Por Zé Carlos
Seria um contra-senso começar esta coluna, que pretende
mostrar sempre o melhor humor nos meios políticos, dizendo que a coisa mais
engraçada que aconteceu semana passada foi a desaparição do nome do PT na
propaganda eleitoral do João Paulo. Eu sei que é hilário, mas, jamais diria que
isto é importante para começá-la. Para não sofrer nenhuma crítica tenho que
começar com o fato da semana: A Dilma, até que enfim, sairá do Palácio do
Alvorada e irá, provavelmente, para Porto Alegre. Embora, se ela quiser, a
coluna poderá arranjar lugar para ela aqui no Recife. Talvez, basta falar com o
Humberto Costa ou com o próprio João Paulo, que está a tanto tempo
desempregado, e disto ele entende.
E não fugindo deste assunto, pela alegria que o impeachment
de Dilma causou a esta coluna, pois agora tenho certeza de ela virá cooperar
com ela em tempo integral e dedicação exclusiva, eu acho que o nosso
bom-conselhense senador, o Randolfe Rodrigues, deve ser um leitor assíduo
destes nossos escritos semanais. Foi dele o suporte jurídico usado para o
Lewandowski (que também foi convidado para trabalhar na coluna, depois que sair
da presidência do STF) para que a nossa musa, a Dilma, não perdesse os direitos
de trabalhar no setor público. A forma como ele se empenhou nisto levaria a crer
que houve um acordo entre esta coluna, Renan, Lewandowski, Randolfe, Lula, além
de Kátia Abreu para, manter seus direitos políticos, e ela pudesse trabalhar no
setor público, e assim sendo, a coluna não ter que arcar com todo o seu
salário, para ter as suas jocosidades aqui garantidas. No entanto, devo dizer,
como dizem todos eles, que, por parte desta coluna, não houve este acordo. De
qualquer forma, agradeço ao conterrâneo Senador por ser um nosso leitor e sem
reclamar da extensão da coluna.
Aliás, se tive alguma participação no episódio foi apenas
meu desejo, pela atuação do Randolfe neste processo de impeachment, que ele
também se engaje à coluna. Espírito jocoso não lhe falta. Vejam meus senhores
(quase ia colocando também “minhas
senhoras”, mas, lembrei que a era gramatical da Dilma passou e agora a
forma vale para os 2 gêneros, e não somos misóginos) que o senador pulou do
PSOL para cair na REDE, junto com a Marina. Pela sua atuação, ou a Marina vai
ser a vice de Dilma em 2018 ou ele brevemente entrará no PT para assumir o
posto. E quem sabe, teremos ele aqui também em tempo integral em 2018. Eu digo
que será um orgulho para esta coluna, não só porque ele é de Bom Conselho, mas
porque é tem se mostrado realmente um pândego.
Mas, mesmo ainda atarefada com os afazeres presidenciais a
Dilma ainda conseguiu trabalhar com afinco para esta coluna, fazendo o Brasil
inteiro rir, no show, ao vivo que deu no Senado, que deixaria o Chico Anísio
morrendo de inveja, se vivo fosse. Além de fazer um discurso com um teor
humorístico nunca visto na história deste país, ao ponto de fazer o Lula e o
Chico Buarque quase morrerem de rir, durante a inquirição dos senadores, parece
que foram mais de 40 que fizeram perguntas, ela nos brindou com piadas que,
tenho certeza matará de rir os nossos leitores. Por isso reproduzo algumas logo
abaixo. No entanto, tenho que dizer, foi sua capacidade para fugir das
perguntas, que fazia a plateia delirar. Se um senador perguntava: “A senhora mentiu?”, ela respondia: “O cravo brigou com a rosa, debaixo do
laranjal...”. Foi simplesmente impagável. Leiam-na:
“Quanto à questão da
legitimidade do julgamento, eu acho que a gente tem de fazer uma distinção. Nós
não podemos achar que a mesma análise que se faz para o golpe de Estado baseado
na intervenção militar é a mesma análise que se faz para um golpe de Estado que
toda literatura política chama de golpe de Estado parlamentar.
Compareço ao Senado
porque é um espaço democrático que precisa ser preservado. Quero que a
democracia saia ilesa desse processo, mesmo se considerado um rito correto. Não
basta um rito correto, é necessário um conteúdo justo.
