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terça-feira, 30 de setembro de 2014

O debate na casa do Bispo




Por Zezinho de Caetés

Hoje estou com um sono danado. É segunda-feira e ontem fui dormir mais tarde do que o normal. Tive uma obrigação cívica inadiável: Ver o debate entre os candidatos presidenciais na TV Record, que dizem ser do Bispo Macedo. Eu não sei se o local foi o Templo de Salomão, que eu penso não ser aquele da Bíblia e famoso pela sua sabedoria, e sim aquele que foi morto por Odete Roitman numa novela da Globo que eu via ainda quando tinha tempo de ver: O Salomão Ayala.

Naquela época a pergunta: “Quem matou Salomão Ayala?” virou uma febre que levou a audiência da emissora aos píncaros. Ontem (segunda-feira, pois não sei quando o Zé Carlos vai publicar isto) a pergunta na TV do Bispo era outra: “Quem levou o Brasil pro brejo?”. Sim, porque hoje, venhamos e convenhamos não há lugar mais aprazível de colocar nosso país do que um brejo pantanoso e cheio de sapos coachando: “Corrupto, corrupto, corrupto....” a noite inteira. E foi uma tentativa de responder a isto que me fez perder a hora do meu sono sagrado e ficar vendo como cada um dos candidatos responderia a tal pergunta. Tenho que confessar que não cheguei ao seu fim por culpa do Eduardo Jorge. Numa de suas falas eu simplesmente adormeci, e quando acordei o Templo do Salomão já estava vazio.

Entretanto, tenho que cumprir o meu dever de cidadão informado de comentar sobre o que vi naquela peça da campanha eleitoral. E como já deve ter ficado claro a todos, quem levou o Brasil pro brejo foi realmente o PT. É óbvio que ninguém conseguiria levar uma vaca do tamanho do Brasil pro brejo sozinho. Ouve, é claro a ajuda do PSDB, principalmente do FHC que em 2005, impediu que o Congresso votasse o impeachment de Lula, o que nos teria evitado toda a presente confusão e teríamos poupado o dinheiro desviado no mensalão. Mas, agora, o que fazer? A vaca está no brejo e quem vai tirá-la? Admitir que quem a meteu lá tem que tirar porque entende de como levar um animal pro brejo é uma bobagem que só a Dilma consegue dizer.

Mas vamos ao debate, ou do que dele vi entre um cochilo e outro, e não sei porque, cochilava sempre quando Pastor Everaldo estava falando. Parece que agora ele só está contando história para boi dormir. É uma pena pois gostava da proposta dele de privatizar a Petrobrás e agora ele não toca mais nem nisso. Mas, como os nanicos fizeram suas parcerias particulares, eu sempre acordava com a Luciano Genro a pregar nossa adesão irrestrita ao socialismo, desde é claro, que ela seja do Politburo (chega dar coceiras lembrar destes termos do tempo da Guerra Fria). Já o Levy Fidelis, que abandonou o Aerotrem, agora quer equipar nossas forças armadas, que hoje, são subordinadas ao Celso Amorim, e temerosas que ele resolva entregar o cargo ao Marco Aurélio Garcia, porque sabem que se isto acontecesse, o Brasil entraria logo no conflito do Oriente Médio ao lado Estado Islâmico.

Por falar em Aerotrem, o que fizeram com o Trem-Bala do PT? Só se foi na parte em que dormi, mas no debate de ontem não tocaram nisto. Alguém tem que perguntar a Dilma por onde anda ele. Ou ela está esperando passar as eleições para implantá-lo? Foram projetos como este que são a prova viva de que quem levou o Brasil pro brejo foi o PT. Começando pelo nosso Nordeste querido que está esperando a transposição do Rio São Francisco desde que o Ciro Gomes pensou em ser presidente e não conseguiu porque mostrou antes, às mulheres, do que era capaz se fosse eleito. Que o diga a Patrícia Pilar. Eu já começo a pensar na Petrobrás, mas vamos ver se conseguimos chegar ao debate.

Já começo dizendo que quem ganhou o debate foi o Aécio, que é de longe o único que conseguiu dizer três palavras sem mentir ou passar por vítima. Não que espere grande coisa, pois ele, ao invés de dizer que vai privatizar a Petrobrás disse que vai reestatizá-la. Este foi o mais contundente ataque à candidata gerenta presidenta, que rebateu trazendo de volta coisas do arco da velha, como aquela história de que PSDB queria privatizar a Petrobrás e chamá-la de Petrobrax. Talvez, com este nome ela não tivesse dado origem ao maior escândalo do século, no que se refere (como diria a Dilma) às Refinaria de Pasadena, Abreu e Lima e as propinas que corriam soltas por parte de seus diretores e do partido no governo.

A Dilma, para continuar no assunto, eu a chamaria de “coitada” se ela não tivesse gasto tanto do nosso dinheirinho para fazer aquele penteado e comprar aquele modelito que a torna igual a um pimentão vermelho bem gordinho. No entanto, vi o nervosismo e irritação estampados em sua cara todo o tempo. Talvez ela estivesse pensando: “Vejam onde o Lula me fez amarrar o meu jegue!”. E, para ser sincero não ouvi nenhuma resposta daquilo que foi a ela perguntado. O Lula, malandro velho, deve ter lhe passado o serviço todo: “Quando não tiver nada para dizer não hesite, diga que a culpa é do FHC. Sempre deu certo comigo e agora dará certo também. Se insistirem muito, invente coisas tais como, nunca na história deste país houve tantas investigações, pois não é o tempo do engavetador geral da república. E se ainda disseram que isto está ultrapassada, seja firme e diga que a Polícia Federal e o Ministério Público estão a seu comando nas investigações.”

Este negócio que a Polícia Federal é do governo é o mesmo que dizer que na Venezuela o STF de lá é do Maduro. Lá isto é verdade, aqui ainda não. Até quando? Só depende de nós e de nosso comportamento em outubro. Se em novembro vermos a Dilma colocando aquele vestido vermelho na mala para voltar ao Rio Grande do Sul, ainda teremos uma chance. Por enquanto estou esperando os outros debates, principalmente, o da Globo. Será que a Patrícia Poeta vai fazer perguntas?


Já sei, os meus leitores devem estar se perguntando: E a Marina? Pelo menos neste debate ela ficou tão na defensiva que praticamente sumiu. E aquela história da CPMF, se ela foi contra ou a favor, ainda vai dar muito pano prás mangas. Quando ela disse que se aliou, na época, a Suplicy, chega me deu um calafrio. Hoje, qualquer menção, mesmo que indireta, ao PT, causa náusea. Até aos próprios petistas, pois não vejo o nome do partido em lugar nenhum. Faliu, igual a lojinha da Dilma.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A semana - Dilma vai acabar com a corrupção e nós vamos continuar rindo, graças a Deus




Por Zé Carlos

Hoje estou alegre. Não era prá menos. Vi ontem na pesquisa do Datafolha que a candidata Dilma reagiu e já pode até ganhar no primeiro turno. Alegria por isso? Não. Alegria maior ainda por soube pelas análises que foi o Nordeste que proporcionou esta virada da candidata. Alegria por isso? Não. Alegria apenas pelos meus 6 leitores desta coluna semanal, que continuarão rindo.

Como vocês sabem a Dilma é a maior colaboradora desta coluna quase todas as semanas. Eu lembro até daquela personagem de uma novela que dizia lá na Praia de Ramos: “Cada mergulho é um flash!” . Em relação a Dilma podemos dizer que “cada fala é um riso!”. Talvez eu não pudesse mais escrever esta coluna e nem meus leitores rirem sem a sua colaboração diuturna. E saber que o Nordeste está contribuindo com este resumo semanal, eu só tenho a agradecer a este povo sofrido de minha região, que se embrenhou pelo Bolsa Família e eu não vejo perspectiva de saída, com o lema: “se Dilma está com nós, quem será contra nós?” Antes era o Lula, o Padre Cícero e até o Antônio Conselheiro, e, indo fundo na história, o primeiro foi o Dom Sebastião. Povo crente está ai.....

Para não dizer que estou inventando coisas, e que estou elogiando ou babando o ovo da candidata (meus queridos, como ela costuma dizer com aquele seu ar maternal, não estou dizendo que ela tem ovo nem o põe, isto é apenas uma figura de linguagem) vejam qual é sua reação quando ela diz (obrigado Zezinho pela sua colaboração em seu bom texto aqui):

“Retomamos o investimento em infraestrutura numa forte parceria com o setor privado.”

“A taxa de inflação anual tem se situado nos limites da banda de variação mínima e máxima fixada pelo sistema de metas.”

“Não descuramos da solidez fiscal e da estabilidade monetária.”

“Protegemos o Brasil frente à volatilidade externa. Soubemos dar respostas à grande crise econômica mundial, deflagrada em 2008.”

