Por Zezinho de Caetés
O texto que transcrevo a seguir, do jornalista Sandro Vaia (“Elementar, minha cara Watson” – Blog do
Noblat – 24/01/2014) aborda alguns eventos que ocorreram partindo das bocas do
governo, lembrando do detetive inglês Sherlock Holmes, que era muito conhecido
pelo seu “faro” em solucionar os
casos policiais a ele indicados. No caso, ele apresenta a ministra dos Direitos
Humanos, Maria do Rosário, como personagem principal.
Para ser franco, eu nunca vi uma pessoa tão boquirrota quanto
esta ministra. E o pior de tudo é que, quase sempre, está errada sobre o que
fala. Logo no início do governo a Dilma demitiu uma porção de ministro por
fazerem “malfeitos”. Apesar de que
todos continuem fazendo a mesma coisa de onde estão, a presidenta levou a fama
de “faxineira” que tanto fez manter sua popularidade. Eu perguntaria, se andar
falando asneiras em nome dos Direitos Humanos não é um grande malfeito.
Somente pelos casos citados pelo jornalista, não era nem
preciso a ministra ser demitida, e sim deveria pedir demissão, que deveria ser
aceita imediatamente. Imaginem um país defender os Direitos Humanos a partir de
inverdades e boquirrotice deslavada. Seria um escândalo se não estivéssemos no
Brasil governado pelo PT, que poderia significar o Partido da Treta (palavreado
para iludir, enganar, segundo o Houaiss).
Fugindo um pouco do assunto do texto, mas ficando com as
tretas petistas, vocês viram a participação da Dilma em Davos? Meu Deus que
vexame para o mundo e vergonha para o Brasil. Eu nunca vi tantas tentativas
juntas para iludir e enganar o gringos do olhos azuis, como dizia Lula, ainda o
papa dos petistas. Dizer que a inflação está controlada no Brasil é quase uma
ato de insanidade ou de alguém que nunca foi a um supermercado ou a uma feira
livre. Brevemente teremos manifestações dos bolsistas familiares para aumentar
o ganho, e, neste ano eleitoral, é bem possível que seus ganhos aumentem. Se
isto acontecer, fatalmente, a Maria do Rosário vai incriminar quem pelas
manifestações? Talvez o FHC.
Além disso, a presidenta tentou convencer os gringos que a
situação fiscal do governo era ótima, quando todos já sabiam de sua “contabilidade criativa”, mudando o nome
dos gastos para justificar a gastança. Como neste mundo tem bobo para tudo,
mas, nem todos são bobos, o que restará é a desconfiança dos investidores
estrangeiros de forma mais acentuada. Certamente, a presidenta fez apenas o que
faz quase todos os dias aqui dentro do Brasil mesmo: armou o palanque em Davos.
Será que a ministra dos Direitos Humanos não verá neste
palanque um estupro da verdade? É difícil. Sua boquirrotice só funciona a
favor.
Fiquem com o Sandro Vaia, sobre os delírios da ministra, que
eu vou no supermercado, quem sabe, estocar alimentos como já fiz antes do Plano
Real, o verdadeiro distribuidor de renda neste país, que a inflação ameaça
comer.
“A secretária dos Direitos Humanos da Presidência da República, Maria
do Rosário, é uma personagem bastante peculiar. Como aquele neurótico Sherlock
Holmes contemporâneo da série de TV “Elementary”, chega sempre alguns
quilômetros antes dos fatos, deduz e decreta suas verdades antes que as provas
as confirmem.
Com uma diferença: esse Sherlock moderno, antipático e arrogante,
acerta quase sempre as suas deduções, por mais rocambolescas que sejam, e a
ministra dificilmente dá uma dentro.
A primeira vez foi quando houve uma corrida a bancos no interior do
Nordeste num final de semana porque alguém teria espalhado o boato de que o
Bolsa Família ia acabar, e as pessoas tentaram se precaver fazendo saques em
massa.
Antes de saber o que tinha acontecido, a ministra Sherlock sacou de sua
lupa, examinou e, através do Twitter, deixou de lado o bom senso e as boas
regras da concordância, e decretou : ”Boatos sobre o fim do bolsa família deve
(sic) ser coisa da central de notícias da oposição”.
Quando a Caixa Econômica Federal informou que tudo havia sido provocado
por um erro de seu próprio sistema operacional, a ministra Sherlock saiu de
fininho e não reconheceu nem ao seu caro Watson - no caso da série moderna, a
sua cara Watson, já que o sábio doutor virou mulher - que tinha cometido uma
gafe elementar.
Agora a ministra saiu correndo na frente dos fatos novamente.
Todo mundo conhece a história: um jovem chamado Kaíque Augusto,
homossexual de 17 anos, foi encontrado morto nos baixos de um viaduto no centro
de São Paulo, e alguém viu no caso, antes que a polícia se manifestasse oficialmente,
um bárbaro crime de ódio homofóbico.
Que militantes de uma causa saiam a clamar vingança antes de
certificar-se do que de fato aconteceu, é até compreensível. Afinal, sao
militantes. Alguns deles vivem para isso e outros tiram disso seu sustento
político-eleitoral.
Que uma autoridade pública de nível ministerial se dispa de sua
responsabilidade moral e da liturgia do cargo para vestir a camisa de seu time,
como se o governo fosse uma arquibancada pessoal, é simplesmente inconcebível.
Ao saber das primeiras suspeitas da família, que falava em assassinato,
e das primeiras manifestações indignadas da militância, Maria do Rosário nao se
deu ao luxo de usar a prudência e assinou, sem nenhuma cautela, uma nota
manifestando solidariedade à família de Kaíque, “assassinado brutalmente no
último sábado”.
Nenhuma dúvida, nenhuma vacilação, nem sequer o benefício da suspeita:
a certeza absoluta do crime hediondo. E para espicaçar um pouco o governo de um
adversário político, a informação de que a Secretaria “está acompanhando o caso
junto às autoridades estaduais, no intuito de garantir a apuração rigorosa do
caso e evitar a impunidade”.
Uns dias depois a família reconheceu que, como suspeitava a polícia,
Kaíque havia cometido suicídio.
Desculpas da secretária Sherlock ? Nem pensar. Jogo político.
Elementar, minha cara Watson.”
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