Em manutenção!!!

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Onde está a bufunfa roubada da Petrobrás?




Por Zezinho de Caetés

Hoje não amanheci bem, e nem iria enviar nada para publicação nessa distinta AGD. Entretanto, li o artigo, no Blog do Noblat, de Ruy Fabiano (“Lula, Lênin e a Petrobrás”), e não aguentei.

O cerne do texto é a pergunta que ele faz: “Onde foram se meter os 88,6 bilhões de reais que a Graça Foster admitiu oficialmente, que era uma medida por baixo da safadeza que se cometeu com na Petrobrás nos últimos anos.?”

Eu adoraria que ele tivesse sido doado pelo meu conterrâneo Lula para erguer nossa Academia Caeteense de Letras, e tomar posse logo na cadeira 13 que estaria esperando com ele, mesmo contra a vontade do Rafael Brasil. E agora, depois do câncer, que ele começou a ler muitas biografias, e que já consegue ditar pelo menos um livro (pois escrever, dizem que ele ainda não vai além do nome), isto seria de se esperar.

Então resolvi transcrever o texto do Ruy, para enfatizar e jurar que não recebi nada do montante roubado e, portanto, não me acusem de nada. Se o meu nome aparecer em alguma delação premiada, eu já antecipo que estou mais inocente do que o Lula e a Dilma, pois não sei de nada, e ponto final. Fiquem com o Ruy e meditem no fim de semana.

“Até aqui, quando se aborda o escândalo da Petrobras, pergunta-se quem a roubou, quanto e como o fez. A resposta é parcialmente conhecida: o achaque teve o PT no comando, coadjuvado por seus aliados PMDB e PP, e a quantia chegou à estratosférica casa das dezenas de bilhões.

Conhecem-se alguns operadores, empresários cúmplices e os nomes de agentes públicos (parlamentares, governadores, ministros etc.) citados nas delações premiadas. A lista oficial, a ser divulgada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, está sendo aguardada para os próximos dias.

Não se sabe se virá como denúncia ou pedido de abertura de inquérito, o que fará toda a diferença. Se denúncia ao STF e STJ (para o caso de governadores), os citados viram réus; se inquérito, o rito pode ser longo e diluir-se no tempo.

O prejuízo, no balanço não auditado da empresa, tem cifras oficiais: R$ 88,6 bilhões. A ex-presidente Graça Foster disse que foi o que se pôde apurar, mas, aprofundando-se as investigações, “certamente é mais”. Alguns argumentam: mas nem tudo aí é roubo; há também o fator incompetência, incluso na mesma rubrica. Tudo bem. Digamos, então, num raciocínio pra lá de moderado, que o fator roubo seja um quarto daquele valor: R$ 22,1 bilhões. Ainda assim, é dinheiro demais, que excede enormemente ambições pessoais e necessidades partidárias.

E aí entra em cena a pergunta que ainda não se fez, mas que inevitavelmente se fará: para onde foi essa grana? Escondê-la é impossível; fragmentá-la de modo a diluir sua rota parece além do talento mesmo de doleiros experimentados.

Outra coisa: como recuperá-la? O ex-gerente Pedro Barusco se dispôs a devolver a parte que lhe coube: US$ 100 milhões (R$ 280,8 milhões ao câmbio de hoje). Considerando-se o seu grau hierárquico, é possível especular quanto coube aos de cima.

E quem são os de cima? Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento – que detalhou os percentuais que cada partido da base recebia -, disse que se situava no nível médio. E que respondia a gente bem mais graúda. Alberto Youssef garantiu que Lula e Dilma eram os graúdos maiores: sabiam de tudo.

Lula e Dilma negaram a acusação, mas, por ato falho, já a confirmaram. Dilma, ao comentar o rebaixamento da empresa pela consultoria Moody’s, considerou-a “desinformada”, o que sugere que ela, presidente – e ex-ministra das Minas e Energia, ex-presidente do Conselho Administrativo e ex-chefe da Casa Civil -, tem informações que aqueles consultores não têm. Lula, no espantoso ato de “defesa da Petrobras”, na sede da ABI, no Rio, na terça passada, se disse informadíssimo, o que ninguém duvida.

Palavras suas: “Fui o presidente que mais visitou a Petrobras; tenho mais camisas da Petrobras que o mais velho funcionário da empresa. Fui o presidente que mais inaugurou plataformas”. Ora, com tamanha intimidade com a estatal, e tendo nomeado toda a sua diretoria, seria surpreendente que não estivesse a par de tudo o que lá se passava. Tudo.

Não há como sumirem bilhões e bilhões sem que sejam percebidos, sem que uma rede ampla e sofisticada estivesse em ação. E como uma rede dessa, montada pelo presidente da República - e que incluía aquela que viria a sucedê-lo -, passaria despercebida a ambos? A resposta é desnecessária.

A metáfora do queijo, que ele evocou diante de uma militância entusiasmada (“se o rato está acostumado a roubar um pedaço de queijo, que fará diante de um queijo inteiro?”), equivale a uma confissão. E ainda: roubava-se menos porque havia menos dinheiro; como entrou mais dinheiro na Era PT, roubou-se mais.

Resta saber para onde foi esse dinheiro. Há especulações, que, de tão inusitadas, evocam a clássica teoria da conspiração. Mas a própria cifra envolvida, não constasse ela do próprio balanço da empresa, provocaria o mesmo ceticismo. Ocorre que tudo nesse escândalo é inusitado, embora real. Fala-se, por exemplo – e isso acabará tendo que ser apurado –, que parte dessa fortuna teria abastecido os aliados do Foro de São Paulo, coadjuvantes do projeto da Grande Pátria Socialista.

A Venezuela, por exemplo, sem dinheiro até para comprar papel higiênico, renovou a frota de sua Força Aérea; a mesma Venezuela que, no final do ano passado, por meio de seu ministro para Comunas e Movimentos sociais, Elias Jaua, firmou convênio para treinar a militância do MST – “o exército do Stédile”, que Lula quer ver nas ruas contra os “golpistas”.

Não se sabe se Lula conhece a palavra de ordem com que Lênin impulsionava sua militância: “Acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é”. Como não é exatamente um estudioso de História – e acha que, por aqui, o PT a inaugurou – é possível que compense a ignorância com seu poderoso instinto político. O certo é que, no ato da ABI, seguiu fielmente a lição de Lênin.


Acusou seus opositores de ter feito com a Petrobras tudo o que de fato ele e o PT fizeram. E os xingou de golpistas. Nada menos. FHC comparou o truque à ação de um punguista que, após bater a carteira da vítima, sai gritando “pega ladrão!”. É por aí.”

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Se vier o IMPEACHMENT, tudo será culpa do FHC?




Por Zezinho de Caetés (*)

Ainda tossindo feito um porco engasgado, já começo a ler a mídia, que atualmente não sai do tom do impeachment da Dilma. Como se dizia lá no meu interior, e de Lula, se eu fosse ela “picava a mula” logo, como sugere a charge do Jameson em meu texto de ontem. Até a imprensa internacional já entrou no mesmo tom. O jornal inglês FINANCIAL TIMES mostra os 10 motivos para que a Dilma possa sofrer um impeachment.

Perda de apoio no Congresso
Escândalo da Petrobras
Queda na confiança do consumidor
Aumento da inflação
Aumento do desemprego
Queda na confiança do investidor
Déficit orçamentário
Problemas econômicos no geral
Falta d'água
Possíveis apagões elétricos

É óbvio que eles só listam 10, porque são estrangeiros e não estão por dentro da lambança que a gerenta presidenta fez com o Brasil. Se eles tivessem ouvido o discurso dela na entrega de casas do programa Minha Casa Minha Vida lá em Feira de Santana (quando eu e a vaca pararmos de tossir, eu devo voltar ao tema), já seriam 11 motivos. Mas, deixa para lá e nem comentaremos estes motivos porque eles são auto-evidentes.

Transcrevo abaixo o escrito do Hubert Alquéres que foi publicado em 25/02/2015, no Blog do Noblat, com o premonitório título de “Não vai dar certo”,  e vejam quantos motivos mais há para que a Dilma seja impichada (o verbo impichar já deverá constar das próximas edições dos dicionários brasileiros) o mais breve possível. Como diz o autor, depois de descrever algumas das porcarias feitas pela gerenta presidenta: “É de se arrepiar um governo de oposição a si próprio. Difícil crer que dê certo.” Eu diria, não difícil, e sim impossível se não vivêssemos num país onde a presidente é a grande piada nacional.