“Se em 2002, mais da metade dos brasileiros era pobre ou muito pobre, hoje 3 em cada 4 brasileiros integram a classe média e os extratos superiores.”

“Outro valor fundamental é o respeito à coisa pública e o combate sem tréguas à corrupção.”

Eu não sei vocês, mas eu só não bolo de rir porque estou sentado, escrevendo este texto. Se gostam mesmo de rir, voltem e releiam com atenção. Mesmo aquela dançarina do programa do Chacrinha, que não sorria nunca (seria a Rita Cadilac?), iria dar gargalhadas gerais se entendesse isto. E só quem não rir é aquele que não tem como se informar bem. No entanto, hoje com a quase generalização das comunicações (Dilma diria que foi mais uma obra do PT) até o nordestino pode rir com as falas dela pela televisão. E este povo pobre e ordeiro quer mesmo é sorrir, e não entender coisa alguma. E agora tenho a perspectiva de que esta coluna poderá subsistir por mais 4 anos, para que não falte riso a este país, nem aos meus parcos leitores.

E vejam se cada fala não é um riso! Eu confesso que quando as li, nesta ordem, ainda aguentei até a última. Mas, quando ela falou que seu “valor fundamental é o respeito à coisa pública e o combate sem tréguas à corrupção”, eu tive que parar de fazer o que estava fazendo e rolar pelo chão de tanto rir. Eu ficava imaginando o que Zé Dirceu, o Delúbio e o Genoíno estavam fazendo durante todo o tempo em que ela militou pelo governo. Imagino o que ela disse ao Paulo Roberto Costa, o Paulinho da Petrobrás, quando ele foi cumprimentá-la no casamento de sua filha. E ao Renan? Será que o Alberto Youssef foi convidado pela Dilma Roussef? Antes era uma rima e uma solução. Hoje, nunca se viram.  Não aguentava mais de rir ao ponto de ter que me voltar para outro assunto para ver se não morria.

Viro uma página da semana e lá vem a Dilma outra vez, e agora direto do auditório da ONU para o mundo, depois de fazer um imenso comício, que os presentes não entenderam nada porque ninguém, nestes cantos, sabe português com exceção do chanceler português que faltou propositalmente. Os outros, já precavidos, tiraram os fones de ouvido para não ouvirem a tradução. Desculpem se os forço outra vez a rir, pois ainda tem um filme para vocês assistirem. Porém não posso deixar de apresentar o que a Dilma disse sobre as ações do Estado Islâmico (EI), que vive assombrando o mundo lá pelo oriente médio, querendo tornar todo mundo um seguidor de Alá, e quem não quiser “vai pro pau”:

“Lamento enormemente isso [ataques aéreos na Síria contra o EI]. O Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU. Eu não acho que nós podemos deixar de considerar uma questão. Nos últimos tempos, todos os últimos conflitos que se armaram tiveram uma consequência. Perda de vidas humanas dos dois lados, agressões sem sustentação aparentemente podem dar ganhos imediatos, mas depois causam prejuízos e turbulências.”

Mesmo se não fosse pela reação do mundo em relação aos bandidos do EI, da qual falar contra já é uma grande piada, a nossa governante faz um raciocínio tão profundo quando as o Açude da Nação, lá de Bom Conselho, em época de seca. Dizer que os conflitos envolvem baixas dos dois lados é algo tão inteligente quanto dizer a melhor forma para resolver conflito é o diálogo. Eu não sei de onde a candidata foi tirar algo tão profundo para servir aos objetivos de nossa coluna que é fazer rir.

Se eu fosse escrever sobre as peripécias da candidata na semana que passou, vocês não aguentariam nem ver o filme que está lá embaixo. Não farei isto, mas, recomendo que vejam a entrevista da Dilma ao Bom Dia Brasil, que foi quase uma “stand up comedy”, mesmo que ela passasse o tempo todo sentada, mas, falou sozinha o tempo todo. Foi muito mais hilária do que o Rafinha Bastos, o Fábio Porchart ou o Leandro Rassum. Ri mais do que quando ela disse, tempos atrás: “Ontem eu disse ao presidente Obama que era claro que ele sabia que depois que a pasta de dentes sai do dentifrício ela, dificilmente, volta pra dentro do dentifrício, então, que a gente tinha de levar isso em conta…”. Afinal de contas, não saber que dentifrício é o mesmo que pasta, não é um grande problema pois seu governo distribui muitas dentaduras aqui no Nordeste, e por isso ela é tão querida por aqui.

Santo Deus, e os outros candidatos não fizeram nada risível? Que discriminação é essa desta coluna absolutamente neutra em termos políticos. Só apenas poucas coisas para não perder o hábito.

O Aécio ainda acredita que vai para o segundo turno, quando vai perder até em Minas, e Marina acha ainda que vai governar com os bons. Dizem que ela já convidou o Papa Francisco, o Dalai Lama e o Pastor Edir Macedo para assessorá-la. É claro que ela também convidou o Lula, que infelizmente não pôde aceitar porque espera ser secretário do Alexandre Padilha em São Paulo.

Só nos resta citar um grande filósofo de Bom Conselho que dizia: “Quando se tem que ser safado para combater a safadeza é porque tudo virou uma safadeza só”.

Vamos ao filme então, que esta semana veio muito curtinho. Talvez porque os seus produtores não tenham lido a Veja desta semana nem a propaganda gratuita de Dilma de sábado. Bastava apenas estas duas notícias para que o filme despertasse mais humor do que o caso de “Lula e suas duas mulheres”. Não seriam três contando com a Rosemary, ou quatro se incluirmos a Marisa? De qualquer forma, ouvir que a Dilma agora, depois de 4 anos de governo resolveu combater a corrupção é impagável. Só faltou ela dizer que ao deixar o Paulinho dar dinheiro ao Palocci para ajudar em sua campanha em 2010, fazia tudo parte do seu plano, que será lançado agora se reeleita for. Estou quase acreditando no grande filósofo de Bom Conselho.

Mas não deixem de ver o filme, pois ver Lula dançar é uma alegria só. E ainda tem a discussão da Dilma e da Miriam Leitão para ver quem tem a barriga maior. O que é que vocês acham? “Pois é a vida é complicada”. Então riamos! Como pediria o Maluf no final do filme, logo após o Aécio pedir ajuda a Padre Cícero. Eita região querida este Nordeste. Em época de eleição ninguém esquece dele.

Agora leiam o resumo dos produtores do UOL, ou se não quiserem redundância vão direto para o filme. Não morram de rir. Ainda temos uma semana antes da eleição, com um segundo turno no meio, até janeiro. E se a Dilma for reeleita, esta coluna, que tenta ser engraçada, vai bombar.

“Existe um triângulo amoroso político nas eleições? Em comícios realizados na Grande São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, maior cabo eleitoral de Dilma Rousseff (PT), disse amar a candidata Marina Silva (PSB), ministra do Meio Ambiente durante seu governo.
Lula ponderou, no entanto, que eleição não é questão de amor, explicando a preferência por Dilma.

No começo de setembro, o petista fez críticas à candidata do PSB, que chegou a chorar e a se dizer injustiçada. Durante a semana, em entrevista à TV Globo, Marina comentou o assunto e afirmou que chora porque é sensível.

Em entrevista à mesma emissora, a presidente Dilma Rousseff divergiu da jornalista Miriam Leitão sobre os efeitos da crise econômica mundial no país. As duas entraram em uma discussão sobre o tamanho da “barriga” da economia brasileira. Quem tem a maior barriga do mundo?

Atrás de Dilma e Marina nas pesquisas de intenção de voto, o candidato do PSDB, Aécio Neves, resolveu pedir ajuda ao Padre Cícero na eleição. Será que o padre gostaria do que a equipe tucano fez em São Paulo? Tratada como “coisa de elite”, a cachorrinha Duda, de uma simpatizante do senador mineiro, foi barrada em um evento do candidato.

E o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), barrado pela Justiça Eleitoral por causa da lei da Ficha Limpa, adotou o lema do palhaço Bozo e mandou sua equipe sorrir.”


sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Dilma no País das Maravilhas




Por Zezinho de Caetés

Outro dia um diplomata israelense disse, depois, das opiniões da Dilma sobre os ataques do seu país à Faixa de Gaza, que o Brasil “é um anão diplomático”. Naquela época, apesar de me condoer por ser brasileiro eu apenas disse, igualzinho ao Lula: “Eu já sabia”. Mesmo assim, descrente da possibilidade de que o PT levasse o país a ser um país respeitável externamente, coisa que não é desde que o Marcos Aurélio Garcia é o ministro do exterior de fato, eu não pensaria que se pudesse descer ainda mais. Ledo engano.

Depois de vivermos sob os pés do Maduro, da Cristina, Castro e outros, era de se esperar que chegamos ao fundo do poço em matéria de política externa. Mas, vejam o que disse ontem a Dilma, em plena ONU, diante do mundo todo, que agora vai achar que não somos só um “anão diplomático” (sendo até ofensivo com aos anões), mas, não somos mais nada para o mundo.

