O "cara" do Brasil. |
Por Zezinho de Caetés
As coisas da política estão se passando tão rápido que não
adiante escrever muito sobre o tema. Quando escrevemos muito e chegamos ao
final do texto, tudo já está diferente. Alguém já disse, se não me engano o
Magalhães Pinto, que política é como nuvem, quando olhamos duas vezes ela já
está diferente na segunda vez.
Já hoje escrevi aqui na AGD sobre as dificuldades por quais
passam os governantes diante da crise, levando em conta a atuação do Temer, nosso
vice-presidente, não mais em exercício. Isto já é, literalmente, notícia de
ontem. Hoje o que conta é como neste imbróglio todo, o que vai acontecer com o
Brasil depois de uma agência de classificação de risco o rebaixou ao nível de “caloteiro”. Prefiro este termo ao termo
em inglês “junk”, para ser mais
respeitoso.
Para terem uma ideia do que isto significa, vejam o que
dizia o meu conterrâneo Lula, em 2008, quando, pela mesma agência, que hoje nos
chama de “caloteiro”, dizia que a partir daquele momento passávamos a ser um
país sério, lá pelos idos de 2008. Segundo O Globo:
“O presidente Luiz
Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, durante a inauguração do
conjunto habitacional Manuel Evangelista, em Teresina, no Piauí, que o Brasil
conseguiu o investment grade por não ter gastado mais do que ganha. Segundo
ele, o país hoje possui uma reserva de US$ 200 bilhões. Lula disse ainda que
por onde ele passa não encontra mais nenhuma faixa de "Fora FMI".
Lula contou que
quando viu na televisão que o Brasil havia conquistado o grau de confiança,
telefonou para o ministro das Relações Internacionais, Celso Amorim, para saber
o que era o investment grade. Ele foi
informado que era um grau de investimento e o comparou a um homem que não gasta
dinheiro com jogo e bebida.
- Fiquei mais confuso ainda (inicialmente). Mas o que aconteceu no
Brasil é como um homem que ganha R$ 2.000, paga seu aluguel, não bebe e nem
joga, portanto não perde dinheiro. Já quem não tem confiança, não conversa com
a mulher sobre o que vai gastar e perde no jogo e com bebida - afirmou Lula.
- O Brasil estava
quebrado e agora tem US$ 200 bilhões de reservas. Eu não aprendi isso na
universidade, apesar de lamentar não ter aprendido lá. Mas aprendi isso com
dona Marisa, de gastar só o que podia pagar e não fazer dívida - completou.”
Seguindo o Lula, a partir de ontem, oficialmente, o Brasil
passou a ser comparado a um cara que só vive bêbado, é um jogador contumaz, não
paga aluguel e só vive perdendo dinheiro. Deveríamos convidar o Lula a andar
por este este novo Brasil, que não aprendeu com “dona Marisa” e sim com a dona Dilma. Com isto ele poderia
contribuir muito com o Brasil, dando apoio ao impeachment de sua criatura gastadeira.
Pois é, sempre que a nuvem mudar eu volto para explicar.
Pelo menos não fico tão defasado.
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