Antes de lerem o texto do Hubert, vejam, o que o povo criou em relação a FHC, desde quando a Dilma disse que a roubalheira da Petrobrás era culpa dele, e não dela e do Lula, que agora quer se juntar ao Stédeli para lutar contra “eles”. Esta relação é apenas uma parte das 47 arroladas pelo Blog do Augusto Nunes, para mostrar, de que mais o FHC é culpado. Senhores, por via das dúvidas, nunca mais votem nem em FHC nem em Lula. Eu nem digo que não votem em Dilma, porque sei que daqui em diante ela não se elege mais nem síndica de prédio.

… abriu uma loja de picaretas ao lado do Muro de Berlim em 1989

… ajudou Henrique Pizzolato a fugir para a Itália

… apresentou Rosemary Noronha a Lula

… arquitetou a chacina do Charlie Hebdo

… articulou o golpe militar de 1964

… causou o tsunami na Indonésia

… colocou fogo em Roma (e espalhou que foi Nero)

… convenceu Eva a comer a maçã

… dedurou Tiradentes

… deu a primeira punhalada em Júlio César

… é o chefão do “Estado Islâmico”

…  emprestou dinheiro para a construção do porto de Mariel, em Cuba

… encomendou à FIFA aqueles 7 a 1 da Alemanha contra o Brasil na Copa de 2014.

… escondeu o petróleo brasileiro debaixo do pré-sal

… financiou a compra do primeiro carrão de Eike Batista

… foi o responsável pela equipe médica que cuidou de Tancredo Neves

… foi o responsável pelo atentado ao Papa João Paulo II

… foi o responsável pelo fracasso da Missão Apolo 13

… foi o responsável pelo meteoro que eliminou os dinossauros

… foi professor de português e matemática de Dilma Rousseff

… fundou o Foro de São Paulo

… fundou o PT

… lançou a bomba atômica em Hiroshima e Nagasaki

… liderou a greve dos caminhoneiros

… matou a mãe do Bambi

… matou Abel

… matou o prefeito Celso Daniel

… matou Getúlio Vargas

… matou John Kennedy

… matou John Lennon

… matou o Mar Morto

… matou Odete Roitman

… organizou os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001

… planejou a seca no Sudeste

… roubou o cofre do Ademar de Barros

… votou na Dilma

Realmente, o homem é um traste, já pensou, ter votado na Dilma, quando nem o Sarney votou? Leiam agora o texto, que eu vou cuidar de minha dor de cabeça, pois com o riso não passou.

“A cabeça da presidente deve estar azucrinada de tantos conselhos. O que não faltam nos círculos petistas são engenheiros de obras prontas, com soluções mágicas e contraditórias.

Wladimir Pomar, por exemplo, coordenador da primeira campanha presidencial de Lula, escreveu um alentado artigo sobre o “desafio da retirada estratégica”.

Sem papas nas línguas, o autor diz que os dirigentes envolvidos em caso de corrupção, deveriam pedir desculpas ao povo brasileiro e à militância, ”ao invés de viverem reiterando sua inocência, ou levantando o punho em sinal de luta”.

Dilma, claro, não deu atenção às palavras de Pomar ou não leu o seu artigo. Preferiu seguir o conselho de seu marqueteiro e jogou, com a maior desfaçatez, a responsabilidade da corrupção na Petrobrás para as costas do presidente Fernando Henrique Cardoso.

A tática do punguista que grita pega o ladrão denunciada por FHC não vai dar certo. Não resistirá à lógica implacável dos fatos.  Tanto que já virou motivo de piada.

Para manter sua versão o palácio do Planalto depende do mutismo dos diretores de construtoras presos na Polícia Federal. Um deles, Ricardo Pessoa, presidente da UTC, já sinalizou o tamanho do estrago que poderá causar.

O problema do governo Dilma não é de marketing, é de credibilidade.  É da falta de um discurso consistente com respostas para a crise ética, econômica e política.

Como pode dar certo um governo cuja base está dividida e se assemelha a uma Torre de Babel?

Ora, se o PT anuncia que vai torpedear o ajuste fiscal de Joaquim Levy, a troco de que os aliados vão carregar o caixão?

Nem mesmo Lula e Dilma falam a mesma língua. O caudilho queixa-se da caturrice da pupila, de sua inapetência para a política. Mas é o primeiro a puxar o tapete dela, ao autorizar seus seguidores a promover sua candidatura a presidente em 2018.

Como pode se sustentar um governo onde seu partido é o primeiro a discutir a sucessão com quatro anos de antecedência, estimulando assim, que o PMDB, seu maior aliado, faça o mesmo?

Já está escancarada a dualidade de poder entre o palácio do Planalto e o Instituto Lula. A quem os grandes empresários recorrem quando tem uma demanda não atendida pelo governo? E qual palavra vale mais: a de Aloizio Mercadante ou a de Paulo Okamoto?


É de se arrepiar um governo de oposição a si próprio. Difícil crer que dê certo.”

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(*) A charge ilustrativa é do Jameson Pinheiro, como imagem da internet. (AGD)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

A última (ou penúltima?) do Lula





Por Zezinho de Caetés (*)

Estou me recuperando de uma bruta gripe que peguei, provavelmente, nas ladeiras de Olinda. Ainda estou meio tonto pelo montante de expectorante que venho tomando, para que pulmão expila o que tem nele de ruim gerado pelo maldito vírus. E fiquei mais tonto ainda quando ouvi o discurso do Lula, meu conterrâneo, na ABI do Rio de Janeiro, ontem (estou escrevendo no dia 25 e não sei quando o Zé Carlos irá publicar-me, ou, se vai publicar-me, pelo sucesso que os “memes” de Jameson fizeram) declarando guerra a “eles”. Não me contive, e mesmo zonzo, venho teclar sobre o triste episódio protagonizado pelo meu ex-ídolo.

Eu não sei realmente se direi que o Lula é o que meu pulmão está produzindo ou é o vírus que produz esta substância mole e pegajosa. Ou mesmo não sei se é pior do que os dois juntos. Para proceder desta maneira, não há outra alternativa: O Lula está desesperado.

Lembram da época do mensalão? Sim, aquele mesmo que ele negou existir, depois passou a crer em sua existência e depois tentar sabotar o julgamento dos companheiros. Ao ver que ele não ia ser envolvido (este foi o grande erro da justiça brasileira), passou a se jactar de suas façanhas em benefício da pobreza, o que todos sabemos eram mais falsas do que a inteligência e competência da Dilma. E agora, com o Petrolão no seu encalço, e já chegando cada vez mais perto de sua culpa, ele faz o que sempre fez: Tenta usar os pobres como massa de manobra.

Só que a partir da descoberta, pelo povão, que não está mais dando para sobreviver com os preços subindo e perdendo o emprego, a vaca tossiu e se dirige ao brejo, e aonde a vaca vai o boi vai atrás. O discurso do Lula, que coloco abaixo, para que todos ouçam, é uma peça de ficção ou um filme de terror em que um monstro aparece para levar outros monstros a defendê-lo porque está se borrando de medo que “eles” descubram toda a verdade. Todos aqueles que não são monstros, veem a farsa em suas palavras, mas, os que são monstros acreditam piamente. Se é assim então, para que mudar o discurso? O grande suspense do filme é que ninguém, até hoje, sabe quem é monstro e quem não é. Espero que no final do filme, que irá concorrer ao Oscar, certamente, os verdadeiros monstros sejam revelados.

Tudo não passa da mesma lenga-lenga dos tempos do sindicato. Ele fala até da mãe, D. Lindu, uma doce criatura, que virou parque aqui no Recife, quase repetindo o que disse um dia, que “ela nasceu analfabeta”, e que isto justifica ele continuar sem estudar nada. Agora disse:

“Sou filho de uma mulher analfabeta e de um pai analfabeto. E o mais importante legado que minha mãe deixou foi o direito de eu andar de cabeça erguida e ninguém vai me fazer baixar a cabeça neste país. Honestidade não é mérito, é obrigação. Eu quero paz e democracia, mas se eles querem guerra, eu sei lutar também.”

Ele, agora, coloca até o pai no meio, além da mãe. E eles devem estar se revirando no túmulo com as mentiras do filho. O que ele quer dizer é que andava com a cabeça tão erguida que não via os ladrões da Petrobrás, agirem debaixo do seu nariz empinado. Enquanto ele olhava para o céu, o “Paulinho” corrompia os políticos com o nosso dinheiro e levando quase à falência a nossa ex-maior empresa. Tudo isto para ele manter a cabeça erguida, como a mamãe ensinou, isto é, às nossas custas.

