Por Zezinho de Caetés
No último final de semana (28/04/2013 – Blog do Noblat) li o
texto abaixo, do imortal Merval Pereira, que tinha como título “Rose estressada”. Ele apenas relembrava,
com sua capacidade de escritor da ABL,o que a Revista Veja da semana passada
deu como matéria de capa, que era a possível explosão da amante do meu
conterrâneo Lula, a Rosemary Noronha, sentindo-se perseguida pelos ex “companheiros”.
Então eu o transcrevo abaixo, não pela novidade, e sim por
um aspecto que me passou desapercebido. Segundo sua defesa, as ações estão “absolutamente dentro da cultura
político-institucional brasileira, que demanda essa espécie de contato”. E
estes contactos se referem a tudo quanto é de indecente e não republicano no
trato da coisa pública, quando envolve o PT.
E esta defesa está tentando fazer um levantamento de todas
as pessoas que usaram as embaixadas brasileiras, de alguma forma. Eu temo, mas,
tenho quase certeza, que a principal atividade encontrada será a mesma que a
Rose fez: o Turismo.
É da própria ideologia das esquerdas, que não conseguiram
fazer a revolução tão propalada no século XX, decepcionadas, tirar o máximo e
por todos os meios, éticos ou não, e agora, legais ou não, da burguesia ou das
elites pelas quais eles acham que são explorados.
Então, se hospedar em suntuosos palácios por conta do erário
é apenas uma reação dos explorados para tomar o que era seu de direito, dos
exploradores. E esta é toda filosofia por trás dos outrora revolucionários que
não teriam o que fazer num mundo onde se exige mais eficiência para ficar rico
do que tomar o dinheiro das classes dominantes.
Daí o estresse da Rose e dos marginais mensaleiros
condenados pelo STF quando sabem que temos uma Constituiçãos e leis que fazem
parte de uma sociedade que ainda diz que o indivíduo existe e o Estado não pode
tudo contra ele, e que estas instituições as estão julgando ou já julgaram e
que foram pegos de calças na mão a se aproveitar do dinheiro público, como se
tivessem todo direito a eles.
Talvez, este estresse da Rose, não seja tão grande quanto o
do Zé Dirceu, no limiar da soleira do presídio, mas, pode ser o suficiente para
implicar muitos figurões da república que praticaram os mesmos atos ilícitos
que eles, e que estão se borrando de medo de aparecerem na cama com a Rosemary.
Fiquem com a leitura do imortal, que não mostra sinal de
estresse ao escrever. Eu vou ler a Veja desta semana, para saber o que “eles” aprontaram de novo.
“Os bastidores do processo administrativo disciplinar desencadeado
desde fevereiro deste ano pela Controladoria Geral da União (CGU), vinculada à
Presidência da República, contra Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da
Presidência em São Paulo e “amiga íntima” do ex-presidente Lula, estão
agitados.
As informações são de que Rose está inquieta, considera-se injustiçada
e abandonada, e, assim como o núcleo petista ligado ao ex-presidente Lula, não
perdoa a forma “implacável e fria” como a presidenta Dilma vem tratando muitos
“companheiros”, não apenas no caso do mensalão, mas, sobretudo, pela maneira
com que abraçou a bandeira de suposto combate à “corrupção”, atingindo
importantes quadros do partido, entre os quais ela se insere.
O que se comenta nesses meios petistas é que a presidente só poupa quem
lhe é conveniente, como no caso de sua amiga Erenice Guerra, que atua com
desenvoltura em Brasília após ter sido exonerada da chefia da Casa Civil por
tráfico de influência, ou no dos políticos do PR e do PDT que retornaram ao
governo depois de enxotados por corrupção.
Muito citado ainda o caso do ministro Fernando Pimentel, que, mesmo sem
ter explicado o dinheiro recebido em consultorias, foi tratado com benevolência
pela presidente.
