Por Zezinho de Caetés
Eu fiquei estupefato quando li esta semana o que ocorreu, e
está ocorrendo, no Maranhão. Seguindo ainda meu estilo de comentar um texto, o
qual também transcrevo, eu procurei na mídia, algo que se referisse ao triste
episódio de mais de 70 mortos nas prisões de lá, cuja chefe é Roseana Sarney.
Foi um verdadeiro horror, inclusive com uma menina de 6 anos sendo morta, incendiada,
sem dó nem piedade, por bandidos soltos que receberam ordens dos bandidos
presos.
Até o momento que escrevo, depois de ler até reclamações da
Anistia Internacional e de vários órgãos defensores dos direitos humanos, não vi
nenhuma declaração de condenação à atitude bandida, por parte de nossa
presidenta. Dizem que ela tomou providências enviando para o Maranhão o seu
ministro da justiça, que chegou lá mudo e saiu calado. E, pasmem, vejam o que
declarou a governadora do Maranhão supra citada e filha do político mais
matreiro de que este país tem notícia, que é o Zé Sarney.
“O Maranhão está
atraindo empresas e investimentos. Um dos problemas que está piorando a
segurança é que o Estado está mais rico, o que aumenta o número de habitantes”.
Com esta declaração não se pode dizer que ela não aprendeu
com o outro político matreiro, que não ganha de Sarney o concurso de mais
matreiro devido à idade, o meu conterrâneo Lula. Este, já inventou esta moda
faz tempo. Lembram a causa das manifestações de ruas no ano passado que ele
encontrou? “O Brasil ficou mais rico”. Ou seja, é a nova
versão da “medida do ter nunca se encheu”,
frase que tanto ouvi lá em nossa Caetés.
Depois de 50 anos de dominação dos Sarneys, o Maranhão ficou
tão rico que está atraindo bandidos para suas prisões, e os que ficam nas ruas
(embora o Zé Sarney tenha dito que nas ruas de São Luiz era um silêncio e uma
paz totais) queimam ônibus e matam inocentes.
A pergunta que não quer calar é: “Por que a presidenta não falou nada?”. Seria difícil de se
responder se ela não fosse do PT. Por acaso o Lula já se manifestou sobre a
Rosemary Noronha, mesmo que fosse sem os detalhes sórdidos? Claro que não!
Sendo o PT no poder, pois hoje no Maranhão os partidos se confundem todos, em
torno dos Sarneys, é fácil de explicar: A campanha que já começara há 2 anos
agora começou para valer, e daí vem o título do artigo do Sandro Vaia (Blog do
Noblat – 10/01/2014) que é: “Abaixa que
aí vem lama”.
E é com esta lama suja que o PT já tentou atingir o Eduardo
Campos através das redes sociais. A partir de agora, não há detergente que
limpe este Brasil político. Vem sujeira das grossas em dossiês apócrifos, que
só os petistas aguentam a catinga. Eu nem arriscaria dizer que tudo o que for
publicado e dito é verdade ou não, mas, que vai feder, isto vai.
Fiquem com o texto do Vaia que é um bálsamo para começar a
presenciar tantas sujeiras, sem ser surpreendido, e pensar que foi o cachorro
que deu um pum. No mais só resta rezar para que o fedor do pum do cachorro não
invada o Brasil ao ponto do país perder a Copa.
“Mal os reis magos terminaram a sua tarefa de entregar ouro, incenso e
mirra ao menino recém-nascido, o que marca para o calendário gregoriano de
nossas atribulações o início efetivo de um longo ano de trabalho, futebol e
eleições, a pax natalina dá lugar às primeiras escaramuças de guerra.
Não vamos incomodar a nobre família Sarney, que conduz os destinos do
Maranhão há quase 50 anos, lembrando coisas desagradáveis como a chacina dos
presídios ou o ataque incendiário a um ônibus que matou uma menina de 6 anos.
O octogenário patriarca acha até louvável que a governadora - sua
filhota - tenha conseguido circunscrever a violência às paredes internas dos
presídios, enquanto ela se incomodou mais com a notícia do fato do que com o
fato em si. São agruras, sim, mas nada que 80 quilos de lagosta ou 1.500 de
camarão fresco não amenizem.
Mas não era a nobre família Sarney que queríamos incomodar. O período
pós-reis magos serviu para registrar o clima em que a campanha eleitoral
promete descambar, entre um gol de Neymar e outro, na épica busca por mais uma
Copa -- que acontecerá com ou sem os pitos de Joseph Blatter.
Os enternecedores olhos verdes do companheiro governador de Pernambuco,
neto do lendário Miguel Arraes, subitamente se tornaram opacos, aquele seu
sorriso franco ganhou um esgar de falsidade e aquele seu espírito de
realizador, na verdade não passava do cínico oportunismo de um aproveitador mal
agradecido, que ganhou todos os mimos do papai presidente e da mamãe
presidenta, mas cuspiu no prato em que comeu.
Eduardo Campos cometeu o maior dos pecados que pode cometer um tutelado
do poder: anunciou a sua intenção de tentar a sua carreira solo, de
candidatar-se à presidência da República fora do regaço paterno, deu uma
guinada à direita, transformou-se em instrumento da burguesia e não passarão
nem 7 dias nem 7 noites para tornar-se, pasmem todos , num coxinha reaça, que é
o maior e mais profundo dos insultos que o novo dicionário ideológico pós
marxista foi capaz de produzir neste começo de século.
Um texto de autor anônimo - tão anônimo que nem o presidente do partido
sabe quem é o autor - publicado no site do PT já ensinou ao dissidente atrevido
com que tipo de gentileza é que se devem ser tratados os aliados quando se dão
ao luxo de dissentir.
O texto chamou o governador de Pernambuco de “tolo”, de ingrato
(adivinhem a quem ele deve tudo o que ele é?) e comemora o fato de seu
histórico avô não estar vivo para presenciar tanta torpeza e traição, como essa
de querer seguir seu próprio caminho.
Além da danação do fogo eterno a que condena o desertor, o texto, que
Campos chamou de “ataque covarde”, antecipa as fortes emoções que o alto nível
e a delicadeza do debate programático sobre os problemas brasileiros nos
proporcionará na campanha eleitoral de 2014.”
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