Por Zé Carlos
Esta semana, o ponto alto foram as manifestações a favor do
impeachment da nossa principal colaboradora desta coluna, a Dilma. Pelo menos
em Recife, onde também fui às ruas, vi a determinação do povo em atender o
pedido desta coluna para colocar a Dilma para fora, com o propósito de, assim
que ela saia transformá-la em colaboradora permanente, até com a carteira
assinada, como já o é o Lula. E todos sabem que o intuito é louvável pelo que
ela, mesmo em tempo parcial, tem feito em termos de humor pelo nosso Brasil.
Mas, veremos que nem só de manifestação nossos leitores vão rir esta semana.
Ainda não temos uma estimativa do público que compareceu para pedir o Fora
Dilma e Cadeia para o Chefe (que até agora ninguém sabe quem é), porém, quem
sabe, até o fechamento da coluna nós o trazemos lá embaixo. Agora voltemos no
tempo.
A nossa musa, a Dilma, agora vive de reuniões sociais,
churrascos, inaugurações do Minha Casa Minha vida. Diante de tal capacidade
para fazer humor, não poderia ser diferente. Logo nos estertores da semana passada,
ela reuniu, na noite do domingo, no Palácio da Alvorada, nada mais nada menos,
do que 13 ministros, além do Temer, presidente em exercício, e dois líderes do
governo no Congresso. É bom logo dizer que o número de ministros foi apenas
para manter a esperança dela no número 13, ainda que ele não tenha sido bom
para ela, nos últimos tempos. O objetivo do encontro, pelo menos no oficial,
foi que ela iria anunciar medidas concretas para reverter as pesquisas de
opinião pública, que a colocam lá na rabeira dos presidentes eleitos no Brasil.
Na realidade, tratava-se de mais um “stand-up”,
onde as piadas rolaram soltas, e depois foram transmitidas ao público externo
pelo Ministro Edinho, sim, aquele que está sendo lavado a jato pelo Sérgio
Moro.
Querem saber um resumo deste show de humor? Então segurem-se
com a explicação do Ministro: “A presidente foi eleita para cumprir quatro
anos de mandato, e o Brasil é exemplo de democracia para o mundo. Não podemos
brincar com a democracia, não podemos brincar com as instituições. A presidente
vai cumprir seu mandato e está otimista com a capacidade de a economia
responder a esse momento de dificuldade num curto espaço de tempo”. Os
presentes devem ter morrido de rir, por dentro, com esta piada. Ou seja, esta
frase é igual a frase da Dilma de que não tem meta, mas vai dobrá-la. Ou seja,
a Dilma cada dia quer atingir a meta desta coluna que é trazê-la para fazer
graça só aqui, para os nossos 9 leitores (agora são 10 segundo me informou um
amigo) e deixar o resto da população, sorrindo por dentro.
Mas, para não dizer que não ouve nenhum anúncio de medidas
importantes, segundo outro porta-voz da presidência, o nosso colaborador (free lancer), José Guimarães, líder do
governo na Câmara, complementou o conjunto das piadas: “A presidente vai liderar um amplo diálogo com as bancadas, com os
partidos, com os empresários, com os movimentos sociais. Vai percorrer o país e
não há chance de renunciar”. Ou seja, uma das piadas no show da Dilma, foi
que ela não tem chance de renunciar. Otimismo de mais é sempre uma fonte de
piadas, e com esta, dizem, até o Mercadante, deu um ar de riso.
E o churrasco “stand
up” foi tão proveitoso, humoristicamente, que a presidente repetiu o show,
agora num jantar, no horário de sempre, mas, agora com outros convidados. Lá
estavam, na última segunda-feira, início real desta semana, 21 ministros e 43
senadores. Sabem quem estava lá? O Fernando Collor, sim, aquele mesmo que
chamou o Procurador Geral da República de “filho
da puta”, na semana passada. Riram? Agora lá vai: Quem foi o senhor da
festa foi o Renan Calheiros, sim, aquele mesmo que tem tudo também para aplicar
o mesmo adjetivo ao Procurador, e, tenho certeza, o faz, embora não em público.