Aqueles que não gostam
que o nome seja golpe querem encobrir um fato. Encobrem a tentativa de derrubar
um governo que chegou pelas urnas por um governo que não teve voto, que não foi
eleito. Eu não tenho apreço egoísta pelo meu mandato, eu o defendo porque ele é
intrínseco da democracia. Se não provar que tem crime, é golpe, sim”
Apesar da enrolação, o humor não parece existir nas declarações
de nossa musa. O seu humor se descobre sutil quando apresentamos a pergunta
para a qual ela deu esta resposta: “Por
que você autorizou a dívida aos bancos oficiais?”.
É claro que seria impossível reproduzir aqui o grande show
da Dilma no Senado, pois mataria nossos leitores de tédio e não de riso. Em
suma, o que é mesmo hilário é que ela falou tanto em “golpe” que o grande astro do dia seguinte ao depoimento de sua
santidade do humor, a Dilma, foi o Lewandowski, sim, aquele mesmo que disse
está “tinindo nos cascos” para
defender o Zé Dirceu, de saudosa memória pela sua veia humorística, na época do
mensalão. Pasmem, mas, durante o última do julgamento da Dilma, ele resolveu,
consultar um “regimento”, que dizem
ser do prédio onde ele mora em Brasília, para justificar que nossa musa, por
ele, poderia ser impichada, mas, também, seguindo o nosso senador Randolfe,
deveria ser decidido se ela deveria ou não ter seus direitos políticos
cassados. E perpetrou o verdadeiro “golpe”
em nossa Constituição, com a aprovação de vários senadores. Depois da risadaria
geral no Brasil inteiro, graças a Deus, a Dilma vai poder vir para nossa coluna
sem fazer muitas exigências salariais, pois poderá arranjar um emprego, mesmo
lá em Porto Alegre. Quem sabe, com seus contactos em Bom Conselho, o nosso
senador conterrâneo, não arranje um emprego na Câmara de Vereadores da cidade
ou mesmo na prefeitura? Seria a glória para esta humilde coluna.
E diante deste assunto, não posso desprezar a veia cômica do
nosso colaborador maior, o Zezinho de Caetés, que escreveu em sua postagem de
sexta-feira (aqui)
o seguinte:
“Hoje estou muito
feliz. Enfim temos alguém no comando do Brasil que nos dá segurança,
tranquilidade e até alegria. Tivemos um período onde quase perdíamos as
esperanças, mas, agora continuaremos com a cabeça erguida e com a certeza que
dias melhores virão. Eu sabia que era apenas uma questão de comando, e que
nossa pátria voltaria a ser uma vencedora. Obrigado, Tite!
E agora, voltemos à
política, onde caímos de uma imensa alegria com a saída de Dilma para uma
imensa tristeza com o golpe que foi aplicado por Lewandowski que gera seus
efeitos deletérios, cujo principal é a judicialização de nossa política. Penso
que, dentro de poucos dias, até a associação dos moradores de Água Fria, onde
moro, vai entrar com um mandado de segurança contra a decisão Lewandowskiana de
fatiar um crime, oferecendo uma fatia a Deus e outra ao diabo.”
Caro amigo, com o primeiro parágrafo eu já estava
gargalhando e comecei a estrebuchar com o segundo. Você, além de ser
conterrâneo do Lula, é também “o cara”.
E hoje já termino esta coluna, em São Paulo, onde irei ver in loco o que está acontecendo na Avenida Paulista. Se algo me
acontecer, se encontrar algum petista por lájá encontrei meu substituto para as
segundas-feiras. Até conterrâneos importantes nós temos, e agora, o meu, o
Randolfe, é mais importante do que o dele. E viva o Agreste Meridional.
Não posso me despedir esta semana, sem falar no Temer, de
quem desconfiam, como mostrou o Zezinho de ter também entrado no “golpe” do Lewandowski. De qualquer forma
o convidamos para colaborar com a coluna e ele já mostra o seu humor de
terceira idade. Não levou a Marcela para China, e diz que vai dar um cargo a
ela no programa que criará, se não me engano, um tal de “Criança Feliz”. Parece
que ele descobriu que, no Brasil, não se pode fugir muito do script. Teremos a
agora o “Bolsa Infantil”. E que Deus proteja as crianças do nosso país.
Até a próxima semana, direto de São Paulo, de preferência da
Avenida Paulista ou da Praça da República.
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