Por Zezinho de Caetés
Já amanheci o dia me preparando para a nova fase da Comissão
de Impeachment. Hoje, para quem gosta de política, não há diversão melhor. Já
estou com saudade da Gleisi e até mesmo do Lindberg, que agora propõe antecipar
o impeachment da ex-presidenta bolorenta, para que ela seja enviada a Porto
Alegre durante as Olimpíadas.
Ora vejam meus senhores, senhoras e indeterminados, como
dizia ontem o Zé Carlos em sua coluna semanal, quem tem este tipo de instinto,
de lavar roupa suja fora de casa, só pode ser de má fé. E como sabemos, a má fé
do PT, como já foi comprovado, é se manter no poder a qualquer custo, e o
Brasil que se dane.
Por incrível que pareça, e parece masoquismo de minha parte,
quando penso em ouvir a Fátima Bezerra falar em “golpe” e governo biônico. E para sofrer mais ainda, escolhi hoje um
texto para transcrever, que é mais um golpe de realismo daquilo que sucede no
Brasil atual. Refiro-me ao texto do Arnaldo Jabor, hoje, no O Globo, que ele
intitula, pasmem: “O golpe, o golpe, o
golpe”. Ao lê-lo parei de contar os golpes lá pelo décimo.
Eu fiquei estarrecido, como hoje estão todos os brasileiros,
como é que deixamos o Brasil chegar a este ponto. Dizem que chegamos ao fundo
do poço, o que é muito bom, se for mesmo o fundo, lembrando de minha mãe lá no
nosso Caetés querido, que quando balançávamos na rede, e era alertada para o
perigo, dizia: “Deixa prá lá, pois se
cair, do chão não passa!”.
Estamos quase passando do chão e entrando no fundo da Baía
de Guanabara, com o pezão atolado na lama. Penso que se a Operação Lava Jato
continuar, já estou me preparando para fazer concurso para a Polícia Federal,
ou agente penitenciário, pois vai faltar
gente. Só me resta chamar o Castro Alves para mostrar o horror:
“Senhor Deus dos
desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor
Deus!
Se é loucura... se é
verdade
Tanto horror perante
os céus?!”
E continuem, vendo o horror em que nos meteu o PT, Lula et
caterva, pela pena do Jabor, que eu continuarei sofrendo por aqui, esperando
que Deus nos ouça.
“O verdadeiro golpista foi o PT, esse partido que nos desmanchou
Dilma e o PT continuam a bradar que está em curso um golpe contra eles.
Vão berrar isso na Olimpíada, vão continuar até 2018, quando esperam eleger o
Lula. Mas creio que esse demagogo narcisista encontrará seu destino antes
disso.
É espantoso ver o ardor com que a “barbie” de esquerda Gleisi Hoffmann
e o Lindbergh Farias, bem conhecido em Nova Iguaçu, defendem Dilma. Por que
será? Para mostrar força, já que ambos são investigados na Lava-Jato? E o José
Eduardo Cardozo? Ele parece estar lutando pela própria vida. Sua fidelidade
canina é emocionante. Que será que ele quer? Algum sonho de poder ou é só amor?
Todos se aferram à tecnicalidade das chamadas “pedaladas fiscais”,
questionando-as, periciando-as, como se esse detalhe fosse a única razão para o
impedimento.
Sem dúvida, foram o irrefutável crime contábil de seu governo. Mas, não
só as malandragens da administração são crimes; também foram espantosos os
desastres econômicos e políticos que essas práticas provocaram. Foi golpe sim
quando deram as pedaladas, desrespeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal,
para fingir que as contas estavam sob controle. Mais do que aumentar o
endividamento, o governo recorreu a manobras para fechar as contas públicas. A
chamada contabilidade criativa incluiu, por exemplo, repasses do Tesouro ao
BNDES, que não aparecem como aumento de dívida.
O verdadeiro golpista foi o PT, esse partido que nos desmanchou. O
golpe começou desde o governo Lula, que abriu para o PT e aliados as portas
para o presidencialismo de corrupção.
Suas ações foram tão incoerentes, tão irracionais, que explicações
políticas ou econômicas não bastam. Para entender a cabeça desses elementos,
temos de recorrer à psiquiatria. O diagnóstico é um sarapatel feito de
estupidez ideológica, falso amor ao povo, bolivarianismo, oportunismo e a
deliciosa descoberta da facilidade de roubar num país tão permissivo com os
ladrões.
