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segunda-feira, 5 de junho de 2017

A semana - Temer ainda na berlinda, Lula não sabe o que quer e Trump quer assar a Terra...




Por Zé Carlos

Mais uma semana que se passa e o Temer continua no pódio da hilariância nacional. Depois que ele se encontrou furtivamente com o Joesley Batista, parece que sua veia cômica, de tão cheia, quase estoura.

Sua maior piada atual, a qual ele conta em toda entrevista, que recebeu o marchante (lembrei da palavra que se usava lá em Bom Conselho para gente que lidava com matança de bois, e nem sei se está no Houaiss) de Goiás é de que receberia qualquer uma a qualquer hora pelo seu passado parlamentar e de homem que dorme tarde. Já está rivalizando nos “trend topics” do humor, com a de Lula quando diz que “não sabia de nada”. Eu sei que nada ainda rivaliza, em termos riso, com nossa musa, a Dilma, pois para ela fazer rir, basta abrir a boca. Mas, feliz ou infelizmente, para nossos 15 e meio leitores, a bola da vez é o Temer, por sua exposição na mídia. E ele, de entrevista em entrevista faz-nos rir com muito gosto.

Sua última, pelo menos naquilo que sei, pois ele está dando uma entrevista por minuto, foi a uma revista semanal da qual comentaremos um pequeno trecho para deleite de nossos risonhos leitores, todavia, sem querê-los matar de rir com a entrevista inteira:

Por que o senhor quer ficar no cargo de presidente da República?

Em primeiro lugar, para defender-me no aspecto moral. Tenho extraordinário orgulho de exercer o cargo de presidente da República. Mas não é só por exercê-lo. É por exercê-lo transformando o Brasil. Em um ano, conseguimos fazer aquilo que vários governos anteriores não conseguiram. Quem tem interesse eleitoral não praticaria essas medidas. Por outro ângulo, eu tenho necessidade de revelar a minha moral hígida e intacta porque, convenhamos, esse noticiário todo preocupa as pessoas, amigos meus, gente que me conhece, família, não é? “Puxa, será que o Temer fez isso?”. Coloca em dúvida. Não quero que fique em dúvida. Por isso, o aspecto moral é que me mantém, é um dos meus principais suportes para me manter aqui. Por isso não renuncio. Vou aguardar com muita tranquilidade a decisão do processo eleitoral.

O que se pode concluir de alguém, que está no mais alto cargo da República, que diz ser o aspecto moral se manter neste cargo, não pela grande “moral” e sim porque estão duvidando dela? Só podemos concluir que não existem “republicanos” como antigamente. Ora, se fosse apenas um bando de manifestantes de frente do Palácio a gritar “Fora Temer!”, tudo bem. Mas, trata-se do Procurador Geral da República e um ministro do STF a quase pedirem a mesma coisa.  Só pode ser piada.

Como ele pergunta no texto: “Puxa, será que o Temer fez isso?”. Ora, talvez só o seu filho o Michelzinho, no alto de sua inocência responderia que não. E o pior de tudo é que sua não renúncia leva o país ao caos pelo volume de riso que repercute nos outros cômicos deste país da piada pronta.

Vejam que o PT agora quer as Diretas Já. E isto já contaminou o Lula, para o bem desta coluna, pois em qualquer palavra dele o humor abunda. E houve, o 6º Congresso do PT, nesta última semana. E não há, numa coluna de humor, como não abordá-lo em mais detalhes. Logo de cara deram um subtítulo ao encontro: “Marisa Letícia e Lula da Silva”. Quando se pensa no depoimento do Lula ao sisudo Sérgio Moro, onde ele acusou a finada sua esposa de ser a responsável pelo tríplex do Guarujá, a gente se revolve de rir, enquanto a finada, a pobre, deve se revolver no túmulo.

E pasmem, meus leitores e leitoras, que foi eleito um novo presidente do PT, ou melhor uma nova “presidenta”. E não foi a Dilma. Foi a Gleisi Hoffmann. Sim, aquela mesma que tem tantos codinomes nas planilhas da Odebrecht por receber propina junto com o marido que é preciso catalogar para falar deles. Num país sensato só se poderia dizer que este é um partido de doidos, mas, quem disse que este país é sensato? E quando irromperam os gritos de “Dirceu, Vaccari guerreiros do povo brasileiro”, eu tive vontade de mudar de canal, mas, pelo dever de ofício de levar meus renitentes leitores ao riso, não desisti. Foi bom porque daqui a pouco chegou o Delúbio Soares, sim, aquele ex-tesoureiro da legenda que quando nele se fala, lembra-se logo de “dinheiro não contabilizado”.  Sua aparição foi só para começar o riso, pois fui às gargalhadas quando repetiram “Delúbio, guerreiro do povo brasileiro”.

