Por Zezinho de Caetés
Hoje, serei breve, curto e grosso, como o foi a Maria Helena
Rubinato em seu texto de hoje no Blog do Noblat e que reproduzo, um pouco
triste, abaixo, porque o seu título está apropriadíssimo: “O desrespeito ao Brasil”.
Vivemos o tempo de PT, no qual os princípios morais e os
bons costumes quase saíram de cena, para dar lugar ao único objetivo de se
perpetuar no poder, em nome de uma causa, que, ilusoriamente, visa defender os
pobres. E não ilusoriamente, eles ficarem mais ricos, como mostra um dos seus
expoentes o Zé Dirceu, hoje, justamente encarcerado pela terceira vez, e esta
última, por ter tentado extorquir algumas empresas em nome desta mesma causa, e
para benefícios particulares.
São tempos onde uma pseudo gerenta conta todas as mentiras
do mundo para se eleger, dizendo que para isto faria o diabo, e depois, com a
cara mais lisa, mostra que mentiu mesmo, e daí? O que importa é a manutenção do
poder, a qualquer custo em nome de uma pobreza, que teria como objetivo
principal viajar de avião.
E, no meio disso tudo, vem um grupo de sindicalistas, que
fazem parte da suposta pobreza, acenar com a violência, se entrincheirar e
pegar em armas se a gerenta presidenta for impichada, quando este é o desejo de
quase 70% da população brasileira. Na certa, seguindo o conselho de meu
conterrâneo, o Lula, que já falou no exército de Brancaleone, digo, de Stédile.
Mas, a Maria Helena é que sabe escrever com mais propriedade
o que realmente significa isto, que nada mais é do que um desrespeito ao povo
brasileiro. Fiquem com ela:
“Dona Dilma não precisa nem falar, basta olhar seu semblante e as
olheiras dignas de um filhote de panda, para concluirmos que anda insone com a
perspectiva de um impeachment. Que está
pouco visível no horizonte, mas que ela sabe que pode estar ali numa curva do
Destino.
A presidente, além de se gabar de sua coragem e força para aguentar
venha o tranco que vier, agora deu para frisar o que nós sabemos muito bem: ela
está instalada no Planalto graças aos votos que recebeu e a vitória pelo voto
não se discute, cumpre-se.
Curioso que quem mais fala em golpe é o Governo. Lembra aquela mulher
que de tanto azucrinar o marido com seus ciúmes acabou despertando nele a
certeza de que trair seria uma barbada. E foi!
Apavorada com a perspectiva de um impeachment, frase sim, frase não, ela
repete que o voto tem que ser respeitado. E que não vai tolerar nem a mais
remota tentativa de golpe!
Sugiro que pare de falar em golpe antes que algum aventureiro lance mão
da coroa. Lembre-se, dona Dilma, o Brasil não tem um Plano B...
Creio que também seria de bom alvitre parar de falar no respeito ao
voto. Não é por aí. A senhora foi eleita por uma apertadíssima margem de votos.
Afinal, o que é o voto, objeto desse sacrossanto respeito? É a vontade do
eleitor. É essa a vontade que tem que ser respeitada. Mas respeitada por quem
recebeu o voto ou exigida por quem o depositou na urna?
Aí é que está o busílis, dona Dilma. Um voto obtido de forma enganosa
não merece respeito e os votos que a senhora recebeu, todos eles, vieram em
resposta àquela campanha que mostrava um Brasil paradisíaco, fato que a senhora
conhece muito bem.
Mal as urnas foram fechadas, a campanha se esvaiu em fumaça, não é
mesmo? E a senhora ainda pede respeito ao voto recebido? Pois eu lhe peço
respeito ao eleitor que acreditou nas suas palavras e foi votar. É esse o voto
que merece respeito e que não vem sendo respeitado desde janeiro de 2015.
Esse desrespeito agora começa a ser cobrado. Aqui e ali, ouve-se um
“Fora Dilma!”. Isso não é pregação de golpe, mas revolta pela vida difícil do
povo diante da vida luxuosa na Capital Federal.
Será que alguém sabe com exatidão quanto custa a máquina que move os
Três Poderes?
Ou, por exemplo, quanto custa o encontro dos Movimentos Sociais como os
realizados na capital nos últimos dias?
O mais chamativo foi o das Margaridas gritando ‘Não vai ter golpe’,
"No meu país, eu boto fé, porque ele é governado por mulher", ‘Fora
já. Fora daqui, o Eduardo Cunha junto com Levy". Além de uma faixa
gigantesca onde se via o rosto da presidente com a frase ‘Fica Dilma’.
O mais desrespeitoso foi sob a bandeira Diálogos, num salão no Palácio
do Planalto. Diante de uma parede onde se lia Brasil – Pátria Educadora, o
presidente da CUT bradou: “Vamos para as ruas entrincheirados com arma na mão
se tentarem derrubar a presidente Dilma Rousseff. A qualquer tentativa de
golpe, nós teremos o exército que enfrentará a burguesia nas ruas”.
Mas de que tentativa de golpe fala esse senhor? De onde ele tirou essa
ameaça?
Isso é mais do que desrespeitar o voto, isso é um acinte, uma violência
contra o Brasil. Dentro da sede do Governo Federal, na presença da presidente
da República que acabara de dizer “Temos que zelar pelo respeito que as pessoas
que pensam diferente da gente têm que receber de nós”, vem um sindicalista
desvairado e ameaça com armas aquelas pessoas que pensam diferente dele?
Dona Dilma, respeitar o voto é respeitar o Brasil, sim. Mas mais do que
isso, respeitar o Brasil como o país merece teria sido a senhora chamar à ordem
esse senhor e lhe fazer ver onde ele estava. Respeito é muito bom e o Brasil
merece todo o nosso respeito.
Ameaçar sair com armas na mão diante de diferenças de opinião é o que?
Além de uma tremenda falta de amor ao Brasil?”
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