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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Lula, as manifestações e o "pixulula"


Manifestação em Garanhuns (Blog do Ronaldo César)


Por Zezinho de Caetés

Domingo passado fui às ruas. Foi realmente uma festa cívica, democrática e principalmente, com a cara do Brasil, alegre e jocosa no que concerne às mensagens feitas à mão ou impressas vendidas pelos camelôs a 10 reais (na pechincha). Eu comprei uma que carreguei durante o percurso.

Como não poderia deixar de ser, comprei aquela que homenageava o meu conterrâneo, o Lula, onde havia sua imagem e as palavras de ordem de quase todas as manifestações que espocaram em todos os recantos do Brasil. Não lembro as letras exatas mas tinham mais o ou menos o seguinte teor: “Cadeia para Lula!”. Eu procurei uma réplica do boneco que saiu lá em Brasília que mostrava o Lula como presidiário e com o número: 13-171, e que já cognominara de “pixulula”. Ainda não havia chegado ao Recife, mas, na próxima já deve estar aqui.

Por incrível que pareça, apesar de concordar com os dizeres do cartaz, eu fiquei um pouco triste por ser do mesmo Agreste Meridional que o Lula, e de uma forma ou de outra já tenhamos convivido pessoal e politicamente. Como caiu aquele rapaz! E não foi por falta de aviso e nem por falta motivos o que está acontecendo. Eu sempre me surpreendi como é que ele conseguiu ser mais do que animador de torcida de sindicato. Mesmo, assim votei nele algumas vezes, antes de rompermos na política.

Suas atitudes, atualmente, são de uma pessoa à beira de um ataque de nervos que só os petistas esganiçados não entendem que o que ele queria mesmo era voltar para Caetés e ser esquecido por lá, na Cadeira 13 da nossa futura Academia de Letras. Só que agora é tarde e tem que fazer todo tipo de malabarismo para que a profecia de sua prisão não se cumpra. Eu, hoje, prefiro até que ele vá logo preso porque não tiraria de mim sua imagem de pessoa inteligente e hábil. Porque, pensar que ele não é culpado de nada, é no mínimo passar para ele um atestado de imbecilidade. Quem merece um desses é a Dilma, sua incompetente criatura, mas, esta é outra história.

Estamos falando do Lula, por enquanto, nas manifestações, nas quais finalmente, ele entrou, como já deveria estar desde as primeiras, pelo conjunto da obra. E, nesta pelo menos, foi quem deu mais fôlego aos participantes que quase me deixam mouco com as cornetas e apitos quando se falava o nome dele. Quem era petista ali, e eu sei havia um monte deles, ou, pelo menos simpatizantes, como eu, só lembrava daquelas épocas das diretas já, no qual o público vinha abaixo em aplausos quando seu nome era mencionado. E quem não lembra do “Olê, olê, olê, olá, Lulá, Lulá!? Tudo ficou no passado.

Dizem que no Brasil todo, quase 1 milhão de pessoas foram ás ruas malhar o Lula, quando antes malhávamos o Judas, lá pelo nosso interior. Seria ingratidão? Eu não acho, apesar das suas possíveis boas intenções. Afinal de contas o inferno está cheio delas, e o Lula sabia disto muito bem.

Hoje, a grande dúvida na mídia e no povo é se o Lula vai voltar a reinar. Eu acho, se isto acontecer, realmente, a História voltará como farsa, dando razão aos marxistas de plantão, já que a tragédia já houve.

Hoje li sobre uma polêmica lá no Agreste Meridional, mais especificamente em Garanhuns, sobre uma frase que um grupo levava em uma faixa na manifestação de lá e que dizia:

“O povo de Garanhuns e região pede desculpas ao Brasil pelo filho corrupto. Justiça: Lula na cadeia”.

Vi uma ponderação de um blogueiro, que evita dizer, se para ele a frase é verdadeira ou não, de que a frase é errada, pois o povo é o conjunto de todos e não só um grupo. Ele não sugeriu, mas, o seu raciocínio leva à conclusão de que a frase deveria vir com um abaixo assinado de todo o povo de Garanhuns e região.

E alargando mais seu raciocínio, chegaríamos à conclusão que ninguém poderia falar em nome do povo, a não ser com assinaturas e talvez com reconhecimento de firma. Tenha dó! Eu, como participante do povo daquela região também peço desculpas ao Brasil, e prometo que farei tudo, para que o Lula volte para Caetés, lutando para que ele possa, em dia de reunião da Academia de Letras, possa fazer como Zé Dirceu, saindo da cadeia para ocupar a Cadeira 13.


Desculpem a jocosidade, mas, este é o começo da farsa de que o Hegel falava, de quando a história se repete. Já estou esperando a próxima manifestação do povo.

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