Manifestação em Garanhuns (Blog do Ronaldo César) |
Por Zezinho de Caetés
Domingo passado fui às ruas. Foi realmente uma festa cívica,
democrática e principalmente, com a cara do Brasil, alegre e jocosa no que
concerne às mensagens feitas à mão ou impressas vendidas pelos camelôs a 10
reais (na pechincha). Eu comprei uma que carreguei durante o percurso.
Como não poderia deixar de ser, comprei aquela que
homenageava o meu conterrâneo, o Lula, onde havia sua imagem e as palavras de
ordem de quase todas as manifestações que espocaram em todos os recantos do
Brasil. Não lembro as letras exatas mas tinham mais o ou menos o seguinte teor:
“Cadeia para Lula!”. Eu procurei uma
réplica do boneco que saiu lá em Brasília que mostrava o Lula como presidiário
e com o número: 13-171, e que já cognominara de “pixulula”. Ainda não havia
chegado ao Recife, mas, na próxima já deve estar aqui.
Por incrível que pareça, apesar de concordar com os dizeres
do cartaz, eu fiquei um pouco triste por ser do mesmo Agreste Meridional que o
Lula, e de uma forma ou de outra já tenhamos convivido pessoal e politicamente.
Como caiu aquele rapaz! E não foi por falta de aviso e nem por falta motivos o
que está acontecendo. Eu sempre me surpreendi como é que ele conseguiu ser mais
do que animador de torcida de sindicato. Mesmo, assim votei nele algumas vezes,
antes de rompermos na política.
Suas atitudes, atualmente, são de uma pessoa à beira de um
ataque de nervos que só os petistas esganiçados não entendem que o que ele
queria mesmo era voltar para Caetés e ser esquecido por lá, na Cadeira 13 da
nossa futura Academia de Letras. Só que agora é tarde e tem que fazer todo tipo
de malabarismo para que a profecia de sua prisão não se cumpra. Eu, hoje,
prefiro até que ele vá logo preso porque não tiraria de mim sua imagem de
pessoa inteligente e hábil. Porque, pensar que ele não é culpado de nada, é no
mínimo passar para ele um atestado de imbecilidade. Quem merece um desses é a
Dilma, sua incompetente criatura, mas, esta é outra história.
Estamos falando do Lula, por enquanto, nas manifestações,
nas quais finalmente, ele entrou, como já deveria estar desde as primeiras,
pelo conjunto da obra. E, nesta pelo menos, foi quem deu mais fôlego aos
participantes que quase me deixam mouco com as cornetas e apitos quando se
falava o nome dele. Quem era petista ali, e eu sei havia um monte deles, ou,
pelo menos simpatizantes, como eu, só lembrava daquelas épocas das diretas já,
no qual o público vinha abaixo em aplausos quando seu nome era mencionado. E
quem não lembra do “Olê, olê, olê, olá,
Lulá, Lulá!? Tudo ficou no passado.
Dizem que no Brasil todo, quase 1 milhão de pessoas foram ás
ruas malhar o Lula, quando antes malhávamos o Judas, lá pelo nosso interior.
Seria ingratidão? Eu não acho, apesar das suas possíveis boas intenções. Afinal
de contas o inferno está cheio delas, e o Lula sabia disto muito bem.
Hoje, a grande dúvida na mídia e no povo é se o Lula vai
voltar a reinar. Eu acho, se isto acontecer, realmente, a História voltará como
farsa, dando razão aos marxistas de plantão, já que a tragédia já houve.
Hoje li sobre uma polêmica lá no Agreste Meridional, mais
especificamente em Garanhuns, sobre uma frase que um grupo levava em uma faixa
na manifestação de lá e que dizia:
“O povo de Garanhuns e
região pede desculpas ao Brasil pelo filho corrupto. Justiça: Lula na cadeia”.
Vi uma ponderação de um blogueiro, que evita dizer, se para
ele a frase é verdadeira ou não, de que a frase é errada, pois o povo é o
conjunto de todos e não só um grupo. Ele não sugeriu, mas, o seu raciocínio
leva à conclusão de que a frase deveria vir com um abaixo assinado de todo o
povo de Garanhuns e região.
E alargando mais seu raciocínio, chegaríamos à conclusão que
ninguém poderia falar em nome do povo, a não ser com assinaturas e talvez com
reconhecimento de firma. Tenha dó! Eu, como participante do povo daquela região
também peço desculpas ao Brasil, e prometo que farei tudo, para que o Lula
volte para Caetés, lutando para que ele possa, em dia de reunião da Academia de
Letras, possa fazer como Zé Dirceu, saindo da cadeia para ocupar a Cadeira 13.
Desculpem a jocosidade, mas, este é o começo da farsa de que
o Hegel falava, de quando a história se repete. Já estou esperando a próxima
manifestação do povo.
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