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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

O destino do PT




Por Zezinho de Caetés

Ontem refleti sobre a denúncia da Gleisi Hoffman, uma das estrelas do PT atual e do passado. Já não digo do futuro porque, sinceramente, não vejo futuro no PT. E, só um parêntese que poderei ampliar amanhã depois do debate entre os candidatos, penso que aqui também, em Recife, o partido deverá acabar.

E hoje, encontrei um texto da Dora Kramer, no Estadão, intitulado como “Rotatividade delituosa”, (abaixo transcrito), no qual ela mostra a importância da Casa Civil, nos afazeres da República, e as consequências de terem sido colocados meliantes na pasta em quase todos os governos do Lula e da Dilma.

Parece até brincadeira, mas, o destino de quase todos os seus titulares, deverá ser o mesmo do primeiro, o Zé Dirceu. Este, se não houver indulto, deverá morrer na cadeia. Eu sou contra a prisão perpétua, mas, neste caso, ela se tornou perpétua pela cumulatividade de crimes. É muito crime para uma pessoa só.

Eu fico pensando na situação do meu conterrâneo, o Lula. Se com o Dirceu foi assim, e se para os outros, Dilma, Gleisi, Palocci já está tudo encaminhado para morarem em Curitiba, o que será do Lula? Deve estar com o resto da barba no molho, e daí, viver esperneando por este país, brigando com os “meninos do Moro”.

E como se imagina, não precisa ser vidente como o Ministro da Justiça, para saber que após as eleições tem mais Lava Jato, e os que ainda restam como o Mercadante, a Erenice e outros, tomarão seu rumo.

No próximo domingo irei cumprir meu dever cívico. Escolher os destinatários do poder do governo municipal. Só estou esperando o debate de hoje para votar mais consciente ainda do que neste momento. Minha consciência até agora diz para não votar no PT, mesmo que o João Paulo prometa consertar a Conde da Boa Vista.

O titular é a pessoa que avalia e monitora atos presidenciais – aqui incluído o exame prévio da constitucionalidade de cada um deles –, acompanha a execução de ações governamentais da Presidência e demais ministérios, supervisiona o andamento das propostas do Executivo no Congresso, passa o pente-fino em cada palavra a ser publicada no Diário Oficial, analisa o mérito dos projetos, fiscaliza o andamento das propostas, faz a interface com o Parlamento, toca, enfim, a República.

Explicito isso para que o prezado leitor e a cara leitora tenham a exata noção do que significa o posto ocupado nos governos dos variados partidos e do PT por nove titulares. Daí talvez lhes facilitem a compreensão sobre a gravidade de cinco deles serem acusados, condenados ou investigados por corrupção.

O primeiro e mais poderoso, José Dirceu, cumpriu pena em decorrência do processo do mensalão e foi preso outra vez por decisão do juiz responsável pelo caso do petrolão. Certamente sofrerá novas condenações. Dirceu é aquele cujo braço direito nos primórdios do governo de Luiz Inácio da Silva, Waldomiro Diniz, foi pego pela exibição de um vídeo em que tentava extorquir o bicheiro, dito empresário, Carlos Cachoeira.

Um tempo risonho. Franco e de alguma forma até ingênuo a julgar o que viria depois. Dirceu sucumbiu ao escrutínio do Supremo Tribunal Federal e antes sofreu a cassação do mandato na Câmara numa situação muito semelhante à de Eduardo Cunha, sendo um todo-poderoso que não resistiu aos fatos. Isso numa época em que a votação para esses casos era secreta.

Deu-se um trauma no governo Lula que, para superá-lo, nomeou Dilma Rousseff, a ministra de Minas e Energia de então, para o posto. Já na ideia de construção da candidatura de uma “mulher honesta” que viria a parecer tudo menos honesta. Elegeu-se presidente e no mandato subsequente sofreu o segundo impeachment em menos de 25 anos da história brasileira.

Em seguida a Dilma, ocupou a Casa Civil Erenice Guerra, até então o chamado braço direito dela. Não durou no cargo, do qual precisou abrir mão quando das evidências de prática de influência dela e da família no governo. Erenice hoje está na mira de Curitiba.

Por breve período de dois meses durante a campanha eleitoral de 2010, Carlos Eduardo Esteves foi o chefe da Casa Civil enquanto Dilma cuidava da própria campanha da qual, uma vez eleita, nomeou Antonio Palocci para a Casa Civil. Isso a despeito de o personagem já ter tido várias denúncias, dentre as quais as do recebimento de propinas por causa de um repentino aumento de patrimônio e de ter, por isso, perdido o cargo de ministro da Fazenda.

Hoje Palocci está preso, sob a acusação de extorquir R$ 128 milhões da empreiteira Odebrecht. Sua sucessora, Gleisi Hoffmann, encontra-se nas malhas da Lava Jato por obra do caixa 2 da Petrobrás do qual, segundo os investigadores, teria recebido R$ 1 milhão resultante de propinas acertadas por ocasião de contratos firmados pelo governo com a Petrobrás.

Depois de Gleisi foram nomeados Aloizio Mercadante, Jaques Wagner e Eva Chiavon (militante do MST), descontada a fracassada tentativa de acolitar Lula na Casa Civil para protegê-lo da ação do juiz Sérgio Moro. Não se protegeu nem impediu abertura de procedimento por obstrução de Justiça.


De onde é de se concluir que a Casa Civil foi tratada nos anos do PT no poder como a casa da mãe Joana.”

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