E, enquanto o pessoal cantava o Lula lá, e gritava “Lula guerreiro, do povo brasileiro”, já que o outro guerreio o Zé Dirceu ainda curte sua “cana”, embora no conforto do lar, uma agência de classificação de risco, a Moody,s  rebaixava a nota da Petrobrás para o grau especulativo. Isto é, hoje no mundo todo, quando se pergunta se deve-se investir alguma coisa na Petrobrás, alguém honesto só pode responder: “Não invista, porque pode ser uma fria”. E é esta empresa que o Lula e a Dilma nos legaram, que, em seu ato na ABI ele diz está defendendo. Defendendo de quem, cara pálida? Da Dilma, do Paulinho, do Youssef, todos por ele nomeados, ou dos empresários amigos e políticos eleitos com o dinheiro de contratos superfaturados? Me engana que eu gosto.

E ele vai mais longe e diz que “honestidade não é mérito, é obrigação”. Então eu peço aos pais que evitem que seus filhos ouçam o discurso abaixo, porque eles podem ser influenciados, com frases como essas, e pensarem que “honestidade” é andar de cabeça erguida para evitar ver os outros roubarem, até quando o roubo os beneficia.

A última sentença do parágrafo deveria ser assim dita: “Eu quero enganação e demagogia, mas se eles querem mais alguma coisa, eu sei roubar também”. E para não falar mais mal de Lula, falem vocês mesmos depois de ouvirem o discurso do “guerreiro do povo brasileiro”, que, se houver justiça estará na Papuda brevemente.

Se vocês tiverem bofe suficiente vejam o discurso a mostra a seguir em vídeo do YouTube. Eu tive vontade de não ouvir mais quando o Lula começou a falar de quando perdeu o dedo e quando acabou de dizer que só o câncer o fez ler alguma coisa, tais como a biografia do Padre Cícero. Continuei por dever de ofício. Se o guerreiro do povo brasileiro agora é este, estamos mal.


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(*) A ilustração da postagem é do Jameson Pinheiro, que volta a colaborar conosco. (ZC)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O Oscar 2015




Por Zé Carlos (*)

Ontem recebi mensagem do Zezinho de Caetés, vejam-na:

“Caro Zé Carlos, infelizmente, estou no estaleiro e todo entupido. Eu não sabia que, além de ficar de porre nas ladeiras de Olinda, tivéssemos que pegar os vírus do mundo todo. Voltarei assim que puder, mesmo que, se o Jameson ficar mandando estes “memes” (sabe o que é meme? ) a audiência do blog até aumentará. Fico tomando meu mel com limão e dando meus espirros.”

Antes de começar, já digo que não sabia o que era “meme” apesar de sempre ler este nome por aí. Para saberem vão ao Google, como eu fui.

Estou aqui, na ausência do Zezinho para ir empurrando este carro alegórico enquanto ele não para de espirrar, e voltei a explorar o Jameson Pinheiro que nos enviou as imagens que se seguem dizendo que não poderia deixar de passar a oportunidade de mexer com o Oscar 2015, que é um grande evento mundial.







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(*) A imagem que ilustra a matéria não é do Jameson e sim as que estão no texto. (ZC)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

FHC, o culpado de tudo?





Por Zé Carlos (*)

Este blog está apenas subsistindo à ausência de  Zezinho e Zetinho que, com regularidade, aqui publicam, já que o Carlos Sena, pelo menos às vezes que eu vi, não está mais publicando no Recanto de Letras, e eu não tenho de onde copiar e colar seus textos. É uma pena, sinceramente, porque o reputo o melhor escritor bonconselhense vivo. Foi uma grande perda para a AGD.

Mas, a vida deve continuar, e enquanto continua sempre há uma notícia ou outra. O Zezinho de Caetés, hoje, me mandou dizer que pegou uma gripe feia lá no carnaval, e que , por enquanto não vai enviar seu escritos. Então, sobrou para mim, como se dizia: “Não deixar a peteca cair!”.

O grande problema é que me especializei em falar de política, coisa que gosto mas não pratico, de forma humorística, escrevendo uma coluna semanal, para os meus 8 leitores cativos e alguns esporádicos.

E agora, quando estou na hora de tentar escrever sério sobre o tema, recebo do meu amigo Jameson Pinheiro, um conjunto de imagens por ele editadas, e que vão facilitar minha tarefa de seguir o tema preferencial do Zezinho de Caetés. Claro que eu queria estar escrevendo sobre Bom Conselho, no entanto, o tempo não me sobra.


Vou colocar as imagens abaixo, sem comentários. Elas falam por elas mesmas. Para aqueles que não estão habituados a ler, eu apenas digo que, elas tentam apresentar de uma forma humorada (como eu gosto) o atual momento do país, no qual nossa presidente, vendo-se enredada pelo escândalo de corrupção da Petrobrás, quer culpar o FHC pelo escândalo. Isto, como vocês podem ver, já virou uma febre na internet, e hoje, pode se dizer, que aqueles que pertencem ao partido da presidente já não tem tanto mais orgulho do que ela fez. Às imagens, e esperando que amanhã, o Zetinho ou Zezinho voltem para que o blog não perca sua audiência.







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(*) A imagem que ilustra a matéria não é do Jameson Pinheiro, é de Antonio Lucena. As outras 4, dentro do texto foram por ele (Jameson) enviadas. Obrigado, Jameson e esperamos colaborações suas, com mais frequência. (ZC)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

A semana - Joaquim Barbosa x Eduardo Cardozo, a Beija-Flor é campeã e a Dilma é pega no "anti-doping"


Dilma depois das drogas, digo, do regime.


Por Zé Carlos

Esta semana que iremos comentar é uma semana carnavalesca. Noutros tempos eu nem me atreveria a falar alguma coisa além dos desfiles de blocos e de escolas de samba. Hoje, além disso, tenho que tratar de política, mesmo que seja sem políticos.

Vejam que grande contradição, política sem políticos. E não é que tudo se passou assim. O caso político mais interessante se deu muito longe de Brasília, já que lá, tenho certeza, somente hoje teremos algum parlamentar para ver. Para não ser injusto, na última quarta-feira de cinzas, vi, no Senado um senador falando e 3 ou 4 assistindo, num plenário quase vazio. E o assunto não era outro, a não ser criticar o governo da estrela maior desta coluna, a presidente Dilma Yossef. E, voltando, ao assunto, o caso mais interessante em termos políticos saiu do Sambódromo do Rio de Janeiro.

Como assim? Lula estava na avenida? A Dilma foi ao camarote da Odebrecht? O Eduardo Cunha, nosso “Cunhão”, desfilou pelo Cordão do Bola Preta?  A Marta Suplicy desfilou no Bloco da Preta Gil? Não, nada disso. Dizem que um ditador africano foi quem financiou o Carnaval da Beija-Flor de Nilópolis, para a escola mostrar as belezas do seu país, a Guiné Equatorial, na qual o Lula já esteve, e do qual a Dilma perdoou uma dívida de 27 milhões de dólares. Além do riso vindo do Sambódromo, pelo primeiro lugar obtido pela escola, vieram o riso dos brasileiros quando souberam de que país se tratava.

A Guiné Equatorial é uma ditadura. Muitos acrescentam, cruel, sanguinária, maligna. Eu não. Ditadura é ditadura, e os brasileiros já sabem que não é mole. Dizem ser o ditador de lá um amigão do Lula, e quer ser amigão do Brasil, ao ponto de arranjar 4 milhões de dólares para investir no carnaval. Dizem que ele quer, até, que a língua portuguesa seja oficial por lá. Seria ótimo, porque eles poderiam ler esta coluna e rirem com a gente, do país deles. Este país deveria ter sido tomado como um contra-exemplo, na campanha, para o Brasil, que foi declarado pela candidata presidente como um país livre da miséria. Isto, antes da posse pela sua reeleição. Lá, na Guiné, cerca de 75% da população vivem com apenas 2 dólares por dia e não tem acesso à água limpa ou à saúde. Embora que, com o dólar hoje a R$ 3,00, eles não estão muito longe dos nossas patrícios que vivem do Bolsa Família. Para ser mais ou menos preciso, R$ 90,00 mensais do programa assistencial, dividido por 30, chegamos a R$ 3,00, o que nos dar apenas 1 dólar por dia. Coitados de nós e dos africanos (Quem nasce na Guiné Equatorial, é o que?)

Dizem, lá não haver jornais, nem existir uma imprensa livre. As pessoas não sabem o que está acontecendo de maneira nenhuma. Não existe nenhuma rádio ou emissora de televisão livres. E até o Facebook é bloqueado, e, portanto, infelizmente, aquele povo sofrido não poderá ter acesso, nem rir com esta coluna, que algumas vez usa esta rede social para divulgá-la, com o intuito único de fazer as pessoas rirem, como riem nossos 8 leitores toda semana.

