Por Zé Carlos
Ontem, fui ao cinema. Era minha atividade de lazer favorita.
Agora ainda é, mas, se não tiver que sair de casa. E como os bons filmes já vêm
prontos na Netflix e quejandos, substitutos naturais do Cine Rex lá em Bom
Conselho ou do Cine São Luiz aqui em Recife, alguns leitores poderão me perguntar:
“Por que então fostes ao cinema?" A resposta é muito simples e quase banal: Meus
netos levaram-me.
E, confesso, o inusitado não foi ir ao cinema, e sim o filme
que fui ver. Sustentem-se na poltrona: “LEGO
BATMAN”. Sim, meus caros e caras, como diria nossa musa, a Dilma, o
protagonista já foi muito meu conhecido tanto nas revistas em quadrinhos quanto
nos cinemas: Batman, o homem morcego.
Quem da minha idade consegue esquecer? No entanto, o que isto tem a ver com uma
coluna humorística que trata de política, ou uma coluna política que trata de
humor? O enredo do filme. Ao assisti-lo remeti-me ao Brasil de hoje, vendo
aquelas pecinha do LEGO (que meus netos adoram), transformarem o Batman na
Operação Lava Jato. Explico.
O enredo básico é que a cidade do Batman, onde ele atuava e
atua como super-herói, conseguiu prender todos os bandidos, e o filme gira
durante a crise depressiva do homem morcego porque não tem nada mais para
fazer. Juro que pensei logo do sisudo Sérgio Moro quando ele prender todos os
políticos corruptos, e sua crise depressiva a
la Batman. Agora entendo porque o Lula ainda não foi preso, já que poderia
muito bem ser o principal vilão o Coringa,
do filme. Acho que o Moro está tentando adiar as prisões para evitar tomar
antidepressivos, quando os bandidos se acabarem. No entanto, pelo jeito, a
corrupção é tanta aqui no Brasil, que isto só poderá ocorrer lá pelo ano 2100,
quando o juiz sisudo já for o tataraneto do Moro.
E, o pior é o desfecho do filme que deixaram meus netos
alegríssimos e eu meio cabreiro. Para sair da depressão o Batman se torna amigo
do Coringa e todos terminam numa boa,
como disseram meu neto, divertindo a todos. Já pensaram aqui o sisudo Moro e o
Lula dando-se as mãos e dizendo: “Você o
cara camarada!”. Não. Seria demais até para esta coluna, pois poderia levar
a óbito todos os nossos leitores.
Agora volto diretamente para a semana que passou e sem
efeitos cinematográficos. Como sempre quase tudo gira em torno de Brasília, mesmo
que a propina saia de Belo Monte, sim, aquela usina que gerou um belo monte de
propina para o PT e PMDB. Dizem que havia um percentual fixo para distribuição
da bufunfa entre os membros destes
partidos, que era de 1%. As pessoas pensam que 1% é uma mixaria, mas o
empreendimento que ainda poderia produzir propina se não fosse Batman, digo,
Sérgio Moro, terminará, lá por 2019 e custará quase 30 bilhões de reais.
Imaginem, quantos políticos ficariam ricos, se não fosse a Lava Jato, com
módicos 1%.
E agora, a maior piada deste nosso país, entre as tantas que
ele produz semanalmente é que o PT quer
resurgir como um partido que congregue
apenas os “puros”, ou seja, aqueles
que não foram citados nas várias relações de corrupção que todos os dias
aparecem. Até o nosso Humberto Costa, sim aquele ministro da saúde que se
encrencou tanto quando exercia o cargo que resolveram tirá-lo e colocá-lo como
líder do PT no Senado, finalmente admitiu a uma revista semanal, que o PT tirou
uma casquinha do roubo perpetrado através do processo eleitoral, e que serviu
para o enriquecimento de tantos. Quando perguntado se no governo petista houve
ou não corrupção ele declarou:
“Houve. Houve pessoas
que podem ter se beneficiado pessoalmente? Claro. No nosso caso [o do PT], as
coisas que até agora têm sido identificadas foram feitas dentro de uma linha de
fortalecer a política do partido. Foram feitas com o propósito de manter o
poder e de fortalecer o PT. Nesse processo, perdemos as referências.”
Ou seja, ele já avançou em relação a Lula, que nunca soube
de nada, e da Dilma que não tinha mesmo condições de saber de nada, pois sua
missão maior na presidência foi produzir humor para esta coluna. O PT roubou,
mas, roubou por uma causa nobre, tal qual um Robin Hood, às avessas, que tira
dos pobres para dar aos políticos ricos. Então riam e riam muito com uma piada
do início do século passado: Tudo pela revolução! Só o sisudo do Sérgio Moro os
fez perder as referências.
E pensam que terminou? Qual nada! O Tarso Genro que se
considera um “puro” de coração
petista já está esperando a aprovação do Partido Raiz da Luiza Erundina. Dizem
que, para manter o nacionalismo tão característico das esquerdas no país, o
nome seria Partido Raiz de Mandioca, mas, descobriram que já tinha havido um
escândalo com este nome, e ficou só como Raiz. Mesmo assim não pode ser o PR
porque esta sigla já tem dono entre os 820 partidos brasileiros (uns 35
existentes e os mais de 700 sendo criados). A proposta até a agora é chamá-lo
de PARIZ, que é a cidade para onde todos
da esquerda querem ir em caso de fuga. Afinal de contas ninguém sabe para onde
o jato d’água da Lava Jato correrá daqui para frente.
