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quarta-feira, 14 de junho de 2017

A lei, ora, a lei...




“Fachin manda tirar homem da mala da Papuda

13 Junho 2017 - Estadão

O ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin determinou, nesta terça-feira, 13, a remoção de Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), preso preventivamente no âmbito da Operação Patmos, desdobramento da Lava Jato, do presídio da Papuda, em Brasília. O peemedebista será transferido para a carceragem da Polícia Federal. A defesa sustenta que, após a prisão, Loures recebeu ameaças e corre risco de vida.

Rodrigo Rocha Loures é o homem de confiança do presidente Michel Temer flagrado, em ação controlada da Polícia Federal sobre executivos da JBS, recebendo uma mala de dinheiro de R$ 500 mil do diretor de Relações Institucionais da J&F, Ricardo Saud. Em áudio gravado por Joesley, em visita às escondidas no Palácio do Jaburu, Michel Temer indica Loures para ser seu interlocutor junto à empresa. O peemedebista afirmou, durante as gravações, que o empresário poderia tratar de qualquer assunto com o deputado.”

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AGD Comenta:

Vendo a notícia acima, eu sou tentado a repetir o Joaquim Barbosa usando em sua frase predileta: “Me causa espécie”, quando tento perguntar se todos os juízes do país tivessem a mesma atitude em relação aos presos sob suas responsabilidades.

Até nisto, os que tem colarinho branco são discriminados, no caso, para melhor. Pelo jeito, e pelo andar da Lava Jato, vai ter que se fazer prisões para os colarinhos branco. Serão as “cadeias Rinse”, lembram? Aquele que lava mais branco.

É certo que hoje já existe a discriminação do diploma de nível superior que demonstra a herança aristocrática em nossa história, mas, isto já não basta para quem é acusado de receber malas com R$ 500 mil por semana, e dirigidas, segundo os delatores, para o presidente da República.

Isto, no Brasil de antanho nem pecado era, se a mala fosse dirigida ao Imperador. Ou seja, estamos melhorando um pouco em direção da ilusão de que “todos são iguais perante a Lei”.

Pensando em lei, eu prefiro lembrar do Coronel bom-conselhense que sobre ela dizia: “A lei é como uma cerca, quando ela é muita alta a gente passa por baixo e quando ela é muito baixa a gente pula”.


Será que a Lava Jato vai se tornar a “lei do coronel”?

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