Aqui, no Brasil, o povo só não sabe mesmo é o que aconteceu com a Petrobrás, pelo menos o Lula e a Dilma não sabiam, junto com a Graça Foster. Mas, isto é apenas um detalhe. Tem mais. O ditador da Guiné Equatorial, cantada em música e verso na Marquês de Sapucaí, pela Beija-Flor, tem pelo menos 17 palácios, enquanto três quartos da população não têm onde morar, e se alguém ficar doente, morre, pois lá só deve ter uma filial do Sírio-Libanês. E, riam meus senhores e senhoras, não tem nem o Minha Casa Minha Vida e nem o SUS, estes sistemas que hoje tiraram do relento e da doença tantos brasileiros, que o Lula os recomendou até ao Obama, que, para não dizer que foi ideia nossa o estar chamando “Obamacare”. Estes americanos não tem jeito, copiam tudo que temos de bom.

E paro por aqui antes que os mate de rir contando mais coisas da ditadura da Guiné Equatorial. No entanto, só mais uma coisinha relacionado com o tema. Enquanto o Obiang [ditador há 35 anos] tem 17 palácios para usar como quiser, a pobrezinha de nossa presidente, não tem nenhum dela mesma. Para curtir o Carnaval ela teve que tomar emprestado um Base Naval na Bahia. Vejam a diferença do padrão de vida dos nossos governantes. Avante!

Meus leitores, certamente, já quase morrendo de rir, devem estar perguntando quais outras notícias desta semana do reinado de Momo, se é que elas existem. Eu gostaria de dizer: não há mais nenhuma. Porém, houve outra, muito importante, que seria extremamente trágica se não fosse, também, cômica. Imaginem alguém, se sentindo acuado, porque a Justiça pode funcionar e complicar sua vida e de seus correligionários, se alguns empresários abrirem a boca e contarem o que sabem, e, por isso, se reunir com seus advogados (dos empresários) e prometer a eles que seus clientes devem ficar de bico calado, porque ele vai dar um jeito de livrar-lhes a cara. Isto descoberto, o que deveria ser feito com aquele alguém? Ora, se fosse o João de Manuela, lá de Bom Conselho, o delegado, Seu Gaudência, diria logo: “Taca-le  o pau!”. Agora imaginem se este alguém fosse, nada mais nada menos, que o Ministro da Justiça?

Contenha seu riso se pensaram que isto seria uma piada do colunista, pois foi exatamente, o que aconteceu. O fato é tão grave que os políticos deveriam ter voltado ao Congresso no carnaval e discutido a demissão sumária do Ministro, neste caso, Ministro da Injustiça. Pois sabe, o que gerou a maior polêmica? Foi o Joaquim Barbosa, que não é político, dizer que ele, o ministro, deveria ser demitido sumariamente. Foi um horror a reação dos petistas. Só não chamaram o Barbosa de “mestre açúcar” (expressão dita pelo filósofo de Bom Conselho, que não me lembro o significado, mas, era uma coisa ruim à beça). E a Dilma, a única que poderia tomar esta providência, estava na Bahia pulando o carnaval. Porém, mais hilariante ainda foi o Ministro da Injustiça, Eduardo Cardozo, tentar explicar porque recebeu os advogados dos réus. Eu só não coloco o vídeo de sua explicação aqui porque ainda quero leitores na próxima semana, mesmo que suas mortes fossem de riso.

Já poderia deixar vocês com o filme do UOL, todavia, como esta coluna é cruel com seus leitores, pois toda semana tenta mata-los, de tanto rir, leiam o seguinte e procurem descobrir antes do possível homicídio culposo que posso cometer:

“Olhando os dados que vocês mesmos divulgam nos jornais, se em 96 ou 97 tivessem investigado e tivessem naquele momento punido, nós não teríamos o caso desse funcionário da Petrobras que ficou durante quase 20 anos [beneficiando-se] de corrupção. A impunidade, e isso eu disse durante a minha campanha, a impunidade leva água para o moinho da corrupção.”

Quem disse isso? Tiririca, Palhaço Chocolate, Zé Lezin ou a Dilma Roussef? Ora, quem disse Dilma, certamente, está rindo tanto que não poderá ler até o fim esta coluna e nem assistir ao filme do UOL.

Ora, vocês ainda se lembram qual foi o ano que a nossa presidente passou a dar as cartas na Petrobrás?  Quem responder isto com apego aos fatos está sabendo agora que ela prevaricou. Não, meus senhores e senhoras, ela não colocou chifre no marido, pois faz muito tempo que não coabitam. O sentido da palavra aqui é o jurídico, ou seja, ela, como servidora pública que era, sabendo de tudo isto que aconteceu desde a década de 90, por que não denunciou os envolvidos? Se não o fez, isto chama-se “prevaricação”. É um crime funcional, isto é, praticado por funcionário público contra a Administração Pública em geral, que se configura quando o sujeito ativo, no caso, a sujeita ativa, retarda ou deixa de praticar ato de ofício, ou seja, suas obrigações, indevidamente, ou quando o pratica de maneira diversa da prevista no dispositivo legal, a fim de satisfazer interesse pessoal. A pena prevista para essa conduta é de detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Está previsto no Art. 319 do Código Penal, que quando foi promulgado nem a Dilma era nascida. Por isso, talvez ela não saiba de nada... Mas, deixemos a cultura jurídica para os juristas, aqui é o humor que abunda)

É óbvio que eu não quero transformar esta coluna  em “cultura jurídica”, explicar prevaricação foi apenas para dizer o que achamos da fala da Dilma. E Deus e o mundo interpretaram esta fala como uma tentativa de culpar o FHC pelos desmandos recentes na Petrobrás. Alguns, já disseram que ela deveria culpar o governo de D. João VI, outros que o culpado mesmo seria Cabral, (não o governador do Rio, mas, o nosso descobridor), outros ainda dizem que o culpado mesmo é o povo brasileiro, porque votou na Dilma. Tem até que dizem ser o culpado o filósofo de Bom Conselho. Entretanto, eu acho a seguinte versão a mais pertinente.

Vocês lembram daquela luta que o Anderson Silva venceu e que depois foi pego no “anti-doping”? Eu nunca vi uma similaridade maior do que com aquela  vitória da Dilma, em 2014. Todos hoje tentam explicar porque a Dilma ganhou as eleições, quando tinha tudo para perder. PIB caindo, inflação subindo, orçamento desequilibrado, as casas do Minha Casa Minha Vida caindo, etc. etc. Por que então nossa protagonista ganhou as eleições? Muitas explicações são dadas, mas, eu só acredito numa: DOPING. E tal qual o Anderson Silva, ela já foi pega umas 3 vezes, mas, apenas agora a coisa fica mais evidente. Pois, com esta última declaração, não tem jeito. Qualquer laboratório de beira de esquina, se fizer um simples exame de fezes, na obrada que ela deu, mostrará várias substâncias não permitidas nos processos eleitorais mundiais.

E, para mim, não há outro jeito, para nossos poderes, com a pressão do povo, fazer como fizeram com o nosso campeão de MMA. Suspendê-la, até que as coisas sejam esclarecidas. E claro, se na contraprova forem confirmada as substâncias nocivas a um democracia, utilizadas pela presidente, não tem jeito, a droga mais indicada é o impeachment, porque nos dá oportunidade de outra disputa justa no octógono político, na qual o Brasil já tem tecnologia suficiente para produção própria desde 1990. E dizer que tomou a droga para emagrecer, recomendada pelos médicos, não cola, como não está colando com o Anderson Silva.

E o nosso filme? O filme da UOL. Será que os produtores arranjaram algum material para nos fazer rir mais ainda? Como já estava prevendo, não encontraram, mas, aqueles que resistiram até aqui devem vê-lo, pelo menos para ver a luta entre Eduardo Cardoso e Joaquim Barbosa. E que vença o melhor.

“Veio o Carnaval, foi o Carnaval, e a investigação pela Polícia Federal de contratos da Petrobras continua dominando as manchetes. Em plena folia, o ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa tentou balançar a canoa do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Barbosa disse que Cardozo deveria ser demitido por ter recebido advogados de ao menos uma empresa investigada na operação Lava Jato. Arrastada pela "Marcha da Petrobras", a presidente Dilma Rousseff afirmou que se as denúncias na estatal tivessem sido investigadas na década de 1990, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, funcionários investigados atualmente não teriam praticado corrupção por tanto tempo.

E deu Beija-Flor no Carnaval do Rio. A escola de samba de Nilópolis faturou o título com um enredo financiado sobre Guiné Equatorial, um país governado há 35 anos por uma ditadura. O puxador Neguinho da Beija-Flor não viu problema no financiamento e disse que se não fosse a contravenção, o carnaval não seria o maior espetáculo da Terra. Olha a contravenção aí, gente!”


