimento Industrial), exatamente os que avalizam a presidente perante o
mercado.
E há mais. Os Cadernos repetem exaustivamente a palavra democracia, que
as propostas negam. Ao mesmo tempo em que defendem o “aprofundamento do combate
à corrupção”, propõem o cancelamento de todas as denúncias e investigações em
curso. E há uma nota pitoresca: a proposta de cassação de um único parlamentar,
o deputado Jair Bolsonaro. Um projeto revolucionário que mira e nomina um único
adversário.
O que se constata é que o partido vive não apenas seu ocaso político e
moral, mas sobretudo intelectual. Um partido que nasceu no ambiente das
academias, sobretudo a USP, sonhado por intelectuais de grande
respeitabilidade, termina em mãos de uma militância iletrada, alheia aos fatos
que ela própria construiu e que pretende transformar com bravatas. Não se cura
uma febre quebrando o termômetro, mas é o que a militância petista propõe em
seus delirantes Cadernos de Teses.”
Nos meus devaneios em noite calorenta que esta fazendo em
Olinda, com o céu estrelado e o vento soprando devagar, as arvores dormitando, os
pensamentos voltam para muitas coisas que ainda perduram e que ainda pode ser
realizado. Nada melhor do que uma noite calma e serena para meditarmos. O
silencio é tudo para colocarmos nossa vida em dia. Já escrevi inúmeras vezes
sobre o assunto. Com este preambulo, muitos ou poucos leitores deste escrevedor
já definiu o assunto. Já estamos no mês de abril, brevemente o mês das noivas e
o mês dedicado a São João, Santo Antonio e São Pedro, estamos no meio do ano e
se preparando já para as comemorações natalinas. É exagero este pensamento?
Claro que não. O tempo passa rápido atropelando tudo que se encontra em sua
frente segue superando os obstáculos. Não diminui a velocidade e nem dá
satisfação, é do que jeito que quer. E nós que somos reféns temos que nos
acostumar e realizar os desejos que estão emperrados. Como disse acima o nosso
assunto é mais uma vez, futicando e sacolejando os nossos homens e mulheres de letras
da nossa cidade se posicionar na criação da ACADEMIA BOMCONSELHENSE DE LETRAS
-= ABCL. Muitos devem estar rindo mais uma vez desta impertinência. No meu
entender, devemos suscitar a sociedade para esta criação que trará benefícios
para a cidade. Nossos escritores onde estão? Uma cidade é conhecida quando se
tem memoria, para expor os nossos trabalhos de hoje e outrora. Quantas e
quantas pessoas que deram a sua vida pela nossa terra e que é desconhecida pela
sociedade, principalmente, pela geração do momento? Os belos trabalhos que
realizam somente são do conhecimento de meia dúzia de pessoas e depois cai no
arquivo morto. Qual é sentido do escritor (a), poetas e poetisas senão divulgar
o seu trabalho? E como divulgar se não se tem um canal que possa levar o
conhecimento do seu trabalho a não ser por uma casa de Cultura. Se não divulgar
tudo será em vão. É claro que muitos de nós temos dificuldades para criação da
Academia. Mas dificuldade se tem em qualquer projeto que se queira fazer,
apenas trabalhar no que se quer realizar. É o caso da Academia. Se ninguém se
mover, se deixar para outro dia, para o outro ano, nunca se realizara, pois
sempre haverá um empecilho no caminho para atrapalhar este desejo. Com este
pensamento, já chegando ao meio da noite, com a lua iluminando o meu espaço,
veio-me uma ideia na cabeça. Talvez estapafúrdia, mas que merece reflexão. A
criação de ACADEMIA DE LETRAS, não requer necessariamente, um espaço luxuoso,
de grande extensão, com mesas e cadeiras fina, é somente um pequeno espaço onde
os membros possam se reunir para conversar e por em dia os assuntos pertinentes
à cultura, a politica, a religiosidade, sem discursão e sem agressão. Tem-se na
cidade, uma igreja onde se tem uma sala de reunião, se falando com o padre por
certo ele cedera o espaço uma vez por mês: tem-se o colégio, que também dispõe
de salas de aulas e pode ceder quando não estiver ocupada pelos alunos; tem-se
a prefeitura, que deve ter um espaço para que se possa fazer uma reunião, na
casa do povo e, porque não em última instancia o terraço de alguma casa de família,
se tem muitos lugares. Com o tempo é claro que haja desocupação e a ACADEMIA
tenha seu espaço, sua morada definitiva para resguardar a cultura da cidade. Olhei
para o relógio uma e trinta da manhã, bocejei levantei-me com a perna dormente,
devido à posição e fui colocar a cabeça no travesseiro, conselheiro noturno,
com o pensamento, não nego de ver um dia este sonho ser realizado – A ACADEMIA
BOMCONSELHENSE DE LETRAS – ABCL.
Como verão, lá embaixo, o filme desta semana é curtinho,
para fazer jus à semana útil, que também o foi. No meio dela havia uma pedra e
um feriado, o de Tiradentes. E foi neste feriado que foi localizado o principal
episódio da semana, do ponto de vista humorístico. Não, não é a pedra do grande
Drummond. Foi outra coisa. O nosso colaborador, Lula, vendo que a coisa está
preta para o seu lado, mandou o Pimentel, governador de Minas, prestigiar com
uma medalha, o seu comandante, o General Stédile. Foi um festa. Enquanto o general
era condecorado, em Ouro Preto, batiam todos os sinos de suas igrejas
históricas. Depois se descobriu, comecem a rir, que não eram os sinos, e sim a
população fazendo um panelaço, contra a entrega da medalha a tal criatura do
Lula. Mais uma criatura para atanazar a vida do Lulinha, ódio e terror. E, segundo dizem, ouvia-se outro som. O das
medalhas antigas sendo devolvidas ao governo mineiro. Foram tantas que o
Palácio da Liberdade, sede do governo, prometeu, fundi-las e transformá-la em
um sino enorme para lembrar a data.
Bem, mas, nem só de sinos viveu esta curta semana. Ela vai
ficar lembrada pela divulgação de um balanço da Petrobrás, ainda do ano
passado, com a justificativa para o atraso sendo um material excelente para
esta coluna de humor. Segundo o novo presidente da empresa, o balanço atrasou
porque foi muito difícil baixar o prejuízo, que a ex-presidente Graça Foster,
aquela graça de criatura, declarou antes. Ela disse que o prejuízo seria de 88
bilhões de reais, e agora, cortaram para metade. Para isto, tiveram que
comprimir os bolsos do Paulo Roberto Costa e do Duque, assaltantes, segundo
denúncia da procuradoria, dos cofres da empresa, para não dar muito na vista.
No final (podem rir à vontade), foi declarado que só foram roubados 6 bilhões
de reais. Ou seja, muito mais do que o valor de todas as galinhas que o João de
Manoela roubou lá em Bom Conselho, minha pacata cidade.
Aliás, a semana também inclui Bom Conselho, desta vez, pelo
fato noticiado pelos blogs da cidade de que os advogados da mesma se juntaram
para protestar contra a morosidade da justiça local. Dizem que está havendo, ao
contrário de Caruaru, onde há racionamento d’água na base de 2 dias sim, e 5
não, lá em Bom Conselho há um racionamento da Justiça, na base do 1 dia sim, e
6 não. Realmente, eu não sei se rio ou se chore.