Foram muitos os golpes que Dilma e sua turma cometeram.
Foi golpe quando mentiram espetacularmente na campanha eleitoral
dizendo que o país estava bem, quando desde 2014 já rondava a falência. A
presidente assumiu o segundo mandato já sabendo que dificilmente poderia
cumprir as promessas de campanha.
Foi golpe quando, em decorrência da transgressão da Lei de
Responsabilidade Fiscal, os gastos públicos disfarçados provocaram o desemprego
de mais de 12 milhões de trabalhadores, com a inflação subindo para mais de 10%
O endividamento do setor público disparou no governo Dilma. Em 2014, o setor
público gastou R$ 32,5 bilhões a mais do que arrecadou com tributos — o
equivalente a 0,63% do Produto Interno Bruto (PIB), o primeiro déficit desde
2002. A dívida pública líquida subiu pela primeira vez desde 2009, de 33,6% do
PIB em 2013, para 70% agora. Sua herança maldita faz a dívida pública crescer
quase dois bilhões por dia.
Foi um golpe quando permitiram que nosso rombo fiscal chegasse a R$ 170
bilhões.
Foi um golpe sim quando Dilma comprou a refinaria de Pasadena por 1
bilhão e meio de dólares, 300 vezes o preço original de 43 milhões. É
assustador ouvir de Dilma que ela não sabia de nada (nunca sabem nada) e que o
caolhinho Cerveró a teria enrolado.
Isso já poderia ser motivo para impedimento: ou ela fez vista grossa
para as roubalheiras da Petrobras (“oh... malfeitos toleráveis para a
‘revolução’ petista...”) ou por incompetência e negligência criminosa mesmo, ao
não examinar direito, como “presidenta” do Conselho de Administração, a
caríssima compra de uma refinaria lata velha. Só isso, já era motivo. Aliás, o
Cerveró reagiu às explicações de Dilma: “Ela sabia de tudo... ela mentiu e me
sacaneou”. A chanchada está cada vez mais vulgar.
Foi imenso o crime da destruição de nosso maior orgulho, a Petrobras,
que virou um ferro velho endividado, vendendo ativos. Foi golpe.
E vêm aí mais coisas horrendas na Eletrobrás do Lobão, nos fundos de
pensão, nas empresas públicas. São golpes de morte.
Foi um golpe o aparelhamento do Estado pelos petistas. Foi golpe nomear
mais de 50 mil elementos para lotear o governo.
Os gargalos na infraestrutura brasileira foram ignorados, e encareceram
os custos da indústria. Foi golpe o atraso em obras de infraestrutura do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e também a demora nas licitações de
ferrovias, rodovias e portos. Foi golpe também financiar portos e pontes na
Venezuela e em Cuba.
Mantega foi um “golpe”, denunciado por todos os economistas sérios do
mundo. Dilma abandonou de vez o chamado “tripé macroeconômico” de FHC em favor
de uma “nova matriz” que quebrou tudo. Não demitiram Mantega porque seria
admitir um fracasso, inadmissível para uma velha comuna.
Foi golpe o termo de posse que Dilma enviou para Lula em segredo, para
livrá-lo da Justiça comum.
Golpes pouco lembrados são os gigantescos gastos para fazer propaganda.
Uma prática vexaminosa sempre foi o dinheiro que se gastou em propaganda dos
órgãos públicos para enganar a população sobre fracassos inconfessáveis.
Só em 2014, Dilma gastou mais de 2 bilhões e meio em propaganda. Em
2015, dois bilhões e trezentos. Total: seis bilhões de reais para engambelar a
opinião pública em dois anos. E mais: desde o início do governo do PT foram
gastos mais de 16 bilhões de reais em publicidade. Não é um golpe?
E o pior golpe é o inconcebível desrespeito às instituições do país.
Dilma acusa o Supremo Tribunal, a Procuradoria Geral, o Congresso, milhões de
pessoas nas ruas, de tramarem o golpe contra ela.
E mais ainda:
É um golpe feio a arrogante “presidenta” pedir sanções contra o Brasil
a países vagabundos da Unasul bolivariana... A presidenta do Brasil fala mal do
Brasil no mundo todo. Pode?
Isso poderia até ser o caso de infração à lei de Segurança Nacional.
Lei 7.170/83.”
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