Por Zezinho de Caetés
Quem são mesmo os candidatos a presidente? Marina. Cadê a
REDE? Aécio. Cadê a união do PSDB? Eduardo. Cadê coragem? Dilma. E o Lula vai
deixar?
Ou seja, as coisas mudam e mudam em uma semana, na política
e o que vemos são as nuvens passando em todos os formatos. Por isto vem a
calhar um texto que reproduzimos abaixo do Rui Fabiano, que ele chama de “Política nas nuvens”, onde fala da
volatilidade do quadro político brasileiro (publicado no Blog do Noblat em
18/05/2013).
O que me vem à mente, neste nariz de cera ao texto, foram
minhas lembranças da visita da Dilma a Pernambuco para inaugurar a Arena da
Copa e que, pelo que vi, estará terminada lá pelos meados de 2014, mas, já foi
dado o pontapé inicial. A presidenta veio também lançar ao mar um novo navio,
que não sei se afundou logo que foi lançado, pois o histórico de lançamentos
daquele estaleiro, não é dos melhores.
E nesta visita vi os olhares de amor, gratidão e afeição que
existiam entre a presidenta e o governador, entre um chute e outro na bola.
Pelo jeito, morreu o candidato e ficou o fã de priscas eras. Tenho quase
certeza agora só são 3 candidatos.
No entanto, nenhum dos outros está garantido como pleiteante
ao cargo político máximo da nação.
Ainda não se sabe, se a Marina não conseguir deitar na REDE,
se continuará no páreo por outro partido. É provável que não, e pela pressão
vinda do governo, eu penso que não conseguirá aprovar o partido em tempo. Agora
só são 2 candidatos.
O Aécio é o mais provável a galgar o posto de candidato no
PSDB, mas, o Zé Serra parece estar vivo pelo menos para atrapalhar, o que ele
tem feitos últimos tempos. Sua filosofia parece ser a de que se não for ele não
é ninguém. Talvez, consiga ir para a terceira queda. Agora é 1 candidato.
Pensam que é a Dilma? Tenho quase certeza que não. Segundo
ouvi falar na mídia, ou o Lula arranja um cargo que lhe dê foro privilegiado,
ou vai, junto com a Rosemary fazer companhia aos colegas na prisão. Será que
ele vai querer ser Senador?
E as nuvens continuam a passar. Passem com ela lendo o texto
do Rui Fabiano. Eu ficarei pensando em outros candidatos.
“Embora o debate sucessório já esteja deflagrado desde que Lula lançou
a recandidatura da presidente Dilma Roussef no início do ano, nada mais volátil
que o cenário que se descortina.
E há aí um paradoxo: como volátil se quatro candidatos já se
apresentaram? Além de Dilma, pelo PT e aliados, os tucanos apresentaram o
senador Aécio Neves (que assume agora a presidência do partido); o PSB vai de
Eduardo Campos, governador de Pernambuco; e a ex-senadora Marina Silva está
empenhada em registrar um novo partido (Rede) para se colocar no páreo.
No entanto, nada está seguro e tudo se move no plano especulativo, que
precede a aferição efetiva de forças e alianças.
Anteontem, por exemplo, o governador tucano de São Paulo, Geraldo
Alckmin, considerou precipitado lançar agora candidato à Presidência, pois
julga que o PSDB “tem vários bons candidatos”.
O que quis dizer com isso? Prestar homenagem a lideranças eventualmente
preteridas no partido, como ele próprio ou José Serra?
Avisar a Aécio que terá que assumir compromissos com o tucanato
paulista, que não engoliu seu apoio de fachada na eleição passada? Não se sabe,
mas com certeza não falou por falar.
Em política, nada, nem o ato de jogar conversa fora, acontece por
abstração. Até as asneiras embutem recados e intenções.
Aécio foi lançado candidato por Fernando Henrique, com o entusiástico
apoio do ainda presidente do partido, Sérgio Guerra, o que aparentemente o
torna internamente imbatível. Pode ser, mas não será tão simples. Há
ressentimentos.
Vejamos o PT. Até aqui, nada ameaça a candidatura da presidente Dilma:
tem popularidade e o apoio de Lula.
Porém, há dificuldades na economia – a mesma que, quando em alta, fez
com que Lula se reelegesse apesar do Mensalão.
Se em alta a economia tem tal poder – e tem -, como seria em meio a uma
crise? Dilma, como se sabe, está longe de deter o comando do PT e de sua base.
Necessita com frequência do auxílio de Lula, que faz questão de posar
como seu avalista.
E foi o próprio Lula que, em mais de uma ocasião, disse que só voltaria
a se candidatar à Presidência caso Dilma, na ocasião, não se mostrasse competitiva.
Não jogou conversa fora.
Nessa hipótese, disse ele, “para poupar o país da volta dos tucanos”,
iria para o “sacrifício”. Ninguém duvida, sobretudo porque não se sabe qual o
cenário da tal “ocasião”.
Fica então, mesmo aí, com uma presidente com popularidade alta, uma
rusga de mistério.
Com relação a Eduardo Campos, embora seus correligionários digam que
sua candidatura é irreversível (e não poderiam dizer outra coisa), questiona-se
se não estaria apenas testando seu cacife político, para aumentar sua
participação no bolo do poder e viabilizar-se para 2018.
Como se sabe, foi no Nordeste que Lula e Dilma garantiram suas
respectivas vitórias. E Campos é hoje a maior liderança política da região, o
que o torna, em tese, fiel de balança num segundo turno.
Não é à toa que vem sendo cortejado pela oposição e questionado pelo
PT. Contudo, ao que se saiba, continua amigo e interlocutor de Lula – mas
também de Aécio e... Serra.
Já Marina Silva depende de outros fatores. No seu reduto, cujas
dimensões não se conhecem, não é contestada.
Ninguém crê que tenha condições de ser vitoriosa, mas ninguém nega
também seu potencial para fazer barulho, fortalecer-se politicamente, já que,
na eleição passada, teve 20 milhões de votos.
Mas, para repetir aquela performance, depende da estrutura partidária
que conseguir montar. É, de qualquer forma, beneficiária de um paradoxo: mesmo
sendo já uma veterana em política, atrai aqueles que se mostram enojados da
política (que não são poucos). E ela tem sido hábil em investir nessa ilusão de
ótica.
Em suma, mais que nunca, cabe a famosa sentença de Magalhães Pinto, de
que política é como nuvem: a cada instante muda de forma. A sucessão está nas
nuvens, mas tudo o que se tem feito – e se fará daqui por diante – consiste em
contemplá-las.”
O ANO QUE VEM TEREMOS UMA ELEIÇÃO DIFERENCIADA. COMO A ELEIÇÃO SERÁ DECIDIDA POR DUAS CLASSES SOCIAIS QUE SÃO OS "PIDÃO" DO BOLSA-ESMOLA E A CLASSE MÉDIA, TAMBÉM SÓ HAVERÁ DOIS CANDIDATOS DE PESO QUE SÃO LULA E MARINA.
ResponderExcluirMARINA: a "ilusão de ótica", ótima definição para a candidata furta-cor...
ResponderExcluir