Já que estamos falando de justiça, vamos continuar,
ampliando o leque, e indo para Curitiba, onde a Justiça está lavando a jato, os
crimes do Petrolão. Quem não sabe o que é o Petrolão, a estas alturas do
campeonato, também não deve saber o que é mensalão e não pode começar a semana
sorrindo, por isso, vamos em frente. No mesmo dia da divulgação do balanço da
Petrobrás, o juiz Sergio Moro publicou a condenação de oito pessoas envolvidas
na Lava Jato, incluindo o doleiro Alberto Youssef (9 anos e 2 meses) e o
ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa (7 anos e 6 meses) no primeiro dos
processo, que foi o dos desvios na Abreu e Lima. Dizem que as penas seriam
maiores sem a delação premiada. E o motivo de riso, é que, a revista Veja,
desta semana, mostra que esta noticia gerou uma fila enorme no local onde os
outros acusados estão presos, para se candidatarem à delação. Um deles, um
dirigente da OAS, contou, que nosso colaborador, o Lula, morava num triplex no
Guarujá, em São Paulo, e que foi a OAS que deu o acabamento nele. E se o Lula
não fizer nada para tirá-lo da cadeia, ele vai furar a fila da delação
premiada, ou, o que é pior, colocar o triplex dele na propaganda da OAS, com o
slogan: Construindo para presidentes!
Outro fato, que até consta do filme do UOL, abaixo apresentado,
para mostrar o tanto de humor que há em nossa política, é que, talvez, todo o
grupo de procuradores da Operação Lava Jato, perdeu um dia inteiro (pode ter
sido o feriado de Tiradentes) para descobrir se uma senhora que depositava
sofregamente, quase todo o dia, um dinheiro em um banco, era a cunhada ou a
mulher do João Vaccari Neto, o ex-tesoureiro do PT. Eu imagino a tensão numa
reunião dessas. Vejam vocês mesmos no filme abaixo e tirem suas conclusões. O
problema é que cunhada não é parente, como dizia o Brizola, e mulher, é. Então
chegamos ao ponto de que nossa República depende de um parentesco. Mas,
pensando bem, isto não foi sempre uma rotina? Bem, o Moro, que hoje é, como
dizem, o verdadeiro guerreiro do povo
brasileiro, já decidiu, usando a velha tradição do Direito: Em dúvida, pró réu! E soltou a cunhada
do Vaccari. Ou era a mulher?
Ah! Pensaram que iria terminar esta coluna sem falar dos
homens da presidente, o Temer, o Cunha e o Renan? Não teria graça nenhuma. O
Temer, presidente em exercício, ao ver a bobagem que fizeram no Congresso, com
o consentimento da Rainha Dilma I, ao triplicar a verba para os partidos
políticos, disse que não havia problema, pois não iria entregar todo o botim,
sem saber que, por lei é obrigado a fazer isto. Talvez seja por isso que uma
grande amiga e conterrânea, a Lucinha Peixoto, um dia, quis fundar o seu
próprio partido, o PLP (Partido da Lucinha Peixoto). Se fosse hoje, eu me
candidataria para ser o seu tesoureiro.
O Renan e o Cunha não fizeram nada demais, a não ser brigar
um com o outro para ver quem substituirá o Temer em caso da Dilma levá-lo junto
quando sair. Se sair, é claro, pois no Brasil de hoje, para condenar o João de
Manoela pelo roubo das galinhas é preciso que ele esteja com a boca cheia de
penas. No filme, o UOL coloca como seus representantes um crocodilo e um leão.
Eu, se pudesse mexer no filme, eu colocaria a briga do cachorro com a onça, com a trilha sonora da Bandinha de
Pífano de Caruaru para ilustrar o affaire.
Quem sabe, algum dia chegaremos a este apuro técnico para mostrar esta briga de
comadres?!
Agora fiquem com o resumo do roteiro do filme do UOL, pelos
seus produtores, e vejam-no logo abaixo, para começar a semana sorrindo. Tenham
todos uma boa semana, na esperança de que nesta próxima, a nossa musa, a Dilma,
dê às caras, para o gáudio dos meus 9 leitores. Será no dia 1 de maio? Em
dúvida, pró réu. Então, preparem as panelas.
“Investigação do
Ministério Público Federal revela que Marice Correa de Lima, cunhada do
ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, aparece nas imagens do circuito de
segurança de uma agência bancária, fazendo depósitos de valores ilegais na
conta da irmã e mulher de Vaccari, Giselda de Lima. Marice nega e diz que quem
aparece no vídeo é Giselda. A dúvida fez a Justiça libertar Marice, que tinha
sido presa por suspeita de receber propina. Afinal, quem é a pessoa nas
imagens? No Congresso, o presidente da Câmara e o do Senado, que são do mesmo
PMDB, trocaram farpas por causa do projeto de lei que regulamenta a
terceirização.”
Vou interromper, hoje, minha série sobre as Teses do PT, mas,
depois volto a elas, se o partido ainda existir até lá. Afinal de contas, “não se chuta cachorro morto!”. É por um
bom motivo que mostro outra coisa, mesmo que relacionada com o PT, culpado por
quase tudo de ruim que envolve este país. O resto a culpa é do FHC.
Abaixo, transcrevo um texto do imortal Merval Pereira, que
ele intitulou de “Moro junta as pontas”,
onde procura mostrar quanto o PT se encalacrou, em matéria de justiça, pois
politicamente ele está em estado terminal. E ainda sobrou para Dilma.
O primeiro grande imbróglio é com a “famiglia” Vaccari, depois do depoimento da cunhada do tesoureiro à
PF em Curitiba, em que o juiz Sérgio Moro, pela sua experiência com o caso da
Operação Mãos Limpas na Itália e como assessor da ministra Rosa Weber, mostrou
por A mais B, que uma grande parte dele era uma deslavada mentira e decidiu que
ela continuasse no xilindró por mais 5 dias, com promessa de ficar por prazo
indeterminada pelo conjunto da obra.
Imaginem que ela, a cunhada de Vaccari depositava na conta
da irmã pequenas quantias, que somadas davam uma fortuna, para evitar que as
autoridades financeiras pegassem a sua lavagem de dinheiro. Eu chega tenho pena
desta moça. Pois, suponha que é verdade o que a imprensa diz que foram mais de
300 mil reais. Isto em quantias menores do que 10 mil reais, daria mais de 30
viagens ao banco. Só sendo uma atleta para aguentar tanto esforço, ou, o que é
mais provável, tinha medo que descobrissem sua lavanderia.
E o pior de tudo é que ela disse que tem um documento que
prova que o PT pagou a ela, num processo por danos morais, uma boa soma. É o
sujo processando o mal lavado. Isto seria legal e ainda o será se o PT
apresentar os motivos pelos quais pagou 200 mil reais à cunhada. Só falta o
Lula alegar, como o Brizola, que cunhada não é parente. Bem, o PT está com a
palavra e o Sérgio Moro no seu encalço.
No entanto, o pior mesmo é o caso das “pedaladas fiscais”, que nada mais são do que uma burla da Lei do
Colarinho Branco e da Lei de Responsabilidade Fiscal, como vocês verão os
detalhes no texto do Merval (Blog do Merval – 22/04/2015). Aqui faço apenas um
resumo básico.
É que estas leis preveem uma cana dura para os dirigentes de instituições, ou seus responsáveis,
que pegarem dinheiro do Tesouro, como o fizeram o BNDES e a CEF, em certos
momentos. Tanto dar cadeia para os responsáveis pelo Tesouro, como para os
dirigentes das instituições, o que vier primeiro na linha de responsabilidade.
Como conclui o Merval: “Para descaracterizar a responsabilidade
direta da presidente Dilma, os presidentes dos bancos estatais e do Banco
Central na ocasião terão que ser punidos.”
