Por Zezinho de Caetés
Meu último texto foi sobre o relativismo moral que impera
neste país, cujo destino está nas mãos do PT. E eu já disse, que igual à saúva,
ou o Brasil “acaba” com o PT ou o PT
acaba com o Brasil. O “acaba” entre aspas é apenas para enfatizar que não estou
pregando que a cabeça do meu conterrâneo Lula, chefe da gangue, seja pendurada
em algum lugar, e sim, que democraticamente a cortemos em outubro deste ano.
Hoje, transcrevo abaixo um texto que saiu ontem no O Globo,
do José Casado, com o título “Para tudo
e para todos”. Ele toca num assunto que é pior para o Brasil do que o
relativismo moral: A burocracia.
Eu ainda lembro, que nos governos militares, existiu um
Ministério da Desburocratização. Eu não sei que fim deram a ele, depois que o
Hélio Beltrão, tentou diminuir a papelada que ronda nosso serviço público,
desde que Pedro Álvares Cabral aportou neste país. Eu não vou citar casos aqui,
porque o texto cita vários, desta chaga que impede nosso desenvolvimento,
principalmente, quando se tem um Estado inchado e que, pela ideologia petista, cada
vez mais se assenhora de nossa já combalida economia.
E, quem for até o fim desta postagem verá que os casos
citados sempre são relacionados com a intervenção dos governos em nossa vida. E
cada dia piora tudo. Até para estacionar um carro numa vaga para idoso não é
suficiente que eu mostre meus documentos. Eu tive que ir a um órgão público
para tirar outro documento que atesta que eu sou idoso e tenho que exibi-lo em
local visível, no carro. Juro que tenho vontade de não cumprir e provar minha
idade com os meus cabelos brancos, ou pintados, ou mesmo com minha careca, pois
não tenho dinheiro para implantar 10.818 fios de cabelo como fez o Renan, nosso
terceiro na linha de sucessão do trono. Mas, me contenho e cumpro a lei, mesmo
arreliado com ela.
Meditem sobre o mundo de regulamentos que surgem todos os
dias e ainda temos que conviver com o princípio de que a ninguém é dado o “prazer” de não conhecer as leis e
normas. Talvez chegará um tempo que teremos que ter, permanentemente, um
advogado a tiracolo, ou talvez, um aparelho eletrônico qualquer, destes que
surgem todos os dias para saber se há normas para impedir que se durma mais de
8 horas por dia, ou como decretou o Lula, vulgo O Barba, que todo brasileiro
deveria ter 3 refeições por dia. Perdeu o voto daqueles que jejuam e os
faquires, mas, lançou outra norma a ser seguida. Sentiu-se mal quando soube que muitos dos
brasileiros, pertencentes ao Bolsa Família, ao invés de usar a verba que foi
concedida para cumprir a norma, está sendo usada agora para fazer “rolezinho” nos shoppings.
Mas, fiquem com texto do Casado e sigam mais uma norma, para
não morrermos na inação com a papelada:
PT nunca mais! Eu estou de saída para jogar no bicho. Sonhei com o Dirceu. Vai
dar cachorro na cabeça e receberei o dinheiro sem burocracia.
“Quando ronca, o motor do caminhão ecoa trovoada. É só lembrança —
esperança de sertanejo. São 8.558 “pipeiros” contratados pelo governo para
levar água a 1.087 lugarejos, onde a caatinga estende-se “de um vermelho
indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas”— como descreveu o
alagoano Graciliano Ramos 76 anos atrás. A vida continua na seca.
Nos últimos três meses, os “pipeiros” desapareceram de algumas áreas do
sertão cearense. A Assembleia Legislativa recebeu relatos de quatro dezenas de
casos e identificou a origem do problema: os contratados não prestaram contas
ao governo. Seguiu-se um “rigoroso inquérito administrativo”. Até acabar, não
sai pagamento. Muito menos “pipa”.
Faz tempo que as últimas arribações sumiram do céu azul. Na vida em
tempo de seca braba, fartura só de sede. E de burocracia.
Mais abaixo, em Natal (RN), o governo anuncia a devolução de verbas
federais (R$ 10 milhões, com juros). O dinheiro não foi investido, como
previsto, em segurança pública estadual “devido a fatores burocráticos".
Dois mil quilômetros ao sul, em Araçatuba (SP), a prefeitura conseguiu
terminar a reforma de um Restaurante Popular, capaz de servir até 300 pratos de
comida por dia. A obra custou R$ 1 milhão. Atravessou longos 28 meses, na
cadência de falências de fornecedores, mudanças no projeto e licitações
refeitas. Está pronto, mas continuará fechado. Até a liberação federal.
Ao leste, na margem esquerda do Porto de Santos (SP), um terminal de
cargas químicas e petróleo vai completar 28 anos de inatividade, entregue ao
mato, por causa de um embrulho burocrático. E pouco além, no Porto de São
Francisco do Sul (SC), um terminal de soja de US$ 200 milhões está há sete anos
“em tramitação”. Do outro lado, navios só atracam depois da entrega de uma
montanha de papéis, com cerca de 190 itens sobre a carga. Levam-se 13 dias para
exportar um contêiner, quando nos países concorrentes não passa de 48 horas.
Em Ijuí (RS) se desfez o mistério de uma doação de 12 toneladas de
roupas da Bélgica que jamais chegou a uma instituição de caridade local.
Passaram os últimos cinco anos estocadas, por mera burocracia.
No último 5 de dezembro chegou ao Aeroporto de Viracopos (SP) um pacote
enviado pela Universidade de Harvard, dos Estados Unidos. Continha
células-tronco para uma pesquisa do Instituto de Biociências da Universidade de
São Paulo. Durante 13 dias funcionários da transportadora alternaram-se na
reposição de gelo seco na tentativa de mantê-las vivas, enquanto burocratas
fiscalizavam documentos da carga num guichê federal.
Há 47 anos, por decreto da ditadura, aboliu-se a exigência de
reconhecimento de firma em documentos. Agora, 17 mil dias depois a Receita
Federal anuncia em portaria que, em oito semanas, vai cumprir essa regra da
boa-fé nas relações com os contribuintes. Com uma exceção, ressalva: “Nos casos
em que a lei determine.”
Regulamentos não faltam. Foram editados 4,7 milhões desde a
Constituição de 1988, calcula o Instituto Brasileiro de Planejamento e
Tributação. São 524 novos por dia. Na eleição presidencial de outubro o país
deverá somar 5 milhões de leis e normas, para tudo e para todos. É um caso de
suicídio nacional por asfixia burocrática.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário