Por Zezinho de Caetés
“Brasil, meu Brasil
brasileiro, meu mulato inzoneiro, vou cantar-te nos meus versos...”, esta é
uma canção que representa o nosso país desde a época dourada do rádio e de seu
compositor, o Ary Barroso. Eu, desde minha mocidade sempre a cantei e até me
lembro de um disco que meu pai tinha, do grande cômico brasileiro José
Vasconcelos, no qual ele imitava o compositor, em seu famoso programa de
calouros, dizendo a um deles, que imprudentemente foi lá cantar a famosa Aquarela
do Brasil, da qual são os versos acima: “Você
pode cantar nos seus versos, mas nos meus, não...”, eu não sabia ao certo o
que seria um “mulato inzoneiro”.
Lendo hoje o artigo da Ruth de Aquino, na Revista Época
(20/05/2014), com o título de “O complexo
mega-Brasil”, que mostra com maestria o que está se passando com o nosso
Brasil inzoneiro, no período recente, então vítima das mancadas do PT
inzoneiro, decidi eliminar minha ignorância histórico/musical e fui descobrir o
significado de inzoneiro.
Fui no Dicionário Houaiss e vi que “inzoneiro” tem o mesmo significado de “enzoneiro” e de “onzeneiro”,
e que tem os seguintes sinônimos: Fuxiqueiro; intrigante; mexeriqueiro; manhoso;
enredador; enganador; espertalhão; sonso; e por aí vai. Fiquei surpreso porque
cantei isto tanto tempo sem saber de nada, igual ao Lula sobre o mensalão e a
corrupção na Petrobás. Ou seja, para mim, para o Ary Barroso e para os outros cantantes
da música, muitas vezes considerada símbolo do Brasil, o Brasil, além de ser
mulato, ainda é “inzoneiro”. Mas,
tudo passou porque foi cantado em belos versos e com uma bela música. Não me
senti culpado porque não sabia e nunca usei minha ignorância para enganar o
país.
No entanto, lendo o texto da Ruth que abaixo transcrevo, eu
fiquei com uma dúvida danada se o Ary Barroso foi quem primeiro previu a
chegado do PT ao poder, através do Lula, o “barbudo
inzoneiro” , quem, através da enganação do nosso povo, entregou o país a um
poste que hoje está se tornando tão “inzoneiro”
quanto ele, através de sua inzonice (qualidade ou característica de inzoneiro,
está lá no Houaiss) enrustida. Eu nunca, na história deste país, vi se mentir
tanto. Agora foi formado o Casal 20 da mentira, Lula e Dilma, com o objetivo de
continuar no poder cometendo inzonices. Certamente, ganharemos a Copa da
mentira, quando nossa presidenta sai por este país afora a contá-las sem pejo.
Mas fiquem com Ruth de Aquino, onde ela mostra e comenta a
maior mentira de todos os tempos, que é nossa Copa da Copas, e que Deus nos
livre de mais um “maracanazzo” como
em 1950, agora contra a Argentina. E olhem que sou um otimista contumaz e ainda
acredito que o Felipão não seja um “bigodudo
inzoneiro”.
“O problema do Brasil não é ter complexo de vira-lata, mas cultivar a
obsessão do “mega”. Uma obsessão cafona e perniciosa. Tudo precisa ser o “maior
do mundo”. E assim foi o Maracanã em 1950, construído em apenas dois anos. Que
inveja de nós mesmos.
Por que prometer a “Copa das Copas”? Por que não se conformar com uma
Copinha alegre e hospitaleira, organizada e bem planejada, com dignidade? Não
está no DNA tupiniquim? A ostentação é coisa nossa. A construção de Brasília é
um dos exemplos do megadesperdício – seu estádio, agora, é uma continuação da
megaincompetência na gestão de quase tudo.
Só um país sem noção como o nosso, com tantos problemas sérios e
crônicos de prazos, infraestrutura, internet e transporte, numa área
continental, resolve submeter estrangeiros e brasileiros a uma Copa em 12
sedes.
O Brasil populista é mais megalomaníaco. As promessas ufanistas são
típicas do populismo, de direita ou esquerda. Conclamar as massas ao
patriotismo e a cerrar fileiras contra inimigos internos ou externos é um
recurso primário, que já deu muito errado na história da humanidade.
