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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A lavanderia de Lula





Por Zezinho de Caetés

Semana passada a Dora Kramer tentou resumir o julgamento do mensalão a partir de uma frase do Ministro Celso  de Melo, que aproveitou também para o título do seu artigo no Estadão: “Urna não é lavanderia”. Vindo a ser mais uma crítica às palavras, cada vez mais malucas, do meu conterrâneo Lula, de que foi absolvido pela eleição de Dilma.

Realmente, é difícil imaginar maior desfaçatez do que a contida nestas palavras do chefe oculto da quadrilha. Isto já havia se tornado uma máxima neste país. O melhor jeito de um criminoso se ver livre de vez dos crimes era se candidatar e ser eleito para um cargo na república. Não foi a toa que o Lula se juntou com Maluf em São Paulo. Penso que o recado que o STF mandou agora, foi o de que isto não é mais válido. Eu espero que isto possa se espraiar pelas instâncias inferiores da justiça, chegando até ao nível de prefeitos e vereadores, além de funcionários de outros poderes.

No momento em que escrevo apenas sei que o Marcos Valério já pegou cana dura. Eu espero que seja tão dura que ele abra o bico e conte as mazelas por trás desta quizumba toda. Se ele o fizer tenho certeza que o Lula sobe para o seu posto de chefe supremo da gangue, do qual vem tentando escapar faz muito tempo.

Infelizmente, o Brasil hoje é ainda carente de informação, principalmente, daqueles que votam e ganham o Bolsa Família. Isto não sou eu quem diz, mas o Lula muitos anos atrás (vejam vídeo lá embaixo). Hoje, quem ganha Bolsa Famíia é ascendente social e principal realização do governo Lula. Entretanto, não será imediatamente, mas o Brasil, começou a mudar. Leiam a Dora Kramer, enquanto eu vou esperar a transmissão da dosimetria da pena.

“A última sessão de votação sobre o mérito da denúncia do mensalão proporcionou um desfecho de precisão magistral contida na constatação do ministro Celso de Mello: “Estamos a condenar não atores ou agentes políticos, mas agentes de crimes”.

Não foi um mero resultado de 6 a 4 pela condenação dos réus nem só a confirmação de que uma quadrilha tomou de assalto o aparelho de Estado atuando por dois anos e meio sob as vistas do então presidente Luiz Inácio da Silva.

Foi bem mais que isso: deu-se a indispensável separação entre a atividade política e o exercício da ilegalidade continuada. Por ora uma dissociação teórica, mas que servirá à melhoria das práticas pelo que encerra de exemplar.

O decano da Corte expressou-se mais uma vez didático. Deu às coisas os nomes que elas realmente têm. O processo que agora se encerra tratou de delinquência pura e simples, não julgou o exercício da política.

Se esta foi contaminada por aquela, mais que depressa é preciso sanear o ambiente. Em primeiro lugar não confundindo as duas, muito menos se justificando uma (a política) com a outra (a ilegalidade) como se houvesse aí uma relação de indissociável dependência.

Em outras palavras, não precisa ser assim, não deve ser assim e, se houver quem ainda insista que assim seja está consignado pelo Supremo Tribunal Federal: seus autores não esperem ser tratados como políticos, pois serão vistos como os meliantes que efetivamente são.

Criminosos comuns, passíveis de cumprir pena de prisão, comparados a mafiosos e a bandidos de facções que infestam as grandes cidades.

Pessoas que, daqui em diante, não terão como recorrer ao discurso de que as urnas os absolvem, pois, como disse o ministro Celso de Mello, “votações expressivas, embora significativas, não constituem causas para a extinção da punibilidade”.

Na sessão do “fecho” do processo, destacaram-se também os ministros Luiz Fux, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e Ayres Britto na exposição detalhada do caráter social e legalmente pernicioso da atuação desse tipo de quadrilha.

Celso de Mello, porém, foi ao ponto que ainda não havia sido esmiuçado ao dizer que urna não é lavanderia de ilícitos, voto não é indulto e eleição não torna ninguém imune às exigências do devido processo legal.”


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