A semana - Felipão escala a seleção na política

Por Zé Carlos

E passa mais uma semana em direção à Copa do Mundo. Pelo jeitão teremos concomitantemente duas copas: A de futebol e a da corrupção (ou do cinismo). Fomos chamados há algum tempo, pelo Nelson Rodrigues, de a “pátria de chuteiras”, se fosse vivo ele talvez chamasse-nos de a “pátria do cinismo”. E o filme do UOL que sempre apresentamos aqui, com a intenção de que nossos leitores comecem a semana de bom humor, tenta resumir este sentimento.

Os roteiristas foram felizes na escalação de uma seleção misturando uma copa com a outra. Óbvio, que a craque da seleção do cinismo é a Dilma Bafão. Nos últimos dias ela está para esta seleção como o Neymar está para a de futebol. Seguindo suas ordens linguísticas, poderíamos dizer que é um verdadeira “craca” a nossa presidenta. Posso até antever a queda do IBOPE dos nossos tradicionais programas de humor televisivo com a chegada das eleições. É de morrer de rir quando ela abre a boca para ler o que seus marqueteiros desesperados escrevem. E chega-se à beira do suicídio, pelo riso, se a ouvimos falar de improviso. Já estão prometendo uma entrada na final da copa, no Maracanã, para quem interpretar o que ela diz. E o ingresso dá direito a vaia. Eita, pessoal mal educado! Estão vaiando mais a presidenta do que  vaiavam o Paulo César Caju, nos meus tempos de Rio de Janeiro.

E, se não quiserem correr risco de vida, pulem a parte do filme em que a Dilma Bafão coloca o chapéu dourado, em uma visita a um dos estádios inacabados para Copa, a de futebol. Se observarem bem verão que aquele chapéu não era para ela, pelo tamanho. Deveria ser do Padilha Fominha, que é também um “cracaço de bola” na outra Copa, pois ele está sem capacete, contrariando as normas de segurança, da mesma forma que contrariou na Saúde, com um programa que importa médicos sem nem pedir carteira de identidade. É o “compre que o Fidel garante”.

Eu não sei o que significava aquele cartão vermelho na mão dos petistas no encontro para evitar o “Volta Lula!”. Seria um ato de expulsão para Lula ou para Dilma, ou para o governo petista como um todo? Ri muito, quando pensei nos resultados das últimas pesquisas que evidenciam que poderia ser para todos. Pensando bem, do ponto de vista do humor, eu não sei como passaremos sem o PT no poder. Teremos que voltar a ver o Zorra Total.

E a Marina Brocadora, hein?! Ri, apesar de que acho uma injustiça o apelido futebolístico. Já sabemos que ela foi treinada na escolinha do PT, e teve o Lula como principal treinador. Ou foi a Marta Suplicy, uma “craca” do passado, que depois de errar o passe, relaxava e gozava? Hoje, a Brocadora faz dupla de área com o Dudu, que segundo o Felipão no filme joga na mesma posição de Aécio, e os dois ficam competindo para ficarem no banco de reservas no segundo turno, digo, tempo. Segundo o filme, ambos jogam com a camisa 6 ou com a camisa meia dúzia. Para eles o importante é derrotar o PT. Embora, se a Dilma Bafão continuar jogando tão mal com vem fazendo, que sabe, no segundo turno, digo tempo, os dois não estarão em campo e a “craca” fora?

E, a partir de algum momento, o filme descamba para o jogo em São Paulo, com a convocação de pessoas como Geraldo Catinga. Aliás, nada mais apropriado para alguém que sai do governo de São Paulo para a seleção. Dizem até que já há muitos paulistas emigrando para oNordeste em virtude da seca em São Paulo. Quem sabe poderemos ter o Lula de volta?! Se for necessário para reeleger a Dilma, não se preocupem, ele volta de pau-de-arara, para terra do meu amigo Zezinho de Caetés, que agora está também com o senso de humor aguçado, ao comemorar em postagem neste blog o dia da “Mãe do PAC”.

E para concluir a escalação da Copa do Cinismo, temos as declarações de baixo nível do Aloisio Chulapa (crianças, não vejam o filme até o fim) e as declarações do Padilha Fominha que quer o apoio até do Partido da Mandioca, e que chama todo mundo de mentiroso. Antes que ele diga que é mentira minha o que escrevi até aqui, deixo vocês com o resumo do roteiro do filme do UOL e vejam a seguir o filme, esperando que, se não formos campeões no futebol, muita calma, porque ganharemos a outra Copa, certamente.

“Na semana que Felipão escolheu os 23 jogadores da seleção brasileira, os partidos políticos começam a definir quais serão suas apostas para as eleições 2014. O PT vem com Dilma Bafão --com mais uma de suas gafes-- e Alexandre Fominha, que quer se aliar com todos os partidos para vencer a disputa em São Paulo. Os tucanos vem com Aécio, Aloysio Chulapa e Geraldo Catinga, que não gosta de água, nem de banho. O PSB vem com Marina Brocadora, partindo para o ataque contra os tucanos, e Dudu Campos. Aliás, as más linguás dizem que Eduardo e Aécio é o mesmo trocar seis por meia-dúzia.”