Futuro Açude da Nação - Bom Conselho |
Por Zé Carlos
Aqui na AGD, eu mesmo já falei no Açude da Nação, igual a
outros tantos bom-conselhenses, que, de uma forma ou de outra tiveram contato
com nossa maior reserva d’água, que hoje está quase no centro da cidade. Por
exemplo, em 8/2/2011, querendo reavivar minha admiração pela eficiência do
setor privado, quando comparado com o setor público, eu escrevia:
“A adoção de praças e
outros equipamentos públicos pela iniciativa privada. Ou seja, sendo viável, o
setor privado é mais eficiente na manutenção do que o setor público. Se a
Brasil Food tivesse se comprometido a manter o Açude da Nação, ele já estaria
refeito, e com suas “praias”, para as quais um dia, corri para ver (e o Diretor
Presidente atrás), Marluze, Vanda e Salete, desfilar com seus maiôs, ainda não
tão curtos quanto os de hoje, porém, mais atraentes. Ah! Que saudade!” (aqui)
Durante a campanha política tentei, mesmo de longe
influenciar de uma maneira mais neutra possível, o embate entre os candidatos,
eu escrevia em 27/8/2012:
“Fica a sugestão para
Bom Conselho. Por exemplo, levar a candidata Judith Alapenha a atravessar a
pinguela do Açude da Nação. Levar o candidato Dannilo Godoy a andar de
helicóptero. Levar o Capitão Boanerges a fazer um boletim de ocorrência na
delegacia da cidade. Ou, levar o Washington Azevedo a visitar algumas fazendas
que ainda não se recuperaram da seca. Estes são apenas exemplos, estando eu longe. Se lá estivesse o que faria
mesmo era levar todos a atravessar da Praça Pedro II até a Princesa do Norte,
dia de sábado, pela manhã. O sobrevivente seria o ungido para sentar no Palácio
do Coronel Zé Abílio.” (aqui)
E mesmo fora do país, ainda lembrei do nosso açude. Em
17/9/2012 eu falava do seu fatídico estouro durante uma boa chuvarada. Escrevi:
“O Aeroporto de Miami
talvez seja maior do que o Açude da Nação, antes de estourar. Tem até trem
dentro dele, e lá fomos nós.” (aqui)
São só lembranças para voltar a escrever sobre o açude sem
me repetir muito. Dizem quando a idade vai chegando a gente começa a se repetir
porque a memória nos falha. Isto é verdade em alguns casos, mas, eu lembro bem
dele antes do estouro. E quis verificar se agora, depois da notícia que tive de
que o novo açude, depois do estouro, fora inaugurado no final do ano passado,
se ele me trazia ainda muitas recordações ou se minha memória estava mesmo
ruim.
Estando eu no Hotel Raízes, onde me hospedo quando compareço
a nossa terra, e sendo este bem perto do Açude da Nação, resolvi ir olhar em
que resultou o esforço, ainda do setor público, para restaurar um dos nossos
pontos turísticos e de grande valor econômico e social para os
bom-conselhenses. Fui então, juntar o útil ao agradável, fazer minha caminhada
pelo paredão do açude, o que fiz muitas vezes no passado.
Chegando lá, vi que a notícia da inauguração, tinha sido
apenas para “inglês ver”. Pelo que
vi, mesmo não sendo inglês, o término das obras ainda se arrastarão ano novo a
dentro, justificando minha posição quanto à iniciativa privada na sua reconstrução.
Pelo que observei agora, temos uma obra de porte, de concreto e muito sólida,
pronta para aguentar outras enchentes do Riacho Papacacinha, mas está
incompleta. Até quando? Não me foi informado.
Segundo uma das pessoas com quem conversei, lá mesmo na
beira do açude, não será tão cedo, porque se abrirem a barragem (que antes era
uma pinguela) pequena que permite os pedestres atravessarem, a água se
espalharia e não permitiria tirar os 70 carros pipas diários, para abastecer os
lugares ainda castigados pela seca. Ou seja, até a inauguração do Açude da
Nação pode ficar refém da seca, que nos assolou ano passado e, dizem os
meteorologistas nos assolará ainda este ano.
Eu fiquei triste, mesmo sem entender bem por que demora
tanto a volta de nossa antiga praia. Então resolvi atravessá-lo tirar algumas
fotos, talvez para compará-las com outras que tirarei já neste ano de 2014. E
ainda, ao voltar para hotel, encontrei um amigo e lhe contei minha façanha: “Acabei de atravessar o Açude da Nação!”
E fiquei mais triste ainda quando ele me perguntou: “A nado?”, e não pude responder-lhe afirmativamente. Quem sabe na
próxima ida a Bom Conselho eu poderei? Já estou treinando para isto.
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