Por Zezinho de Caetés
Ontem tivemos a volta da gerenta presidenta, com toda pompa
e circunstância, cercada pelos 39 ministros, formando com eles os “top” 40 do seu segundo governo. Só
faltou o Lula, e por motivos óbvios, a PIG (Partido da Imprensa Golpista, como
o PT chama quem diz que nele não tem mais inocentes) iria logo dizer que ali estaria o bando de Ali
Babá e os 40 ladrões. Eita turma maldosa esta. Não veem que para compará-los ao
um bando de ladrões é necessário que se julgue o Petrolão.
Lembro bem que na época em que o Mensalão estourou nas
paradas de sucessos da política, todos os envolvidos se diziam inocentes e o
Lula disse que tudo não passava de caixa 2, o que todo mundo praticava. Hoje
estão todos em Brasília, ansiosos para sair na Unidos da Papuda que desfilará
garbosamente na Praça dos Três Poderes, todos ainda reclamando de um deles, que
os levou para a prisão. Injustamente, é claro.
E na volta daquela que havia sumido desde o ano passado, a
Dilma se esmerou num discurso que, ao final, quando já havia pelo menos 25 dos
ministros dormindo, e o restante perguntando, o “que eu estou fazendo aqui?” Ela não disse nada de proveito. Ou
seja, seguindo seu próprio linguajar de campanha, “a vaca tossiu, e se engasgou”, e desautorizou ela mesma a mexer com
o seguro-desemprego e colocar um freio na gastança generalizada.
Não há como não pensar que se assim continuar, a vaca vai
para o brejo engasgada, o que será morte certa. Vejam um trecho do seu
discurso, que comento em seguida:
“As medidas que
estamos tomando e que tomaremos, elas vão consolidar e ampliar um projeto
vitorioso nas urnas por quatro eleições consecutivas e que estão, essas
medidas, ajudando a transformar o Brasil. Como disse na cerimônia de posse, as
mudanças que o país espera, que o país precisa para os próximos quatro anos,
dependem muito da estabilidade e da credibilidade da economia. Nós precisamos
garantir a solidez dos nossos indicadores econômicos.”
E por que a nossa gerenta presidenta não explicitou quais as
medidas que tomaria, se eleita, e principalmente, por que disse que seu
principal adversário era que as tomaria? Que nome devemos dar a este tipo de
atitude? Ontem escrevemos aqui sobre a “moral
petista” que tanto se assemelha a outros partidos com vocação ditatorial
desde que o mundo é mundo. Para eles os fins justificam os meios e, neste caso,
é sua manutenção no poder. Imagine o que a Dilma não dirá na próxima eleição,
se chegar à quinta eleição vencedora, com Lula ou sem ele. Senhor tem piedade
de nós, os que ainda acreditam na Democracia Representativa, se isto acontecer.
Agora está mais do que comprovado porque ela preferiu ir
para a posse do Evo Morales e não para Davos, na Suíça. Simplesmente, porque
não tinha nada para dizer, e poderia ficar aqui, com o porrete na mão para usar
na cabeça do Levy, o Risonho, se ele mijasse fora do caco. Mesmo ele mijando
dentro do caco, apenas repetindo a gerenta, ele caiu do galho, deu dois suspiro
e voltou para casa com o rabo entre as pernas. Foi falar que o modelo de seguro
desemprego era ruim. Então levou pau da Dilma. Isto já está virando uma rotina
burocrática.
E teremos no início da próxima semana, a eleição para o
cargo mais cobiçado do Brasil, (porque, o de presidente do conselho da
Petrobrás, ninguém mais quer ser) o de presidente da Câmara de deputados. Por
que? Leiam o que vem abaixo e eu lhes encontro depois:
“Quem ocupa o
disputado cargo de presidente da Câmara dos Deputados tem direito a alguns
benefícios — e não são poucos.
Além do salário de R$
33,7 mil, o presidente da Câmara tem à disposição uma casa de 800 metros
quadrados com todas as despesas pagas, carro oficial com dois motoristas, jatos
para viagens a trabalho ou para voltar para casa e ainda R$ 4,2 milhões por ano
para pagar até 47 funcionários.
A eleição para
definição do novo presidente será no próximo dia 1º de fevereiro. Neste ano, a
disputa está bastante acirrada entre Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Arlindo Chinaglia
(PT-SP), Júlio Delgado (PSB-MG) e Chico Alencar (PSOL-RJ).
O posto de presidente
da Câmara é considerado um dos mais poderosos da República. Além do gabinete
como deputado federal, o presidente da Casa também tem direito a um gabinete
exclusivo, com instalações mais amplas e com vista para a Praça dos Três
Poderes, em Brasília.
O presidente também
pode viajar em aviões da FAB por motivo de segurança e emergência médica,
viagens a serviço e descolamento para o local de residência permanente. Caso
opte por viajar em avião de carreira, a despesa será paga pela Câmara.
Além dos R$ 4,2
milhões disponíveis por ano para contratar até 47 funcionários, cabe lembrar
que todos os deputados já têm direito a 25 funcionários e a uma verba de R$ 78
mil mensais. Isto significa que, na prática, o presidente da Câmara tem direito
a um total de 72 funcionários, que custam aos cofres públicos R$ 5,2 milhões
anuais.” (Fonte: UOL)
Os incautos ficam pensando que tudo o que foi apresentado de
benesses é o que está levando à disputa acirrada, pelo cargo. Eu já imagino que
o motivo é outro, principalmente, pelo candidato do PT, apoiado, assim espero,
por Dilma. A guerra é simplesmente porque quem sentar na primeira cadeira da
Câmara tem o poder de barrar um possível “impeachment”
da presidente. Ou seja, se não for uma pessoa que se curve ao Planalto, além da
“vaca” tossir e se engasgar, pode ir
para o brejo mais cedo.
Eu, daqui do meu retiro recifense, já me aprontando para reinar
em Olinda durante os festejos de Momo, sem esquecer o Galo da Madrugada, fico
rezando para que a vaca, ao invés de ir para o brejo, vá brincar o carnaval na
Papuda, talvez, quem sabe como rainha da bateria ou porta-bandeira, não a do
Brasil, é claro.
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