Leiam o que ela, representando o Brasil, disse  na ONU, cumprindo o privilégio ganho quando o país tinha uma diplomacia de reconhecida excelência, de ser o primeiro a discursar nas Assembleias deste órgão que reúne quase todos o países do mundo:

“Lamento enormemente isso (ataques aéreos na Síria contra o EI). O Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU. Eu não acho que nós podemos deixar de considerar uma questão. Nos últimos tempos, todos os últimos conflitos que se armaram tiveram uma consequência. Perda de vidas humanas dos dois lados, agressões sem sustentação aparentemente podem dar ganhos imediatos, mas depois causam prejuízos e turbulências. É o caso do Iraque, está lá provadinho. Na Líbia, a consequência no Sahel. A mesma coisa na Faixa de Gaza [...] Nós repudiamos sempre o morticínio e a agressão dos dois lados. E, além disso, não acreditamos que seja eficaz. O Brasil é contra todas as agressões. E inclusive acha que o Conselho de Segurança da ONU tem que ter maior representatividade, para impedir esta paralisia do Conselho diante do aumento dos conflitos em todas as regiões do mundo.”

Isto ouvido para quem viu o horror das decapitações feitas pelos terroristas do Estado Islâmico (EI) e divulgadas mundialmente para mostrar de que eles são capazes, parece até nojento. Então, hoje, o Brasil é tão pacifista que tem que dialogar até com terroristas degoladores. É mais do que patético, é angustiante o ponto no qual chegamos com a gerenta presidenta que nunca deveria ter abandonado sua lojinha de 1,99.

Se não bastasse propor o diálogo com os terroristas do EI, ainda usou o palco mundial para fazer campanha política gerando filmes para seus marqueteiros aproveitarem para diminuir a surra eleitoral que a gerenta vai levar em outubro. Vejam algumas de suas pérolas:

“Retomamos o investimento em infraestrutura numa forte parceria com o setor privado.”

“A taxa de inflação anual tem se situado nos limites da banda de variação mínima e máxima fixada pelo sistema de metas.”

“Não descuramos da solidez fiscal e da estabilidade monetária.”

“Protegemos o Brasil frente à volatilidade externa. Soubemos dar respostas à grande crise econômica mundial, deflagrada em 2008.”

“Se em 2002, mais da metade dos brasileiros era pobre ou muito pobre, hoje 3 em cada 4 brasileiros integram a classe média e os extratos superiores.”

“Outro valor fundamental é o respeito à coisa pública e o combate sem tréguas à corrupção.”

Tudo isto veremos brevemente nos programas eleitorais, para preencher os mais de 10 minutos a que a Dilma tem direito de abusar da nossa paciência. Lembrei agora da famosa frase da história romana: “Até quando, ó Dilma, abusarás da nossa paciência?”, dita por  Marco Túlio Cícero ao senador Lúcio Sérgio Catilina, a 8 de novembro de 63 a.C., em Roma, parafraseando o grande orador romano. (Querem a paráfrase em Latim? Aí vai: Quosque tandem abutere, Dilma, patientia nostra?).

Há alguma verdade nas frase que coloquei acima e que saíram dos lábios de Dilma e da cabeça dos seu marqueteiros? Só para exemplificar, fiquemos com a última sobre a corrupção. Será que alguém que não tenha interesse nenhum em se locupletar do governo petista poderia acreditar que o governo do PT foi pautado pelo valor fundamental de respeito à coisa pública ou no combate à corrupção, com um monte de seus dirigentes presos, que nunca deu importância a isto,  na Papuda?

Meditem meus senhores  no que esta senhora, se continuar no governo poderá fazer contra nós. E, para não perder o hábito, fiquem com um texto sobre o assunto de Dilma na ONU, que é um editorial do jornal Estado de S. Paulo (25/09/2014), tendo como título: “O mundo encantado de Dilma”, que poderia se chamar também de “Dilma no País das Maravilhas”, que eu acho até mais adequado. É por isso que dizem que todo o Brasil quer morar na propaganda eleitoral do PT. E agora até o mundo.

“Um turista francês de 55 anos, chamado Hervé Goudel, foi decapitado na Argélia por um grupo extremista que disse estar sob as ordens do Estado Islâmico (EI), a organização terrorista que controla atualmente parte da Síria e do Iraque e lá estabeleceu o que chama de "califado". Um vídeo que mostra a decapitação de Goudel foi divulgado ontem, para servir como peça de propaganda do EI - cujos militantes já decapitaram em frente às câmeras dois jornalistas americanos e um agente humanitário britânico e estarreceram o mundo ao fazer circular as imagens de sua desumanidade.

Pois é com essa gente que a presidente Dilma Rousseff disse que é preciso "dialogar".

A petista deu essa inacreditável declaração a propósito da ofensiva militar deflagrada pelos Estados Unidos contra o EI na Síria. Numa entrevista coletiva em Nova York, na véspera de seu discurso na abertura da Assembleia-Geral da ONU, Dilma afirmou lamentar "enormemente" os ataques americanos contra os terroristas. "O Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU", disse a presidente - partindo do princípio, absolutamente equivocado, de que o EI tem alguma legitimidade para que se lhe ofereça alguma forma de "acordo".

É urgente que algum dos assessores diplomáticos de Dilma a informe sobre o que é o EI, pois sua fala revela profunda ignorância a respeito do assunto, descredenciando-a como estadista capaz de portar a mensagem do Brasil sobre temas tão importantes quanto este.

O EI surgiu no Iraque em 2006 por iniciativa da Al-Qaeda, para defender a minoria sunita contra os xiitas que chegaram ao poder depois da invasão americana. Sua brutalidade inaudita fez com que até mesmo a Al-Qaeda renegasse o grupo, que acabou expulso do Iraque pelos sunitas. A partir de 2011, o EI passou a lutar na Síria contra o regime de Bashar al-Assad. Mas os jihadistas sírios que estão na órbita da Al-Qaeda também rejeitaram o grupo, dando início a um conflito que já matou mais de 6 mil pessoas.

Com grande velocidade, o EI ganhou territórios na Síria e, no início deste ano, ocupou parte do Iraque, ameaçando a própria integridade do país. No caminho dessas conquistas, o EI deixou um rastro de terror. Além de decapitar ocidentais para fins de propaganda, seus métodos incluem crucificações, estupros, flagelações e apedrejamento de mulheres.

"A brutalidade dos terroristas na Síria e no Iraque nos força a olhar para o coração das trevas", discursou o presidente americano, Barack Obama, na Assembleia-Geral da ONU, ao justificar a ação dos Estados Unidos contra o EI - tomada sem o aval do Conselho de Segurança da ONU. Em busca de apoio internacional mais amplo - na coalizão liderada por Washington se destacam cinco países árabes que se dispuseram a ajudar diretamente na operação -, Obama fez um apelo para que "o mundo se some a esse empenho", pois "a única linguagem que os assassinos entendem é a força".

Pode-se questionar se a estratégia de Obama vai ou não funcionar, ou então se a ação atual é uma forma de tentar remendar os erros do governo americano no Iraque e na Síria (ver o editorial A aventura de Obama, abaixo). Pode-se mesmo indagar se a operação militar, em si, carece de legitimidade. Mas o fato incontornável é que falar em "diálogo" com o EI, como sugeriu Dilma, é insultar a inteligência alheia - e, como tem sido habitual na gestão petista, fazer a diplomacia brasileira apequenar-se.


Em sua linguagem peculiar, Dilma caprichou nas platitudes ao declarar que "todos os grandes conflitos que se armaram (sic) tiveram uma consequência: perda de vidas humanas dos dois lados". E foi adiante, professoral: "Agressões sem sustentação, aparentemente, podem dar ganhos imediatos. Depois, causam enormes prejuízos e turbulências. É o caso, por exemplo, do Iraque. Tá lá, provadinho, no caso do Iraque". Por fim, Dilma disse que o Brasil "é contra todas as agressões" e, por essa razão, faz jus a uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU - para, num passe de mágica, "impedir essa paralisia do Conselho diante do aumento dos conflitos em todas as regiões do mundo".”