Então, o cerco está se fechando e o PT se encalacrando, e
junto com ele, a gerenta presidenta, que não sabia de nada. O impeachment vem a
caminho, eu, e o Brasil, esperamos. Fiquem com o Merval, que volto agora a
perder tempo lendo as Teses do PT.
“Uma das coincidências benéficas do processo que corre em Curitiba
sobre as escândalos da Petrobras é que o juiz Sergio Moro, encarregado do caso,
atuou no processo do mensalão como assessor da ministra do Supremo Tribunal
Federal (STF) Rosa Weber.
Convocado justamente por ser um especialista em combate à lavagem de
dinheiro, Moro tem todas as informações para fazer as ligações entre o primeiro
processo e o atual, que tem sua origem no mesmo esquema de manutenção de poder
do PT e em seus principais organizadores figuras que já apareceram no mensalão,
como o falecido ex-deputado José Janene.
Seus conhecimentos sobre o caso foram fundamentais, por exemplo, para
manter a cunhada do tesoureiro do PT João Vaccari Neto presa por mais cinco
dias. Sergio Moro argumentou que Marice Corrêa de Lima mentiu em depoimento à
Polícia Federal sobre os depósitos que fez na conta da mulher de João Vaccari
Neto, Giselda Rousie de Lima, ( uma série de pequenos depósitos, típicos de
lavagem de dinheiro) e citou também "registros de envolvimento em práticas
ilícitas de Marice já no escândalo do mensalão".
A cunhada de Vaccari disse em depoimento à PF que recebeu R$ 200 mil do
PT a título de indenização por ter tido o seu nome envolvido no mensalão. É uma
explicação sem dúvida criativa, mas que não resiste a uma análise superficial.
Qual a razão de o PT ter pago essa “indenização”? Acaso foi condenado
pela justiça a fazê-lo? Parece que não, pois ela disse que apresentará cópia do
“contrato” com o partido. Ou seja, ela celebrou com o PT um contrato de
transação, que o criminalista Cosmo Ferreira registra estar tratado no capítulo
XIX do Código Civil, cujo título é “Da Transação”, e conceituado em seu artigo
840: “É lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o litígio mediante
concessões mútuas”.
Seria o caso de perguntar: qual a responsabilidade do PT pelo fato de o
nome da Marice ter sido envolvido no mensalão? Em que circunstâncias o nome
dela foi envolvido? O juiz Sérgio Moro deve saber. O pagamento da indenização
foi registrado pelo PT? Foi pago em espécie?
Na opinião de Cosmo Ferreira, eventual contrato juntado aos autos
"será um tiro na cabeça, melhor, nas cabeças, do PT e dela, pois ficará
configurado o crime de Falsidade ideológica, relatado no artigo 299 do Código
Penal, cuja pena é de um a três anos de reclusão".
COLARINHO BRANCO
A leitura da Lei 7492, conhecida como Lei do Colarinho Branco, mostra
que também nela estão enquadradas as "pedaladas financeiras" do
governo Dilma detectadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
No artigo 17 está prevista justamente a situação em julgamento:
Art. 17. Tomar ou receber, qualquer das pessoas mencionadas no art. 25
desta lei, direta ou indiretamente, empréstimo ou adiantamento, ou deferi-lo a
controlador, a administrador, a membro de conselho estatutário, aos respectivos
cônjuges, aos ascendentes ou descendentes, a parentes na linha colateral até o
2º grau, consangüíneos ou afins, ou a sociedade cujo controle seja por ela
exercido, direta ou indiretamente, ou por qualquer dessas pessoas.
Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
Portanto a lei veda adiantamentos a controlador, que foi o que
aconteceu. Tanto que a Caixa Econômica Federal pediu ao Tesouro Nacional
pagamento de juros (e não o BNDES, como saiu na coluna de ontem). E o BNDES
cobrou todo mês o Tesouro pelo que lhe deve, e incluiu a operação no seu
orçamento.
Se o governo não cometeu crime, como alega a Advocacia Geral da União
(AGU), com certeza os administradores da CEF, BB e BNDES cometeram. E a
fiscalização do Banco Central falhou ao não detectar a manobra contábil
proibida pela Lei de Responsabilidade Fiscal e pela Lei do Colarinho Branco.
Para descaracterizar a responsabilidade direta da presidente Dilma, os
presidentes dos bancos estatais e do Banco Central na ocasião terão que ser
punidos.”
Quando o carteiro
chegou e o meu nome gritou com a carta na mão, ante surpresa tão rude não sei
como pude chegar ao portão. Marilene ouvia a musica no radio ligado na cozinha e som estridente.
Varria a casa e olhava de vez em quando as panelas no fogo. De vez em quando
também cantava a canção que ouvia no radio. Voz desafinada, mas cantava. Não se
incomodava com as criticas da mãe, tu não sabes cantar Marilene. Cala esta
boca. Morena, cor de canela, olhos claros e sedutores. Cabelos longos e
castanhos dava a ela uma beleza que fazia inveja a muitas moças. Morava com o irmão, Fidelis e sua mãe Naninha
já idosa. Marilene baixe este radio! Quer me deixar mouca! Vai baixa este radio
se não eu quebro este desgraçado que todo dia fica tocar. Vamos, vamos! Marilene
afobada saiu e baixou o rádio, mamãe esta ficando esclerosada, não gosta mais
desta musicas desde que meu pai o Abílio faleceu. Seu pensamento estava no
namorado. Ela ficou sentida e qualquer musica ela fica nervosa, recordando o
seu passado. Marilene namorava o seu vizinho há muito tempo. Já se considerava
noiva. O namoro era duradouro e já pensavam em se casar no final do ano, dia 08
de dezembro uma data bonita onde todos devocionais de Nossa Senhora da
Conceição, comemorava. Ficou desempregado, e resolveu ir para São Paulo, tentar
a sorte. Muitos acharam que não deveria outros a favor e lá se foi o Betinho.
Apanhou o ônibus na rodoviária, com todos na calçada em uma manhã fria e nuvens
escuras acenando quando da partida do ônibus. Marilene quase morria de chorar,
vestida em um casaco cor de rosa. Com lenço na mão enxugava as lagrimas que
escorria pela face rosada. A sua mãe
enrolada em um chalé preto rezava pegando na mão de sua filha. Deus te leve,
não se esqueça de nós. Aguardamos com ansiedade uma carta sua. O adeus quando o
ônibus partiu, acenando gritando pela janela, não esquecerei vocês nunca, breve
voltarei. Assim que eu chegar lá em São Paulo escrevo, dando as minha noticias.
Ela balançou a cabeça aceitando aquela afirmação. Voltaram para casa,
choramingando. Passou o primeiro mês, nenhuma noticia nenhuma carta, segundo e
terceiro mês nada de carta ou mesmo um telegrama. Diariamente o carteiro
passava na sua rua e ela na janela esperando por uma carta que não chegava.
Todos os dias esta penitencia esta aflição e angustia às 16 horas. O carteiro
já de longe balançava a mão informando que nada tinha para ela. O tempo passava
e o Betinho não dava noticias. Todos estavam preocupados com o seu
desaparecimento. Será que morreu? Se morreu alguém já teria falado, pois tinha
os documentos em sua carteira. E assim Marilene
espera uma carta que nunca vinha, já fazia um ano e nada. Mas não desanimava.
