Por Zé Carlos
Mais uma semana que se passa e o Temer continua no pódio da
hilariância nacional. Depois que ele se encontrou furtivamente com o Joesley
Batista, parece que sua veia cômica, de tão cheia, quase estoura.
Sua maior piada atual, a qual ele conta em toda entrevista,
que recebeu o marchante (lembrei da palavra que se usava lá em Bom Conselho
para gente que lidava com matança de bois, e nem sei se está no Houaiss) de
Goiás é de que receberia qualquer uma a qualquer hora pelo seu passado
parlamentar e de homem que dorme tarde. Já está rivalizando nos “trend topics” do humor, com a de Lula
quando diz que “não sabia de nada”. Eu
sei que nada ainda rivaliza, em termos riso, com nossa musa, a Dilma, pois para
ela fazer rir, basta abrir a boca. Mas, feliz ou infelizmente, para nossos 15 e
meio leitores, a bola da vez é o Temer, por sua exposição na mídia. E ele, de
entrevista em entrevista faz-nos rir com muito gosto.
Sua última, pelo menos naquilo que sei, pois ele está dando
uma entrevista por minuto, foi a uma revista semanal da qual comentaremos um
pequeno trecho para deleite de nossos risonhos leitores, todavia, sem querê-los
matar de rir com a entrevista inteira:
Por que o senhor quer ficar no cargo de presidente da República?
Em primeiro lugar,
para defender-me no aspecto moral. Tenho extraordinário orgulho de exercer o
cargo de presidente da República. Mas não é só por exercê-lo. É por exercê-lo
transformando o Brasil. Em um ano, conseguimos fazer aquilo que vários governos
anteriores não conseguiram. Quem tem interesse eleitoral não praticaria essas
medidas. Por outro ângulo, eu tenho necessidade de revelar a minha moral hígida
e intacta porque, convenhamos, esse noticiário todo preocupa as pessoas, amigos
meus, gente que me conhece, família, não é? “Puxa, será que o Temer fez isso?”.
Coloca em dúvida. Não quero que fique em dúvida. Por isso, o aspecto moral é
que me mantém, é um dos meus principais suportes para me manter aqui. Por isso
não renuncio. Vou aguardar com muita tranquilidade a decisão do processo
eleitoral.
O que se pode concluir de alguém, que está no mais alto
cargo da República, que diz ser o aspecto moral se manter neste cargo, não pela
grande “moral” e sim porque estão
duvidando dela? Só podemos concluir que não existem “republicanos” como antigamente. Ora, se fosse apenas um bando de
manifestantes de frente do Palácio a gritar “Fora Temer!”, tudo bem. Mas, trata-se do Procurador Geral da
República e um ministro do STF a quase pedirem a mesma coisa. Só pode ser piada.
Como ele pergunta no texto: “Puxa, será que o Temer fez isso?”. Ora, talvez só o seu filho o
Michelzinho, no alto de sua inocência responderia que não. E o pior de tudo é
que sua não renúncia leva o país ao caos pelo volume de riso que repercute nos
outros cômicos deste país da piada pronta.
Vejam que o PT agora quer as Diretas Já. E isto já
contaminou o Lula, para o bem desta coluna, pois em qualquer palavra dele o humor
abunda. E houve, o 6º Congresso do PT, nesta última semana. E não há, numa
coluna de humor, como não abordá-lo em mais detalhes. Logo de cara deram um
subtítulo ao encontro: “Marisa Letícia e
Lula da Silva”. Quando se pensa no depoimento do Lula ao sisudo Sérgio
Moro, onde ele acusou a finada sua esposa de ser a responsável pelo tríplex do
Guarujá, a gente se revolve de rir, enquanto a finada, a pobre, deve se
revolver no túmulo.
E pasmem, meus leitores e leitoras, que foi eleito um novo presidente
do PT, ou melhor uma nova “presidenta”.
E não foi a Dilma. Foi a Gleisi Hoffmann. Sim, aquela mesma que tem tantos
codinomes nas planilhas da Odebrecht por receber propina junto com o marido que
é preciso catalogar para falar deles. Num país sensato só se poderia dizer que
este é um partido de doidos, mas, quem disse que este país é sensato? E quando
irromperam os gritos de “Dirceu, Vaccari
guerreiros do povo brasileiro”, eu tive vontade de mudar de canal, mas,
pelo dever de ofício de levar meus renitentes leitores ao riso, não desisti.