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Cu de Cotia




Por Carlos Sena (*)

Em Bom Conselho (PE) tinha um caba chamado cotia. Explico: ele se arretava quando lhe chamavam de cotia. Portanto, esse era um apelido que dava rolo, briga e outras coisas mais. Mesmo porque Cotia era bicho bruto e tinha a seu favor quase dois metros de altura. Fazia o típico homem bruto do campo que, aos sábados vinha pra cidade fazer feira e se divertir um pouco. Seu divertimento, pasmem, era uma mesa de sinuca. Passava as tardes de sábado jogando e sempre ganhava de todo mundo. Ganhar uma partida de Cotia era a coisa que deixava qualquer um feliz, posto que Cotia era considerado Campeão pelos seus colegas jogadores. Como "toda araruta tem seu dia de mingau" o dia de mingau de Cotia chegou. Foi num sábado chuvoso que apareceu no bar onde Cotia jogava um matutinho. Franzino, meio amarelo, com cara de subnutrido, desafiou Cotia. A primeira partida o matutinho ganhou. A segunda Cotia ganhou e aí teve a "negra". O matutinho ganhou bonito. Começara ali a revolta de Cotia, pois diante de uma platéia numerosa que torcia por ele, ele só perdia e logo para um desconhecido. Cotia começou a maltratar verbalmente o seu algoz. Gostava de ganhar no grito, mas nem isto tirava o matutinho do sério que continuava ganhando no taco todas as demais partidas. Certa feita, subiu um sangue na cabeça do matutinho que ele, já com Cotia pelos gurgumilhos, sem saber que se chamava Cotia, vociferou: "se você continuar me insultando você vai ver CU DE COTIA ASSOVIAR"! Aí não prestou. Cotia partiu para cima do matutinho e o pau cantou. Deu trabalho pra turma do "deixa disso" separar os dois. O matutinho foi embora e Cotia ficou no salão de sinuca com a cara de lolô. Liso, pois perdera todo dinheiro no jogo, pediu fiado uma dose de cachaça e saiu cabisbaixo pela rua Sete de Setembro. Bem feito,bem feito.

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(*) Publicado no Recanto de Letras em 21/08/2014

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

O PT e a guerra pela pilhagem...




Por Zezinho de Caetés

Começo a escrever na terça-feira (23/09/2014), e transcrevo abaixo um texto ainda do último sábado (20/09/2014 de Ruy Fabiano no Blog do Noblat) que tem um título estranho: “A guerra dos companheiro”. Estranho  não porque fale em “companheiro” pois ele indica que falará sobre o PT, e sim pelo erro de concordância ao falar sobre a guerra que no partido para esconder o espólio do Paulinho, como meu conterrâneo chamava o Paulo Roberto Costa, assessor da Petrobrás, hoje preso. Depois eu entendi que ele também estava referindo-se ao baixo nível de escolaridade do meu conterrâneo Lula, que tem mais de dez “companheiro” presos, mas agradece todo dia a Deus por não estar com eles.

E comecei a ler o texto e gostaria que vocês, se tiverem sem muito tempo, pulem este nariz de cera e vão logo ao texto do jornalista, pois ele é um retrato fiel da situação em que se encontra o outrora partido dos “companheiro”. E agora com a possibilidade de uma ex-companheira ser ungida como presidente da república, a guerra é generalizada. O melhor retrato desta guerra sem quartel é o tal do “abraço à Petrobrás”, inventado para justificar uma mentira de que a oposição está tentando destruir a empresa, quando na realidade, quem mais a destruiu foi o governo petista, a tornando um feudo político para, através do nosso dinheirinho, permanecer no poder.

Mas, o Lula, que aparece tão suado no “abraço” que é muito difícil acreditar que ele tenha abandonado a Caninha 51, quer ainda mais. Ele quer, além do poder, que todos os petistas fiquem ricos às nossas custas. Ou seja, dar migalhas aos pobres e se apropriar da dinheirama da antes promissora empresa Petrobrás. Pela primeira vez, desde Getúlio, um governo tem o poder de proclamar que o PETRÓLEO É NOSSO, embora se refira apenas aos petistas e correligionários. Na realidade chegamos à conclusão que o PETRÓLEO É DELES.

Eu sinto tanto quando vejo nossa gerenta presidenta candidata, ao ser entrevistada, e ser inquirida diretamente sobre um criminoso confesso, que está agora em processo de “delação premiada”, dizer que ela, depois de quase 10 anos comandando a empresa não sabia de suas peripécias pecuniárias com a nossa pecúnia, e que se soubesse o teria colocado imediatamente para fora. Me engana que eu gosto. Imaginem esta senhora mais 4 quatro anos no poder. Os palácios em que habita em Brasília, no final de 2018, não terá mais um quadro na parede nem uma xícara para tomar cafezinho pois serão surripiados pelos “companheiro”, enquanto ela não sabe de nada, pois diz que é contra a corrupção mas é cega, surda e muda para encontrá-la, nos setores por ela administrados.

E este meu sentimento, que me leva quase ás lágrimas, poderia ser pior, se as pesquisas não estivessem dizendo que haverá um segundo turno, e durante a curta campanha antes dele, com igualdade de tempo, seja quem for o adversário, terá uma chance de desmascarar todas as falcatruas. Senão com o auxílio dos órgãos fiscalizadores, já que a Dilma declarou na entrevista acima citada que pertenciam ao seu governo (uma verdadeira falta de respeito à lei e ao povo), que venha a ajuda da imprensa livre. O que virá nela no final de semana?

Agora fiquem com o Ruy Fabiano, para melhor meditarem a respeito do próximo 5 de outubro, e já esperando o dia 26, seja quem for o adversário.

“O “abraço à Petrobras”, empreendido no início da semana pelo PT, na sede da empresa, no Rio, faz lembrar o clássico ditado policial de que “o criminoso sempre volta ao local do crime”.

Desta vez, não para avaliar os danos, como observador oculto, mas para testar às escâncaras sua capacidade de virar o jogo. Em meio às mais cabeludas denúncias, produzidas pelo ex-diretor de Abastecimento e Refino, Paulo Roberto Costa – que pontificou nos dois governos de Lula e na metade do de Dilma -, o PT testou a tese de que a melhor defesa é o ataque. Falhou.

Em sua campanha, Dilma quer transformar as denúncias de assalto à empresa – e a respectiva cobrança por investigações - em tentativa de sabotagem, imputando, de quebra, a Marina Silva o sórdido objetivo de liquidar o pré-sal. É o “pega ladrão!”, mas gritado pelo próprio ladrão. Já funcionou antes.

O mais significativo no ato, porém, não foi ele em si, mas a escassa presença de manifestantes. Lá estava a militância de sempre, acrescida do MST, que dela sempre fez parte. Povo mesmo não se viu. A Polícia Militar registrou cerca de 600 pessoas.

No passado recente, seriam milhares e milhares. Onde estão? Terá o PT perdido musculatura onde há muito reinava? Aparentemente, sim. A candidatura de Marina dividiu a esquerda e os chamados movimentos sociais. Não se sabe ainda em que escala, mas não há dúvida de que houve quebra de unidade.

O que se assiste é uma guerra civil entre companheiros. Não é uma guerra de ideias, mas por cargos, o que explica a fúria de quem se sente ameaçado com o desemprego. É mais fácil, em política, absorver a derrota de uma ideia que a perda de um cargo.

O sucesso do PT decorre de sua capacidade de mobilizar a sociedade, que aparelhou com paciência e método desde os tempos em que era oposição. Ao assumir o governo, consolidou esse domínio, por meio de ONGs, abastecidas com dinheiro público.

Os diversos movimentos que hoje se apresentam como sendo o rosto da sociedade civil – de gays, negros, feministas, ambientalistas, índios e universitários – estão atrelados ao guarda-chuva da nave mãe, que é o PT.

Isso permitiu que o partido promovesse o impeachment de um presidente da República, Fernando Collor, por razões que hoje, diante das dimensões do Mensalão e do Petrolão, seriam risíveis.

Indignação depende de mobilização – e esta depende de verba. Antes de chegar ao poder federal, o PT já mobilizava seus governos estaduais e municipais para estabelecer sua engenharia social. A captação de recursos a qualquer preço deixou alguns rastros de sangue, como as mortes dos prefeitos de Campinas, Toninho do PT, e de Santo André, Celso Daniel, que o partido absorve como acidentes de trabalho

Uma vez na Presidência da República, apossou-se não da sociedade real, mas de sua tribuna, erigindo como seus porta-vozes entidades como o MST, MTST, UNE e até a vetusta OAB. O universo das ONGs aparelhadas exerce o papel de intermediadora de recursos. Quando o partido quer colocar seu bloco na rua, aciona essa sofisticada e bem remunerada engrenagem e leva milhares aonde quer. Foi o que ocorreu em Brasília, em fevereiro, quando o MST ocupou a Esplanada dos Ministérios, feriu 30 PMs e viu sua baderna resultar numa audiência com a presidente da República.

Reclama-se que a oposição não faz nada diante de tantos escândalos. Não faz não porque não queira. Não dispõe dos instrumentos de militância, que não se improvisam.

O fenômeno Marina decorre, entre outros fatores, de que ela provém do mesmo ninho do PT, do qual é fundadora. Conhece a engrenagem e herdou parte dela. Em torno das causas ambiental e indígena, de que se tornou ícone, há milhares de ONGs que não temem sua eleição, já que não ameaça os espaços que ocupam.

Quanto a Aécio, padece da escassez de militância. Sua vitória depende de maioria espontânea, não impossível, mas bem mais difícil de obter sem os mecanismos de engenharia social que seu partido, como os que o antecederam no poder, negligenciou.