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Catolicismo, política e inflação




Zezinho de Caetés

Ainda não me desfiz de todos os efeitos do carnaval. Inclusive, aquela sensação de inutilidade que persiste quando tentamos voltar ao batente e escrever sobre o Brasil. Parece que perdemos uma semana de trabalho. E é isto mesmo o que aconteceu. Mas, se seguirmos ao pé da letra o que Deus disse a Adão, depois de ter comido a maçã, e a Eva, por ter gostado disto, que agora teremos que ganhar o sustento com o suor do nosso rosto, não sobraria energia para ganharmos nosso sustento. Pelo menos, o suor, correndo pelas ladeiras de Olinda, pode justificar que não estou desobedecendo a Deus.

Começo com este introito bíblico para  que vocês leiam o texto abaixo, do Percival Puggina, em seu site, publicado no último dia 09/02/2015, com título “Devoção a nossa senhora presidenta”. Leiam-no e eu voltarei lá embaixo para fazer o ato de contrição. (O que está destacado em itálico são citações do Puggina, e o que o que está em itálico é do próprio autor)

“Em 2014 acompanhamos um intenso período eleitoral, onde a reeleição da Presidenta da República, Dilma Rousseff, foi conquistada com muita luta e ação da militância na rua. Agora é tempo de organizar a casa internamente, de compor quadros administrativos do governo e de seguir avançando com a conquista de direitos e de espaços para o povo. Nesse sentido, os movimentos sociais, organizações e conjuntos, protagonistas dessa corrida exitosa se colocam a disposição e manifestam o desejo de participação nas decisões do governo de coalizão que vem se desenhando, afim reafirmar suas lutas, bandeiras e anseios.”

Se você pensou que esse texto fosse de alguma organização juvenil do PT ou do PCdoB, qualificando-se e se disponibilizando para ocupar cargos no governo Dilma, enganou-se. Esses maus tratos ao idioma são as palavras iniciais da Carta Aberta da Pastoral da Juventude da Igreja Católica, divulgada há poucos dias. Tem mais, se você pensou que isso acontece fora do alcance da CNBB, enganou-se novamente. O site da PJ afirma, a quem interessar possa, o vínculo e o apoio que tem da Conferência:

“Merece destaque aqui a presença efetiva da organização da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, no Setor Juventude, seja através dos bispos acompanhantes das PJs ou dos assessores e assessoras.  Junto a essa presença e apoio, figura-se com muita importância os centros e institutos de Juventude, que através da Formação, Assessoria e Pesquisa, sempre se colocaram como estrutura de apoio à organização das Pastorais da Juventude“.

Se você pensou que a devoção filial a nossa senhora presidenta é uma peculiaridade dos jovens, com tolerância das autoridades episcopais que os acompanham e daqueles que desde o interior da CNBB os assessoram, errou de novo. A própria Conferência não deixa por menos. O texto a seguir foi extraído da “Análise de Conjuntura” apresentada pela assessoria da CNBB à 20ª Reunião do Conselho Permanente Ampliado, que se reuniu em agosto de 2014 (em plena campanha eleitoral). Tais análises são rotineiras, elaboradas por assessores da entidade e, não raro, contam com a colaboração de membros de governos petistas. Lá pelas tantas, examinando a conjuntura econômica do país, dizem assim os assessores (a íntegra está no site da CNBB, em Publicações):

“A sensação de um clima inflacionário espalhado pela mídia, baseando-se sobre os gastos ditos excessivos, sobretudo sociais, visa difundir um temor da volta da inflação, temor que é responsável por uma difusão da inflação. Entretanto, a taxa de inflação de agosto pode ficar mais baixa ou próxima daquela de julho (0.01%), contrariamente às previsões dos analistas do mercado financeiro. A aproximação das eleições acirra a disputa econômico-financeira entre governo e especuladores. A imprensa não está contribuindo para o debate político-econômico, substituindo a informação pela ideologia da crise permanente. A mídia, porta-voz das elites financeiras, informa que o Brasil está indo à falência. As manchetes dos jornais (impresso e TV) não param de denunciar erros na política governamental que teriam provocado ondas de desconfiança.”

É visível o intuito falsamente profético do texto, bem como a absoluta conversão dos autores à boa nova petista e a seus apóstolos da Papuda. De resto, tem sido assim a história da CNBB e seus organismos há meio século. Só para que não pairem dúvidas sobre a semelhança entre essas falsas profecias e as da “quarta estrela de Jacó”: a inflação nos meses seguintes a julho subiu constantemente de 0,25% a 0,78% e em janeiro pulou para 1,24%. Ah! antes que me esqueça: na conjuntura analisada pelos assessores da CNBB não há uma única palavra sobre corrupção, Petrobras, ou qualquer outro escândalo da pauta nacional.

Este é mais um que se soma às dezenas de artigos nos quais, há décadas e em vão, denuncio os mesmos problemas nas mesmas estruturas da minha Igreja em nosso país.

Tenho declarado aqui que sou um católico genérico, isto é, nasci numa família de católicos, mas nunca fui muito de frequentar as igrejas, a não ser em ocasiões sociais. No entanto, sempre observei, ou pelo menos tenho tentado, seus sacramentos, etc. etc. Confesso, que mesmo isto eu deixei de fazer quando descobri que o PT faliu, e um dos seus grandes fundadores e apoiadores no passado não tão remoto, foram alguns dos principais representantes do catolicismo no Brasil, e que vem falindo junto com ele.

Nada contra padre na política, e até votei em um, o Padre Arruda Câmara, mesmo sendo da ARENA, mas, venhamos e convenhamos, em termos políticos, nossa sagrada madre igreja está mais por fora dos últimos acontecimentos do que a Dilma, que passa o carnaval na Bahia enquanto o seu Ministro da Justiça tenta defender empreiteiro propineiro, em encontros misteriosos. Texto, entre os citados acima, envolvendo o nome da CNBB, nos dá a sensação que a Igreja hoje está mais alienada do que a da Itália no tempo do fascismo. Já não digo o caso da Petrobrás, que ainda está sendo julgado (pela justiça, embora já tenha sido julgado pelo povo, vide pesquisa Datafolha sobre popularidade da Dilma), mas, dizer que a inflação, que corrói o meu suado dinheirinho, não existe, é uma barbaridade, e até um pecado mortal, pois, pelo que me ensinaram, mentir é um pecado mortal, pelo menos antes do Frei Betto.

Vocês julguem por vocês mesmo. Qual o produto que vocês compraram ontem que não tenha tido um preço maior do que o do ano passado? Gasolina? Pão? Frutas? Verduras? Energia Elétrica? Talvez esteja sendo injusto, porque hoje podemos comprar uma TV de 50’’ com preço mais baixo, porque sobrou do Natal. Tudo isto para que o Levy, o Risonho, cumpra a missão da gerenta presidenta de colocar um freio nos gastos que a elegeu o ano passado, para nossa tristeza e com nossa ajuda através das obras superfaturadas pagas com o nosso dinheiro, e que iam parar nos cofres do PT.


Como se trata de pessoas ligadas à igreja católica, seria melhor, antes de falarem que a inflação é um “sensação criada pela mídia”, fazer o cálculo de quanto custa uma hóstia hoje e quanto custava no ano passado. A não ser por milagre de Jesus ou pela intervenção do Papa Francisco, enviando trigo direto de Roma para sua confecção, estou certo que cada vez que um católico, cumpre o sacramento de comungar um vez, pelo menos, a cada ano, hoje está mais caro. E não se enganem, se a Dilma continuar bagunçando a economia como já fez nos últimos 4 anos, não se surpreendam que poderá haver aumento do dízimo ou venda de hóstias. Seria um sacrilégio, eu sei, mas, seria melhor do que nós católicos não pudéssemos cumprir nossos deveres religiosos por causa da inflação. E que Deus nos proteja!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

O carnaval acabou. E daí?!


Dilma Shiva em reunião ministerial.


Por Zezinho de Caetés

No momento em que escrevo, carnaval, para mim, já passou. Não irei ao Bacalhau do Batata. Também não fui tomar cinzas. Fiz isto algumas vezes na minha meninice católica.

Por falar em catolicismo, li ontem, aqui nesta AGD um texto da Lucinha Peixoto, uma cara amiga e uma ex-colega de trabalho. Ela realmente faz falta neste mundo blogueiro e tento lhes dizer o porquê. Vejam só o que ela disse, no seu escrito, que é de 22/04/2011, isto é, quase 4 anos atrás:

“Vejam que a notícia, se verdadeira e introjetada em nossa fé, quantas mudanças ocorreriam em nosso passado, que dizem por ai, os incautos, que não muda. Atualmente, é o que mais muda, e vai mudar muito mais quando se descobrir de verdade quem foi o Lula.”

