Por Zezinho de Caetés
O Percival Puggina publicou em seu blog no último dia
16/08/2013, um texto que eu mesmo gostaria de ter escrito, mas, não tenho a
devida competência. Seu título é “MENSALÃO
– O RETORNO”, e eu o transcrevo abaixo, depois de algumas mal traçadas
linhas, minhas. Logo em seguida eu coloco um filme do debate entre jornalistas
da Veja, para aqueles que tiverem mais tempo e quiserem se enfronhar sobre mais
este capítulo da história do Brasil.
Eu começo pelo fim do texto do Puggina, quando ele diz, que
se houver modificações quanto às penas dos condenados pelo primeiro julgamento,
estaremos diante do segundo maior escândalo de nossa história, tendo sido o
primeiro o próprio mensalão.
Eu acompanho o julgamento com muita curiosidade, embora nem
sempre com a devida cultura jurídica para entender todos seus meandros. O que
eu entendo é que se a Justiça dos homens no Brasil depender, tão facilmente de
opiniões de dois novatos naquela corte do STF, eu como cidadão devo começar a
tremer. Não entendo o tal dos embargos
infringentes que pode levar o Zé Dirceu a ficar em casa sem pagar pelos
seus crimes de querer, simplesmente, acabar com a democracia no Brasil.
Eu ouvi os dois novatos. Pareceu-me que um deles, Teori
Zavaski (seria ele búlgaro ou cigano?) é muito mais ponderado, embora eu o
entenda menos do que o Luis Roberto Barroso, que parece um pavão não misterioso.
O pavão quando fala parece que faz roda levantando a cauda para que todos o
ouçam, ou melhor, para que todos só o ouçam, com aquele ar de Papa Francisco
arrependido dos votos de pobreza. E, se, estes tais de embargos infringentes
forem aprovados, o pavão será o primeiro a pular a cerca para o abraço com o
PT.
E o que mais temo é que o lulo/petismo não tem compromissos
com a ética para agir em qualquer caso, para se manter no poder. Não tenho dúvida
que só descansarão quando cada petista tiver um “dacha” em Brasília, e viverem cercados de escravos a trabalharem
para eles em nome de uma igualdade social que não passa de um engodo.
Sem querer misturar alho com bugalhos, mas, já misturando,
já temos, o segundo ou terceiro maior escândalo da república que é a importação
de médicos de Cuba para trabalhar em regime de escravidão no Brasil. Só este
fato já daria um novo julgamento no STF, e eu esperaria que ele fosse “um ponto fora da curva” no sentido de
condenar a presidenta a regime de trabalhos forçados, como o foram os pobres
médicos cubanos. É a verdadeira revolução cubana: Restaurar o capitalismo
vendendo uma mercadoria que os regimes civilizados já pararam há tempo,
escravos.
Mas por hoje, fiquem com o texto do Puggina e o vídeo sobre
o julgamento do mensalão. No fundo no fundo é tudo sobre o lulo/petismo, que inclue
a Dilma, como um ponto bem dentro da curva.
“"Corrupção é uma bola de neve. Se começa a rolar, precisa
aumentar." Charles Caleb Colton)
He is back! O maior julgamento da história retorna às telas com novo
elenco, em versão revista e modificada. Onze homens e suas muitas sentenças.
Não há quem desconheça o interesse de Lula, presidente de fato da República, de
Dilma, a "presidenta" de direito, e do partido governante, em livrar
da prisão os velhos companheiros e os parceiros já condenados pelo STF. A roda
do tempo e do destino concedeu-lhes, para a fase de deliberação sobre os
embargos interpostos pelos réus, a oportuna e estratégica possibilidade de
prover duas vagas que se abriram no plenário daquela Corte.
Pois bem, se nada sei a respeito do ministro Teori Zavaski, um dos dois
novos atores da novela, conheço muito bem o modo de agir do petismo. E o
ministro Luís Roberto Barroso, por sua vez, cuidou pessoalmente, reiteradas
vezes, de manifestar seus sentimentos em relação ao caso. Antes de iniciar a
deliberação sobre os embargos, Barroso declarou que o julgamento fora "um
ponto fora da curva" nas decisões do Supremo e que o STF havia
"endurecido a jurisprudência". No primeiro dia, sem que ninguém lhe
perguntasse, saiu declarando que o mensalão não fora "o maior caso de corrupção
da história". Opa, foi sim, ministro! Pela gravidade foi, sim. Pelo fato
de o governo haver comprado a dinheiro uma parte do parlamento, foi sim. Pelo
fato de uma parte do parlamento se ter vendido ao governo, foi sim.
Nessa mesma ocasião, após dissertar, não sem razão, sobre os males da
corrupção, o ministro Barroso condenou o modelo institucional brasileiro como
causa principal das desgraças morais de nossa política. Tal afirmação poderia
estabelecer um ponto a favor de sua excelência. Eu mesmo arranjei-me uma lesão
por esforço repetitivo de tanto escrever sobre isso. Mas não é correto invocar
os vícios do modelo institucional para diluir, para liquefazer, robustas e
seriíssimas responsabilidades individuais. É o mesmo argumento, sem tirar nem
pôr, que os petistas sacam do bolso sempre que necessário para defender os
seus. E o fazem retornar cuidadosamente ao mesmo compartimento do casaco quando
se referem, por exemplo, ao tucanoduto de PSDB mineiro, que está na fila para
apreciação pelo STF. Tem razão o ministro. O sistema é corruptor, sim. De quem
for corruptível.
Realmente não ficou bem para ele expressar por tantos modos certa
indulgência em relação aos graves crimes cometidos por réus que são protegidos
de quem o indicou ao cargo que agora ocupa no STF. Eis por que não hesito em
afirmar que se as coisas andarem para onde parecem soprar os ventos do momento,
se com a mudança de composição da corte o caso sofrer a reviravolta que
aparentemente se desenha no horizonte, esta nova etapa do julgamento do
mensalão poderá se converter no segundo maior escândalo de corrupção da
história da República. Nem só de dinheiro se alimenta a bola de neve da
corrupção.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário