Por Zezinho de Caetés
Hoje é um dia que poderá
acontecer tudo na política brasileira. Inclusive nada. O TSE julga o processo,
que foi mais uma besteira do PSDB ao perder as eleições passadas para a
presidente, na qual não deveria ter ganho nenhum dos dois candidatos, a Dilma
ou o Aécio (hoje sabe-se disso), que tenta cassar a chapa eleitoral
Dilma/Temer.
Dizem que a sessão só começa à
noite, ou, nas caladas da noite, tal qual os encontros do presidente da
República com marginais. Eu não sei o motivo. Dizem que o julgamento vai durar
3 dias, tal qual um carnaval das antigas, pois, como hoje se sabe ele dura 3
semanas. E estes dias vão mexer e muito com a política, economia e sociedade
brasileiras.
Ou seja, política e judiciário
hoje são quase a mesma coisa. O nosso STF, diferente das supremas cortes de
outros países, é, às vezes obrigado a julgar até roubo de galinha do quintal do
vizinho. Sua missão de guardar nossa Constituição, a interpretando como um
tribunal de última instância, é atrapalhada por todo tipo de processo, e isto
se deve muito ao tal de “foro
privilegiado”, que é, como diz o nome, o privilégio que têm algumas
autoridades que só podem serem julgadas por cortes superiores e não pelo juiz
natural, como dizem os juristas.
Eu sei que hoje este instituto
está sendo bombardeado no STF, e vi o Ministro Luiz Roberto Barroso, mostrando,
por A mais B, porque ele é prejudicial ao Brasil, sendo um motivo de injustiças
graves e atrapalhando o princípio básico das democracias de que todos são
iguais perante a Lei.
O Senado também, para mim com
outros propósitos, também aprovou o fim do instituto, botando “gatos” no projeto original para proteger
parlamentares, e voltando à estaca zero da injustiça. Ou seja, se dá tanta
proteção ao parlamento que ele tende a ser um ente produtor das maiores
barbaridades através de seus membros, como é atestado pela ainda liberdade do
Paulo Maluf, o meliante mor do Brasil, ao ponto de ter dado origem ao verbo “malufar”, que todos sabem o significado.
Relacionado com isto está a Lei
do Abuso de Autoridade, como a chamam, que é um projeto que tenta enquadrar o
judiciário dentro dos padrões de seres humanos em suas ações e não de deuses.
Nada mais justo, mas, inadequado no tempo na qual é proposta, e quando o seu
principal propositor é o Renan Calheiros.
Eu sei que juízes e promotores
não são deuses e erram e devem ser responsabilizados pelos seus atos quando
ferem a Lei, mas, nesta etapa da vida brasileira onde a única coisa que parece
ir na direção correta é a Lava Jato, tentar criminaliza-la é, no mínimo,
inoportuno.
E assim, o Brasil vive, ou morre
(como constatou um relatório sobre a violência no Brasil que diz haver mais
mortes aqui do que em países em guerra) esperando os tribunais, como hoje, o
TSE.
São várias as hipóteses. Se o
Temer sair ileso, bom para ele, e pode ser, até ser bom para o Brasil se ele,
mesmo feito um “pato manco” puder
tocar as reformas. Se for ferido, dependo do tamanho do ferimento, e Brasil
sofrerá também. O que se prever é que algum dos 7 ministros peça vistas do
processo, que é o eufemismo jurídico para protelar julgamentos. Aí, o Brasil
continuará sangrando mais um tempo, e não se sabe até quando.
Eu apoiava o governo Temer, pelas
suas ações reformistas, tão necessárias ao Brasil, mas, quando ele foi
descoberto falando com o Joesley, o maior malandro da República, depois do
Marcelo Odebrecht, de forma um tanto suspeita, fui forçado a reconhecer que ele
deveria pedir o boné e ir embora. Mas, o medo de ser preso é muito maior do que
tudo. Basta ver as ações do Lula, cujas ações hoje são tais quais de bêbado
descontrolado.
Como disse em outro texto, a
Síndrome da Sangria (aqui)
está paralisando o país. Afinal de contas, pelo andar da carruagem, se a Lava
Jato avançar como tem que fazer, vão faltar presídios com celas especiais para
colocar tantos “colarinhos brancos”.
Ainda bem que o Lula não tem direito a isto. Quem mandou não estudar.
Agora me vou, para preparar tudo
e esperar a sessão do TSE à noite. E que Deus proteja o Brasil.
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