A Copa mais bilionária das Copas passa a atrair, no gramado esburacado
das ruas, a ira de uma população descontente e dos vândalos de ocasião. As
cenas em Pernambuco, de saques de multidões, durante a greve da PM, são
assustadoras, pela anarquia e pelos risos dos assaltantes, muitos menores de
idade ou pais e mães.
É essa a população que se beneficia das bolsas do governo do PT?
Imagens e relatos de um país lúmpen rodam o mundo. As fezes, lixos e pneus no
mar, lagos e baías. Os ônibus depredados e incendiados. As lojas e escolas
fechadas por medo de violência. As filas da vergonha nos hospitais públicos. Os
confrontos sangrentos nas favelas. O vaso sanitário arremessado em pleno
estádio, que matou um torcedor. Não foi uma banana, foi uma privada.
Por enquanto, a Copa das Copas se traduz pelo lado negativo. O maior
atraso do mundo nas obras de estádios e aeroportos. A maior desorganização e
falta de planejamento. O maior número de operários mortos. As maiores
manifestações contra a Copa. Os maiores problemas nos aeroportos inacabados. Os
custos mais altos. Os maiores preços nos hotéis. É o mega-Brasil em ação. Pra
frente Brasil, salve a Seleção.
O grau de frustração segue o grau de promessas não cumpridas. Não fique
de queixo caído, pessoal do Planalto. É só puxar pela memória e ler. A
Refinaria Premium 1, no Maranhão, anunciada com estardalhaço por Lula e Dilma
em 2010, deveria ser “a maior do país”. Uma megarrefinaria. Deveria gerar 25
mil empregos. Está parada. Foi orçada em R$ 38 bilhões pela Petrobras. O mesmo aconteceu
com muitas obras.
Uma sondagem da Fundação Getulio Vargas revelou que o Brasil terá o
terceiro pior PIB da América Latina neste ano. É a pior avaliação desde 1999,
segundo a FGV.
A coisa está tão feia que a presidente Dilma Rousseff, gerentona do caos,
fez um apelo na quinta-feira, para que os brasileiros recebam bem os torcedores
nacionais e estrangeiros durante a competição. “Ninguém que vem aqui leva
consigo, na sua mala, aeroporto, porto, obras de mobilidade urbana e estádios.
Eles podem levar na mala a garantia de que este é um povo alegre e
hospitaleiro.” Dilma disse que o Brasil não vai explodir, mas sim bombar em
2015. Já está bombando, mas o cheiro é de gás lacrimogêneo. O Brasil é a terra
do improviso, segundo a imprensa estrangeira. Alguém discorda?
Já se prevê um festival de vaias. Dilma é vaiada. Pelé é vaiado. Bem
capaz que Lula também seja. Ler que o governo Dilma prepara um Centro Integrado
para proteger os turistas na Copa faz pensar no que o brasileiro enfrenta todos
os dias, sem megaevento. Enfrenta uma megazona.
O Brasil sempre será assim? Só 41% das 167 intervenções prometidas para
a Copa estão prontas, a 30 dias da competição. Precisamos enfeitar o passe e
dar toque de calcanhar, mesmo com a meia puída. A criatividade, para ser
eficaz, exige enorme disciplina. Caso contrário, até o futebol vira caricatura
de nós mesmos.
Pela primeira vez em 23 anos, os clubes brasileiros estão ausentes das
semifinais da Libertadores. O período de treino da Seleção para a Copa é o mais
curto desde 1930 – apenas 18 dias. Só quatro dos 23 convocados por Felipão
jogam no Brasil. Sete jogadores brasileiros lutarão contra os canarinhos, com
uniformes de seleções estrangeiras.
Há um descrédito profundo no jeitinho verde-amarelo. Não precisamos
virar alemães ou japoneses. Eles não são ideais de nada se contemplarmos a
História. Podemos ser melhores se reivindicarmos com firmeza e serenidade
nossos direitos. Sem cair na lorota de políticos caras de pau. Porque pernas de
pau não somos. Quem sabe será esse o verdadeiro legado da Copa?”
pena que ñ é só o Lula que é "inzoneiro", o que ñ falta é politicos trapaciando, mas a culpa historica pela corrupção é somente do Lula, né!
ResponderExcluirParabéns pelo excelente artigo Zezinho! Em resposta ao Analia Andrade aí de cima, não é uma questão de ser apenas o Lula, inlcuisive as prisões de Michel Temer e Moreira Franco estão aí para provar isso. Todos os envolvidos em esquema ilícitos devem ser punidos e é o que a Lava Jato está tentando fazer, se o STF deixar, né?
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