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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Petismo, escândalos e escravidão




Por Zezinho de Caetés

O Percival Puggina publicou em seu blog no último dia 16/08/2013, um texto que eu mesmo gostaria de ter escrito, mas, não tenho a devida competência. Seu título é “MENSALÃO – O RETORNO”, e eu o transcrevo abaixo, depois de algumas mal traçadas linhas, minhas. Logo em seguida eu coloco um filme do debate entre jornalistas da Veja, para aqueles que tiverem mais tempo e quiserem se enfronhar sobre mais este capítulo da história do Brasil.

Eu começo pelo fim do texto do Puggina, quando ele diz, que se houver modificações quanto às penas dos condenados pelo primeiro julgamento, estaremos diante do segundo maior escândalo de nossa história, tendo sido o primeiro o próprio mensalão.

Eu acompanho o julgamento com muita curiosidade, embora nem sempre com a devida cultura jurídica para entender todos seus meandros. O que eu entendo é que se a Justiça dos homens no Brasil depender, tão facilmente de opiniões de dois novatos naquela corte do STF, eu como cidadão devo começar a tremer. Não entendo o tal dos embargos infringentes que pode levar o Zé Dirceu a ficar em casa sem pagar pelos seus crimes de querer, simplesmente, acabar com a democracia no Brasil.

Eu ouvi os dois novatos. Pareceu-me que um deles, Teori Zavaski (seria ele búlgaro ou cigano?) é muito mais ponderado, embora eu o entenda menos do que o Luis Roberto Barroso, que parece um pavão não misterioso. O pavão quando fala parece que faz roda levantando a cauda para que todos o ouçam, ou melhor, para que todos só o ouçam, com aquele ar de Papa Francisco arrependido dos votos de pobreza. E, se, estes tais de embargos infringentes forem aprovados, o pavão será o primeiro a pular a cerca para o abraço com o PT.

E o que mais temo é que o lulo/petismo não tem compromissos com a ética para agir em qualquer caso, para se manter no poder. Não tenho dúvida que só descansarão quando cada petista tiver um “dacha” em Brasília, e viverem cercados de escravos a trabalharem para eles em nome de uma igualdade social que não passa de um engodo.

Sem querer misturar alho com bugalhos, mas, já misturando, já temos, o segundo ou terceiro maior escândalo da república que é a importação de médicos de Cuba para trabalhar em regime de escravidão no Brasil. Só este fato já daria um novo julgamento no STF, e eu esperaria que ele fosse “um ponto fora da curva” no sentido de condenar a presidenta a regime de trabalhos forçados, como o foram os pobres médicos cubanos. É a verdadeira revolução cubana: Restaurar o capitalismo vendendo uma mercadoria que os regimes civilizados já pararam há tempo, escravos.

Mas por hoje, fiquem com o texto do Puggina e o vídeo sobre o julgamento do mensalão. No fundo no fundo é tudo sobre o lulo/petismo, que inclue a Dilma, como um ponto bem dentro da curva.

“"Corrupção é uma bola de neve. Se começa a rolar, precisa aumentar." Charles Caleb Colton)

He is back! O maior julgamento da história retorna às telas com novo elenco, em versão revista e modificada. Onze homens e suas muitas sentenças. Não há quem desconheça o interesse de Lula, presidente de fato da República, de Dilma, a "presidenta" de direito, e do partido governante, em livrar da prisão os velhos companheiros e os parceiros já condenados pelo STF. A roda do tempo e do destino concedeu-lhes, para a fase de deliberação sobre os embargos interpostos pelos réus, a oportuna e estratégica possibilidade de prover duas vagas que se abriram no plenário daquela Corte.

Pois bem, se nada sei a respeito do ministro Teori Zavaski, um dos dois novos atores da novela, conheço muito bem o modo de agir do petismo. E o ministro Luís Roberto Barroso, por sua vez, cuidou pessoalmente, reiteradas vezes, de manifestar seus sentimentos em relação ao caso. Antes de iniciar a deliberação sobre os embargos, Barroso declarou que o julgamento fora "um ponto fora da curva" nas decisões do Supremo e que o STF havia "endurecido a jurisprudência". No primeiro dia, sem que ninguém lhe perguntasse, saiu declarando que o mensalão não fora "o maior caso de corrupção da história". Opa, foi sim, ministro! Pela gravidade foi, sim. Pelo fato de o governo haver comprado a dinheiro uma parte do parlamento, foi sim. Pelo fato de uma parte do parlamento se ter vendido ao governo, foi sim.

Nessa mesma ocasião, após dissertar, não sem razão, sobre os males da corrupção, o ministro Barroso condenou o modelo institucional brasileiro como causa principal das desgraças morais de nossa política. Tal afirmação poderia estabelecer um ponto a favor de sua excelência. Eu mesmo arranjei-me uma lesão por esforço repetitivo de tanto escrever sobre isso. Mas não é correto invocar os vícios do modelo institucional para diluir, para liquefazer, robustas e seriíssimas responsabilidades individuais. É o mesmo argumento, sem tirar nem pôr, que os petistas sacam do bolso sempre que necessário para defender os seus. E o fazem retornar cuidadosamente ao mesmo compartimento do casaco quando se referem, por exemplo, ao tucanoduto de PSDB mineiro, que está na fila para apreciação pelo STF. Tem razão o ministro. O sistema é corruptor, sim. De quem for corruptível.

Realmente não ficou bem para ele expressar por tantos modos certa indulgência em relação aos graves crimes cometidos por réus que são protegidos de quem o indicou ao cargo que agora ocupa no STF. Eis por que não hesito em afirmar que se as coisas andarem para onde parecem soprar os ventos do momento, se com a mudança de composição da corte o caso sofrer a reviravolta que aparentemente se desenha no horizonte, esta nova etapa do julgamento do mensalão poderá se converter no segundo maior escândalo de corrupção da história da República. Nem só de dinheiro se alimenta a bola de neve da corrupção.”



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