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terça-feira, 30 de setembro de 2014

O debate na casa do Bispo




Por Zezinho de Caetés

Hoje estou com um sono danado. É segunda-feira e ontem fui dormir mais tarde do que o normal. Tive uma obrigação cívica inadiável: Ver o debate entre os candidatos presidenciais na TV Record, que dizem ser do Bispo Macedo. Eu não sei se o local foi o Templo de Salomão, que eu penso não ser aquele da Bíblia e famoso pela sua sabedoria, e sim aquele que foi morto por Odete Roitman numa novela da Globo que eu via ainda quando tinha tempo de ver: O Salomão Ayala.

Naquela época a pergunta: “Quem matou Salomão Ayala?” virou uma febre que levou a audiência da emissora aos píncaros. Ontem (segunda-feira, pois não sei quando o Zé Carlos vai publicar isto) a pergunta na TV do Bispo era outra: “Quem levou o Brasil pro brejo?”. Sim, porque hoje, venhamos e convenhamos não há lugar mais aprazível de colocar nosso país do que um brejo pantanoso e cheio de sapos coachando: “Corrupto, corrupto, corrupto....” a noite inteira. E foi uma tentativa de responder a isto que me fez perder a hora do meu sono sagrado e ficar vendo como cada um dos candidatos responderia a tal pergunta. Tenho que confessar que não cheguei ao seu fim por culpa do Eduardo Jorge. Numa de suas falas eu simplesmente adormeci, e quando acordei o Templo do Salomão já estava vazio.

Entretanto, tenho que cumprir o meu dever de cidadão informado de comentar sobre o que vi naquela peça da campanha eleitoral. E como já deve ter ficado claro a todos, quem levou o Brasil pro brejo foi realmente o PT. É óbvio que ninguém conseguiria levar uma vaca do tamanho do Brasil pro brejo sozinho. Ouve, é claro a ajuda do PSDB, principalmente do FHC que em 2005, impediu que o Congresso votasse o impeachment de Lula, o que nos teria evitado toda a presente confusão e teríamos poupado o dinheiro desviado no mensalão. Mas, agora, o que fazer? A vaca está no brejo e quem vai tirá-la? Admitir que quem a meteu lá tem que tirar porque entende de como levar um animal pro brejo é uma bobagem que só a Dilma consegue dizer.

Mas vamos ao debate, ou do que dele vi entre um cochilo e outro, e não sei porque, cochilava sempre quando Pastor Everaldo estava falando. Parece que agora ele só está contando história para boi dormir. É uma pena pois gostava da proposta dele de privatizar a Petrobrás e agora ele não toca mais nem nisso. Mas, como os nanicos fizeram suas parcerias particulares, eu sempre acordava com a Luciano Genro a pregar nossa adesão irrestrita ao socialismo, desde é claro, que ela seja do Politburo (chega dar coceiras lembrar destes termos do tempo da Guerra Fria). Já o Levy Fidelis, que abandonou o Aerotrem, agora quer equipar nossas forças armadas, que hoje, são subordinadas ao Celso Amorim, e temerosas que ele resolva entregar o cargo ao Marco Aurélio Garcia, porque sabem que se isto acontecesse, o Brasil entraria logo no conflito do Oriente Médio ao lado Estado Islâmico.

Por falar em Aerotrem, o que fizeram com o Trem-Bala do PT? Só se foi na parte em que dormi, mas no debate de ontem não tocaram nisto. Alguém tem que perguntar a Dilma por onde anda ele. Ou ela está esperando passar as eleições para implantá-lo? Foram projetos como este que são a prova viva de que quem levou o Brasil pro brejo foi o PT. Começando pelo nosso Nordeste querido que está esperando a transposição do Rio São Francisco desde que o Ciro Gomes pensou em ser presidente e não conseguiu porque mostrou antes, às mulheres, do que era capaz se fosse eleito. Que o diga a Patrícia Pilar. Eu já começo a pensar na Petrobrás, mas vamos ver se conseguimos chegar ao debate.

Já começo dizendo que quem ganhou o debate foi o Aécio, que é de longe o único que conseguiu dizer três palavras sem mentir ou passar por vítima. Não que espere grande coisa, pois ele, ao invés de dizer que vai privatizar a Petrobrás disse que vai reestatizá-la. Este foi o mais contundente ataque à candidata gerenta presidenta, que rebateu trazendo de volta coisas do arco da velha, como aquela história de que PSDB queria privatizar a Petrobrás e chamá-la de Petrobrax. Talvez, com este nome ela não tivesse dado origem ao maior escândalo do século, no que se refere (como diria a Dilma) às Refinaria de Pasadena, Abreu e Lima e as propinas que corriam soltas por parte de seus diretores e do partido no governo.

A Dilma, para continuar no assunto, eu a chamaria de “coitada” se ela não tivesse gasto tanto do nosso dinheirinho para fazer aquele penteado e comprar aquele modelito que a torna igual a um pimentão vermelho bem gordinho. No entanto, vi o nervosismo e irritação estampados em sua cara todo o tempo. Talvez ela estivesse pensando: “Vejam onde o Lula me fez amarrar o meu jegue!”. E, para ser sincero não ouvi nenhuma resposta daquilo que foi a ela perguntado. O Lula, malandro velho, deve ter lhe passado o serviço todo: “Quando não tiver nada para dizer não hesite, diga que a culpa é do FHC. Sempre deu certo comigo e agora dará certo também. Se insistirem muito, invente coisas tais como, nunca na história deste país houve tantas investigações, pois não é o tempo do engavetador geral da república. E se ainda disseram que isto está ultrapassada, seja firme e diga que a Polícia Federal e o Ministério Público estão a seu comando nas investigações.”

Este negócio que a Polícia Federal é do governo é o mesmo que dizer que na Venezuela o STF de lá é do Maduro. Lá isto é verdade, aqui ainda não. Até quando? Só depende de nós e de nosso comportamento em outubro. Se em novembro vermos a Dilma colocando aquele vestido vermelho na mala para voltar ao Rio Grande do Sul, ainda teremos uma chance. Por enquanto estou esperando os outros debates, principalmente, o da Globo. Será que a Patrícia Poeta vai fazer perguntas?


Já sei, os meus leitores devem estar se perguntando: E a Marina? Pelo menos neste debate ela ficou tão na defensiva que praticamente sumiu. E aquela história da CPMF, se ela foi contra ou a favor, ainda vai dar muito pano prás mangas. Quando ela disse que se aliou, na época, a Suplicy, chega me deu um calafrio. Hoje, qualquer menção, mesmo que indireta, ao PT, causa náusea. Até aos próprios petistas, pois não vejo o nome do partido em lugar nenhum. Faliu, igual a lojinha da Dilma.

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