Por Zezinho de Caetés
Alguém ainda lembra a queda na
conta da energia elétrica em 2012, decretada pela ex-presidenta incompetenta
Dilma Roussef? Ah, nós lembramos. Fomos à feira e compramos uma torradeira
elétrica. Pois, sabem que estamos com vontade de vende-la agora?
Pois é, estamos pagando a conta
da energia que a Dilma não pagou. Como já se sabe a incompententa não quer mais
nem ser chamada pelo nome de batismo. Agora, ela é a Janete, faxineira dela
própria. É compreensível que assim seja, pois se ela estivesse vivendo em um
país onde tivesse um ditador de plantão ela já estaria presa, por crime contra
a economia popular.
Transcrevo abaixo o texto da
Míriam Leitão que entra nos detalhes da burrada feita por Janete em 2012,
mexendo nos preços da energia de forma artificial e sem nexo. O texto é do O
Globo e ela, a Míriam, o chama de “Choque
persistente”, para mostrar que ainda não estamos livres, e pagando pelos
erros da Janete.
Nós, como já dissemos várias
vezes, fizemos um curso de Economia tempos atrás, e nem nos lembramos muito de
tudo que aprendemos. Mas, lembramos sua principal lição: Não há almoço grátis,
nem mesmo de capim, para dar a quem cometeu aquela burrada. E a estamos pagando
até agora.
Mas, se só fosse isto, talvez
estivéssemos melhor de vida. No entanto, a ideia persistente, de Lula e do PT,
no passado, no presente e no futuro, para ficarem com o poder foram além de
darem energia barata. Eles querem dar o paraíso aos pobres, que continuariam
pobres, mas, ricos.
Esta é a eterna contradição das
esquerdas. Tudo bem que se tentasse nivelar por baixo como fizeram todos os
socialismos reais e que todos ficassem no mesmo patamar de riqueza ou pobreza.
No entanto, isto sempre ocorreu com o surgimento de uma casta de dirigentes de
vida nababesca, como Fidel, aquele ditador coreano que não sei escrever o nome,
e outros.
Mesmo na China que hoje é um dos
maiores países capitalistas do mundo, ainda mantém uma classe dirigente que
finge comandar o país e se diz socialista em respeito a Mao-Tse-Tung, e o
grosso da população que vive no capitalismo e gasta o fruto do seu trabalho como
turistas nos países capitalistas.
No entanto, o tema hoje é a nossa
conta de energia que vai encarecer mais ainda. Tem alguém aí querendo comprar
uma torradeira elétrica? Fiquem com a
Míriam.
“A conta da eletricidade criada
pela política da ex-presidente Dilma conseguiu a façanha de ser um passivo que
precisa ser pago várias vezes. A mesma conta persegue o consumidor ano após
ano. O erro daquela redução artificial das tarifas decretada em 2012 provocou o
tarifaço, despesas para o Tesouro, crise econômica e reaparece como passivo das
empresas de transmissão de energia.
O custo agora será de R$ 62
bilhões, mas em 2015 o país já pagou a mesma conta da desastrada intervenção
nos preços de energia feita pela ex-presidente através do enorme reajuste das
tarifas que ficou na média em 51%, mas chegou, em algumas cidades, aos níveis
de 70%.
A conta de energia elétrica dos
consumidores residenciais, hoje, é 33% mais cara do que antes de a presidente
Dilma intervir no setor em 2012. Isso, levando-se em consideração a queda de
10% no ano passado, fruto da recessão econômica, que fez despencar o consumo,
permitindo a revisão das bandeiras.
A MP 579 ficará para a história
como o exemplo perfeito do que não fazer. O primeiro erro foi misturar política
com decisões econômicas e baixar preços para usar como moeda eleitoral. Dilma
gravou o comunicado ao país sobre a queda dos preços tendo ao seu lado o
marqueteiro João Santana. Não era ano eleitoral, mas o plano era preparar uma
peça publicitária.
Outro erro foi tomar a decisão de
reduzir as tarifas sem olhar a situação do setor, e as previsões hidrológicas.
O país estava entrando num período de estiagem, os preços dispararam, as
empresas estavam expostas ao mercado livre, e literalmente quebraram. Para
reequilibrar financeiramente as distribuidoras, o governo liberou socorro do
Tesouro e depois determinou que elas se endividassem no mercado bancário tendo
como garantia o compromisso da agência reguladora de que o custo daquela dívida
seria repassado às contas. E foi o que aconteceu em 2015, quando o preço disparou.
A crise havia chegado em um ponto tal que, se as tarifas não fossem corrigidas,
as empresas de distribuição iriam à bancarrota.
Depois foi a vez de as geradoras
quererem também se ressarcir dos prejuízos da 579 e agora chegou a hora de
pagar as perdas das empresas de transmissão. Esses R$ 62 bilhões que serão, de
novo, tirados dos consumidores são, portanto, a terceira vez que esse fantasma
reaparece no orçamento do brasileiro. Desse total, R$ 35 bilhões são o custo de
ter adiado a solução. As indenizações às empresas deveriam ter começado em
2013, mas foram postergadas pela ex-presidente. A cobrança desse valor na conta
de luz será dividida em oito anos. Em 2017 serão R$ 10,8 bilhões, mas outras
parcelas desse valor serão cobradas nos anos seguintes. Isso quer dizer que um
erro cometido em 2012 permanecerá pesando sobre o país até 2025.
A conta foi paga também
indiretamente e de várias outras formas. A inflação subiu e espalhou custos
para toda a economia. A disparada dos preços acabou fazendo parte da tempestade
perfeita que jogou o PIB brasileiro no buraco do qual ainda não saiu. Os juros
tiveram que ser elevados, aumentando o custo da dívida pública. O setor deixou
de investir por longo tempo porque muitas empresas estavam com graves
desequilíbrios financeiros.
Segundo o diretor-técnico da
consultoria PSR, Bernardo Bezerra, há risco de aparecerem mais dois esqueletos.
As geradoras dizem que querem receber por ativos não depreciados, e as
distribuidoras apresentaram mais uma conta. Dizem que o consumo caiu, por causa
da crise e dos erros da MP 579, e isso as deixou sobrecontratadas, o que no
jargão elétrico quer dizer que fizeram contratos para entregar mais energia do
que foi consumida. O país corre outro risco que é essa MP virar agora a
desculpa para todo o tipo de desequilíbrio. Até aqui, a conta das empresas era
real. O perigo é virar desculpa.
Tentando fazer um contrafactual:
o que teria acontecido no país se em vez de João Santana ao seu lado, com a sua
suposta esperteza — a mesma que o levou à prisão — ela tivesse um bom
especialista em energia? Ele poderia ter dito que ela não fizesse o que fez. Se
assim fosse, provavelmente, muito da atual crise teria sido evitado.”
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