Por Zezinho de Caetés
Ontem me contaram: O Zé Dirceu está depondo na CPI da
Petrobrás. Não tive dúvidas e corri para minhas fontes de informações visuais e
auditivas para vê-lo detonar o seu chefe, o meu conterrâneo o Lula. Agora ele
não teria mais nada a temer porque este
agora é um boneco que vive a passear em São Paulo, como ele sempre quis, cercado
de gente por todos os lados, com todos gritando: “Lula, embusteiro, do povo brasileiro!”
Lá chegando, vi o ocaso do “guerreiro do povo brasileiro”. Nunca vi alguém tão murcho quanto o
Zé Dirceu naquela CPI. Engano-me, já vi o Lula mais murcho quando alguém maldosamente
esfaqueou o Lula Pixuleco, na Ponte Estaiada, em São Paulo. O homem, o Zé,
parecia um “zumbi do povo brasileiro”.
Chega tive pena!
E vi este “zumbi,”
que antes fora o grande e poderoso chefão do PT, lá abandonado pelos seus pares
a repetir feito um disco estragado:
- Fui aconselhado por
meus advogados a permanecer em silêncio!
Um, duas, e muitas vezes este foi o seu refrão, enquanto era
espinafrado pelos inquiridores, que, quase todos, diziam a verdade. Digo quase
todos porque vi a Maria do Rosário, talvez com pena dele, o defendeu, contando
aquelas lorotas do guerrilheiro idealista e mentor de uma revolução que
terminou, como outras, na Bastilha.
Conhecendo o Zé como eu conheço eu não me enganaria se ele
estivesse se preparando para outras investidas contra o povo brasileiro, se
fingindo de vítima inocente e sofredora. Lembrei de um diálogo que vi num livro
sobre ele, transcorrido em 2002 depois da vitória do Lula:
Duda Mendonça: “Tá só
acabando, Zé!”
Zé Dirceu: “Não, Duda,
tá só começando.”
Ontem os deputados diziam também que estava acabando, e
pelas suas reações, quase com lágrimas nos olhos, ele jamais repetiria a frase
que disse ao Duda. Realmente, parecia que estava acabando. Ele realmente talvez
já pense que não poderá gastar a fortuna que amealhou pregando a revolução e
cofiando a barba do Fidel.
No entanto, diante daquele silêncio ensurdecedor do Zé,
penso que ele está esperando ainda em repetir a frase em 2018, se o Lula ganhar
as eleições, como prometeu esta semana. Será que nosso país é tão burro para
que isto aconteça?
Com o orçamento enviado ao Congresso pela gerenta presidenta
incompetenta no início da semana, se deixarem ainda esta mulher no comando do
país, tudo será possível. Até o Zé começar de novo. Vade retro!
Logo que terminei de escrever o texto acima, soube da
notícia que explica o silêncio do Zé Dirceu. Ele foi indiciado por 4 crimes por
uma das fases da Operação Lava Jato: formação de quadrilha, falsidade
ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Toma emprestado o texto do Josias de Souza para mais
detalhes. Fiquem com ele que vou ficar na janela esperando o Lula passar,
acompanhando o João Vaccari, no Bloco do Pixuleco.
“A Polícia Federal indiciou nesta terça-feira mais 14 pessoas
encrencadas no escândalo da Petrobras. Entre elas estão dois personagens que o
PT costumava recepcionar em seus encontros como ‘herois do povo brasileiro’: o
ex-todo-poderoso José Dirceu e o ex-tesoureiro João Vaccari Neto.
Sintomaticamente, o PT reagiu aos indiciamentos com o silêncio.
Em privado, integrantes da cúpula petista afirmam que o partido já não
pode defender Dirceu. Por quê? O ex-chefão da Casa Civil teria agenciado na
Petrobras interesses pessoais, não partidários. Nessa versão, ao apropriar-se
dos meios para si, o guerreiro tornou os fins injustificáveis.
E quanto a Vaccari, por que o abandono? Bem, para esse caso o petismo
ainda não formulou uma explicação. Parte da legenda acha que Vaccari deveria
ser afagado com uma manifestação partidária. Sob pena de o ex-tesoureiro
concluir que certos silêncios merecem resposta imediata.”
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