Algum dia ele se lembrara de que deixou uma noiva a sua espera. Era cotejada
por outros rapazes, mas não dava bola, pois tinha um compromisso assumido com o
seu noivo. Certo dia, o carteiro vinha depressa. Alegre e sorridente com uma
carta na mão. A moça estava na janela e desceu apressadamente para ir até o
portão de ferro que protegia a casa. Saiu correndo, deixando a porta aberta.
Segurou a carta como segurava um tesouro. Lembrou-se da musica ouvida pela manhã
- Porem não tive coragem de abrir a
mensagem porque na incerteza eu meditava Dizia: será de alegria ou será de
tristeza, cantarolava baixinho, pálida e suando frio. O envelope lacrado, aéreo com as bordas verde e amarelo. Beijou o
envelope. Entrou contente. Sentou-se na poltrona e sua mãe perguntou por que
tanta alegria. Mãe ele escreveu para mim. Agora vou matar as saudades e saber
como ele vai ao trabalho em São Paulo. Ele não tinha tempo de escrever é o que
penso. Abriu devagarinho cortando com uma tesoura, antes olhando contra a luz
para ver se não cortava a carta. Puxou para si o papel que estava escrito assim
– “Querida
Marilene. Escrevo estas pequenas linhas para dizer-lhe que eu não escrevi antes
com vergonha. Chegando a São Paulo me instalei numa hospedaria. Lá tinha uma
moça Creuza, filha da dona e eu com fraqueza de homem me envolvemos com ela.
Fizera-me casar, o seus irmãos me ameaçaram de morte e eu casei contra a
vontade. Podia fugir, mas ele me encontrava dizia e quando me encontrasse me
castrava. Fiquei apavorado com esta ameaça. Neste envolvimento apareceu uma
criança linda e forte, Ângela, minha filha. Agarrei-me a ela, pois uma criança
nada sabe da safadeza dos pais. Não gosto dela, mas é o jeito esta ao seu lado
por causa da criança. Nunca me esqueci de ti, amava e ainda te amo, mas é um
amor impossível de realizar, somente em sonho, como sonho todas as noites em
você. Perdoa-me deste mal que te fiz. Não tenho coragem de voltar para minha
terra, sou um fraco. Agora esta tudo resolvido e você já sabem por que não te
escrevia - Betinho”. Chorou e amassou a carta tão
esperada jogou na lata do lixo. Quanta
verdade tristonha Ou mentira risonha uma carta nos traz E assim pensando,
rasguei sua carta e queimei para não sofrer mais.
Como todos, ou pelo menos aqueles que ainda perdem tempo com
bobagens, sabem, o PT (Partido dos Trabalhadores, mais conhecido hoje, depois
de tanta roubalheira, por Partido da Trambicagem), vai realizar o seu 5º
Congresso Nacional.
Eu, aposentado, e já vendo meu ganho ir pelo ralo com os
ajustes fiscais de Levy, o Risonho, uma consequência direta das “pedaladas fiscais” dadas pela gerenta
presidenta para se reeleger, posso perder um tempinho para comentar algumas
teses de algumas das correntes do PT (são tantas que há até aquelas que admiram
Hitler, como o Lula admirava, antes de vestir ternos do Armani e andava a pé).
O texto chama-se: CADERNO
DE TESES (UM PARTIDO PARA TEMPOS DE GUERRA). Título bem sugestivo, por
sinal. Só faltou acrescentar uma palavra para ficar perfeito: SUJA. Pois nos últimos tempos este
partido entrou numa guerra suja contra as instituições democráticas, a partir
da tomada do poder pelas urnas, oportunidade, que, por exemplo, a Venezuela já
não tem, pois lá está tudo dominado pelo chavismo. Felizmente, encontraram o Joaquim
Barbosa pela frente, e, mais
recentemente, o Sérgio Moro, para barrar seus devaneios ditatoriais.
Mas, chega de delongas e vamos às teses petistas, ou, pelo
menos algumas delas, porque se formos comentar todas as correntes e todas as
teses, chegaremos à conclusão que este Congresso, que será realizado em junho
em Salvador, vai ser uma verdadeira guerra suja entre suas facções, para ver
quem tem o maior potencial para roubar.
Vamos começar pela contribuição da Tendência Articulação de
Esquerda, seguindo a mesma ordem do panfleto que se encontra na internet (aqui).
1. O Partido dos Trabalhadores está diante da maior crise de sua
história. Ou mudamos a política do Partido e a política do governo Dilma; ou
corremos o risco de sofrer uma derrota profunda, que afetará não apenas o PT,
mas o conjunto da esquerda política e social, brasileira e latinoamericana.
2. A crise do PT decorre, simultaneamente, de nossas realizações e de
nossas limitações.
3. Tivemos êxito em ampliar o bem-estar social -- por intermédio da
geração de empregos e aumento da massa salarial e do poder aquisitivo da
população, bem como da adoção exitosa de programas de moradia, saúde e outros
-- e a soberania nacional, também através de uma política externa “altiva e
soberana”. Fortalecemos o Estado, na contramão do Estado Mínimo neoliberal.
Ampliamos certos direitos e conquistas democráticas. E são estes avanços que
explicam nossas vitórias em quatro eleições presidenciais consecutivas.
4. Mas não fomos capazes de realizar transformações estruturais, que
retirassem do grande capital o controle sobre as alavancas fundamentais da
economia e da política brasileira.
5. Controlando estas alavancas, a oposição de direita, o oligopólio da
mídia e o grande capital desencadearam uma ofensiva geral que inclui a
desmoralização política e ideológica do petismo, o estímulo à sabotagem por
parte de setores da base aliada, a pressão para que o governo aplique o programa
dos que perderam a eleição, a mobilização de massas dos setores conservadores,
a ameaça permanente de impeachment e a promessa de nos derrotar eleitoralmente
em 2016 e 2018.
6. Frente a esta situação, o 5º Congresso do PT deve aprovar resoluções
que permitam ao Partido, ao conjunto de sua militância, executar cinco tarefas
principais.
Vamos ao trabalho, então, e por partes para não nos
perdermos numa floresta de bobagens, embora ainda tenha quem acredite.
O item 1 deve ter sido escrito pela Marta Suplicy, antes de
deixar o partido. Que o PT é um partido em extinção já é reconhecido por todos
que se beneficiam dos cargos públicos em seu governo, e por todos que entendem
um pouco de política.
O item 2 é uma tautologia besta.
O item 4 é outra verdade histórica, se considerarmos que as
alavancas históricas de eles falam, foram aqueles manejadas pelo Palloci no
primeiro e parte do segundo governo Lula, ou seja, o que eles chamam, de
políticas “neoliberais”, e que não passam
de cuidados com a moeda, com a responsabilidade fiscal, e no reconhecimento de
que vivemos numa comunidade internacional, onde outros países contam, e isto é
refletido pelo câmbio entre moedas.
No item 5 eles apenas tentam explicar porque, graças a Deus,
não conseguiram acabar com a liberdade de informação e expressão, e faz uma
crítica direta à condução da política econômica pela a Dilma. Certamente, deve
ter sido escrita, ou melhor, ditada pelo Lula.
O item 6 apenas menciona o que vem a seguir, mas, como vocês
viram, faltou um item: o item 3. Foi de propósito, porque é a maior coleção de
embustes por centímetro quadrado de papel.
Diz que tiveram êxito em aumentar o bem estar social devido
a manutenção de uma taxa de desemprego baixo e aumento da renda. A taxa de
desemprego, hoje já se sabe, era baixa menos porque os empregos aumentaram e
mais pela diminuição da procura de emprego, pois a população aprendeu a viver
com as “bolsas” que são uma espécie
de peixe sem o trabalho da pescaria.
