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terça-feira, 6 de outubro de 2015

"Tudo vale a pena, quando a propina não é pequena!"




Por Zezinho de Caetés

Começo a segunda-feira lendo a coluna do Zé Carlos, que, se a Lucinha Peixoto estivesse na ativa, diria que desceu definitivamente do muro. Eu já não chegaria a tanto, porque, atualmente, quem não é contra o PT no governo, está no governo e é do PT, olhem lá, porque hoje eles só são aprovados por menos de 10%. No entanto, reconheço que ele, o Zé Carlos, melhorou muito em sua trajetória para a direita.

E foi no seu escrito que vi um P.S. (Post Scriptum) por onde começo estas minhas simples palavras sobre o momento político do país. Ele trata de uma entrevista coletiva dada por três figurões do governo da presidenta gerenta incompetenta, a Dilma, sobre o imbróglio em que ela se meteu, ao tentar “abarcar o mundo com as pernas”, querendo pagar Bolsa Família com dinheiro da Caixa e do Banco do Brasil, como se ele pertencesse ao tesouro. Todos dizem e é verdade, isto é ilegal, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que, não sei quando será morta.

A imprensa relatou a entrevista como uma reunião dos 3 Patetas, mas, eu preferia dizer que foi do Os Trapalhões, porque não podemos esquecer o dedo do Lula, no evento. Já sabemos como ele age politicamente. Ele não joga para perder, a não ser, a moral e os bons costumes que ele nunca teve. E, talvez dê certo sua jogada em tentar adiar o julgamento das contas da Dilma, pelo TCU, segundo eles, porque o ministro relator, teria lido seu voto antes do julgamento.

Ora, senhores e senhoras, o que tem a ver as nádegas com as calças? Se a Dilma pedalou, por acaso, vão acabar com o fato, apenas porque o ministro contou antes do julgamento? É claro que não. Até hoje ela continua pedalando, e se a tese dos Trapalhões surtir efeito, continuará pedalando, mesmo que o Lula já tenha assumido a presidência. Sabemos que a única coisa que a Dilma controla neste governo, é sua bicicleta, e assim mesmo porque prometeu ao meu conterrâneo que só pedalaria por onde ele quisesse.

Tudo isto não passa, nada mais nada menos, do que o emprego da velha moral petista, de que o poder justifica qualquer coisa. Ou seja, parafraseando o grande poeta português, o Fernando Pessoa: “tudo vale a pena quando a propina não é pequena”. O que eles não querem é soltar o osso para outro grupo que defenda a Democracia e o contraditório de ideias, somente, por um motivo. Se saírem do poder, todos irão para a cadeia. Vide o Zé Dirceu.

O que o Lula sentiu foi que, se a Dilma se esborrachar, ele vai junto, sendo o cabeça de uma longa fila. O que não podemos fazer é deixar que nossa situação fique como a da Venezuela, onde se espera que o Maduro seja preso há muito tempo, mas, ele continua “controlando a massa e balançando a pança”, como o nossa Chacrinha. Ainda estamos longe de sermos bolivarianos, apesar do desejo do PT. Pelo menos nisso o PMDB pode ajudar, honrando a memória de Ulisses Guimarães, e  se mostrar o caminho da roça ao Eduardo Cunha. Esta possibilidade já foi o grande legado da crise econômica, misturada com a Operação Lava Jato.

Quando chegamos a louvar uma crise econômica, é porque a coisa está realmente ruim. Não chegamos ao caso do quanto pior melhor, mas, sabendo agora do que o PT é capaz, só podemos dizer: “dos males, o menor!”. E que Deus nos proteja.

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