E, nos bastidores do Congresso ainda houve disputa pela presidência entre o Lindberg Farias, sim, aquele que tem como codinome “Lindinho” nas planilhas da assalto ao Brasil do Marcelo Odebrecht (que agora vive se queixando da justiça por terem soltado o Joesley Batista, cantando a música: “Por que não eu...?), e a Gleisi, de codinome “Amante”. Ou seja, não é uma graça uma disputa entre o Lindinho e a Amante? E esta disputa não deixou o Lula nada satisfeito, tendo ele quase xingado o Lindinho dizendo: “Este menino não tem futuro!”. Eu realmente não achei graça nenhuma porque ele queria dizer futuro na política e eu nunca vi nenhum futuro do Lindberg nesta área e sim no humor estudantil. Dizem que ele passou 10 anos para terminar o curso superior para não sair da UNE. É um pândego.

Bem, mas, nem só de Temer e Lula viveu o humor semanal. O Aécio também aprontou seus shows, agora intimistas, mas, não menos risíveis. Ele apelou ao STF para se desligar do Temer no caso Joesley, o ministro Fachin atendeu, e ele foi cair nos braços do ministro Marco Aurélio, aquele que diz que, para ele, “processo não tem capa, só conteúdo”. E o Aécio agora deve estar morrendo de medo do que o ministro irá encontrar quando descascar seu processo. Aliás, de todos dos envolvidos pelo Joesley Safadão, o que caiu mais rápido foi o Aécio. Passou de 51 milhões de votos para 1 voto, o dele, embora ainda esteja em dúvida, agora que o Rodrigo Janot ou denunciou por corrupção passiva e obstrução da Justiça. Ou seja, provavelmente, quando o ministro abrir o seu processo já estará podre, até a capa.

Bem, como esta coluna é internacional, e não é só no Brasil que o riso abunda, principalmente, depois da eleição de Trump, nos Estados Unidos, não podemos deixar de falar das piadas que nos chegam de fora. A grande piada, além da figura em si do Donald Trump (que meu neto chama de Pato Donald) quando aparece brigando com sua esposa Melania, ele declarou que os Estados Unidos estão fora do Acordo de Paris, sim, aquele acordo entre quase todos os países da Terra para tentar diminuir a poluição no mundo, com o intuito de que nosso clima não piore tanto que, no futuro, não precisemos nem assar a carne para o churrasco por ela já vem assada do boi. Como tudo isto é para o longo prazo, e o Keynes (é um economista ao qual li um dia) disse que no “longo prazo” todos estarão mortos, não deve haver muita preocupação para ninguém.

A piada do Trump não é porque ele queira proteger só o seu país, e sim porque ele quer provar que presidente americano manda tanto nos Estados Unidos quanto o Temer manda no Brasil. Pelo que se vê, nem um dos dois manda em nada. No fundo, no fundo cada um tem o Joesley que merece. E nós, só rindo!

E seria muito cômico se não fosse muito trágico que não só o riso, mas, também o terrorismo abunda. Soube das notícias da Inglaterra, terra da Rainha Elizabeth, sobre os ataques terroristas por lá. Perguntarão meus leitores ainda vivos até aqui: E o que isto tem a ver com o humor, cara pálida? Eu responderia que não somos nem segregacionistas nem racista. Aqui o humor não tem cor, e o negro é apenas um codinome. E neste caso, vocês não acham que o Estado Islâmico está sendo culpado demais pelas mazelas em todo mundo?

Eu soube que tem professor em Bom Conselho ganhando R$ 6,00 por mês. Bem, estou alheio à política em minha terra já faz um tempo. Então só posso interpretar isto como humor negro ou senão como um atentado do Estado Islâmico. Eu prefiro interpretar como humor de todas as cores e tem que constar desta coluna semanal. Afinal de contas, sei também que em Bom Conselho o humor também abunda.


Bem, fico por aqui sabendo que não tratei de tudo que nos fez rir durante a semana. Não caberia na coluna, mesmo se ela fosse do tamanho de processo do TSE para cassar o Temer e a Dilma, que será a hilariância fundamental da semana que segue.

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