E, pasmem, foi ele, que tomou uma parte do tempo dedicado as piadas de nossa
musa, a Dilma, para contar 28 piadas envolvendo os campos da melhoria no ambiente
de negócios/infraestrutura, equilíbrio fiscal e proteção social. Foi um
verdadeiro desbunde hilariante quando todos caíram na real e descobriram que
não existia uma só que não devesse passar pelo Cunhão, lá na Câmara. E aí é que
a porca torce o rabo. Ou seja, foi apenas mais um show de nossa musa, neste
país do riso. E a ansiedade para o riso, quando ouvidas e digeridas as piadas do
Renan, houve uma reunião com o ministro da fazendo, Levy, o enrolado, e já
transformaram estas piadas em 43, ou seja quase duplicaram a meta, como aconselha
a Dilma, e deram um nome ao seu conjunto: “Agenda Brasil”. Tendo como autor
original o Renan, quem espera que de lá saia coisas boas? Só os nossos 10
leitores que adoram rir na segunda-feira.
Estão vivos ainda? Mas, teriam morrido se no parágrafo
anterior eu tivesse informado que, neste show, o Collor deu conselhos à nossa
musa, para evitar o impeachment. Ele disse que o evitou, renunciando ao cargo.
Espero que ela siga o conselho e poupe o trabalho do Eduardo Cunha. É o sujo
dando conselho à esfarrapada. E haja riso. E, realmente, este é um país que
esta coluna adora. A cada momento é uma piada. Um jornal de grande circulação,
noticiou que, no dia seguinte a este jantar, três dos convidados deram entrada
no serviço médico da Casa com queixas de indisposição alimentar. É um caso para
a Operação Lava Jato investigar os nomes das três vítimas. Isto só pode ter
sido tentativa de homicídio através da diarreia. É um crime hediondo porque
quem morre se cagando, está com a vida
política acabada. Quem terá sido o, ou a, mandante. Na certa deve ter sido o
mordomo.
Quando todos pensavam que a Dilma, nossa magra musa, iria
voltar à dieta Ravena, acreditem senhores, ela ofereceu mais um rega-bofe,
agora para homenagear o Dia do Advogado. Os convidados representam a “justiça” deste país, e os convidadas
eram da Suprema Corte. Estava lá uma boa parte dos ministros, além daqueles que
preparam a comida como Temer, Mercadante e outros que lidam na cozinha dela.
Todos pensam que eles estavam lá para assistir a mais um show de humor de nossa
principal colaboradora. Mas, não era só isto. O maior interesse era mesma a dieta
dela. Ou seja, todos estavam de olho na dieta dela. E a comida toda foi
preparada para mostrar a todos, do outro poder da República de que dieta como a
da Dilma é impossível de existir neste Brasil em crise, e se eles pensarem em
impeachment vamos ficar sem suas receitas maravilhosas.
Mas vocês estão pensando que eles desistiram do show de
humor? Claro que não. A Dilma dissertou sobre a necessidade de harmonia entre
os poderes, ainda lembrando das 28 piadas do Renan, em rega-bofe anterior, e
que já se transformaram em 43. Óbvio que teria que ter alguém para pedir para
ela “dar uma palhinha” e contar pelo
menos uma delas. Então, ela se empertigou toda, com aquela classe de humorista
e tascou: “Venda de ativos patrimoniais
(terrenos de Marinha, edificações militares obsoletas e outros ativos
imobiliários da União)”. A plateia veio abaixo de tanto riso, mas isto apenas
quando ela explicou que concordava com a ideia, desde que o resultado da venda
fosse devolvido aos índios, para fazer justiça social. Eu, até agora não me
contive, com o humor do Renan. Já estou pensando em convidá-lo para colaborar
com a coluna. Em tempo, dizem que o Dias Toffoli já se declarou descendente
direto do Araribóia, e quer o seu quinhão, na venda.