A adoção “exitosa”
dos programas de moradia e saúde, parece até brincadeira, com a inadimplência
dos programas do Minha Casa, Minha Vida, e de outros programas habitacionais,
exclusivamente através de crédito subsidiado, o que quer dizer que, como foi
praxe, o governo toma do rico para dar ao pobre, e o rico tira do pobre para
lhe dar emprego e moradia. No final das contas vamos todos ter que pagar pelos
erros de alguns no longo prazo. Lembram dos esqueletos do BNH do Sarney? E
ainda temos as construções feitas mal e porcamente, onde só se encontram
rachaduras.
E quanto a saúde? Este é o maior ardil. O setor realmente
hoje está na lama, para não usar uma palavra mais forte, que é a consequência
da diarreia. A solução que foi adotada
foi trazer milhares de cubanos para ajudar na revolução bolivariana, que é a
meta final das esquerdas na América Latina. E os hospitais até parecem um
pesadelo, para quem precisa do SUS, enquanto seus dirigentes vão para
Sírio-Libanês.
No entanto, há outra coisa que parece até deboche mesmo. A política externa soberana. Será que
alguém que leia jornal poderia dizer o que o Brasil hoje representa no mundo, a
não ser um discípulo venezuelano e argentino? A política externa do PT foi um
desastre tão grande como se tivéssemos declarado guerra aos Estados Unidos. E o
pior dos mundos seria, como numa conhecida piada, que nós ganhássemos a guerra.
Coitados dos americanos que teriam que aguentar o Marco Aurélio Top Top Garcia.
Vejam, que não estou tentando imitar o Zé Carlos em sua coluna
humorística semanal aqui neste blog, mas, venhamos e convenhamos é de morrer de
rir.
Diante, destes
diagnósticos, depois eu seguirei comentando as teses do PT, na esperança de
que, quando chegar em julho, lá na Bahia, só esteja no Congresso do PT o
Jacques Wagner. Aquele que é Ministro da Defesa para se defender das delações
premiadas.
Designa-se uma pessoa como azarento quando é uma pessoa sem
sorte, apenas no meu entender é uma superstição adquirida ao longo de tempo,
principalmente no interior, mesmo assim vamos falar de um azarento, que
conviveu conosco, e considerava que nada na sua vida dava certo e com isto ele
ficava desesperado, e ansioso o nosso Juquinha. Alto e louro, olhos azuis. Uma
cabeleira que dava inveja. Andava sempre alinhado e era mantido pelos seus
pais, logo no início da sua vinda para a Capital. Morava no Recife, cidade de
dos seus sonhos desde menino que agora estava se realizando, aonde veio para
estudar, deixando o seu interior Aguazinha. Logo que aparecia na rua às pessoas
apontavam para ele, lá vem o azarento, não fale nada com ele, pois pode trazer
azar para nós. Isto criou um transtorno desmedido e fez com que deixasse a sua
cidade natal. Mas, mesmo ele, o Juquinha se sentia azarado, tudo que fazia ou
queria fazer ou realizar dava por água abaixo. Não tinha namorada, a que arranjou
dispensou - azar; no vestibular fez por três vezes e não passou em nenhuma, a
que tinha chance errou a ultima questão, não passou azar; no emprego o azar lhe
perseguia, quando estava se dando bem acontecia algo errado, - azar; e assim
foi se criando na mente de Juquinha que o azar que lhe perseguia. O padre da
igreja Nossa Senhora de Lourdes, o aconselhava, não pense nisso isto de azar é
folclórico. Ficou pensativo. Esta lenda
interiorana passou a fazer parte da sua vida. Morava em uma pensão na Rua
Velha. Ainda ninguém sabia deste fato, que ele mesmo contou para todos, quando
caiu do segundo degrau da escada – isto é um azar. A partir deste momento, os
convivas do pensionato começaram a ironizar e levar tudo na brincadeira.
Qualquer coisa que acontecia, é azar de Juquinha. Por menor que fosse o caso,
todos voltavam a dizer Juquinha o azarento. Certa vez saímos em domingo à tarde
para assistir um filme no Cine Moderno. A rua sem qualquer movimento. Tudo
corria bem e já íamos pensando no que ia acontecer porque Juquinha nos acompanhava.
Ao chegarmos à Rua da Aurora, para atravessar a Ponte da Boa Vista, tinha uma
poça de agua lamacenta. Não notamos, e neste momento passou um carro em
velocidade jogando aquela agua podre nos melando todos, calça e
camisa e todos voltamos para o pensionato para trocar de roupa. Azar do
Juquinha que estava conosco. Outra vez, íamos para o bar Mustang na Avenida Conde
da Boa Vista, quando passávamos na Rua José de Alencar, Alcimar levou uma topada
que soltou o solado do sapato, Azar do Juquinha, que nos acompanhava. Ele mesmo
contou – indo para o trabalho numa certa manhã quando atravessava a Pracinha do
Diário, um pombo sobrevoou e defecou em seu ombro manchando a camisa e, disse
hoje o azar esta me perseguindo, tantas pessoas estão passando e este maldito
pombo defeca em mim. É azar demais! Mas tudo isto era levado em brincadeira,
nada a serio. Muitas das vezes o azarento não queria sair conosco para tomar
uma cervejinha no pátio de Santa Cruz, pois assegurava que ia dar azar na
noitada. Insistíamos e ele ia meio desconfiado. Passou-se o tempo e saiu da
pensão. Há mais ou menos dois anos encontro com ele na Avenida Guararapes, já
idoso escorado em uma bengala, lucido com os seus setenta e cinco anos.
Aperta-me as mãos, hoje não é dia de azar e sim dia de sorte, pois te
encontrei. Sorri. O azar é o meu te encontrar, rimos. Como vai? É meu amigo
esta cisma do azar ainda me acompanha não me larga, não deixa me sossegado e eu
convivendo com este maldito pensamento. Casei-me e a mulher morreu, deixando-me
com dois filhos. Em seguida casei-me novamente, homem não pode viver sem uma
mulher ao seu lado, a “quenga” amasiou-se com um serviçal que dava apoio na
limpeza da casa, desgraçada. Mandei embora, não fiz nenhuma desgraça, pois não
valia a pena me desgraçar. Tá ai penando pela rua do bairro, o cara a largou
com uma mão na frente e outra atrás, Não é azar? É! E assim vou vivendo caindo
ali e acola. Vamos tomar uma cerveja,
antes que o azar me chegue. Tens coragem de me acompanhar. Sentamo-nos à mesa o
garçom colocou uma cerveja e dois copos, um caindo e se quebrando.
A cada dia que se passa fica mais difícil escrever esta
coluna semanal, que, pretensiosamente, tenta fazer seus leitores alegres e
entrarem com o pé direito e o riso aberto na semana que se inicia. As notícias
dos jornais já não precisam nem serem interpretadas para produzirem o riso
necessário. Então, meus senhores e minhas senhoras, eu não os culparei se não a
lerem e passarem a ver apenas os telejornais. Lá também o riso está garantido.
Querem um exemplo? Vi esta semana que o Maduro, sim, aquele
que é presidente da Venezuela, e que de tão maduro, espera-se que caia o quanto
antes, para despistar a imprensa, contratou um seu dublê, e, pasmem uma dublê
de sua esposa. Isto se deu na Cúpula das Américas, no Panamá, que foi palco
também de um encontro histórico entre o Raul Castro e o Barack Obama. Não, não
estou brincando não. Cuba agora vai deixar se explorar pelo imperialismo
americano. Já imagino o Che Guevara se retorcendo no túmulo e dizendo: “Até tu, oh Castro!?!”. Talvez, tenha
sido por isso que o Galeano, sim, aquele que escreveu um clássico da literatura
esquerdista latino-americana (“As veias
abertas da América-Latina”). Suas veias devem ter se fechado.
