Em manutenção!!!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

E as nuvens não param





Por Zezinho de Caetés

Quem são mesmo os candidatos a presidente? Marina. Cadê a REDE? Aécio. Cadê a união do PSDB? Eduardo. Cadê coragem? Dilma. E o Lula vai deixar?

Ou seja, as coisas mudam e mudam em uma semana, na política e o que vemos são as nuvens passando em todos os formatos. Por isto vem a calhar um texto que reproduzimos abaixo do Rui Fabiano, que ele chama de “Política nas nuvens”, onde fala da volatilidade do quadro político brasileiro (publicado no Blog do Noblat em 18/05/2013).

O que me vem à mente, neste nariz de cera ao texto, foram minhas lembranças da visita da Dilma a Pernambuco para inaugurar a Arena da Copa e que, pelo que vi, estará terminada lá pelos meados de 2014, mas, já foi dado o pontapé inicial. A presidenta veio também lançar ao mar um novo navio, que não sei se afundou logo que foi lançado, pois o histórico de lançamentos daquele estaleiro, não é dos melhores.

E nesta visita vi os olhares de amor, gratidão e afeição que existiam entre a presidenta e o governador, entre um chute e outro na bola. Pelo jeito, morreu o candidato e ficou o fã de priscas eras. Tenho quase certeza agora só são 3 candidatos.

No entanto, nenhum dos outros está garantido como pleiteante ao cargo político máximo da nação.

Ainda não se sabe, se a Marina não conseguir deitar na REDE, se continuará no páreo por outro partido. É provável que não, e pela pressão vinda do governo, eu penso que não conseguirá aprovar o partido em tempo. Agora só são 2 candidatos.

O Aécio é o mais provável a galgar o posto de candidato no PSDB, mas, o Zé Serra parece estar vivo pelo menos para atrapalhar, o que ele tem feitos últimos tempos. Sua filosofia parece ser a de que se não for ele não é ninguém. Talvez, consiga ir para a terceira queda. Agora é 1 candidato.

Pensam que é a Dilma? Tenho quase certeza que não. Segundo ouvi falar na mídia, ou o Lula arranja um cargo que lhe dê foro privilegiado, ou vai, junto com a Rosemary fazer companhia aos colegas na prisão. Será que ele vai querer ser Senador?

E as nuvens continuam a passar. Passem com ela lendo o texto do Rui Fabiano. Eu ficarei pensando em outros candidatos.

“Embora o debate sucessório já esteja deflagrado desde que Lula lançou a recandidatura da presidente Dilma Roussef no início do ano, nada mais volátil que o cenário que se descortina.

E há aí um paradoxo: como volátil se quatro candidatos já se apresentaram? Além de Dilma, pelo PT e aliados, os tucanos apresentaram o senador Aécio Neves (que assume agora a presidência do partido); o PSB vai de Eduardo Campos, governador de Pernambuco; e a ex-senadora Marina Silva está empenhada em registrar um novo partido (Rede) para se colocar no páreo.

No entanto, nada está seguro e tudo se move no plano especulativo, que precede a aferição efetiva de forças e alianças.

Anteontem, por exemplo, o governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, considerou precipitado lançar agora candidato à Presidência, pois julga que o PSDB “tem vários bons candidatos”.

O que quis dizer com isso? Prestar homenagem a lideranças eventualmente preteridas no partido, como ele próprio ou José Serra?

Avisar a Aécio que terá que assumir compromissos com o tucanato paulista, que não engoliu seu apoio de fachada na eleição passada? Não se sabe, mas com certeza não falou por falar.

Em política, nada, nem o ato de jogar conversa fora, acontece por abstração. Até as asneiras embutem recados e intenções.

Aécio foi lançado candidato por Fernando Henrique, com o entusiástico apoio do ainda presidente do partido, Sérgio Guerra, o que aparentemente o torna internamente imbatível. Pode ser, mas não será tão simples. Há ressentimentos.

Vejamos o PT. Até aqui, nada ameaça a candidatura da presidente Dilma: tem popularidade e o apoio de Lula.

Porém, há dificuldades na economia – a mesma que, quando em alta, fez com que Lula se reelegesse apesar do Mensalão.

Se em alta a economia tem tal poder – e tem -, como seria em meio a uma crise? Dilma, como se sabe, está longe de deter o comando do PT e de sua base.

Necessita com frequência do auxílio de Lula, que faz questão de posar como seu avalista.

E foi o próprio Lula que, em mais de uma ocasião, disse que só voltaria a se candidatar à Presidência caso Dilma, na ocasião, não se mostrasse competitiva. Não jogou conversa fora.

Nessa hipótese, disse ele, “para poupar o país da volta dos tucanos”, iria para o “sacrifício”. Ninguém duvida, sobretudo porque não se sabe qual o cenário da tal “ocasião”.

Fica então, mesmo aí, com uma presidente com popularidade alta, uma rusga de mistério.

Com relação a Eduardo Campos, embora seus correligionários digam que sua candidatura é irreversível (e não poderiam dizer outra coisa), questiona-se se não estaria apenas testando seu cacife político, para aumentar sua participação no bolo do poder e viabilizar-se para 2018.

Como se sabe, foi no Nordeste que Lula e Dilma garantiram suas respectivas vitórias. E Campos é hoje a maior liderança política da região, o que o torna, em tese, fiel de balança num segundo turno.

Não é à toa que vem sendo cortejado pela oposição e questionado pelo PT. Contudo, ao que se saiba, continua amigo e interlocutor de Lula – mas também de Aécio e... Serra.

Já Marina Silva depende de outros fatores. No seu reduto, cujas dimensões não se conhecem, não é contestada.

Ninguém crê que tenha condições de ser vitoriosa, mas ninguém nega também seu potencial para fazer barulho, fortalecer-se politicamente, já que, na eleição passada, teve 20 milhões de votos.

Mas, para repetir aquela performance, depende da estrutura partidária que conseguir montar. É, de qualquer forma, beneficiária de um paradoxo: mesmo sendo já uma veterana em política, atrai aqueles que se mostram enojados da política (que não são poucos). E ela tem sido hábil em investir nessa ilusão de ótica.

Em suma, mais que nunca, cabe a famosa sentença de Magalhães Pinto, de que política é como nuvem: a cada instante muda de forma. A sucessão está nas nuvens, mas tudo o que se tem feito – e se fará daqui por diante – consiste em contemplá-las.”

2 comentários:

  1. O ANO QUE VEM TEREMOS UMA ELEIÇÃO DIFERENCIADA. COMO A ELEIÇÃO SERÁ DECIDIDA POR DUAS CLASSES SOCIAIS QUE SÃO OS "PIDÃO" DO BOLSA-ESMOLA E A CLASSE MÉDIA, TAMBÉM SÓ HAVERÁ DOIS CANDIDATOS DE PESO QUE SÃO LULA E MARINA.

    ResponderExcluir
  2. MARINA: a "ilusão de ótica", ótima definição para a candidata furta-cor...

    ResponderExcluir