Por Zezinho de Caetés
Já costumo, nas segundas-feiras vir a este blog, ler a
coluna do Zé Carlos (aqui)
sobre a semana que passou. A desta semana me causou grandes problemas. Ele tomou
as ideias que eu gostaria de escrever sobre a lambança do Lula e do PT em geral
estão fazendo com nosso país, que já luta com dificuldades para não ser
desclassificado outra vez pela Holanda na Copa do Mundo. Mas, o desespero do
lulopetismo com os resultados de sua gestão incompetente e fraudulenta,
comprovada pelo STF não tem limites. Eles estão apavorados com a possibilidade
de deixarem as tetas da vaquinha chamada Tesouro.
No entanto, são tantas as mazelas que, por mais que o Zé
Carlos tenha se esforçado para esgotar o assunto da pantomima do PT, sempre
resta o que comentar. No texto abaixo o Sandro Vaia (que Dilma deve odiar só
pelo nome devido às costumeiras vaias que leva em todo canto que vai), compara
a gestão petista com uma ópera. Não uma ópera de verdade, mas, a ópera dos Irmãos
Marx (que contém o Groucho e não o Karl), que é um filme adequado para
representá-la. (Publicado no Blog do Noblat em 16/05/2014 com o título: “Uma noite na ópera”).
Apesar de tocar em um monte de confusões vindas do PT, e dos
seus chefes, o Lula e a Dilma, ele não toca na declaração do Lula sobre a
mobilidade urbana durante os jogos da Copa. Tenho que procurar direitinho o que
ele disse para que seja guardado para a história como mais uma babaquice dita
pelo meu conterrâneo no 4º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais,
no mesmo dia em que o Vaia escreveu seu texto:
"Nós nunca
tivemos problemas de andar a pé. Anda a pé, vai descalço vai de bicicleta, vai
de jumento, vai de qualquer coisa. Acha que a gente está preocupado?. Ah, não,
porque turista tem que ter metrô que leve até dentro do estádio? Que babaquice
é essa? Nós temos é que dar garantia para essa gente assistir ao jogo, comer
nossa comida (...), é isso que temos que ter orgulho".
Todos sabemos ou pelo menos supomos saber que, por motivo de
saúde, o meu conterrâneo Lula não ingere mais álcool, o que talvez tenha levado
à falência a fábrica da cachaça 51, porém, é muito difícil acreditar que ele
não estivesse sobre o efeito de uma droga qualquer quando disse isto. Eu que
pergunto: Que babaquice é essa?
Imaginem se os turistas em potencial leem isto, dito por uma
pessoa que se diz líder mundial da luta contra todas as coisas. Ora, se eu já
não vou à Arena Pernambuco porque sei da dificuldade que terei em lá chegar nos
dias de jogos, como um turista estrangeiro viria para o Brasil, sabendo que
poderá ir de jumento para o estádio? Sei que existem turistas que adoram
práticas radicais, como, matar elefante na África, esquiar no Monte Everest, pular
de paraquedas da Torre Eiffel, ou mesmo escalar a imagem do Cristo Redentor,
todavia, nunca tinha visto eles procurarem a prática de ir de jumento para os estádios
de uma Copa. Nem mesmo de camelos. Seria inusitado, como é nossa esperança de
que tudo dê certo neste evento mundial, que sediamos por um erro político do
próprio Lula, que os gostos dos estrangeiros mudassem tanto.
Eu sei que os petistas viciados vão dizer que o seu chefe
queria apenas incentivar a criação de jumentos no Nordeste, pelo seu objetivo
maior de justiça social, que ele
resumiu em sua frase, e deve ter sido aplaudido pela claque de sempre: “Se nem todos podem ir de metrô, que vão
todos de jumento!”. Afinal de contas para as esquerdas o lema da igualdade
é muito levado a sério. Isto desde que os seus líderes vão de carrões, helicópteros
ou jatinhos. Enfim, o Lula acertou em cheio, para ganhar as próximas eleições,
com o lema de campanha: “Jumento para
todos!”
Fiquem agora com o texto do Sandro Vaia, onde ele comenta
mais algumas joias do lulopetismo, e eu vou procurar um jumento lá prás bandas
de Caetés, para ir à Arena Pernambuco. Afinal o jumento é nosso irmão.
“Groucho Marx , num acesso hiperbólico de auto-ironia, dizia que não
frequentava clubes que o aceitavam como sócio.
Groucho Marx era um comediante e a sua profissão não apenas lhe
permitia como o obrigava a ser engraçado.
Quando o “Financial Times”, o jornal cor salmão que representa o
espírito da outrora poderosa “City” londrina, coração do capitalismo financeiro
que metade do mundo ama odiar, disse que o governo de Dilma Rousseff se parece
mais aos irmãos Marx embora pretenda ter a eficiência de uma Angela Merkel,
estava exercitando o cruel sarcasmo inglês.
Ao contrário de Groucho, os integrantes do governo Dilma não só
frequentam os clubes que os aceitam como sócios, como têm a inequívoca tentação
de controlar todas as diretorias do clube, apossar-se da sede social,
estabelecer uma hegemonia irremovível sobre todas as suas atividades, e ameaçar
quem se opuser ao som monocórdico da orquestra que comanda o baile com a
danação do fogo eterno.
Apesar da aparente crueldade do jornal inglês, qualquer semelhança dos
últimos acontecimentos no país com as gags da troupe de irmãos no clássico “Uma
Noite na Ópera”, não é mera coincidência.
Groucho, Harpo, Chico e Zeppo (que não trabalhou em “Uma Noite na
Ópera”) tinham um tipo de humor surrealista -- porém voluntário -- que pode ser
comparado, por exemplo, ao surrealismo involuntário do ministro dos Esportes
Aldo Rebelo aplacando os receios ingleses sobre a organização da Copa afirmando
que “o Iraque é muito mais perigoso”.
Os 4 irmãos, com exceção de Harpo, que não se dava ao trabalho de
falar, conseguiriam montar uma cena melhor do que os ministros Mercadante e
Mantega, falando, no mesmo dia, um à imprensa e outro à Câmara, que o governo
controla sim alguns preços para segurar a inflação e que o governo não controla
nenhum preço, e cada um comprovando a sua tese com fatos escolhidos ao seu bel
prazer?
Nem em “Uma Noite em Pasadena” os irmãos Marx seriam capazes de repetir
Lula, Dilma, Gabrieli e Graça Foster dizendo que a controvertida compra da
refinaria por um preço muito acima do mercado, foi ao mesmo tempo um bom
negócio, um mau negócio, um negócio mais ou menos, um negócio que podia ter
sido bom, um negócio que se tornou mau -- enfim, um teste de múltipla escolha
cujas respostas serão preenchidas por uma CPI de senadores chapa branca, que
será capaz de concluir que qualquer negócio pode ser bom desde que acabe bem
nas urnas.
Quando Lula escreveu um artigo para “El País” dizendo que tem gente
torcendo para a Copa dar errado “com objetivos eleitorais”, fingiu esquecer que
quando se atirou com tanta volúpia e alegria aos braços da Fifa no dia do
“sorteio” da escolha da sede da Copa de 2014 -- o ano eleitoral já estava
gravado nas estrelas. E que se a Copa der errado não será culpa nem do país nem
da oposição, mas de quem transformou as obras de infra-estrutura e os estádios
numa noite na ópera.”
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