Entretanto, este foi apenas um exemplo na área
internacional. Aqui no Brasil é que toda imprensa virou revista de humor. Então
passemos ao plano interno, nesta gloriosa semana, para o riso.
Começo então pelo nosso legislativo, em sua câmara alta, o
senado, com o seu presidente dizendo que pedir cargos ao executivo apenas “apequena a política”. Coisa extremamente
séria e verdadeira, até quando sabemos que o presidente de quem falamos é o
Renan, sim, aquele mesmo, que controla tantos cargos com pessoas de sua confiança,
que nem se lembra mais de quem sejam. Dizem que quando ele entra numa
repartição pública vai logo perguntando ao primeiro funcionário que encontra: “Você é meu?”. Podem começar a rir, pois
o caso é para isto mesmo.
Ingressemos agora no judiciário, sim, aquele mesmo poder ao
qual o Joaquim Barbosa pertencia e que é responsável por ter feito o Delúbio
ter ido contar piada de salão lá na Papuda. A Dilma nomeou um ministro para
vaga do Joaquim, e só para compensar o fez indicando um admirador do PT, que
até já fez campanha para ela. Agora temos ministros do PT e ministros do PSDB,
lá no Supremo, e as votações serão feitas em urnas eletrônicas emprestadas pelo
TRE. Como, vocês veem, a Dilma, nossa protagonista da coluna, pela sua
capacidade de nos fazer rir, foi, uma vez mais, à luta. Podem bolar pelo chão
com o riso solto, mas, guardem algum fôlego, pois a semana passada ainda está
começando.
E quem ainda se aguenta na cadeira, leiam essa: O PT discute abrir mão das doações de
empresas. Ou seja, depois que levou tudo, e o Sergio Moro descobriu, agora
não tem sentido mais pegar recursos de empresas, mesmo porque, elas faliram de
tanto propinar o partido. Afinal de contas, todos que o acompanham sabem que o
PT não dá ponto sem nó, a não ser que o saco esteja abarrotado de grana.
Entretanto, o que movimentou a semana mesmo, foi a prisão do
tesoureiro do PT, o João Vaccari Neto, sim, aquele que se apresentou na CPI da
Petrobrás, ao som de ruídos de ratos uma semana antes, e de quem eu tive tanta
pena (dos ratinhos, é claro). Foi um acontecimento importante para o Brasil e
para esta coluna, do ponto de vista humorístico quando vocês lerem o seguinte
trecho de uma nota do partido sobre o fato:
“A detenção de João
Vaccari Neto é injustificada visto que, desde o início das investigações, ele
sempre se colocou à disposição das autoridades para prestar qualquer
esclarecimento que lhe fosse solicitado.... Informamos ainda que, por questões
de ordem práticas e legais, João Vaccari Neto solicitou seu afastamento da
Secretaria de Finanças e Planejamento do PT.”
Se ninguém riu até agora é porque meus 9 leitores estão
ficando muito exigentes. Ora, meus caros e minhas caras, basta apenas pensar no
Delúbio, sim, aquele que orientou Lula a dizer em Paris que o PT só faz o que
os outros fazem, ou seja, Caixa 2, e que o mensalão era uma piada de salão. O Vaccari
não saiu porque lavava dinheiro das propinas que as empresas roubavam da
Petrobrás para dar ao PT, e sim, porque o companheiro achou por bem, se
entregar lá em Curitiba ao juiz Sérgio Moro. Aliás, vai haver um Congresso do
PT, proximamente, e uma das proposições, para proteger o seu mais recente
tesoureiro é colocar militantes do local onde o Moro trabalha para gritar: “Moro, guerreiro, do povo brasileiro!”. Afinal
de contas, quem não tem para onde apelar, tem que tentar conquistar o inimigo
com salamaleques. Mas, se eles decidirem isto, até eu me juntarei aos militontos do PT.
Para dar uma ideia a vocês da importância da prisão do
Vaccari, esta coluna até encontrou um novo candidato para compor o time de
humoristas da coluna: O Sibá Machado, que é o líder da bancada do PT na Câmara
Federal. Ele, depois de dizer que a operação Lava Jato era uma criação da CIA,
diz agora que a prisão do tesoureiro é política. Já decidi, vou contratar o
Sibá, assim que ele deixar a deputação.
Se vocês pensam que agora podem descansar, que a semana
terminou por aí, podem tirar o seu cavalinho da chuva. Os gringos sempre se
metem em nossa história, desde Pedro Álvares Cabral. Continua tudo a mesma coisa.
Agora, um tal de Jonathan Taylor, um holandês, sim, daquele mesmo povo que
invadiu Pernambuco um dia e que até aqui fez palácios, disse que entregou ao
CGU, em agosto do ano passado, um dossiê que comprova que a SBM pagou propina a
funcionários da Petrobrás, e que a Controladoria Geral da União, esperou
passarem as eleições para abrir o processo administrativo para investigar a
empresa holandesa.
Então vejam, meus caros leitores, ainda vivos até aqui, se
isto era motivo para a oposição querer o impeachment de nossa musa inspiradora,
a Dilma? Só pode ser para atender meu pedido para que a Dilma saia mais cedo
para integrar o quadro permanente desta coluna semanal, como já o é o Lula, que
andou também aprontando das suas. Vejam o que ele disse:
“Se tem problema de
corrupção na Petrobras, então prendam quem roubou. Prendam! É pra isso que tem
Justiça, é pra isso que tem polícia. Mas não vamos confundir o que está
acontecendo com algumas pessoas com o destino desse país.”
Como vocês veem o homem ainda não sabe de nada. Nunca falou
com o Paulo Roberto Costa, nem com o Duque, nem com o Delúbio, nem com Vaccari,
e muito menos com a Dilma. Seria trágico se não fosse tão cômico.
Já vejo os leitores ficarem inquietos e se perguntando, e a
Dilma, não aprontou nada importante esta semana? Ora, senhores, vocês sabem que
igual ao Pelé, como dizia o Romário, a Dilma calada é uma poeta. E ela assim
permaneceu nesta semana, porque se ela jogou algum cabide em outra governanta,
isto não fez parte de sua agenda oficial. Porém, o que ela fez no seu governo
anterior, com sua contabilidade criativa foi um verdadeiro desbunde. O ministro
Augusto Nardes, do TCU, disse que ela deve ser responsabilizada legalmente
pelas pedaladas fiscais, e acrescentou:
“Existem várias situações de ilegalidade em
relação às pedaladas. Já no ano passado havíamos encontrado uma situação muito
crítica pelo fato de o Ministério da Fazenda não ter contabilizado algumas
operações. E agora constatamos que houve uma série de empréstimos feitos pela
CEF e outras instituições que somam mais de 40 bilhões de reais sem uma
sustentação legal”...
Eu tive vontade de me aprofundar sobre o significado das “pedaladas fiscais”, mas, não o faço
porque esta coluna já está em tamanho suficiente para fazer com que meus
leitores entrem nesta semana sorrindo e felizes. Prefiro só pensar nas “pedaladas” do Robinho, pois ainda tenho
o filme do UOL para comentar.