Sábia Lucinha e quase premonitória. Hoje, a única atividade do meu conterrâneo é tentar que não se mude o passado, e que ele seja visto como o Pai dos Pobres, e, pelo jeito, não está conseguindo. O passado do Brasil deve mudar em breve e a jato (com trocadilho e tudo).

Nossa população mais jovem, ao invés da nossa geração, vai saber que, durante o governo de Lula, que já dura mais de 12 anos, o Brasil mudou para pior, apesar da propaganda contrária. Descobrirá que este foi o período de maior corrupção do país desde que se chamava Terra de Santa Cruz, desde o mensalão até o petrolão. Realmente, o passado está mudando.

Quem até pouco tempo atrás era apenas um Porquinho da Dilma, hoje é Ministro da Justiça, tentando salvar a pele do Lobo Mau, a  Vovozinha de sua tosse crônica. O passado mudará e todos saberão que os 3 porquinhos sempre estiveram conluiados com o Lobo Mau, não para enganar a Vovozinha, mas, para enganar todo o povo brasileiro.

E o passado vai continuar mudando quando descobrirem, tim-tim por tim-tim, o que se fez na última campanha eleitoral, na qual o Lobo Mau levou a Vovozinha a mentir tanto, que hoje não se acredita mais nela nem quando diz que vai acabar com a corrupção.

Se vocês prestaram bem atenção, eu até mudei as fábulas e misturei Chapeuzinho Vermelho com os 3 Porquinhos. Foi premeditado para mostrar que estórias e fábulas como a que o PT inventou neste país, hoje, nem as crianças acreditam mais.

Por tudo isso, sinto muita saudade de minha colega Lucinha, pois, tenho certeza, ela não iria me deixar nem mudar as fábulas. Ela iria ajudar muito em convencer seus netos de que o que se contou nos últimos anos sobre o Brasil, foi quase tudo história prá boi dormir.

Nesta semana, não tive tempo nem de ler a revista Veja, da qual agora olho a capa que diz: “PARA ABRIR SÓ DEPOIS DO CARNAVAL”. Obedeci e agora a folheio. Já tampei o nariz para não sentir o cheiro da corrupção que emana de suas páginas e vejam o que lá primeiro leio (do Gustavo Ioschope):

“Na teogonia hinduísta, as divindades supremas são Brahma, o deus criador, Vishnu, o preservador, e Shiva, o destruidor. Na teogonia petista, tudo indica que passaremos direto de Lula Brahma para Dilma Shiva. É incrível. Dilma construiu sua carreira como técnica na área de energia. Eleita presidente, demoliu o setor. A política de limitação do preço dos combustíveis e da adição do etanol à gasolina quebrou o setor de cana-de-açúcar: 47 usinas fecharam as portas, setenta estão em recuperação judicial e outras não conseguem honrar suas dívidas. Depois veio a Eletrobrás. Querendo controlar a inflação na marra, Dilma Shiva baixou MP em 2012 forçando a empresa a celebrar contratos de fornecimento de energia por valores até 92,5% menores do que os praticados no mercado. Para terminar, veio a implosão da joia da coroa, a Petrobrás, que saiu das páginas de economia para as de polícia.

Quando a Dilma Shiva se saiu com o “Pátria Educadora”, portanto, tremi: se na nova área preferida ela fizer o mesmo que na antiga, estaremos fritos.”

E, talvez por educação, ele não se referiu à sua atividade anterior: gerente de lojinha de 1,99, na qual ela também não foi bem. Agora me digam, não temos que mudar o passado e fazer com a Dilma seja a primeira mulher a sofrer um impeachment? Como assim, Zezinho, as ladeiras de Olinda marearam tua mente? Isto é futuro e não passado! Poderiam dizer os incautos. Eu diria que a história é passado e ela vai ter que mudar no futuro.


Que venha o pós-carnaval. Promete!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Mudando a Quaresma




Por Lucinha Peixoto (*)

Todos sabemos que a quaresma tem seu inicio na quarta-feira de cinzas e seu término ocorre na quinta-feira santa, até a celebração da Missa da Ceia do Senhor Jesus Cristo com os doze apóstolos. Nós católicos realizamos “a preparação para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão, a conversão espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Os fiéis são convidados a fazerem uma comparação entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esta comparação significa um recomeço, um renascimento para as questões espirituais e de crescimento pessoal. O cristão deve intensificar a prática dos princípios essenciais de sua fé com o objetivo de ser uma pessoa melhor e proporcionar o bem para os demais.”

Hoje li o artigo de Zé Carlos na A Gazeta Digital, sobre a semana santa dele, e resolvi escrever sobre este período, estendendo-o para os seus 40 dias regulamentares. Eu já sabia que ele era um pouco “agnóstico”, embora não tão falante quanto o outro conterrâneo Roberto Lira. Pelo que sei da vida dele, em seu mutismo espiritual, também pode está em risco de pegar uma pena branda no purgatório. Já o Roberto e o Cleómenes, parece, se encaminham para uma pena mais severa.

Mas, não foi só isso que me fez pensar no período mais importantes para os católicos. Foi uma notícia que vi esta semana sobre as datas históricas referentes à vida de Jesus. Ela, com a manchete de “Estudo muda o dia da Última Ceia”, dizia:

“O professor Colin Humphreys, da Universidade de Cambridge, contesta a tese de que a Última Ceia, que reuniu Jesus Cristo e seus 12 apóstolos, tenha ocorrido na noite da Quinta-feira Santa. “Descobri que aconteceu numa quarta-feira, dia 1º de abril do ano 33”, declarou. No livro O mistério da última ceia, o catedrático assinala que especialistas percorreram Jerusalém com um cronômetro e concluíram que seria impossível Jesus ter sido julgado e crucificado entre a noite de quinta-feira e a manhã de sexta.”

Se eu não fosse de tanta fé católica (apesar de algumas discordâncias básicas), eu tremeria em minhas bases espirituais. Se fosse apegada tanto aos fatos históricos eu iria logo procurar qual a respeitabilidade de especialistas que andam com cronômetros para dizerem que Jesus não foi crucificado na Sexta-Feira da Paixão. Entre uns e outros, na medida do possível, eu termino ficando com as minhas tradições.

Vejam que a notícia, se verdadeira e introjetada em nossa fé, quantas mudanças ocorreriam em nosso passado, que dizem por ai, os incautos, que não muda. Atualmente, é o que mais muda, e vai mudar muito mais quando se descobrir de verdade quem foi o Lula. Não pensaríamos mais no lava pés na quinta-feira, nem acompanharíamos a procissão do Senhor Morto, na sexta-feira, como fiz tantas vezes. A Aleluia, de que fala Zé Carlos no seu texto, seria encontrada na sexta-feira, e não no sábado e talvez ele e o seu colega não pudessem ficar na praça, falando da vida alheia, e outras coisas mais.

Ainda mais dizem que Jesus ceou e lavou os pés dos apóstolos num dia 1º de abril. Embora o ano de 33, esteja correto, todos pensariam que Nosso Senhor estaria pregando uma peça nos apóstolos no dia da mentira. Eu fiquei chocada. O professor inglês deve estar brincando conosco, católicos e cristãos. Eu quero a Santa Ceia na Quinta-Feira, mesmo que tenha sido na quarta. Pois penso ser muito mais fácil nossa Igreja aceitar coisas como o aborto, divórcio, mulheres “padres”, homossexualismo (tudo com as devidos salva-guardas), do que arcar com o custo de mudar todo o ritual para comemorar o dia da ressurreição no sábado e não no domingo. Seria um transtorno para o mundo todo. Principalmente, no nosso querido Brasil em que o Carnaval terminaria na segunda e não na terça-feira, que passaria, ao invés da terça-feira gorda, ser a terça-feira de cinzas. Sem falar nos desfiles das Escolas de Samba. É melhor, fingir que nem li a notícia.

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(*) Ontem, como não me mandaram nada para publicação, e eu estava um pouco sem assunto, resolvi ir aos blogs procurar algo interessante sobre a Quarta-Feira de Cinzas, e encontrei, no Blog da CIT, este texto da Lucinha Peixoto (aqui), minha amiga, que se encontra em exílio voluntário e resolvi publicá-lo, ao invés de investir nos aspectos que ele traz de incentivo à escrita. Ela, inclusive, fala de um texto que escrevi aqui, que nem mais lembrava. Se quiserem lê-lo é só clicar aqui, e, tenho certeza, pelo menos os de minha geração, reviverão alguma coisa da nossa Bom Conselho.