Desde a instauração da sindicância, as notícias têm vazado, o que
revelaria, na opinião dela, interesse na deterioração de sua imagem, atingindo
diretamente o próprio Lula e José Dirceu, pessoas próximas a Rose, como é
conhecida. E a CGU tem sido implacável em detalhes até surpreendentes para ela.
O que irritou, de modo mais específico, Rosemary nos últimos vazamentos
foi a notícia de que teria sido apreendida em seu poder a quantia de 33 mil
reais em moeda sul-coreana (won), quando, segundo ela, consta do auto de
apreensão a quantia de 33 mil won, o que faria toda a diferença. Essa quantia
seria algo equivalente a um cafezinho na Coreia do Sul, como dez reais.
Foi apreendida ainda uma quantia em dólares (cerca de 20 mil) que,
segundo Rosemary, fora comprada licitamente para uma viagem à Disney que faria
em dezembro. Apesar do alto poder aquisitivo demonstrado nessa compra
antecipada de dólares, Rose garante que todos os seus recursos estão declarados
e nega enriquecimento ilícito.
Rosemary também demonstra indignação com a divulgação de sua hospedagem
na embaixada em Roma como se tivesse cometido algum ilícito. Alega que essas
hospedagens são comuns e que esteve lá na condição de amiga do ex-embaixador do
Brasil em Roma José Viegas, ex-ministro da Defesa de Lula.
A defesa de Rosemary, aliás, está disposta a pedir o levantamento das
pessoas que teriam se hospedado em todas as embaixadas brasileiras no exterior
na gestão da presidenta Dilma, para averiguar se houve situações análogas, de
modo a garantir a isonomia de tratamento.
Vários altos funcionários da República, como o ministro Gilberto
Carvalho (ex-chefe de Rosemary), Beto Vasconcelos (número dois da Casa Civil)
ou Erenice Guerra (ex-ministra da Casa Civil), foram arrolados pela defesa, o
que possivelmente demonstra uma estratégia de esmiuçar os meandros da
administração pública federal no tocante ao conceito de tráfico de influência,
de que Rosemary é acusada.
Rosemary teria atuado para a nomeação de uma desembargadora e diretores
da Agência Nacional de Águas e da Agência Nacional de Aviação Civil, e
intermediado diversos negócios.
Seguindo o mesmo raciocínio dos “companheiros” de mensalão, Rosemary
tem dito que sempre fez o que é comum em Brasília.
Segundo sua defesa, as ações estão “absolutamente dentro da cultura
político-institucional brasileira, que demanda essa espécie de contato”. Se o
processo administrativo disciplinar contra Rosemary vingar, ela não poderá mais
fazer parte do serviço público federal, e certamente uma sanção terá
desdobramentos muito negativos no processo penal a que responde.
Daí porque causa a Rosemary surpresa a fúria punitiva com que se lança
o próprio governo federal contra ela. Ela identifica a chefe da Casa Civil,
Gleisi Hoffmann, como a responsável pelo rigor da investigação, e o núcleo
petista que reclama disso vê na ministra e em seu marido, o ministro Paulo
Bernardo, traços de deslealdade.
Até que ponto Rosemary aceitará passivamente servir de bode expiatório?
Ou a presidenta Dilma não comanda seus burocratas, e as instituições atuam sob
o comando de outros personagens? Rosemary não acredita nisso.”
DE UMA COISA TODO O PAÍS TEM PLENA E ABSOLUTA CERTEZA: QUEM NUNCA FOI BODE EXPIATÓRIO É O SEBOSO DE CAETÉS. SENÃO VEJAMOS: O LULA TEVE OITO ANOS DE MANDATO, 12 ANOS DE CANDIDATO, 20 ANOS DE PELEGO SINDICAL… O CARA NUNCA SOUBE O QUE É GASTAR DINHEIRO DO PRÓPRIO BOLSO; NÃO VAI APRENDER DEPOIS DE VELHO. ATÉ A ROSE ELE COMEU PAGANDO ESCRITÓRIO E AVIÃO COM NOSSO DINHEIRO...
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