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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

'Comprados em dólar' ou 'vendidos em dólar'? Façam seus jogos senhores....




Por Zezinho de Caetés

Como todos sabem, eu estudei Economia um tempo, apesar de não ser minha formação principal. E sei que, nesta matéria, a gerenta presidenta incompetenta, só teve aulas com o Lula e com o Mantega. Aliás, o que o Mantega sabia sobre nossa economia, sem dúvida nenhum, nos levou ao ponto em que estamos, que eu não digo que é o fundo do poço, porque, ninguém ainda o viu, e, certamente, se o PT, continuar no governo, não encontraremos nunca este fundo.

A tal da Nova Matriz Econômica é uma excrescência acadêmica para arranjar votos. Nunca foi tão simples subir ao poder e nele manter-se, desde quando meu conterrâneo, o Lula, dividiu o país entre pobres e ricos e fez sua contagem onde descobriu que aqueles eram em maior número do que estes. Ora, todos sabem que ele não é burro e deduziu, ora, se cada pessoa tem direito a um voto, e se eu tiver o apoio dos pobres, eu vou bater o recorde do Hugo Cháves, na Venezuela, em número de mandatos.

E por um tempo deu tudo muito certo, até que, um erro de cálculo o levou a criar a Dilma, à sua imagem e semelhança, com o intuito claro de voltar em 2014 à presidência. Só esqueceu de conversar com a “russa”, e ela passou-lhe uma rasteira daquelas, pois também sabia que se tivesse o apoio dos pobres, venceria qualquer um, inclusive o Lula. Não deu outra.

A presidenta fez o diabo e venceu as eleições. No entanto, a Economia, aquela que diz não haver almoço grátis, vinha em direção contrária. E, como sempre acontece, os pobres eram mal informados e caíram na onda. E chegamos a este estado de coisa, neste país, que era abençoado por Deus e bonito por natureza, e hoje, os brasileiros já pensam que Deus se refugiou em Miami, porque a coisa aqui está feia.

Vendo que a vaca estava indo para o brejo, a Dilma chamou Levy, o enrolado, para tentar sanar o problema criado pelo Mantega, e seus conselheiros. Já são 9 meses com Levy, e pelo jeito a criança já nasceu morta. Ou seja, o PT, não quer soltar o osso da Economia, porque se soltar, como explicará aos pobres que tudo não passava de um engodo, e que neste mundo, quem não trabalha não come?

Então encontrei um texto, publicado no Blog do autor (o economista Mansueto Almeida – “Sem rumo ou ‘comprado em dólar’” – 10/10/2015)), que numa linguagem simples, embora mais acadêmica do que a minha, explica o nó em que o Partido da Trambicagem (PT) nos meteu. Leiam-no e vejam porque, com toda certeza, o Lula et caterva estão “comprados em dólar”, que é um eufemismo para trambicagem, desde que se tenha influência no valor das moedas.

Fiquem com o Mansueto, que eu irei meditar se compro dólar ou não. Se você acha que a Dilma vai cair, é melhor ficar “vendido em dólar”. São tantas as emoções....

“O governo federal, com a ajuda do ex-presidente Lula, tem consigo a incrível façanha da apressar a perda do segundo grau de investimento do Brasil, postergar a retomada do investimento, aumentar a volatilidade cambial e as expectativas de inflação.

O pedido do ex-presidente Lula para a saída de Joaquim Levy noticiada fortemente pelos jornais de sexta-feira, 16, e que levou a uma reunião entre o ministro e a presidente da República, reunião esta em que supostamente o ministro carregava em seu bolso uma carta de demissão (não confirmado), deixou o mercado nervoso e aumentou ainda mais as incerteza da economia.

Por que tanto nervosismo com a troca de um ministro da Fazenda? Por pelo menos quatro motivos. Primeiro, a agenda do ajuste fiscal, independentemente de quem sente na cadeira que é hoje ocupada por Joaquim Levy, é a mesma. Assim, alguém achar que a troca de um ministro faria muita diferença está equivocado. Mas a depender de quem seja o novo ministro e do seu desejo de agradar politicos do PT  o quadro econômico pode piorar ainda mais.

Segundo, uma dos grandes ou o maior entrave ao processo de ajuste fiscal e que alimenta as incertezas é a atuação dos parlamentares e simpatizantes do PT. A cada dia a população é bombardeada com criticas do PT ao ministro da Fazenda e a sugestão de um suposto plano de ajuste alternativo que, ao contrário de resolver a crise, agravaria a crise fiscal. Apenas alguém muito inocente (mesmo com Ph.D. e com título de professor titular) poderia achar que aumento do gasto publico em um país com déficit nominal de 9% do PIB resolveria uma crise fiscal.

Terceiro, um outro entrave ao ajuste econômico é o governo do PT. Entre os parlamentares de oposição há a convicção que não há como negociar com um governo do PT porque, um mínimo consenso politico pró-reformas hoje, seria utilizado em um momento seguinte pelo PT para acusar políticos dos partidos de oposição de promoverem uma agenda liberal contra os trabalhadores e as classes de renda mais baixa do país.

Ou seja, muitos parlamentares de oposição acreditam que o governo que hoje pede ajuda do Congresso Nacional para aprovar o aumento da CPMF será o mesmo que amanhã usará a aprovação de qualquer reforma para jogar a culpa dessas mesmas reformas no colo da oposição. Tem dúvidas? Quem foi o senador que primeiro criticou veementemente o ultimo plano de ajuste fiscal? Um senador do PT: Lindbergh Farias.

Quarto, muitos alegam que, mais do que trocar o ministro da Fazenda, o processo de ajuste seria mais fácil com a troca de governo. Mas como estamos há três anos de uma nova eleição, os analistas veem duas possibilidades com o governo atual. O governo se mantém até 2018 em um cenário de estagnação, com um ajuste fiscal incompleto e com pouquíssimos avanços estruturais. A outra possibilidade é a presidente não terminar o seu mandato e, por isso, analistas de mercado hoje visitam mais deputados e senadores do que os ministérios da Fazenda, do Planejamento e o Banco Central.

E a possibilidade de o governo conseguir se fortalecer politicamente e aprovar uma agenda de reformas estruturais? Hoje, quase ninguém acredita nessa possibilidade, e o PT junto com o ex-presidente Lula, ao atacarem sistematicamente a equipe econômica do governo Dilma, aumentam as incertezas e fazem com que todos fiquem trabalhando com os dois cenários possíveis apontados acima.


O PT e o ex-presidente Lula ou não sabem o mal que fazem quando criticam a política econômica e pedem a cabeça do ministro da Fazenda ou estão “comprados em dólar” (linguagem do mercado para quando alguém compra dólar no mercado futuro por um preço pré-estabelecido e, se o valor da moeda dispara, a pessoa tem um grande lucro, pois  vai comprar a moeda por um preço menor no dia de fechamento da operação e vender a um preço mais alto).”

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