O PT aparelhou Estado e sociedade civil – e agora recorre a esta para não perder o domínio daquele. Perdeu musculatura, mas está longe de ter se tornado anêmico. A ferocidade vai aumentar.”

terça-feira, 23 de setembro de 2014

DESRESPEITO A LEI.




Por José Antonio Taveira Belo / Zetinho

Ninguém respeita as Leis no Brasil. O desrespeito é visto por todos os lados que você estiver. A falta de educação e de civilidade passa muito longe daqueles que não respeitam a Lei, causando indignação para aqueles que estão presentes.  A Resolução nº 303/2008 do Conselho Nacional de Transito – CONTRAN – ESTACIONAMENTO VAGA ESPECIAL, expedida pela Secretaria Executiva de Transporte e Transito – SETT da Prefeitura Municipal de Olinda delega VAGAS prioritárias nos estabelecimento comerciais, principalmente, nos pátios dos supermercados e nos shoppings, para IDOSOS e CADEIRANTES são ignorados por muitas pessoas que não tem este direito. Tenho visto aqui no Recife e na Região Metropolitana, diariamente, este direito ser usurpado por jovens que não tem a menor educação nem cidadania. São jovens desrespeitador e atrevidos muitas vezes provocador. Esta semana estive em supermercado na região de Olinda, um jovem aparentando mais ou menos seus vinte e cinco anos, tomou a frente de um idoso e estacionou seu veiculo no local onde o cidadão ia estacionar. Existia e existe uma placa pendurada com os seguintes dizeres “estacionamento para idosos com mais de 60 anos - Uso do Cartão obrigatório”, mas o rapaz ignorou este recado. O cidadão se chocou com a atitude e foi falar com o rapaz que veio com quatro pedras na mão. Falava alto e agitado dizia em bom tom que não tiraria o veiculo daquele local, mesmo existindo outros, por que iria rápido ao supermercado pagar uma fatura. O idoso irritou-se com este argumento – disse, pois é meu filho já que você não quer cumprir com a lei que estabelece este local para os idosos, vou deixar o meu carro em frente ao seu estacionado e vou às compras. Não vou brigar com você porque vou levar desvantagem. Não vou me irritar mais do que já estou porque sou hipertenso, o jeito é eu estacionar na frente do seu carro e você esperar até que eu me desocupe. Se você esta achando ruim chame a policia para que possamos junto ir a Delegacia. Eu particularmente ia estacionar em outro local caso você não viesse com estupides que veio contra a mim, um cidadão respeitador dos direitos.  O rapaz seguiu em frente e o velho deixou o seu carro estacionado na frente do carro do jovem. Acompanhei de longe o desenrolar desta estória, quando o idoso foi reclamar junto ao representante do supermercado, o qual disse que não podia fazer nada, pois não tinha poder de fiscalização. O idoso se irritou ainda mais, com aquela resposta e saiu em direção a gerencia para relatar o fato. Não sei o final.


Diariamente estes fatos ocorrem em nossa cidade, sem que o poder público que instituiu a Lei não fiscalize os locais para o cumprimento da mesma. Os estabelecimentos se esquivam desta fiscalização e os idosos ficam a mercê deste descalabro por parte de uma população que não respeitam o direito do outro. Pra que colocar placas alusivas nos locais destinados aos idosos e cadeirantes nos seus estabelecimentos se não há fiscalização e responsabilidade por parte da empresa? Essa pratica de as pessoas com menos de 60 anos usarem filas é corriqueira. Ocupam cadeiras nos coletivos gerando discursão e tantos outros absurdos que ocorrem no cotidiano das grandes cidades. Já vi discursão em supermercados, casas lotéricas, bancos, ponto de ônibus por pessoas que não estão nestas condições querem abusar, por quê? Já existe em outras capitais, tais como Aracaju, Rio de Janeiro, Maceió, Fortaleza entre outras capitais fiscais multando todos os veículos que se encontram estacionados nos locais destinados aos idosos e cadeirantes sem o Cartão do Idoso fornecido pelo órgão competente. Sem estes recursos, da aplicação da multa, fica difícil controlar esta anomalia da sociedade, infelizmente, somente mexendo “com o bolso do brasileiro” não poderemos acabar mais diminuir esta falta de respeito com as pessoas Idosas e cadeirantes, acontecerá.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A semana - A Dilma dança funk, Aécio joga capoeira e Marina extermina o futuro...




Por Zé Carlos

Ufa! Está cada vez mais difícil chegar vivo ao fim de uma semana no Brasil. Os acontecimentos se sucedem e vão nos levando ao riso quase incontrolável. E eu, que sou um cara risonho ao ponto de bolar pelo chão com o circo do Zé Bezerra lá Bom Conselho, com as suas comédias e dramas que se transformavam em comédias e suas poesias quase infindáveis, penso que não vou aguentar.

Para evitar uma morte prematura resolvi que não verei mais o programa eleitoral gratuito. E estou cumprindo a palavra desligando a TV no tal horário. No entanto, vez por outra, erro o horário e ligo o aparelho antes do seu término. E basta isto para disparar um riso contínuo. Ontem mesmo aconteceu isto e peguei uma propaganda de um partido pelo meio que me chamou a atenção. Mostrava um Brasil sem pobreza, sem déficit de moradias, com todos na escola, sem nenhuma desigualdade e todos, todos com dentes, bem vestidos, etc, etc. Surpreso, pensei será que finalmente já acabou a propaganda eleitoral? Depois é que vi que não, pois no final diziam: vote no 13. Pergunta óbvia: Que partido é este? E se fosse descobrir apenas pela propaganda eleitoral, eu nunca descobriria.

Cheguei à conclusão clara e insofismável: O PT sumiu das eleições, ou sumiram com ele. Como se dizia antigamente “tomou Doril”. Vasculhei as bandeiras nas ruas, os panfletos, os muros, e não encontrei o PT. Por que será? É que ao contrário da propaganda do partido de número 13, que mostra um país que todo mundo quer morar, quando se fala em PT, vem logo o cheiro de petróleo e de dinheiro na cueca. Resultado, penso que nem mesmo o Lula é do PT, e tenho certeza que a Dilma também não.

Vivi uma época na qual para ser xingado de reacionário e corrupto as pessoas diziam: “Você é da ARENA!”. Isto obrigou até o Partidão como o chamavam a mudar de nome. Passou a ser PFL e depois DEM, para que mudasse suas práticas. O PT precisa passar pelo mesmo processo, e se perder estas eleições presidenciais não tenham dúvidas que será lançado uma consulta às bases para ele ter um novo nome. PCdoB seria interessante mas já está registrado para outro grupo, embora que o “C” não seja de corrupção mas de Comunista. Será que ganhará PCC?

E antes do horário eleitoral, no JN, que ficará sem a Patrícia Poeta porque levantou o dedo para a candidata Dilma, não pelo dedo mas porque a Dilma notou que seu esmalte de unha era mais bonito do que o dela, ouvi falarem algo que fiquei em dúvida, que hoje foi sanada quando fui fazer a coluna desta AGD, "DEU NOS BLOGS",  que eu e meus 6 leitores leem todo dia,  a Dilma disse: “Nosso país também precisa ter um compromisso com aqueles que desviam dinheiro público…”. E, eu, já rindo me perguntei: e já não tem? Aliás, como diziam lá em Bom Conselho a Dilma vai morrer igual a peixe, pela boca, quando fala de improviso. E talvez tenha sido por isso que ela disse que não é a função da imprensa investigar e sim informar. Já pensou se investigar a fundo o que ela diz em casa enquanto brinca com o neto? Coitadinho!

Meu Deus, para vocês verem o me estado emocional pelos acontecimentos da semana, já escrevi mais do que devia e nem toquei no que realmente foi importante politicamente na semana que passou. Só sei que ela voltou a cheirar a petróleo. Levaram o Paulinho, como Lula o chamava, assessor da Petrobrás para depor. Eu fui ver o depoimento. Sala cheia. Havia parlamentar que não aparecia em Brasília há 1 ano. Estavam lá para fazer perguntas, e fizeram todas que quiseram, e obtiveram só uma resposta: “Nada a declarar!”. Lembrei do Armando Falcão, ministro da justiça, do tempo da ARENA. Aliás, eu não vi nenhuma declaração do ministro da justiça atual sobre o imbróglio da Petrobrás. Será que ele só tem a mesma resposta do Paulinho? E o meu riso se tornou convulsivo quando vi a proposta de parlamentares para conversar com ele no “escurinho”. Ainda bem que a maioria não quis. Já pensou se ele falasse ou fizesse outra coisa pior e com cheiro desagradável?