Foi bom porque daqui a pouco chegou o Delúbio Soares, sim, aquele ex-tesoureiro
da legenda que quando nele se fala, lembra-se logo de “dinheiro não contabilizado”.
Sua aparição foi só para começar o riso, pois fui às gargalhadas quando
repetiram “Delúbio, guerreiro do povo
brasileiro”.
E, nos bastidores do Congresso ainda houve disputa pela
presidência entre o Lindberg Farias, sim, aquele que tem como codinome “Lindinho” nas planilhas da assalto ao Brasil
do Marcelo Odebrecht (que agora vive se queixando da justiça por terem soltado
o Joesley Batista, cantando a música: “Por
que não eu...?), e a Gleisi, de codinome “Amante”. Ou seja, não é uma graça uma disputa entre o Lindinho e a
Amante? E esta disputa não deixou o Lula nada satisfeito, tendo ele quase
xingado o Lindinho dizendo: “Este menino
não tem futuro!”. Eu realmente não achei graça nenhuma porque ele queria
dizer futuro na política e eu nunca vi nenhum futuro do Lindberg nesta área e
sim no humor estudantil. Dizem que ele passou 10 anos para terminar o curso
superior para não sair da UNE. É um pândego.
Bem, mas, nem só de Temer e Lula viveu o humor semanal. O
Aécio também aprontou seus shows, agora intimistas, mas, não menos risíveis.
Ele apelou ao STF para se desligar do Temer no caso Joesley, o ministro Fachin
atendeu, e ele foi cair nos braços do ministro Marco Aurélio, aquele que diz
que, para ele, “processo não tem capa, só
conteúdo”. E o Aécio agora deve estar morrendo de medo do que o ministro
irá encontrar quando descascar seu
processo. Aliás, de todos dos envolvidos pelo Joesley Safadão, o que caiu mais
rápido foi o Aécio. Passou de 51 milhões de votos para 1 voto, o dele, embora
ainda esteja em dúvida, agora que o Rodrigo Janot ou denunciou por corrupção passiva e obstrução da Justiça. Ou seja, provavelmente, quando o ministro abrir o seu processo já estará podre, até a capa.
Bem, como esta coluna é internacional, e não é só no Brasil
que o riso abunda, principalmente, depois da eleição de Trump, nos Estados
Unidos, não podemos deixar de falar das piadas que nos chegam de fora. A grande
piada, além da figura em si do Donald Trump (que meu neto chama de Pato Donald)
quando aparece brigando com sua esposa Melania, ele declarou que os Estados
Unidos estão fora do Acordo de Paris, sim, aquele acordo entre quase todos os
países da Terra para tentar diminuir a poluição no mundo, com o intuito de que nosso
clima não piore tanto que, no futuro, não precisemos nem assar a carne para o
churrasco por ela já vem assada do boi. Como tudo isto é para o longo prazo, e
o Keynes (é um economista ao qual li um dia) disse que no “longo prazo” todos estarão mortos, não deve haver muita preocupação
para ninguém.
A piada do Trump não é porque ele queira proteger só o seu
país, e sim porque ele quer provar que presidente americano manda tanto nos
Estados Unidos quanto o Temer manda no Brasil. Pelo que se vê, nem um dos dois
manda em nada. No fundo, no fundo cada um tem o Joesley que merece. E nós, só
rindo!
E seria muito cômico se não fosse muito trágico que não só o
riso, mas, também o terrorismo abunda. Soube das notícias da Inglaterra, terra
da Rainha Elizabeth, sobre os ataques terroristas por lá. Perguntarão meus
leitores ainda vivos até aqui: E o que isto tem a ver com o humor, cara pálida?
Eu responderia que não somos nem segregacionistas nem racista. Aqui o humor não
tem cor, e o negro é apenas um codinome. E neste caso, vocês não acham que o
Estado Islâmico está sendo culpado demais pelas mazelas em todo mundo?
Eu soube que tem professor em Bom Conselho ganhando R$ 6,00
por mês. Bem, estou alheio à política em minha terra já faz um tempo. Então só
posso interpretar isto como humor negro ou senão como um atentado do Estado
Islâmico. Eu prefiro interpretar como humor de todas as cores e tem que constar
desta coluna semanal. Afinal de contas, sei também que em Bom Conselho o humor
também abunda.
Bem, fico por aqui sabendo que não tratei de tudo que nos
fez rir durante a semana. Não caberia na coluna, mesmo se ela fosse do tamanho de
processo do TSE para cassar o Temer e a Dilma, que será a hilariância
fundamental da semana que segue.
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