Por Zé Carlos
Do filme desta semana, da UOL, que é abaixo colocado,
podemos até rir da semana que passou. Mais uma vez, um episódio do sábado ficou
para a próxima semana, embora ele não seja motivo de riso: A chegada dos
médicos cubanos para o programa Mais Médicos, hoje tão comentado e discutido.
Eu não sou contra do programa em si, sou contra apenas a
forma como ele foi implementado. Através de Medida Provisória, em resposta às
manifestações de rua, e sem a devida transparência quanto à nacionalidade de
médicos estrangeiros, no que se refere aos cubanos. Eu já tinha como certo,
porque isto foi declarado pelo próprio governo brasileiro (ou porta voz), que a
vinda de cubanos não era bem vista pelos mesmos motivos das críticas a ele hoje
feitas: o caráter excepcional como Cuba lida com seus profissionais, do ponto
de vista de nossa legislação.
Abriu-se a seleção, apareceram poucos médicos estrangeiros e
brasileiros, e como num passe de mágica, e justificando-se por isto, se faz um
convênio com a OPAS para que esta entidade fizesse a negociação com Cuba para
vinda de médicos, como se os médicos cubanos já estivessem “encaixotados” nos aeroportos, e prontos
para serem despachados em containers das mercadorias normais.
E foi o que eu vi, pela TV, um “bando” de gente com bandeiras cubanas e brasileiras, em jalecos brancos,
quase com se tivessem a saído de caixotes, com um discurso afinado, dizendo que
não estavam aqui por dinheiro, mas, para ajudar os brasileiros, inclusive a
nossos próprios médicos que passaram, com esta atitude à condição de
mercenários e sem amor a profissão, precisando de ajuda externa para que a
saúde no país funcione. Parecia uma ópera bufa ensaiada em algum lugar em
Havana tendo algum brasileiro do governo como diretor.
Eu já ouvi alguém falar, que quando esteve em Cuba, as
pessoas lhe diziam, que para viver naquele país, precisavam de FÉ. Quando a
pessoa já estava pronta para rezar com o declarante, estranhando que num país
ateu isto fosse possível, aí vinha a explicação: FE = FAMÍLIA NO EXTERIOR.
Lembrando disto eu penso que esta é a única oportunidade que tem os médicos
cubanos para dar um melhor padrão de vida aos familiares que ficaram,
compensando suas saudades.
Pensando bem, só seria cômico se não fosse trágico, e talvez
mesmo não devesse constar de um filme de humor. E passemos ao nosso filme desta
semana.
E, ao ver o Cid Gomes, tentando explicar o socialismo
cearense, regado a caviar, escargot e lagosta, o riso começa a brotar. Ele já
havia pago uma fortuna a Ivete Sangalo para embalar o povo cearense, e agora, para
se integrar definitivamente à “esquerda
caviar”, esta iguaria é servida como ova de peixe, que foi pego na Praia do
Futuro. Então é também comida de pobre, embora não se veja nenhum nos palácios.
Talvez, seja a filosofia, do Joãozinho Trinta, de que quem gosta de pobreza é
intelectual, pobre gosta mesmo é de luxo. Como diz alguém no filme, já pensou
se, nos coquiteis no palácio, fosse servida buchada de bode? O povo iria odiar.
É de morrer de rir.
E o mensalão não sai de pauta. São quase 8 anos de idas e
vindas e, pelo jeitão, ninguém vai para cadeia. É embargo para lá, embargo para
cá. Xingamento entre juízes para lá, xingamento para cá, e justiça que é bom,
ohhhhhh! Já está ficando monótono, e neste caso seria trágico se não fosse
cômico. Infelizmente, o julgamento ainda vai ser motivo de muitas risadas. E o
show agora tem dois novos atores (ministros). Dizem que eles ensaiaram
bastante, para aparecer na TV. É uma boa novela. Eu só espero não ver a
explosão de Dona Redonda, nestes tempos saramandáicos.
E agora virou moda invadir câmara de vereadores. Tenho medo
que isto não se prolongue até a nossa Casa de Dantas Barreto. Eu não sei se
haveria motivos para isto, a não ser por ser a casa do povo.
Fiquem com o roteiro dos produtores e vejam o filme abaixo
para começar a semana com bom humor, se puderem.
“O Escuta Essa! desta
semana mostra a polêmica criada após a divulgação de que o governo do Ceará
contratou um buffet milionário mesmo diante da seca que o Estado vive. Além
disso, a novela do mensalão e dos protestos pelo Brasil voltam a ser pauta. O
presidente do STF, Joaquim Barbosa, não se desculpou por ter dito na semana
passada que o ministro Ricardo Lewandowski fazia chicana – termo usado para
definir uma manobra jurídica para prolongar um julgamento. No Rio de Janeiro, a
CPI dos Ônibus na Câmara de Vereadores teve muito tumulto. Os manifestantes
protestavam contra a composição da comissão, de maioria governista.”
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