Outra vez, meu Deus, eu ainda tenho um filme para comentar. O filme do UOL desta semana está simplesmente impagável. Não percam por nada deste mundo. Vocês já pensaram em Dilma dançando funk? Pois ela dançou mais do que a Tati Quebra-Barraco ou Vanessa Popozuda. O que não se faz por aquela cadeira no Planalto! Bem, é certo que ela disse que faria “até o diabo” para ficar nela sentada por mais 4 anos, mas, dançar funk é demais. De faxineira passou a ser a funkeira do Planalto. E até o final da campanha eu não sei do que ela será capaz. Mas, eu não sei por que ainda me surpreendo com isto. Rir ainda é o melhor remédio.

A Marina, tão magrinha coitadinha, mas no filme, o Sarney diz que isto tudo é aparência e que na vida real ela é um verdadeiro “maribondo de fogo”. Como dizia minha amiga Lucinha Peixoto, que nos faz uma falta danada nestas horas: Cruzes! Segundo os adversários ela é culpada de todos os males do Brasil, desde que ele era uma imensa floresta. Este negócio agora de defendê-la é puro remorso. No fundo, no fundo, segundo os adversários ela será o “Exterminador do Futuro”, e dirá ao povo brasileiro: “Hasta la vista, baby!

E o Aécio, quem diria foi jogar capoeira e encontrou com a Luciana Genro, que já havia dito que Marx não teve influência nenhuma nos regimes totalitários e violentos de Cuba, China, Cambodja, Coreia do Norte, mandando o entrevistador ir estudar, chamou o PSOL de “linha auxiliar do PT”. Fazia tanto tempo que não ouvia o nome do partido 13, que até estranhei, além de rir. Aliás, quando se quer hoje xingar alguém é só dizer: “Você é um petista!”. Se eu fosse o entrevistador que ela mandou estudar, eu diria a ela: “Estudar uma ova, candidata! Quem deve estudar e parar de mentir é a senhora, filha de um petista!. Mas, deixa prá lá. Vamos rir, se pudermos ainda.

A seguir leiam o roteiro dos produtores do filme e depois o vejam o filme até o fim, pois se continuar a escrever serei repreendido com a frase que mais ouvi ultimamente: “Seu tempo está esgotado!”. E tenham um bom início de semana, com a perspectiva de mais riso, como os candidatos estão fazendo na foto ilustrativa desta postagem. Aguentem o rojão!

“Na corrida presidencial, a candidata Marina Silva (PSB) passou a semana reclamando das críticas e acusações feitas pelos adversários. Até o ex-presidente José Sarney disse que a ex-ministra é “radical” e “raivosa”. Em encontro com artistas no Rio, a candidata ironizou a situação ao dizer a culpam por tudo, até pelo fim do programa “A Grande Família”, da TV Globo, e que procuram transmitir a imagem de que ela é uma exterminadora do futuro.
Enquanto isso, a presidente Dilma Rousseff disse que, se reeleita, não mexerá com os direitos trabalhistas “nem que a vaca tussa”. Em eventos de campanha pelo país, ela se arriscou a dançar funk com jovens.

No Rio, o candidato do PSDB, Aécio Neves, jogou capoeira, mas antes, no debate promovido pela Igreja Católica, em Aparecida, no interior paulista, sofreu fortes críticas da candidata Luciana Genro (PSOL). Depois de Luciana lembrar casos de corrupção ligados ao PSDB, Aécio afirmou que ela estava agindo como linha auxiliar do PT. “Linha auxiliar do PT, uma ova”, reagiu a candidata.

Luciana também soltou o verbo em entrevista no programa The Noite com Danilo Gentili, no SBT. Ela mandou o apresentador estudar para entender sobre marxismo e comunismo.
Em Brasília, o ex-diretor Paulo Roberto Costa participou de uma sessão da CPI da Petrobras, mas não respondeu a nenhuma questão dos parlamentares.”


sábado, 20 de setembro de 2014

A República da Floresta




Por Zezinho de Caetés

Ontem escrevi aqui que haveria uma demanda de Prozac, quando novembro vier, impulsionada pelo povo do PT que deixaria a terra prometida por Lula, depois deste descobrir que a terra não era só dele. A Marina, provavelmente, obterá o seu quinhão a partir de 2015, e adeus PT. Adeus à boca livre do dinheiro público para, em nome dos pobres, deixar ricos até aqueles que habitam a Papuda.

Hoje leio um texto do Sandro Vaia, que é impossível deixar de comentar, mesmo que os meus comentários sejam apenas redundantes. Ele tem é que ser mesmo divulgado e lido, por resumir, com sensibilidade, humor e expertise literária a saga do Lula, quando descobriu alguém mais pobre do que ele, que está pedindo passagem. O Vaia intitulou o texto de “Marina de Wall Street” (Blog do Noblat – 19/09/2014), que é a caricatura que o PT está apresentando da Marina para meter medo nos eleitores, da mesma forma que a Regina Duarte meteu medo, pelas promessas do PT, na campanha de 2002.

Naquela época foi necessária uma Carta ao Povo Brasileiro, na qual o Lula prometia que, se eleito, tudo continuaria onde o FHC tinha colocado. E enquanto esta promessa foi cumprida, tudo ia bem com nossa economia. No final do seu segundo mandato, já vendo que o título de “neoliberal” (que até hoje não sei o que significa) havia nele pegado, resolveu usar o “Tudo pelo Social” do Sarney, seu aliado de primeira hora, para comprar votos para a Dilma em 2010. En passant li ontem que o Sarney criticou duramente a Marina. Concordo com quem disse: “Eita candidata de sorte”. Ser criticada por certos políticos no Brasil é vitória na certa.

E o resto todos já sabem. A gerenta presidenta, que nunca foi nem gerente nem presidente, quis ir além de seu criador, tentando passar por faxineira e no final, nem isto conseguiu. Voltou de braços dados com o lixo da política brasileira para garantir mais um tempo para o PT.

Foi então que, mesmo não sendo de minas, surgiu a pedra Marina no meio do caminho ou talvez uma floresta inteira para sufocá-los. E eles, os petistas, presos e soltos, estão desesperados. Leiam o Sandro Vaia e vejam como isto está ocorrendo com o Lula, que agora deu para abraçar prédio junto com Pedro Stédile, o maior enrolão desta república que está para morrer, e dá lugar a uma nova. Eu só espero é que a 
República da Floresta seja um pouco melhor para o Brasil do que a república do lulopetismo. Pensando bem, se for pior, que Deus tenha piedade de nós.


“Campanhas eleitorais produzem milagres.

Transformam Neca Setúbal, por exemplo, a notável educadora de 2012 convidada a integrar o governo revolucionário do cicloviário Fernando Haddad, num pérfido logotipo do Itaú interessado em obter perdão de suas dívidas e defender a autonomia do Banco Central para agradar a neoliberal Marina Silva, seringueira de Wall Street.

Marina de Wall Street quer, num golpe de mestre, tirar a comida da mesa das crianças brasileiras para reforçar o banquete dos banqueiros.

En passant, a seringueira quer eliminar o Bolsa Familia, o 13o salário, as férias, o salário mínimo e acabar com esse mar de abundância que passou a assolar a mesa dos pobres brasileiros depois que o PT colocou a miséria fora da lei.

Mas isso Marina de Wall Street não vai conseguir porque o coração valente de Dilma Rousseff não permitirá que aconteça, “nem que a vaca tussa”.

Estamos falando apenas dos lances mais edificantes e mais educativos da campanha eleitoral. Há também as baixarias, como a ameaça daquele Stédile – dos-sem- terra, de colocar sua gente nas ruas “todos os dias” para evitar que a ex-fada da floresta, mesmo que escolhida equivocadamente pelo povo, aplique o veneno neoliberal diretamente nas veias da Nação.

No pasarán!

E os que já passaram não querem nem pensar em comprar o bilhete de volta.

Alternância de poder, desde que seja uma alternância interna - esse parece ser o lema da versão revista e reduzida do tipo de democracia com o qual o PT sonha nas noites de verão.

Uns 40 mil cargos de confiança clamam aos céus: daqui não saio, daqui ninguém me tira.

Os deuses primeiro enlouquecem aqueles a quem querem castigar. O “abraço” na Petrobras, liderado por ex-lider sindical e ex-presidente da República com o rosto visivelmente afogueado e a fala transtornada, exala desespero.

O tratamento que estava reservado aos inimigos de alma, os tucanos de sempre, gêmeos separados no nascimento, teve que ser desviado à criatura nascida e aleitada no mesmo berço, ungida não só pela infância pobre e uma história de vida semelhante à daquele que acredita que o Brasil é obra dele, mas também por uma trágica viuvez política que aumentou seu ar de madonna addolorata e seu cacife de votos.

Como Marina não é elite branca, não é liberal, como teve uma origem pobre, como é magra, frágil, diáfana, não é gerentona, nunca teve uma loja de R$ l,99 nem pode ser chamada de tucana, o PT não sabe como desconstrui-la sem dar um tiro na própria cabeça.

