Por Zé Carlos
Como não poderia deixar de ser, o que dominou a semana que
passou, e é retratado no filme da UOL, que apresentamos lá no final, foi o
Programa Bolsa Família. Boatos diziam que o programa iria se acabar e encheram-se
as agências da Caixa Econômica Federal de gente aflita, para sacar seus últimos
reias doados pelo governo federal.
Minha mãe contava que lá em Bom Conselho, se não me engano,
lá pela década de 40, surgiu um boato que o mundo iria se acabar. E ela teria
sido uma das vítimas do pânico que se formou ao correr para Igreja, confessar
os pecados, na esperança de que, cumprindo-se a profecia bíblica, ela pudesse
no outro dia estar no paraíso. Contava
ela, talvez enfatizando nas tintas da história, que descia gente da Rua do Sol
como enxurrada da chuva. Tenho certeza de que ela não sabia dizer de onde saiu
o boato. Mas, ela acreditou.
Pois houve um novo aviso de fim de “mundo” nesta semana que passou. E isto nem é figura de linguagem. O
Programa Bolsa Família tornou-se o mundo de grande parte das pessoas neste
país. E isto merece uma análise mais séria do que a que podemos fazer aqui,
apresentando um simples filme que aborda com humor o caso.
Posso apenas dizer que hoje, o programa como se apresenta e
funciona, além de tornar-se obrigatório e indispensável para o “mundo”, nem as profecias de que era um
programa passageiro e iria se acabar com o fim da miséria, poderão ser mais
cumpridas.
No filme, um senhora reclama do programa, porque ele não
pode nem comprar um saia de R$ 300,00 para filha. Isto indica que o “mundo” não está esperando que o programa
se acabe ou seja ele apenas, como foi a ideia inicial, até que a sua miséria se
acabe. A miséria subiu de patamar.
Não se encontra no filme, mas, eu vi outra declaração, de
outra mulher dizendo que usava o dinheiro do programa para colocar na poupança
do marido. Ou seja, o governo confia nas mulheres como gestoras do dinheiro,
mas, elas, talvez em protesto, dão o que recebem aos maridos.
Brevemente, o Programa Bolsa Família, se estenderá à classe
média, e lá estarei eu dando declarações do mesmo naipe, como professor
aposentado e tendo direito ao meu Bolsa, de que, imaginem, o que governo me dá
não dar nem para pagar a prestação do meu carro.
Com estas condições, é imaginável que o programa seja o grande trunfo
eleitoral para quem é considerado seu
pai. E o filme mostra, com seu grande senso de humor, figurões da república se
digladiando para fazer o exame de DNA no Programa do Ratinho. Para mim o
programa é filho de mãe solteira e foi gerado numa noite de festa, onde a mãe
não só deitou com um homem só. E exame de DNA está sendo feito todo o dia e
toda hora pela população brasileira.
E nossa política chega a um verdadeiro impasse. Para que
discutir outros temas? Será o exame de DNA que nos dirá quem, a partir de 2015
continuará na presidência da república, igualzinho ao que aconteceu em 2010.
Mesmo não se tendo concluído o DNA histórico, o povo concluiu, naquele ano, que
o pai era o Lula (não venham com ilações de que a mãe solteira era a Rosemary
Noranha porque aí não precisaria nem de DNA), e ele elegeu a Dilma, que defende
esta tese com unhas e dentes para se manter no poder.
Do outro lado o Aécio Neves garante que o pai é o FHC, pois
na época da festa, o FHC ainda mexia com estas coisas que o pais tem que fazer
para gerar filhos. E o embate continua, até as eleições. Quem será o pai? Veremos.
E, logo em seguida, o filme nos mostra algumas declarações
do Joaquim Barbosa. Ele não diz que é o pai do Bolsa Família, mas, diz que os
nossos “partidos são de mentirinha”.
E a verdade parece que doeu porque foi um alarido danado no Congresso. Só
faltou o Eduardo Suplicy, com sua cueca de Superman, declarar que isto era uma terrível
injustiça e a Marta, mandá-lo relaxar e gozar diante da situação, porque, não é
nada demais que o PC do B seja patrocinado pela Coca-Cola, pois tudo hoje é uma
coisa só.
O filme ainda não aborda mas eu já me antecipei, vendo que o
Renan Calheiros, foi presidente por um dia. Dizem as más línguas, que também
iria viajar, só não o fazendo porque quem iria assumir, neste caso, seria o
Joaquim Barbosa. Houve uma tensão geral, porque ele poderia editar uma medida
provisória mandando alguns para cadeia. Foi melhor não arriscar.
Agora fiquem com o resumo do roteiro do filme da UOL e depois
vejam o resumo da semana e decidam quem é o pai do Bolsa Família, e portanto,
fará o novo presidente do país.
“No Escuta Essa! desta
semana, a disputa entre Dilma e Aécio pela criação do Bolsa Família. O programa
do governo federal também gerou tumulto após boatos de que seria cancelado.
Dilma reagiu, a ministra Maria do Rosário culpou a oposição pelo boato, mas
depois recuou. Por fim, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, que alfinetou
novamente os parlamentares dizendo que o país tem partidos de “mentirinha”.”
POR AÍ SE VÊ A POBREZA DE IDEIAS ALTERNATIVAS PARA O PAÍS E A POBREZA DE ESPÍRITO TANTO DA OPOSIÇÃO QUANTO DA SITUAÇÃO QUE BRIGAM PELA PATERNIDADE DO BOLSA ESMOLA, REBAIXANDO O DEBATE POLÍTICO AO TESTE DE DNA PARA SABER QUEM É O PAI DA CRIANÇA...
ResponderExcluirPELO QUE SE VIU, PIDONAS QUERENDO COMPRAR CALÇAS DE R$ 300,00 E OUTRAS FAZENDO DEPÓSITO DO VALOR SACADO NA POUPANÇA, PODEMOS CONSIDERAR QUE NÃO SE TRATA MAIS DE BOLSA ESMOLA E SIM DE BOLSA CAVIAR...
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