Todos os temas do filme foram abordados na análise anterior,
com uma exceção, os protestos contra a Lei da Terceirização. Chamo a atenção
apenas para a declaração do nosso colaborador, o Lula, a respeito. Ele diz que
a lei é contrária a tudo que os trabalhadores conquistaram nos últimos tempos,
e só faltou criticar o seu exemplo de terceirização de Dilma, que entregou o
governo a Michel Temer, a economia ao Levy, e foi descansar, porque ela não é
de ferro.
Para ser preciso há ainda as manifestações que não
comentamos na coluna passada porque nem era necessário. Todos viram que menos
pessoas foram às ruas pedir o impeachment de Dilma. Quanto ao número de pessoas
eu repito o que disse um colaborador deste blog, o Zezinho de Caetés, quando
escreveu que “tamanho não é documento;
já quanto a ênfase no impeachment, pelo andar da carruagem, não vai precisar
ninguém pedir mais, e teremos, com sorte a Dilma nesta coluna, também em tempo integral.
Agora fiquem com o resumo do roteiro do vídeo do UOL, e com
o filme. Bom início de semana.
“Da nova série de
protestos contra o governo de Dilma Rousseff a mais protestos contra o projeto
de lei da terceirização. Do ator de "Máquina Mortífera", Danny
Glover, em evento ao lado de Lula à prisão do tesoureiro petista João Vaccari
Neto, a semana tem para todos os gostos na charge política do UOL.”
Bem, meus senhores e minhas senhoras. Hoje, até iria
escrever sobre outros assuntos. Pois eles não nos faltam. Pelo contrário,
sofremos com o excesso deles. Pois, eita
paizinho complicado este nosso Brasil. Vejam o tamanho do imbróglio, que venho
sempre comentando aqui, do que vem acontecendo depois que o PT meteu os pés
pelas mãos. Um fato nos chama atenção: Hoje estamos num parlamentarismo
monárquico de fato e num presidencialismo de direito. Quem manda é o congresso
e o primeiro ministro é o Michel Temer. E, à rainha Dilma foi dada a missão de
inaugurar obras, dar entrevistas inodoras e dizer que ainda governa, para
despistar os bobos, como eu, que ainda vão às ruas pedir o seu impeachment,
quando ela não governa mais.
No entanto, o assunto do dia, entre tantos, é a prisão de
João Vaccari Neto, o Secretário de Finanças e Planejamento do PT. Pela reação
petista, o dito cujo é mais importante do que Lula, pois nem este foi tão
defendido, quanto ele. E nem mesmo o anterior, o Delúbio, que saiu muito antes,
para depois voltar. Antes de adentrarmos neste assunto, com nossas próprias
tecladas, vejamos o que disse o PT, sobre a sua prisão, numa nota assinada pelo
seu presidente Rui Falcão, que, agora de falcão, só tem os dentes:
“O Partido dos
Trabalhadores manifesta-se a respeito da desnecessária detenção, na data de
hoje, do Secretário de Finanças e Planejamento, João Vaccari Neto, nos
seguintes termos:
1 – A detenção de João
Vaccari Neto é injustificada visto que, desde o início das investigações, ele
sempre se colocou à disposição das autoridades para prestar qualquer
esclarecimento que lhe fosse solicitado. Convocado, prestou depoimento na
Delegacia da Polícia Federal de São Paulo, em 5 de fevereiro desse ano. Além
disso, na CPI da Petrobras, respondeu a todas as questões formuladas pelos parlamentares.
2 – Reafirmamos nossa
confiança na inocência de João Vaccari Neto, não só pela sua conduta à frente
da Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento, mas também porque, sob a
égide do Estado Democrático de Direito, prevalece o princípio fundamental de
que todos são inocentes até prova em contrário.
3 – Os advogados que
cuidam da defesa de João Vaccari Neto estão apresentando um pedido de habeas
corpus para que sua liberdade ocorra no prazo mais curto possível.
4 – Informamos ainda
que, por questões de ordem práticas e legais, João Vaccari Neto solicitou seu
afastamento da Secretaria de Finanças e Planejamento do PT.
5 – O Partido dos
Trabalhadores expressa sua solidariedade a João Vaccari Neto e sua família,
confiando que a verdade prevalecerá no final.
Rui Falcão
Presidente Nacional do
PT”
Meu Deus, se isto não é uma confissão pública de culpa, ou
pelo menos de dor na consciência, eu não sei mais o que é culpa e nem dor.
Nunca, na história deste país (a do Delúbio, incluída), foram vistas tantas
acusações quanto aquelas que foram feitas ao Vaccari. Quase todos que estão
presos ou perto disso, pela a operação Lava Jato, contaram sobre suas relações
com o, agora ex-tesoureiro do PT, e não eram histórias com classificação
indicativa de Livre. Hoje, nem mais o Leonardo Boff, homem que é temente a Deus
e ao Lula, acredita mais na inocência do Moch (apelido dele nas relações
espúrias, porque usava um mochila,
que agora deve estar com ele em Curitiba).
E agora vem o PT com esta nota que poderia ter sido resumida
num só frase: “João, pelo amor de Deus,
não abre o bico!”. Pois é, o tempo passou na janela e só a Carolina, a
Dilma, o Lula e o PT, não viram.
Já no item um, eles apenas repetem o Sibá Machado, líder do
PT na Câmara Federal (vejam a que nível chegaram) que disse que a prisão do
tesoureiro é política, da mesma forma que disse que o petrolão é uma invenção
da CIA, aquela agência americana, culpada até pela raspagem da barba de Lula e
pelo emagrecimento da nossa gerenta presidenta.
Ora, o Sérgio Moro não é bobo e é um homem que quer passar
este Brasil a limpo dentro da lei e da constituições. Se chega a ele um preso e
diz que fulano matou o pai a mãe e o irmão, sua obrigação é mandar prender o
fulano para evitar que ele esconda os corpos, e principalmente, quando se sabe
que o preso sabe que se mentir, está lascado. E mandou, o cara para o xilindró,
onde ele deveria estar há muito tempo.
Mas, o PT ainda acredita na inocência do seu tesoureiro,
como dito no item 2. Nós perguntamos: “O
Partido poderia ter dito outra coisa?”. Este pessoal só fala quando recebe
prêmio, ou seja, na delação premiada. E, ainda mais vão pagar o advogado do
Vaccari. Por isso eles querem financiamento público de campanha? Para usar meu
dinheirinho para pagar meliantes?
E aí vem o golpe de mestre no item 4. O Vaccari é tão
honesto que resolveu deixar o partido. Me engana que eu gosto, como dizia minha
amiga Lucinha Peixoto, que sumiu outra vez. É muita desfaçatez.
E finalmente, o PT expressa sua solidariedade ao futuro
habitante da Papuda, e a toda sua família. Era necessário incluir também à
família porque o tesoureiro, para fazer suas falcatruas, envolveu até suas
filhas. Quem tem um chefe de família como este, é melhor ser filho de
chocadeira.
E finalmente, eu soube que a rainha Dilma também fez uma
nota dizendo que não tem nada com isso, e que como sempre não sabia de nada.
Pergunto outra vez: Ela poderia dizer outra coisa? Não seria melhor ter ficado
calada.
