“Fachin manda tirar homem da mala da Papuda
13 Junho 2017 - Estadão
O ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin
determinou, nesta terça-feira, 13, a remoção de Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR),
preso preventivamente no âmbito da Operação Patmos, desdobramento da Lava Jato,
do presídio da Papuda, em Brasília. O peemedebista será transferido para a
carceragem da Polícia Federal. A defesa sustenta que, após a prisão, Loures
recebeu ameaças e corre risco de vida.
Rodrigo Rocha Loures é o homem de confiança do presidente
Michel Temer flagrado, em ação controlada da Polícia Federal sobre executivos
da JBS, recebendo uma mala de dinheiro de R$ 500 mil do diretor de Relações
Institucionais da J&F, Ricardo Saud. Em áudio gravado por Joesley, em
visita às escondidas no Palácio do Jaburu, Michel Temer indica Loures para ser
seu interlocutor junto à empresa. O peemedebista afirmou, durante as gravações,
que o empresário poderia tratar de qualquer assunto com o deputado.”
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AGD Comenta:
Vendo a notícia acima, eu sou tentado a repetir o Joaquim Barbosa
usando em sua frase predileta: “Me
causa espécie”, quando tento perguntar
se todos os juízes do país tivessem a mesma atitude em relação aos presos sob
suas responsabilidades.
Até nisto, os que tem colarinho branco são discriminados, no caso, para
melhor. Pelo jeito, e pelo andar da Lava Jato, vai ter que se fazer prisões
para os colarinhos branco. Serão as “cadeias Rinse”, lembram? Aquele
que lava mais branco.
É certo que hoje já existe a discriminação do diploma de nível superior
que demonstra a herança aristocrática em nossa história, mas, isto já não basta
para quem é acusado de receber malas com R$ 500 mil por semana, e dirigidas,
segundo os delatores, para o presidente da República.
Isto, no Brasil de antanho nem pecado era, se a mala fosse dirigida ao
Imperador. Ou seja, estamos melhorando um pouco em direção da ilusão de que “todos são iguais perante a Lei”.
Pensando em lei, eu prefiro lembrar do Coronel bom-conselhense que
sobre ela dizia: “A lei é como
uma cerca, quando ela é muita alta a gente passa por baixo e quando ela é muito
baixa a gente pula”.
Será que a Lava Jato vai se tornar a “lei do coronel”?
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