Talvez por isso Lula e o PT não saibam o que fazer com a faca que colocaram entre os dentes.


Marina de Wall Street, definitivamente, foi a mais indigente das invenções retóricas de seus intelectuais organicamente serviçais.”

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P.S: Eu não sou a favor do Bolsa Família como ele foi aplicado pelo Lula e Dilma, como forma de escravizar os eleitores pobres, sem mostrar-lhe uma saída. Espero que a Marina não faça o mesmo. O que não pode ser dito é que ela é contra o programa, apenas para fazer terrorismo eleitoral. Vejam este video: (Zezinho)

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Prozac para Lula




Por Zezinho de Caetés

Li, na quarta-feira, um texto do Fernando Rodrigues na Folha de S. Paulo, intitulado “Haja Prozac”. De início eu pensei que seria mais uma propaganda da indústria farmacêutica para incrementar a venda do seu antidepressivo mais conhecido, com todos os seus efeitos colaterais. Enganei-me feio, porque descobri que o texto versa sobre o possível aumento de consumo da droga em Brasília, se acontecer o que todo brasileiro ciente de sua responsabilidade deseja, a retirada em massa dos petistas do poder.

Apesar do aspecto humorístico do quadro que ele traça, mostrando as caravanas de ex-assessores petistas, saindo da capital federal, puxando uma carroça quase vazia mas com as cuecas cheias de dinheiro, o assunto mais importante que ele toca é a tal da “alternância” de poder, num regime democrático. Eu até acho que não é nem a participação popular o mais importante neste regime tão criticado mas ainda o que temos de melhor. O mais importante é a alternância das bundas que sentam nas cadeiras de onde se dirigem a nação. O importante do povo no regime democrático é que ele é o responsável por esta mudança, apesar de todas as imperfeições do sistema.

Nossa democracia, graças, em parte ao instrumento da reeleição, sobre a qual concordo com o Joaquim Barbosa quando diz que ainda não estamos pronto para ele, tem uma tendência acentuada em prezar pela continuidade dos governos, e estes se empenham ao máximo em, mesmo de formas tortas, permanecer no poder peronia seculum seculorum. E o PT, nos anos recentes, tenta através deste instrumento, deixar no poder o meu conterrâneo Lula por 24 anos. Isto se formos realistas e aceitarmos o fato de que foi ele o governante deste de 2002 e que Dilma foi apenas um truque para ele lá permanecer.

Infelizmente, para a horda petista, apareceu uma mulher lá dos cafundós da floresta, magra, pobre e inteligente, a quem o Lula empregou por um bom tempo, e ameaça o império petista, seu imperador, o Lula, e sua rainha consorte, a Dilma. Se isto fosse no século passado, quando não existisse o Prozac, poderia haver até internação geral nos hospitais psquiátricos, apenas por que hoje a possibilidade de defenestração do poder dos petistas, é mais provável do que sua permanência no poder.

Eu só queria dizer, antes de deixar vocês lerem o Fernando Rodrigues que, pela nossa amizade na infância, eu aguardo Lula na Estação Rodoviária de Caetés, num pau-de-arara e com uma cachorra no colo, com todas a pompas e circunstâncias que ele merece. Só tenho a lhe oferecer, isto se os caeteenses ilustres concordarem, a cadeira número 13 da Academia Caeteense de Letras, para a qual um belo dia ele me negou ajuda. Seja bem-vindo, conterrâneo, mas, por vias das dúvidas, traga um caixa de Prozac.

Fiquem com o Fernando Rodrigues que eu acabei de ver agora uma pesquisa a qual diz que a Dilma parou de cair, e necessito de um Prozac urgentemente.

“Ouvi uma frase sobre a corrida presidencial que me pareceu perfeita: "Em 2002, achei que o PT estava despreparado para assumir o governo. Mas eu não sabia que o PT estaria agora tão despreparado para deixar o governo".

É uma avaliação tão cruel quanto verdadeira. Revela também o grau de subdesenvolvimento institucional do país. É claro que não há risco de disrupção, mas parece um pouco incompatível com a regra democrática que um partido entre em desespero frenético apenas porque existe a possibilidade de sair do poder a partir de 1º de janeiro de 2015.

A aparição do ex-presidente Lula, suado e descabelado, fazendo uma manifestação em frente à Petrobras é a síntese do clima atual no PT. E nem está claro que Dilma Rousseff perderá a disputa contra Marina Silva (aliás, a presidente está à frente nas pesquisas). Mas em Brasília é possível respirar um certo pânico no ar.

Só na capital da República há mais de 20 mil cargos de confiança, todos ocupados pelo petismo e adjacências. Uma derrota de Dilma Rousseff obrigará essas pessoas e suas famílias a deixarem a cidade. Por baixo, serão de 40 a 50 mil desamparados. Voltarão a seus Estados para pedir trabalho na iniciativa privada ou em algum governo, prefeitura ou sindicato sob o comando do PT.

Serão milhares de dramas pessoais. Em Harvard, nos EUA, a universidade oferece um serviço gratuito de atendimento psicológico a estudantes estrangeiros que passam um tempo por lá e depois têm de retornar para seus países. Dilma poderia pensar no assunto. Uma "bolsa psicólogo" ajudaria a manter mais calmas as pessoas ao seu lado.


Como o problema é estrutural, uma vitória dilmista só atrasará a crise existencial dos petistas. Até porque, em 2018, 2022 ou em outro momento, o partido sairá do poder. Quando esse dia chegar, as farmácias de Brasília terão de reforçar os estoques de Prozac em suas prateleiras.”

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Caixa Postal.




Por Carlos Sena (*)

Demoro abrir minha caixa postal. Demoro talvez porque seja de uma geração que não havia caixa. E o postal que havia era aquele que a gente manda quando viaja, principalmente para lugares importantes,  para dizer aos amigos e familiares que a gente está viajando. Dependendo do lugar – algo como a Europa, a gente manda para dizer também que é chique. Pelo menos que era chique na visão de Dandúbia Leão. Ela disse outro dia que depois do PT no governo não tinha graça mais ir à Europa, pois quando chegava lá encontrava a “rafaméia” brasileira toda por lá. Ah, postal também era outra coisa: lá em Garanhuns, a Rádio Difusora tinha um programa à tarde que se chamava POSTAL SONORO. As pessoas mandavam musica para as outras mais ou menos assim: “atenção, atenção, fulano de tal, ouça este postal sonoro de quem muito lhe ama. Assina “você já sabe quem é”...

Voltando à caixa postal, diante do que já mencionei, fico mesmo demente. Não me acho no dever nem na obrigação de render homenagem a essa “quenga” metida a importante. Pior é que é mesma importante e isso eu sei. Pois como se viver nestes tempos de tanta modernidade sem abrir sua caixa postal que é atrelada ao e-mail nosso de cada dia. Lembro que também o correio tem uma caixa postal. Mas essa é diferente da que eu deixo de vê-la, pois ela é disponível para os usuários via aluguel. Soube outro dia que os maridos infiéis adoram caixa postal dos correios por motivos óbvios. As garotas e garotos de programa também. Fato é que eu sempre vi essas caixas dos correios com ar de clandestinidade para quem as aluga. Ou não?

Pois bem. Como o ultimo pingo é sempre na cueca, não posso deixar de vez por outra abrir meu correio eletrônico, ou minha caixa postal. Com cuidado, é claro, pois foi assim que me ensinaram. Dentro dela, tem vírus, tem lixo, tem safadeza, tem coisa me pedindo pra abrir, mas se eu abrir tenho logo que fechar, etc. Pior é que vírus de computador não cede à vacina, pois sempre a gente tem que está se protegendo deles que ficam mais fortes e criam anticorpos.

Melhor uma caixa de chocolate diet escutando um postal sonoro daqueles que a rádio de Garanhuns mandava. Eu achava o máximo. Se fosse hoje a gente dizia “é tudo que há"...

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(*) Publicado no Recanto de Letras em 19/08/2014

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O depoimento do "assessor de propinas", a moral e as urnas




Por Zezinho de Caetés

Hoje se apresentará à CPMI o Paulo Roberto Costa, que só foi convocado no intuito dele repetir, como está dizendo na Delação Premiada, quem esteve com ele em sua jornada sórdida ao produzir o Petrolão, ou Mensalão 2. Alguns já apareceram no vazamento conseguido pela revista Veja e outros, não vazados, ainda podem aparecer. Mas, se for pelo que se conclui das pesquisa e também do texto do jornalista Ruy Fabiano que abaixo transcrevo (Blog do Noblat – “A moral e as urnas” – 13/09/2014), tudo não passará de mais um enrolação, e desta vez, a culpa será da Lei.

