Em manutenção!!!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

A semana - A Revolução Francesa. Precisaremos de guilhotina?




Por Zé Carlos

Ao ver o filme da UOL, abaixo reproduzido, que tenta resumir o que se passou durante a última semana, de forma humorística, eu me lembrei do Ginásio São Geraldo. Pois foi lá que, sob a batuta do Professor Waldemar, eu travei os primeiros contactos com a Revolução Francesa. Seria, no entanto, uma mentira (que poderia até passar como um recurso literário) dizer que o que me lembro deste episódio importante na história universal veio das aulas do meu querido professor.

Depois de ter assistido tantos filmes e lido tantos livros que tratavam do evento, que é, muitas vezes, mostrado como um episódio em que povo se revoltou contra o governo, a associação do evento com o que se passou num casamento milionário, na cidade maravilhosa, vem a calhar. Enquanto a Maria Antonieta, rainha da época, esnobava seu povo ao dizer-lhe que se não tivessem pão, comessem brioche (e eu até hoje não sei o que é brioche, na fala da rainha, e nem importa ir saber, para o presente caso) um filho de um empresário, um parente da noiva dizia algo similar ao jogar notas de 20 reais para o povo que criticava a suntuosidade e esbanjamento na cerimônia. A Maria Antonieta perdeu a cabeça na guilhotina. Já com o jogador de dinheiro, ainda não se sabe o que irá acontecer. Talvez não um guilhotina, mas, um boa palmadas do pai, não seria em vão.

Porém, o mais importante deste curto filme (talvez a equipe tenha ficado presa em mais um engarrafamento natural ou gerado pelas manifestações, e não teve tempo de aumentá-lo) foi o que fez o Congresso, sob o comando do Renan, para iludir a opinião pública, mais uma vez.

Eu achei extremamente estranha a reação dos parlamentares ao clamor das ruas, votando tantas matérias de interesse do país em tão pouco  tempo. Confesso que não esperava. Fiquei alegre, como quase todo brasileiro. Mas, como diziam muito lá em Bom Conselho: “Alegria de pobre dura pouco”. E durou menos de um mês. Cansados do esforço de cumprirem suas obrigações, eles capitularam no final. Imaginem, que no último mês houve semanas que os parlamentares trabalharam de segunda a sexta-feira. Sim, senhores e senhoras, deram expediente, de quase 6 horas por dia, por 5 dias inteiros por seman para satisfazer os pedidos da população.

Para quem só trabalhava na terça e na quarta-feira, foi um imenso esforço, ao ponto do Presidente do Congresso suspender as sessões por 15 dias para que eles pudessem tomar fôlego em suas bases eleitorais. Como não podiam entrar em recesso, porque a Constituição não permite que se faça isto antes de votar a LDO, que poderia ser uma sigla para Lei Dos Otários, embora seja Lei de Diretrizes Orçamentárias,  eles bolaram, mesmo dentro do quadro de cansaço, o artifício do “recesso branco”.

O que faltou no filme, além do nariz de palhaço colocado em Renan, foi vestir toda a população brasileira também de palhaço, pedindo desculpas a esta classe tão mal comparada, a dos palhaços. Tudo pelo descanso dos nossos parlamentares. Que descansem em paz.

A parte internacional fugiu da espionagem americana para cair no “collorismo” do presidente Russo, o Vladimir Putin. Só lembrei do Rambo, que foi o herói que me introduziu nos jogos eletrônicos, ao ponto de, em certo estágio da vida, tentar construir joguinhos através da computação gráfica, o que, como todos viam, não poderia dar certo, e não deu. Mudei para o blog e até agora, não tenho de que me queixar, pois continuo vendo o Rambo/Putin e me divertindo.

Eu fico aqui pensando, a que ponto chegam hoje os governantes, para angariarem a simpatia dos eleitores. Vejam o filme e saberão um pouco. É difícil até de imaginar a nossa presidenta de roupa de ginástica e malhando num esteira, mas, quem sabe? A coisa parece que está feia e tudo pode acontecer. Eu gostaria mesmo era de ver o Aécio e o Eduardo Campos disputando corrida de 100 metros como eu fazia com meus colegas lá na Rua da Cadeia, em Bom Conselho.

Mas fiquem com o resumo do roteiro da equipe da UOL, e depois com o filme, que é curto, mas, não é grosso e pode render algum riso para começar bem a semana.

“Beatriz Barata - neta do empresário Jacob Barata, conhecido como o 'rei do ônibus' – se casou em uma cerimônia estimada em milhões de reais no Rio de Janeiro, no mesmo dia em que a França comemora a queda da Bastilha, um dos principais eventos da Revolução Francesa, que derrubou a nobreza corrupta do país. E a ‘agenda positiva’, imposta ao Congresso pelas manifestações de rua que tomaram o país em junho, não durou nem um mês: o recesso parlamentar vai atrasar a votação das leis contra a corrupção e a reforma política. Enquanto isso o presidente da Rússia, Vladimir Putin, participou de mais uma aventura: dessa vez explorou um naufrágio a bordo de um mini-submarino.”


Nenhum comentário:

Postar um comentário