Por Zezinho de Caetés
Como se diz lá na minha terra quando alguma coisa não tem
jeito, pela incapacidade de deixar de ser assim: “É chover no molhado!”. E este é o caso do governo da Dilma em
particular e do PT em geral. Eu nunca, em toda minha vida e na história deste
país, vi tantas lambanças juntas.
E, no último domingo, eu fui protestar. Ou seja, tentar
chover no molhado, com a esperança de, quem sabe, chovendo muito, façamos muita
lama pelo caminho e o PT se atole nela. Da passeata, no bairro de Boa Viagem,
eu vi, o que já foi constatado até pelo neurônio solitário da gerenta
presidenta, que o número de pessoas foi menor, do que aquele presente em março.
Mas, neste caso, como em outros de suma importância, “tamanho não é documento”. A alegria e a motivação das pessoas que
apareceram superaram em muito o daqueles do 15 de março. E vocês devem ter
visto a manifestação do dia 7, coordenada pelo Lula, para defender a Dilma e a
Petrobrás. Dava para contar nos dedos do Lula.
Talvez, e tenho quase certeza, a animação foi maior porque
neste dia 12 de abril, havia um objetivo, ou objetivos mais bem delineados. A
de março foi uma manifestação por todos os motivos, a de abril, foi concentrada
contra a corrupção e pelo impeachment da Dilma. Houve outras reivindicações apenas
para mostrar que toda regra tem exceção.
Eu levei um cartaz de Fora
Dilma e Leve o Lula Junto, e só não acrescentei “lá para Caetés” porque iria gastar muita tinta, e com a inflação dilmiana ela está pela hora da morte. Sei
que era apenas um grão de areia naquela praia, mas, se juntarmos as areias das
praias deste país, conseguiremos sair desta dentro de nosso Estado de Direito
Democrático, que a duras penas conseguimos atingir.
Sei que nossa democracia ainda é aquela “tenra plantinha” tão mirradinha ainda,
coitadinha, mas, mal com ela e pior sem ela, como já vimos na época da
ditadura, o que me levou até a apoiar meu conterrâneo Lula, e pensar que ele
era um deus. Hoje, sei que era apenas um santo dos pés de barro, que vive a
enganar todo povo brasileiro, tendo como boneca de ventríloquo, a Mãe do PAC,
que empacou de vez, por excesso de roubo.
Eu li, outro dia que eles, o Lula e a Dilma, estão brigados,
ou estão de mal, como eu dizia quando ficava com raiva dele no tempo de
criança. Lula quer voltar para ser melhor do que a Dilma e a Dilma quer sair
mostrando que foi melhor do que Lula. Como diz o jornalista que tem um programa
policial: “Durma-se com uma bronca
dessas!”. E enquanto eles brigam, o Brasil afunda todo dia mais na recessão
e na inflação, que todos, da minha idade, sabem que não é de saudosa memória.
E, diante deste quadro afrodescendente, quando se espera que
a gerenta presidenta faça jus a este epíteto, ela faz mais uma das suas
lambanças: Renuncia. A renúncia não chegou a ser tão explícita como a de Jânio,
pois a estão chamando de “renúncia branca”,
ou seja uma renúncia racista e que poderia ser enquadrada na Lei Afonso Arinos.
Simplesmente, ela cansou, e não tem forças nem para fazer uma renúncia de
verdade. Entregou o imbróglio econômico ao Levy, o Risonho, e a coordenação
política ao Temer, de quem não há nada a temer, porque o PMDB já está tão
habituado a só entrar no poder pela porta dos fundos, que nem liga mais.
E hoje, temos a tróica Dilma, Levy e Temer, no executivo, a dupla Eduardo Cunha e Renan Calheiros no
legislativo e no judiciário, não temos ninguém porque o substituto do Joaquim
Barbosa não foi ainda nomeado, as votações são todas empates, e todos os réus
são soltos, como deve ser, na dúvida.
E, continuamos nós caminhando e cantando e seguindo a
canção, agora do Juca Chaves, que coloco como brinde para vocês, aí embaixo. Eu
confesso que estou mais perdido do que o Lula nas matas de Caetés, e não sei
para onde vai o Brasil. Tenho apenas uma certeza: “PT, saudações!”.
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