Por Zezinho de Caetés
Minha semana começa logo após a semana do Zé Carlos, ou até mesmo
na quarta-feira, quando há outros escritores. Já me habituei a ser um tapa
buracos da coluna, mas, não reclamo. Enquanto para ela não escrevo, vivo
tentando criar o movimento em prol do pagamento do 13º salário aos aposentados,
e quando a Dilma soube disto, não quis me enfrentar. Já anunciou que vai pagar
tudo quando setembro vier.
E é em homenagem à nossa gerenta presidenta que começo este
escrito, citando o Josias de Souza que ontem escreveu:
“Dilma Rousseff está
na bica de anunciar ao país que é uma outra mulher. Desde 1º de janeiro de
2015, dia em que tomou posse do seu segundo mandato, Dilma é outra. Decidiu que
quem ela foi até a campanha presidencial do ano passado não estava preparada
para governar o Brasil. Foi boa enquanto durou. Mas era cega. E agora é outra.
Reeleita, Dilma
revela-se ao país aos poquinhos, para não chocar as crianças. Até o final de setembro,
ela extinguirá dez dos 39 ministérios que, em campanha, defendia com vigor
(veja vídeo). Finalmente, Dilma poderá comunicar ao país que já é 100% outra.
A nova Dilma é uma
mulher assim, do mesmo tamanho, só que bem mais magra. Faz dieta e pedala diariamente.
Continua filiada ao PT. Mas decidiu ser mais realista do que o PSDB. Por isso
abandonou todas as suas convicções. Já tinha mudado no macro, abraçando o
Joaquim Levy e rendendo-se ao liberalismo. Agora, muda no micro, prometendo
enxugar a Esplanada. Faz por pressão o que deixou de fazer por opção.
Dilma só não mudou
duas coisas. Manteve o mesmo nome, para não ter que trocar os documentos.
Manteve também sua crença no Todo-Poderoso. “Minhas relações com Lula são as
mais próximas”, disse nesta segunda-feira (24). “Quem tentar me afastar dele
não conseguirá.'' Lula e'o pastor de Dilma. E nada lhe faltará.”
Então, agora que os brasileiros se animem porque vem aí a “Nova Dilma”. E a pergunta que não quer
calar é: Será possível alguém mudar tanto assim? Ora, meus amigos, quem
conviveu com o Lula e que o acompanhou durante todos estes anos, já pode
afirmar, certamente, que isto, além de ser possível, é saudável e salutar, para
manutenção daquilo que eles gostam mais: o poder. Lula mudou tanto que nem sua
própria terra, Caetés, o apoia mais. O Rafael Brasil, eu não sei. Mas, eu não o
apoio há muito tempo.
Ontem ela já anunciou que cortará pela raiz o número de
ministérios, é claro, começando por aqueles que nunca foram realmente
ministérios, a não ser para abrigar aqueles que se aproveitaram deste período
para ficar rico às custas do nosso dinheirinho, principalmente do meu que aposentado
sou, e que já atrasei o carnê pela falta da invenção do Getúlio de pagar um mês
não trabalhado para alegrar os eleitores.
Aliás, pegando o mote, eu, como um liberal convicto, penso
ter sido a CLT o grande fator de atraso do nosso capitalismo Porcina, ou seja,
aquele que diz que é sem nunca ter sido. O que se espera agora é que a “Nova Dilma”, para inaugurar com mais
brilhantismo sua fase “neoliberal”, é
a declaração de privatização da Petrobrás, ou, pelo menos o que resta dela,
depois da devassa em seus cofres feitas pelos amigos do PT e quejandos.
E por falar nos “amigos
do PT”, vi ontem o Collor espinafrar o Procurador Geral da República
chamando-o de “facista” e outros
adjetivos mais pesados, embora não tenha chegado ao ponto da defenestração
anterior na qual xingou a mãe do Janot. Ou seja, a briga é de cachorro grande,
e a Dilma não teve opção, e vai ser outra mulher depois de dizer que já tomou
vacina anti-rábica, para enfrentar as feras.
Então que venha a “Nova
Dilma”, apesar de não acreditarmos mais em uma palavra que ela diz. Aliás,
depois daquela campanha, quem acredita é do PT, que já está quase morto no
volume morto.
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