Já não existe sabor em ler o jornal do dia, assistir o
noticiário do rádio e televisão sobre o que vem acontecendo no Brasil. É tudo
igual. A mesmice dos acontecimentos que a maioria dos brasileiros já sabe que
não vai dar em nada, Reprise de fatos já contados e recontados, diariamente, sem
que haja nenhuma solução. Adia-se. Dá tempo ao tempo. Até quando ninguém sabe. São pessoas importantes. Não merecem ser
sacrificados e espoliados pela imprensa. São presos políticos com mordomias totais,
indo e vindo de jatinhos para interrogatório e depois de carro com ar
refrigerado para uma quitinete na Policia Federal. O companheiro Lula é o
percursor de todas estas bandalheiras que vem acontecendo. Quando assumiu a
presidência da República, pensamos nós brasileiros que a mudança para melhor
seria realizada. Ledo engano. Piorou com o tempo. O companheiro Lula é perito
no falatório popular, que agrada as pessoas semianalfabetas ou aqueles que
querem se beneficiar de algum benefício fictício ovacionado pelo grande líder
barbudo brasileiro. O companheiro Lula é comparado com o “Ali Baba e os
Quarenta Ladrões”, colocando os seus companheiros nos Ministérios e Órgãos
Públicos, que somam 39 casas de negócios, com as pessoas que conviveram com ele
para juntos realizarem os piores roubos que aconteceu na Republica, pois sabia
que contariam com eles, mas o companheiro Lula nunca pensou e imaginou que
estes escândalos fossem descobertos. Nunca, jamais! O Mensalão foi o primeiro foco da corrupção instalada
sob a batuta do companheiro Lula no Governo, não afastou e protegeu todos os
corruptos, alegando inocência dos seus asseclas. O companheiro Lula foi se
isentando dos escândalos, nada sabia nada lhe era informado e quando estourou
pela imprensa foi ignorado. Como não podia disputar outra eleição, que por
certo seria eleito, pois o povão gosta de sofrer, apresentou a sua colaboradora
a companheira Dilma, para lhe suceder, tagarelando com todos que compartilharam
com o que estamos vendo. A pobre da Dilma, obediente ao comandante chefe,
aceitou e o povo acolheu principalmente a classe mais pobre e desvalida
acreditando que tudo iria mudar na sua vida nada mudou,
até agora, o se mudou foi para beneficiar aqueles que estão sob o comandante
chefe, o companheiro Lula. A batata quente explodiu nas mãos da Dilma, e o
comandante por trás fica somente a observar no silencio o desempenho de sua
pupila que não lhe vem agradando. De vez em quando a sua pupila lhe desobedece
e é logo chamada ao quartel general, em São Paulo, para explicações e receber
novas ordens. Acredito que ficou decido que o Lula iria governar o País, por
intermédio da Dilma. As decisões, a escolha de homens e/ou mulheres para os
Ministérios, escolha para os órgãos públicos e empresas manobradas pelo Governo
Federal, foi ideia do Lula e referendado pela Dilma. A bomba estourou. Veio à
tona toda corrupção e as propinas distribuídas às mais diversas personalidades,
entre ministros, diretores de estatais. E como ela estava no Governo Federal,
foi parar em suas mãos. A Dilma antes de viajar tem que se comunicar com o
comandante chefe, o companheiro Lula, diz o que se deve dizer e o que se deve
acertar algum convenio entre os países. Infelizmente há uma apropriação
indevida pelo ex-presidente, que quer se manter no poder de qualquer forma, é
um ditador democrático. E Dilma continua apesar dos protestos que acontecem nas
ruas pela população que a elegeram diz no seu intimo, “agora vocês tem que me
engolir” como disse o mestre Zagalo. Infelizmente a Dilma está sendo um pau
mandado, um testa de ferro, que aceita as determinações do seu comandante.
Vamos ver o que vai dar.
Como se diz lá na minha terra quando alguma coisa não tem
jeito, pela incapacidade de deixar de ser assim: “É chover no molhado!”. E este é o caso do governo da Dilma em
particular e do PT em geral. Eu nunca, em toda minha vida e na história deste
país, vi tantas lambanças juntas.
E, no último domingo, eu fui protestar. Ou seja, tentar
chover no molhado, com a esperança de, quem sabe, chovendo muito, façamos muita
lama pelo caminho e o PT se atole nela. Da passeata, no bairro de Boa Viagem,
eu vi, o que já foi constatado até pelo neurônio solitário da gerenta
presidenta, que o número de pessoas foi menor, do que aquele presente em março.
Mas, neste caso, como em outros de suma importância, “tamanho não é documento”. A alegria e a motivação das pessoas que
apareceram superaram em muito o daqueles do 15 de março. E vocês devem ter
visto a manifestação do dia 7, coordenada pelo Lula, para defender a Dilma e a
Petrobrás. Dava para contar nos dedos do Lula.
Talvez, e tenho quase certeza, a animação foi maior porque
neste dia 12 de abril, havia um objetivo, ou objetivos mais bem delineados. A
de março foi uma manifestação por todos os motivos, a de abril, foi concentrada
contra a corrupção e pelo impeachment da Dilma. Houve outras reivindicações apenas
para mostrar que toda regra tem exceção.
Eu levei um cartaz de Fora
Dilma e Leve o Lula Junto, e só não acrescentei “lá para Caetés” porque iria gastar muita tinta, e com a inflação dilmiana ela está pela hora da morte. Sei
que era apenas um grão de areia naquela praia, mas, se juntarmos as areias das
praias deste país, conseguiremos sair desta dentro de nosso Estado de Direito
Democrático, que a duras penas conseguimos atingir.
Sei que nossa democracia ainda é aquela “tenra plantinha” tão mirradinha ainda,
coitadinha, mas, mal com ela e pior sem ela, como já vimos na época da
ditadura, o que me levou até a apoiar meu conterrâneo Lula, e pensar que ele
era um deus. Hoje, sei que era apenas um santo dos pés de barro, que vive a
enganar todo povo brasileiro, tendo como boneca de ventríloquo, a Mãe do PAC,
que empacou de vez, por excesso de roubo.
Eu li, outro dia que eles, o Lula e a Dilma, estão brigados,
ou estão de mal, como eu dizia quando ficava com raiva dele no tempo de
criança. Lula quer voltar para ser melhor do que a Dilma e a Dilma quer sair
mostrando que foi melhor do que Lula. Como diz o jornalista que tem um programa
policial: “Durma-se com uma bronca
dessas!”. E enquanto eles brigam, o Brasil afunda todo dia mais na recessão
e na inflação, que todos, da minha idade, sabem que não é de saudosa memória.
E, diante deste quadro afrodescendente, quando se espera que
a gerenta presidenta faça jus a este epíteto, ela faz mais uma das suas
lambanças: Renuncia. A renúncia não chegou a ser tão explícita como a de Jânio,
pois a estão chamando de “renúncia branca”,
ou seja uma renúncia racista e que poderia ser enquadrada na Lei Afonso Arinos.
Simplesmente, ela cansou, e não tem forças nem para fazer uma renúncia de
verdade. Entregou o imbróglio econômico ao Levy, o Risonho, e a coordenação
política ao Temer, de quem não há nada a temer, porque o PMDB já está tão
habituado a só entrar no poder pela porta dos fundos, que nem liga mais.
E hoje, temos a tróica Dilma, Levy e Temer, no executivo, a dupla Eduardo Cunha e Renan Calheiros no
legislativo e no judiciário, não temos ninguém porque o substituto do Joaquim
Barbosa não foi ainda nomeado, as votações são todas empates, e todos os réus
são soltos, como deve ser, na dúvida.
E, continuamos nós caminhando e cantando e seguindo a
canção, agora do Juca Chaves, que coloco como brinde para vocês, aí embaixo. Eu
confesso que estou mais perdido do que o Lula nas matas de Caetés, e não sei
para onde vai o Brasil. Tenho apenas uma certeza: “PT, saudações!”.