Li, ainda ontem, que se o assessor para assuntos de propina da Petrobrás, abrir a boca, ele perderá todos os benefícios da delação premiada, e voltaria à estaca zero, no que concerne a sua possibilidade de ser solto e tudo mais. Estranha lei, mas, como se diz: Dura Lex sed Lex. O que fazer então, para que toda esta nojeira que ele sabe seja colocada num ventilador mais forte do que aquele em que já foi jogado pela imprensa independente antes da eleição, e que possa acordar o eleitor do marasmo em que vive ao acreditar que ele só corre risco se acabar o monte de bolsas que o PT distribui?

Para mim só com o uso adequado do jornalismo investigativo como fez a Veja, da qual o PT tem tanto medo, que ninguém no partido dorme mais da sexta-feira para o sábado, esperando o que vai vir na próxima edição. Eu não sei se o vazamento de algum depoimento é tão ilegal quanto deixar o povo na ignorância. Eu só sei que o vazamento é mais moral, do ponto de vista político.

No limite das boas expectativas para uma eleição estaria a noção de que o eleitor teria o máximo de informação para tomar uma decisão consciente. E o silêncio de um propineiro já é um grande obstáculo para que este limite seja atingido. Informação, então, é o melhor remédio. Se pudesse ser sem vazamento melhor. Já que não pode....

Mas, vamos esperar o depoimento e ver como se comportarão os parlamentares da CPMI, para fazer com que na eleição não se suponha que algum deles esteja envolvido. Neste caso, qualquer corpo mole é denunciante.

Fiquem com o texto do Fabiano, vejam o resultado do depoimento e veja, mesmo que o assessor para propinas, o Paulinho, como o chamava Lula, diz mais alguma coisa para que o país não pereça mais 4 anos nas mãos do PT.

“Mais chocante que as revelações de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras na Era PT, é ausência de efeitos concretos sobre a campanha eleitoral. Ao que parece, não houve tempo para que o eleitor avaliasse a extensão e gravidade do que foi dito.

Há ainda a esperança de que na quarta-feira próxima, na CPMI da Petrobras, ele acrescente mais revelações. Mas o procurador da República, Rodrigo Janot, não só já avisou que não revelará o depoimento de Costa, como é contrário à sua ida à CPMI. Um procurador, enfim, que não procura nada.

Costa, funcionário de carreira da Petrobras, ascendeu, no período Lula, à cúpula da estatal. Ocupou a diretoria de Refinaria e Abastecimento, cujos cofres passou a violar, seguindo as orientações da cúpula política do PT, providenciando propinas de negociatas bilionárias, que abasteciam os cofres dos aliados.

Foi o Marcos Valério do Petrolão. O dinheiro comprava lideranças políticas dos partidos aliados, para garantir a maioria governista no Congresso. Mensalão 2, como disse Aécio Neves.

Em seu depoimento, Costa garantiu que Lula sabia de tudo e despachava frequentemente com ele. Dilma foi, nesse período – que durou de 2003 até 2012 – ministra de Minas e Energia, presidente do Conselho da Petrobras e presidente da República. Não sabia de nada, como seu antecessor. Mensalão 2, mais uma vez.

O que até aqui se sabe é pouco. Presume-se que o que vazou corresponda ao que se pode provar, já que delação premiada só funciona na medida em que o delator forneça indícios concretos do que diz. Caso contrário, não recebe os benefícios. Há, portanto, muito mais, ainda por se conhecer.

Porém, o que já se sabe seria suficiente, num país normal, para causar um abalo sísmico na campanha. Não causou. Dilma, ao contrário, recuperou alguns votos e persiste na liderança. Seus antagonistas não têm sido brilhantes em dimensionar o delito em pauta, já que o público não demonstra o espanto que se esperava.

Abstenho-me de me aprofundar nos crimes revelados, que já consumiram páginas e páginas de jornais e revistas, que poucos leem. Intriga-me a indiferença do público. Se a Justiça Eleitoral não tivesse impugnado a candidatura de José Roberto Arruda, ele provavelmente seria o próximo governador de Brasília.

As denúncias sobre seu passado recente – inclusive o de ter sido apeado do governo que agora queria reocupar – estão na memória de todos. Não obstante, era o favorito. “Rouba, mas faz”, dizem seus eleitores. Os de Dilma dirão o quê?

Quando Lula foi reeleito, em pleno vendaval do Mensalão, a economia ia bem, o crédito bombava e as bolsas sociais exerciam seu efeito anestésico sobre a população mais carente. Essa circunstância sobrepôs-se ao ambiente de degradação moral exposto pelo Mensalão. Prevaleceu o bolso.

Agora, porém, a economia vai mal, a inflação voltou, o crédito está inacessível e, mesmo assim, as denúncias não colam. O que parece ocorrer é o descrédito geral em relação ao que vem do meio político. Os escândalos banalizaram-se.

Fazem parte do roteiro. Há aí uma tese sociológica a aprofundar – e que, por óbvio, não cabe num artigo, nem cabe a um jornalista. O povo não toma mais conhecimento de escândalos e prefere votar em quem lhes concede benefícios, ainda que parcos, como o Bolsa-Família. Não quer trocar o “certo” pelo duvidoso – e duvidoso tornou-se tudo aquilo que os políticos lhe prometem e não tem curso consagrado na vida real.

Marina e Aécio são promessas – e o povo, ao que parece, já não acredita em promessas de políticos. Dilma é ruim, mas já é conhecida. Esse o ponto de vista que se capta em conversas com motoristas de táxi, ambulantes e pessoas que descreem do futuro e preferem raciocinar tendo em vista o dia a dia.

Não há sentimento moral – pelo menos não se aplica às eleições. Como mudar isso? Insistindo, apesar de todos os pesares, na educação política do povo. Mas quem quer isso? O apelo a temas de natureza religiosa, comum nesses momentos, não é gratuito: parece ser o ponto vulnerável dos petistas.

E há aí um paradoxo: o mesmo povo, insensível aos desmandos dos políticos, comove-se com temas religiosos, cuja essência é de ordem essencialmente moral.

Aborto, casamento gay, legalização das drogas, nada disso depende diretamente do presidente da República. São causas que se resolvem no Congresso – e, portanto, deveriam estar sendo dirigidas aos candidatos ao Legislativo. Mas ninguém se preocupa com eles, nem eles têm tempo (ou qualificação) para explicar o que quer que seja. Dispõem de segundos no horário eleitoral.


O voto acaba sendo decidido por questões de profunda subjetividade, decorrentes da empatia que cada candidato transmite ao eleitor. Programas, projetos, compromissos passam ao largo. Essa, por enquanto, é a democracia que temos, sólida e perfumada como um flactus.”

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Sorriso de Lagarto.




Por Carlos Sena. (*)

Ser moderno é por e dispor do que a modernidade oferece. Certo? Até a página dois. Porque em tudo a gente deve primar pelos limites, pelo centro das coisas que iremos fazer ou se permitir aos fazeres. Plastificar o rosto é uma dessas coisas. Botoxar o rosto, siliconizar o rosto, tudo são atrativos que muitos não resistem e se permitem. Ilusão do rostinho bonito? Da bunda lá em vima, do peito empinado? Sei não. E até sei. Porque nós temos que aprender com a vida o limite dela, pois não adianta pintar o cabelo de preto igual uma graúna quando o rosto não tem vigor, nem mais frescor. A emenda fica pior do que o soneto, pois todos logo veem que aquele cabelo não combina com o conjunto da face. Mas, se pode pintar o cabelo de uma forma mais próxima da realidade do rosto e, então, tudo poderá ficar mais ameno e saudável. Fora do quesito "cabelo" o uso do silicone tem mexido muito com a cara das mulheres, principalmente as atrizes. Muitas chegam a ficar com um "Sorriso de Lagarto" e, portanto, rir ou chorar pra elas não modifica o comportamento do rosto. As pessoas no geral ficam sorrindo como se estivessem com medo do couro da boca se rasgar. Com isso o angulo facial fica deformado e, certamente, poderá causar espanto à própria pessoa diante do espelho. Tonia Carreiro é uma dessas. Elza Soares idem. Claro que não temos nada a ver com isso, ou não? A partir do momento em que a gente se assusta, então poderemos dizer que sim. 

O Sorriso de Lagarto se nos afigura como uma derrota das pessoas que não assumem que o tempo passa; que a Lei da Gravidade chega pra todos; que silicone e botox não recuperam as nossas musculaturas - apenas espicham o couro que sobra e, se  não houver cuidado, o Sorriso de Lagarto se apropria da cara e a deixa sem limite de chorar e sorrir... Por isso advogo que nada melhor do que o bom senso em tudo. Quer retocar o rosto, a bunda, os peitos? Use tudo que a modernidade oferece! Só não se deve esquecer que ainda não existe o elixir da vida eterna e um dia, ah um dia! A gente vai mesmo para outros planos na eternidade.

Portanto, melhor assumir que o tempo passou, mas que que por dentro você não se deixou de si. Assim, melhor sorrir um sorriso sincero, mas seu, do que sorrir um Sorriso de Lagarto.

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(*) Publicado no Recanto de Letras em 16/08/2014