Fiquei até com saudade da Lucinha, e esperando que ela volte ao nosso convívio. Exílio voluntário não está mais na moda. (Zé Carlos)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Quem financiou a Unidos da Papuda?


Ditador da Guiné Equatorial


Por Zezinho de Caetés

Ontem, cheguei das ladeiras de Olinda pregadão, como se dizia nas gírias existentes, muitos anos do PT tentar roubar o país só para ele. Foi um sobe e desce de ladeira maior do que o sobe e desce das ações da Petrobrás. Aliás, o sobe e desce parou, agora, só descem. E, depois de tomar um belo banho e tentar refazer o sono, caí na besteira de ler a mídia, talvez, pensando que não havia nada de política ou de economia, e só os resultados das Escolas de Samba.

Foi um erro fatal, e como coloquei ontem aqui no nosso Mural, que não é Baião, mas, é de dois, pois só quem escreve nele sou eu e o Altamir, a seguinte nota que vi no Blog da Miriam leitão:

“As ações da Rolls-Royce caíam 1,1% no bolsa de Londres, às 08h05 desta segunda-feira (horário de Brasília). As ações se desvalorizam após a divulgação, feita pelo "Financial Times", de que a companhia foi citada por Pedro Barusco em depoimento da operação Lava-Jato. De acordo com o ex-gerente da Petrobras, a companhia britânica teria pago a ele US$ 200 mil de propina em um contrato de US$ 100 milhões para o fornecimento de turbinas para plataformas.”

Eu até brinquei um pouco perguntando se o carro da presidência ainda era um Rolls-Royce, mas, foi mal, como dizem os garotos de hoje. Dei mangas para o PT depois dizer que o FHC já usava o carro, e por isso também usufruiu da propina da fábrica de automóveis inglesa. Não sabem eles que a propina foi paga em combustível, como convêm àquela destinada ao uma companhia petrolífera, nossa ex-maior empresa, a Petrobrás, antes do PT começar o saque aos seu cofres para irrigar seu projeto de poder. Afinal de contas, foi assim na Venezuela que o Cháves, ainda hoje, encarnado num passarinho dá as cartas, através do Maduro, que, dizem, está caindo de podre.

O que me deixa muito cabreiro é o número de empresas internacionais que aparecerão como propineiras da PeTrobrás. Já pensou quando descobrirem que a McDonalds pagou propina para abastecer as plataformas com hambúrgueres? E a SubWay provar por A mais B que conseguiu vender mais do que sua concorrente só por causa do seu sugestivo nome e querer vender seus quitutes nos postos da companhia? Como já dizem, um ditador africano foi o principal financiador de uma escola de samba do Rio de Janeiro que desfilará hoje na avenida. Como estou com um sono danado deixo um trecho do li hoje na mídia para mostrar o carnaval da propina a que estamos vivendo.

“Na semana passada, os responsáveis pelo maior do mundo usaram vassoura e água benta e, em um ritual tão antigo quanto o Brasil, esfregaram o chão da passarela.

Quando a folia pré-Quaresma começar no Sambódromo do Rio de Janeiro, neste fim de semana, outro ritual também estará em exposição: a lavagem de reputações. Dê uma olhada no desfile da noite de segunda-feira, no qual a escola de samba Beija-Flor, 12 vezes campeã do carnaval carioca, cantará as glórias da Guiné Equatorial.

Saudar a Mãe África é uma tradição secular no Brasil, lar da maior população de descendentes africanos das Américas. Mas ao cantar para o presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, um ditador com um fraco pelo samba e uma ficha cheia de violações aos direitos humanos, a Beija-Flor colocou o gênero uma oitava acima.

Então, o que são algumas execuções sumárias e prisioneiros torturados entre amigos? Afinal de contas, custa caro colocar na avenida um grupo de mais de 4.000 dançarinos e percussionistas e uma frota de carros alegóricos em uma apresentação ao vivo com uma produção do nível da Broadway. A Beija-Flor, que recebeu R$ 10 milhões(US$ 3,5 milhões) de Obiang, foi apenas a última escola de samba a hipotecar seus paetês em troca de patrocício.”

Confesso que não sou nada contra o patrocínio, afinal de contas, não será o primeiro nem será o último numa economia de mercado. O que temo é amor que o Lula e a Dilma têm por ditadores e sua influência política em nossa política interna e externa. Lembra que o Chávez já usou seu petróleo, no tempo que ele valia alguma coisa para financiar a escola de samba Vila Isabel, para a escola louvar a revolução boliavariana? “Soy Loco Por Ti, América”, ecoou na avenida movida a petrodólares. E vejam a conclusão do texto:

“O Carnaval é ótimo para esse tipo de generosidade. Se dançar para ganhar fortunas sem se importar com quem está sendo retratado tornou o concurso melhor, isso já é outra questão.”

E para citar um entendido no assunto, o Nelson Motta, que diz: “O Brasil desenvolveu a especialidade de acolher tiranos,...isso faz com que os antigos bicheiros do carnaval pareçam apenas pitorescos.”, só para concluir.

Só nos resta perguntar, diante dos escândalos do Petrolão, qual a escola que foi financiada pela Petrobrás, além, é claro da Unidos da Papuda?


Agora vou dormir, pois hoje vou para o Recife Antigo curtir o Bloco da Saudade, e prestar atenção quem o está financiando. Continuem com um bom carnaval.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

A semana - Carnaval ou impeachment da Rainha?




Por Zé Carlos

Eu nunca vi uma semana pré-carnavalesca tão animada no campo político. Graças ao juiz Moro temos assunto para escrever esta coluna semanal. Tal qual o filme do UOL, que apresentamos abaixo, ela será curta e grossa.

Tudo girou em torno das delações premiadas. Parece até um campeonato de caça ao PT. Também pudera, este partido jogou tanta pedra no telhado dos vizinhos que estes, agora, descobrindo que o telhado do partido sempre foi de vidro, estão mandando as pedras de volta e o estrago está sendo feio.

Lembram da época que o Collor sofreu o impeachment, como foi a atuação do PT? Naquela época botar o presidente para fora era um imperativo legal e ético. Hoje, tendo o Collor quase nos seus quadros, querer tirar um presidente é um golpe perverso nas instituições, mesmo que o Brasil todo só “pense naquilo”, o impeachment de Dilma. Me engana que eu gosto.

O discurso dos governistas contra o impeachment da Dilma é simplesmente ridículo. Lembra-me o João de Manuela, o maior ladrão de galinha de Bom Conselho, de que tenho notícia, dizendo que todos as galinhas que comeu, o fez de forma legal. Quando perguntavam por que ele comia tanta galinha, naquela época, em que se dizia que “pobre quando comia galinha, um dos dois estava doente”, ele declarava, que apenas eram galinhas “não contabilizadas”, e hoje, já se sabe como as galinhas iam parar na panela do João.

O delegado, seu Gaudêncio, que era o juiz Moro da época, descobriu que o que o João dizia era verdade, mas, mesmo assim resolveu chamar alguns amigos deles para depor. E todos eles contaram como o João agia para obter as galinhas de forma legal. Ele, simplesmente, roubava dinheiro e pedia aos amigos para comprar as galinhas. Tecnicamente, o João era ladrão, mas não de galinhas. E com isto engrupiu todo mundo e continuou roubando galinhas por mais de 10 anos. Até que foi pego pelo juiz Moro, digo por seu Gaudêncio, que o colocou na cadeia por roubo de dinheiro, mas, com o corpo coberto de penas.

Eita, pelas barbas do Aécio, já estou me alongando nesta segunda-feira de carnaval. Não porque eu vá brincar e sim porque, dos meus 8 leitores, 7 estão nas ladeiras de Olinda e 1 nas Virgens de Bom Conselho. Então, deixemos o PT de lado e nos concentremos no filme do UOL que se fixa em nossa protagonista, a Dilma, que está na corda bamba, e o seu próprio partido está balançando a corda. Ou seja, como o impeachment está na boca do povo, o grande problema de nossa “ídola” é tirá-lo da boca, enfiando goela abaixo medidas contra a corrupção. Meu Deus, a falta de criatividade é tanta que já nos faz rir assim que a ouvimos. Se fossem medidas contra a hipocrisia, seriam mais críveis.

Dizem que depois do carnaval ela usará as redes de televisão para fazer um pronunciamento à nação, tal qual o Collor, embora não saibamos qual seja o conteúdo. Só soubemos o conteúdo do conselho do Lula: No dia 15 de março, para o qual estão sendo programadas manifestações a favor do impeachment presidencial, que os militantes do PT se vistam com as cores do partido e vão as ruas. Como todos sabem, a cor do PT sempre foi o vermelho, mas agora é outra, o roxo, que é uma mistura de vermelho com preto do petróleo roubado do povo brasileiro.

