Por Zé Carlos
Como previmos em nosso texto sobre o filme da semana
passada, produzido pelo UOL, e abaixo apresentado, o caso das madeixas do Renan
apareceu somente agora, e ri só um pouco com as fotos-montagens, mas, me
diverti bastante com a lembrança da marchinha “Olha Cabeleira do Zezé”, dos carnavais que acompanhei em Bom
Conselho, mais do que brinquei. O Renan pode não ser o que a letra da música pergunta
(... será que ele é?), embora com o
seu ato ele é alguma coisa, e não muito boa. Mas deixemos para lá a vaidade do
presidente do senado, e passemos a comentar outros aspectos do filme,
procurando, com insistência um motivo para rir no início do ano.
Porém, como podemos ficar alegres com a tragédia mostrada
logo no início do filme? O discurso de final de ano da presidenta Dilma é uma
verdadeira tragédia por que passa a verdade. “O Brasil melhorou e nossa vida melhorou”, é a frase inicial do
discurso que aparece no vídeo, e ela acrescenta que tudo isto não passa de
intriga da oposição, ou “guerra
psicológica”. Quando eu ouvi isto, e me lembrando do que aprendi, quando um
dia fui economista, descobri quanto estava defasado na matéria. Hoje, uma
inflação persistente e renitente de 6% ao ano é tida como sucesso pela
presidenta, e lá se vai minha aposentadoria pelo ralo. Uma taxa de crescimento
de 1% ao ano é considerada maravilhosa e não sei por que. A classe média
endividada pela compra de carros e idas a Disneyworld, faz a festa dos outros
países. Bem, eu vou parar por aqui, pois já estou fazendo “guerra
psicológica”, e não gostaria de ser processado outra vez por outra
presidente. Isto deveria ser um papel da oposição. Guerra é guerra.
E comecei a rir mesmo foi com o Fernando Henrique dizendo
que o Joaquim Barbosa não serve para ser candidato a presidente porque não tem
jogo de cintura partidário. Logo o FHC de quem li um livro recente dizendo que
foi presidente como Pilatos entrou no Credo, pois nunca havia tido vocação
antes? Seu pronunciamento foi uma espécie de “a ocasião faz o ladrão”. Pois no caso, ele, aprendeu direitinho e
criou até a reeleição para continuar com o osso, que não parece duro de roer.
Afinal de contas os petistas estão aí há mais de 10 anos e querem mais, mesmo
com a “guerra psicológica”.
Aliás, quem parece estar fazendo guerra psicológica é o
presidente da FIFA, Joseph Blater, que descobriu estar o Brasil atrasado nos
preparativos para Copa. E dizem que é a Copa mais cara de todos os tempos, e
ninguém sabe, ao certo, quanto gastarão até o Brasil entrar em campo. Isto se
as manifestações de rua deixarem. Para mim, que enfrento, de vez em quando, a
Avenida Caxangá, Real da Torre, etc. aqui em Recife, que se prepara para ser
uma das sedes do torneio, é uma “guerra
psicológica” tremenda, deixando meus nervos em pandarecos. Queira Deus eu
possa chegar à Arena Pernambuco nos dias de jogos daqui, talvez, somente, para
dizer que já fui a um jogo de Copa do Mundo e morrer como um bom brasileiro.
Sei não. Para mim que morava no Rio de Janeiro na Copa da Argentina, decidi, ao
invés de ir àquela Copa, onde o Brasil foi campeão moral, segundo o Coutinho,
para ir a Bom Conselho, talvez em julho eu faça o mesmo. Será melhor ouvir a
Copa num rádio, como fazia, lá no Bar de João Jararaca em 1958.
Mas, já estou divagando, pois gosto muito de futebol e o
filme nem trata disto. Vejam o resumo do roteiro produzido pelo o UOL, logo
abaixo, e em seguida, vejam o filme, rindo, se puderem, com um governador de
Estado (Cid Gomes), mergulhando para consertar um cano quebrado em Itapipoca.
Será que a presidenta vai pegar na pá e na colher de pedreiro para não haver
atraso nas obras da Copa, respondendo, à altura ao dirigente da FIFA?
“No Escuta Essa! dessa
semana, a presidente Dilma Rousseff faz um discurso otimista sobre o ano que
acabou, mas causa o espanto de Aécio Neves e Eduardo Campos. O ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso ressalta os motivos pelos quais o então presidente do
Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, não deve ser candidato à presidência
da República. Este, por sua vez, cai no samba em uma tradicional roda no Rio de
Janeiro. Por falar em samba, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL),
devolveu aos cofres públicos R$ 27.390,25 pelo voo em aeronave da Força Aérea
Brasileira (FAB) entre Brasília e Recife para realizar cirurgia de implante
capilar, e caiu na marchinha "Olha a cabeleira do Zezé". Para
terminar bem o ano e espantar as más energias, o governador do Ceará, Cid Gomes
(PROS), mergulhou em um dos tanques de uma adutora para consertar um vazamento
na cidade de Itapipoca, localizada a 147 quilômetros de Fortaleza.”
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