E uma grande notícia vinda esta semana foi a declaração de
nossa Musa, a Dilma, de que vai se candidatar outra vez, agora para deputada ou
senadora. Com sua verve humorística, que sustentou nossos leitores aqui por
meses a fio, só temos a agradecer a ela a colaboração, que atualmente não tem
sido muita porque ela só faz shows em espanhol e, infelizmente, de nossos 16
leitores, só um entende Dismanhol,
sua nova língua. Atualmente, ela está lendo o Raduan Nassar, um escritor
brasileiro que se tornou conhecido agora por ter dito que o governo Temer é
golpista, e o Roberto Freira tenha contestado o que ele disse. Dizem que depois
do affair entre os dois os livros dele aumentaram as vendas em 2 exemplares, um
para Dilma e outro para o Lula, que agora, resolveu fazer o Art. 99, para
entrar numa universidade das que ele criou, para evitar se encontrar com o Eike
em Bangu. Então preparam-se caros leitores que a Dilma está voltando. Como
senadora ou como deputada? Isto nem ela mesmo sabe, mas, o importante é que ela
estará de volta a esta coluna. Vejam o que ela respondeu ao entrevistador que
colheu esta notícia preciosa para o humor:
“Eu não serei
candidata a presidente da República, se é essa a sua pergunta. Agora, atividade
política nunca vou deixar de fazer (…) Eu não afasto a possibilidade de me
candidatar para esse tipo de cargo: senadora, deputada, esses cargos”.
Viram, além de tudo é modesta. Não quer mais se candidatar a
presidente da República. Esta é a nossa Dilma. Que venha como Senadora, de
preferência no lugar da Gleisi Hoffman, ou se não tiver preconceito de gênero,
substituindo nosso Humberto Costa, que lhe cederia a vaga com prazer. Afinal de
contas, ele já estará no PARIZ (Partido Raiz) por aquelas datas.
Fiquei pasmo foi que o ditado que sempre era repetido lá em
Bom Conselho de que “o que menos
esperamos é o que vemos”, é que foi o STF o grande piadista da semana.
Primeiro, decidiu, através de um dos seus ministros que o Moreira Franco
poderia ficar tranquilo no posto de ministro porque sua situação foi muito
diferente do que foi decidido antes por outro ministro de que o Lula não
poderia ser ministro. Lembram deste último caso, que foram motivos de boas
gargalhadas de nossos leitores, quando a Dilma, nossa musa, nomeou Lula
ministro para fugir do sisudo Sérgio Moro, através do Bessias? Pois, o Lula
agora quer seu ministério de volta pela contradição humorística de nossa
Suprema Corte. Ele pergunta, se o Moreira pode, por que não eu? Eu penso que é
por causa daquela brincadeira de gato e rato. O Moreira é o angorá e o Lula...
Deixa prá lá. Todavia, que é hilário isto é. E não se contentando com o grau de
hilariedade todos os ministros do STF decidiram que preso que se sentir mal
devido ao aperto nas prisões pode pedir indenização ao governo. Eu quando li
isto, já sabia que poderia perder alguns leitores por embolia hilariante. Alguns
alegaram que os doentes do SUS poderiam entrar na justiça, além das vítimas dos
assaltos, etc. Isto seria o caos. Já pensou se pudéssemos exigir que o governo
funcione neste país? Só em pensar isto na situação em que vivemos, já é motivo
de riso.
E a pergunta que não pode calar é: E o Temer, o que fez em
favor do riso nesta semana? Suas aparições públicas têm sido para tentar salvar
o seu ministério, que, dizem, deve igualar o número dos seus ministros
demitidos do governo de Dilma pegos nas delações. O STF livrou o “angorá” que é o epíteto dado pelas planilhas
corruptivas da Odebrecht ao Moreira Franco, mas, são tantos envolvidos que ele
decidiu botar as barbas de molho. Sua preocupação na escolha de um Ministro da
Justiça, mostra isto. São tantos os candidatos que ele parece ter decidido,
igual ao STF, fazer um sorteio dos nomes. Dizem que mandou a Marcela segurar a
sacolinha do bingo e o Michelzinho tirar a bolinha vencedora. Sabem quem saiu?
O Sérgio Moro. Ele mandou a Marcela fechar a sacolinha e quase dá umas palmadas
no Michelzinho. Seu candidato predileto deve ser o Jucá, sim, aquele que disse
que a “sangria” tinha que ser
estancada, e até hoje tenta explicar a origem do sangue. Ou seja, mesmo quando
não faz nada o Temer nos faz rir. E como bastasse toda esta contribuição,
reuniu a imprensa para um show intimista, no qual declarou que se alguém for só
citada nas delações, não acontece nada, se for indiciado, ficará de molho, e se
for denunciado será demitido. Justo, muito justo, justíssimo, se não soubéssemos
que nossa Suprema Corte é mais lenta do que tartaruga no cio. É mais uma piada
para honrar seu contrato com esta coluna. Está se tornando um pândego.
E termino por aqui, não por falta de notícias engraçadas e
sim para manter os leitores vivos. Até a próxima semana.
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