E, depois de um longo e tenebroso inverno, mesmo sem chuvas
em São Paulo, eis que aparece em Brasília, o Lula, travestido de “margarida”, para homenagear a Marcha das
Margaridas, que é o braço florido do PT. Dizem que os órgãos públicos gastaram
uma nota para alimentar tantas “flores”
que lá estiveram para, ao contrário de quase toda nação, gritarem: “Fica Dilma!”, numa atitude de
discordância frontal com esta coluna. E lá estava ele, o “Margarido”, digo, o Lula, fazendo a plateia florida ri de novo,
embora com piadas antiguíssimas. Por exemplo, disse ele em relação a Dilma: “É lógico que ela pode errar, como eu errei e
como qualquer um erra enquanto mãe. Nem sempre a gente faz as coisas que são
aceitas 100% pelos filhos. Nós sabemos disso. Mas quando ela errar, ela é
nossa. E temos de ajudá-la a consertar. Não julguem a Dilma por seis meses de
mandato, porque ele é de quatro anos.”. Só faltou acrescentar: “Tirem ela do volume morto!”. E chorar
lembrando de sua mãe, a Dona Lindu, que nasceu analfabeta, como todas as mães,
fato que ele como bom filho, contra ele, resolveu protestar também ficando
analfabeto pelo resto da vida. Dizem que o encontro foi apoteótico, no Estádio
Mané Garrincha, quando a Dilma apareceu e foi entoada a canção que ouvi tanto
em minha vida:
Apareceu a margarida,
olê, olê, olé
Apareceu a margarida,
olê meus cavaleiros...
E o Lula comandava a brincadeira com um chapéu de margarida,
já que não tinha nenhum boné do MST.
E foi com o espírito florido que ele, se reuniu com a cúpula
do PMDB, em encontro onde estavam os maiores correligionário do PT e do Lula
(Temer, Jáder Barbalho, Romero Jucá, José Sarney, etc.), e foi logo reclamando:
“Não dá para esperar toda segunda-feira e
ver se mais alguém foi preso”, o que, como todos sabem, se tornou uma
rotina desde quando o Sérgio Moro começou a levar a sério a ideia de repetir no
Brasil a Operação Mãos Limpas, da
Itália. Aqui se chamou Operação Lava
Jato, talvez, devido a sujeira encontrada não caber num lavatório e nem
mesmo na Fontana di Trevi, precisando de mangueiras mais possantes. Eu não sei
porque não a chamaram a Operação Rabo
Solto, porque só quem tem medo é quem tem o rabo preso.
E quando se pensava que o humor da Dilma fosse apenas par um
público interno, coisa que esta coluna jamais permitirá, ela apareceu na TV,
para dizer que “jamais pensou em
renunciar”. Sei que todos ficarão tristes com a notícia, tanto os meus 10
leitores, que seriam contemplados com seu humor em tempo integral, quanto 70%
da população brasileira que diz não apoiar o seu governo. Bem, mas a solução para
isto, é o impeachment, assunto que ela disse não responder a respeito, e ficou
para o povo responder e, como já vimos no primeiro parágrafo, o povo foi quase
unânime em pedi-lo nas manifestações.
Agora, já sabemos que aqui em Recife tivemos mais de 50 mil
pessoas, e eu, era uma delas. Meu cartaz dizia: “Dilma, vem para nossa coluna! Congressistas ajudem esta coluna
acelerando o impeachment.” Tenho certeza de no dia seguinte os meus
leitores aumentarão de 10 para pelo menos 1 milhão e dez leitores, se todos os
que foram para Avenida Paulista começarem a lê-la.
Ia até esquecendo filme abaixo, do UOL, que é muito curto
esta semana, por uma motivo claro. Seus produtores não tiveram muito tem por
terem ido para as manifestações. Mesmo assim, vejam a Dilma dizer, como o
Lenine, e para as margaridas e Margarido: “Eu
envergo mas não quebro!”. E riam, se ainda aguentarem, pois a semana foi
puxada. E até a próxima. Antes do filme, leiam o roteiro de seus produtores.
“Na charge política do
UOL desta semana, a presidente Dilma ataca de cantora e diz que "enverga,
mas não quebra" enquanto assiste, de camarote, Eduardo x Renan.”
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