O que espero é que a Dilma continue nos brindando com sua hilária sabedoria que incrementa a leitura desta coluna, até no carnaval. Mas, pensando bem, se ela sair, já faço hoje um convite para vir trabalhar conosco, com todo o seu humor, porque a marchinha que ela agora canta, “daqui não saio, daqui ninguém me tira, onde é que eu vou morar?...”, pelo menos quanto ao lugar para morar não tem problema. O Zezinho de Caetés está doido atrás de um empregada de forno e fogão.

Agora fiquem com o resumo do filminho do UOL, mas, se não quiserem vê-lo agora, deixem para fazê-lo na quarta-feira de cinzas, quando já souberem se a Unidos da Papuda, ganhou ou perdeu o carnaval.

“Na semana que os políticos resolveram falar do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), ela cantou aquela velha marchina de Carnaval: "Daqui eu não saio, daqui ninguém me tira!".”


sábado, 14 de fevereiro de 2015

Eu no Galo da Madrugada e FORA DILMA!




Por Zezinho de Caetés

Pela política de publicação deste Blog, quando vocês estiverem me lendo, eu estarei lá na nascente do Galo da Madrugada, talvez, cantando junto com o PT: “Mamãe eu quero, mamãe eu quero, mamãe eu quero mamar/ traga a propina para o Zé Dirceu não chorar..”. Esta é a melhor forma de esquecer o que está se passando no Brasil, que, já é considerado um autêntico “forrobodó”. Pior mesmo só na Venezuela, para onde marchamos, se não tirarmos a Dilma em tempo, e impeçamos que o PT volte ao poder nas próximas eleições.

Vejam se se pode dormir com uma bronca dessa. O Lula, ao ser entrevistado em Paris em 2005, e eu vi e ouvi, com estes órgãos que a terra há de comer, disse que seria implacável na perseguição aos corruptos e que, se houve dirigentes petistas errados, seriam punidos na forma da lei. Lembram? No mesmo ano lá na Granja do Torto, pediu desculpas à Nação pela porcaria que o país estava vivendo, no caso do mensalão. Depois, vendo a obrada que o FHC fez de manipular parlamentares para não pedirem seu impeachment, ele se tornou forte e passou a dizer que o mensalão era apenas um peça de ficção. E hoje, ainda solto, não podendo participar do desfile da Unidos da Papuda, parece que ele estava certo. Mas, para o Delúbio, que disse que “tudo não passaria de uma piada de salão”, não foi uma ficção. E no próximo domingo ele irá desfilar na já famosa escola de samba, como mestre da bateria, guardando o lugar do chefe.

E agora, quase 10 anos depois, tudo se repete com o petrolão, e o Lula, a Dilma e todos os petistas, posam como inocentes, dizendo que não sabiam de nada. São todos uns santinhos. Leiam o que escreveu o Cláudio Schamis no Opinião e Notícias no último dia 12, e depois eu volto arrematando nosso forrobodó carnavalesco.

“Esse papinho de que todos os suspeitos e ou acusados do PT são santos já não dá mais para suportar. Não importa onde seja, no jornal impresso ou na televisão, na Globo, na Band e até na Rede TV, você vai sempre encontrar um petista dizendo que tudo isso é absurdo, tudo isso é uma intriga, que blá, blá, blá.

O presidente do PT, Rui Falcão, no dia do aniversário do partido que completou 35 anos, ao ser entrevistado me irritou de uma forma que por pouco não entro televisão adentro para esganá-lo ou dar um tapa bem dado no meio da cara para ver se ele saía do transe. Só pode ser transe. Para Rui Falcão assim como para o Lula – como se fosse novidade – o tesoureiro, João Vaccari Neto é um injustiçado, que ele é lindo, ele é honesto, ele é fantástico, ele é um bom homem, um bom marido – ele é casado? – ele é um excelente trabalhador, entende tudo de finanças e quer saber eu até casaria com ele. Lembrando que Vaccari é réu no processo do Bancoop.

Lula por sua vez – esse aqui já me provoca tanto asco ao abrir a boca, que é melhor não me colocarem de frente com ele – em seu discurso no aniversário do PT, disse que ficou indignado com a atitude da Polícia Federal que foi buscar o pobre coitado do João (Vaccari) em sua casa e o conduziram coercitivamente ao invés de convidá-lo para se apresentar à Polícia Federal e prestar o seu depoimento. É o que eu digo, arrumam transporte para ele e ainda reclamam. Lula é claro, aproveitou e soltou que seria mais fácil dizer que está se repetindo o processo que houve no que chamaram de mensalão. E para não faltar Lula atacou os adversários e parte da imprensa dizendo que nós (é claro que me incluo nesse grupo) estamos manipulando, julgando e condenando integrantes do partido suspeitos de corrupção. Que nós queremos criminalizar o PT e paralisar o governo. Que nós manipulamos a opinião pública e com isso constrangemos as instituições. E que existe – lá vamos nós mais uma vez – em curso uma tentativa de desestabilização do governo federal para que a presidente Dilma não conclua o mandato para o qual foi recém-eleita. Eu quero é mais que o governo federal, ele (o Lula) se explodam. E pode ser de verde e amarelo sim.

Lembrando que esses discursos foram feitos um dia depois da divulgação da delação premiada do ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, onde este afirmou que o PT teria recebido U$ 200 milhões (de dólares) em propinas. E hoje com o dólar passando de R$ 2,82 faz a conta e nem precisa fazer Carrefour, você vai a França fazer supermercado.

E para finalizar Lula usou o mesmo discurso da Dilma quando diz que se alguém tiver traído a confiança do PT, que esse alguém seja julgado e punido dentro da lei. Mas que não há nenhuma prova contra o PT. Meu Deus!! Falando assim as pessoas acabam acreditando.

Mas não é só o Vaccari Neto que é um santo, fora o Lula que é um “deus” santo. O santo dos santos. A presidente também é uma santa como declarou veementemente o ministro da Justiça, o “comprade” José Eduardo Cardozo, pois não há nada contra a presidente e ela ainda vai até regulamentar a Lei Anticorrupção. A não há? Quer que eu liste?

Ou seja, na guerra entre “algozes” (nós) e os santos, eles ainda estão com grande vantagem. Infelizmente. Mas até quando?”

São todos uns santinhos do pau-oco, isto sim. E agora, cada vez mais se engrossa o coro para pedir o impeachment da Dilma. Chega de falta de compostura ao ser contra este pedido. E a pior as descomposturas é dizer que impeachment é golpe. Desde quando? Se for assim o PT apoiou o “golpe” contra Fernando Collor, porque ele recebeu um simples Elba, comprado com sobras de campanha, pelo PC Farias, que Deus o tenha, se o diabo não o quis. Será que é, por causa desta conclusão que hoje ele é um aliado de primeira hora?

Hoje já se tem como certo que grande parte das propinas pagas pelas empresas que faziam serviço para Petrobrás, iam, como doações “legais”, para o caixa do PT, para eleger Lula e Dilma. Então o que vocês querem Cassação do Mandato, Impeachment, ou os dois?  Amanhã no Galo, tenho certeza, ouvirei do povão: “Vamo pidi o impicha da Dilma!”. Por que? Por um simples motivo: foi constatado pela pesquisa Datafolha, que para 54% da população brasileira ela é desonesta ou falsa.

Para este tema, há uma grande discussão se é golpe ou se não é. Hoje, vendo que a coisa é muito mais séria do que o mensalão, o PT apela para a tese do golpe, se quiserem tirar a gerenta presidenta do Planalto. Vejam o que diz o Sandro Vaia sobre esta pretensão:

“O impeachment em si é um golpe? Não pode ser um golpe, dado que é uma alternativa constitucional para afastar do poder alguém que comprovadamente tenha cometido crime de responsabilidade. Os artigos 85 e 86 da Constituição da República contemplam a possibilidade de abertura de processo de impeachment, desde que a acusação seja admitida por 2/3 da Câmara dos Deputados. (Foi o que aconteceu no caso do ex-presidente Fernando Collor, que renunciou ao mandato assim que a Câmara votou a favor da abertura do processo). Golpe, em seu sentido correto, é a adoção de medidas inconstitucionais, portanto ilegais, para afastar um presidente legítimo, como foi o caso da deposição de Joao Goulart.”


Então meus senhores e senhoras, constitucionalissimamente (um palavrão do bem), vamos ao Galo, e lá também, como em qualquer recanto do país pedir para Dilma sair. Ou seja, o Galo dentro e  DILMA FORA!