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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

QUE CARNAVAL É ESSE?




Por José Antonio Taveira Belo / Zetinho



Belos tempos dos carnavais de outrora. É saudade sim senhor! O carnaval é uma festa que reúne uma comunidade para se divertir da melhor maneira possível. Alegria, alegria este deve ser o lema do carnaval. Mas nem todos pensam assim. No tempo atual, é uma brincadeira arriscada, sem segurança, porém a alegria deve ser a tônica dos três dias de Momo estampada nas pessoas pela espontaneidade e respeito mutuo. No momento em que vivemos é difícil aquilatar o que vai acontecer, pois a cada dia ninguém de bom senso sai das suas residências para pular, festejar e dançar pelas ruas e ladeiras, atravessando becos, ruelas, pois é perigoso ser agredido, violentado no seu direito de cidadão por vândalos que somente destrói o que deve ser realmente de alegria transformando em tristeza nas famílias. Pois é! Foi o caso do nosso amigo Zé Maria, que saíram de sua casa para vivenciar as vésperas do carnaval e saiu revoltado com as agressões que sucederam pelas ruas junto com a sua família. Dançava acompanhando um bloco com a esposa e duas filhas. Fantasiado de marinheiro, as filhas cada uma com saia e blusas coloridas. Alegria era total, mas no meio desta alegria a confusão chegou com um grupo de adolescente malfeitor agredindo a todos, com empurrões, ponta pés, fazendo um arrastão desnorteando todos que ali se encontravam. A correria foi grande, ninguém sabia para onde iam, as pessoas caiam e se machucava, a histeria tomou conta de todos, pois todos queriam se proteger mais a multidão emperrava. Gritos loucos, a barulheira ensurdecedora, as portas das casas se fechavam e a multidão amontoados nos recantos. A policia quando chegou agiu com rigor para acalmar os vândalos todos de menores. Alguns foram detidos e ao mesmo tempo liberados por ser de pouca idade.  Não era crime, apenas, apenas... A sua filha mais nova machucou o braço, a outra o joelho e ele e a esposa escoriações pelos braços por defender as filhas. Que carnaval é este? Que tempo é este? Qual a garantia que você e sua família têm para apreciar a folia? As agressões se tornam frequentes sem que haja uma punição para estes baderneiros menores? Não, não estamos no tempo que se vivia um carnaval sem muitas agressões. As famílias tinham direito de ir às ruas cm tranquilidade, fantasiados de Zorro, Capital Marvel, Pierro, Colombina. Era o tempo de jogar confetes e serpentinas das janelas dos edifícios, papel picado colorindo o espaço. As orquestras saiam às ruas levando multidões que marcavam o “passo” pelo asfalto sem nenhum medo de ser agredido. As famílias se aglomeravam a beira da calçada, para ver o “corso” jogando talco e agua limpíssima. Após certa hora tudo acabava. A Noite todos ia para os clubes dançarem, com mesas adquiridas para as quatro bailes, antecipadamente. Tudo isto é boas recordações. O que Zé Maria e tantos outros Zés e Marias, tem que comentar no futuro o carnaval da sua época? O carnaval de hoje, passou a ser um aglomerado de pessoas, bêbadas e drogados em campo aberto, pulando e se agredindo, acompanhando um carro denominado “trio elétrico”. A dignidade passa longe. Toda sorte de miséria é realizado naquele descampado e pelas ruas. Os cantores já não cantam nada que preste. As musicas e letras são de baixo calão, não tem mais sentimento, nem romantismo, apenas musicas passageiras que denotam o carnaval. Não existe mais um Capiba, um Nelson Ferreira, Claudionor Germano, Edgar Moraes, Levino Ferreira, Getúlio Cavalcanti criador do marcha o “Bom “Sebastião”, sucesso em 1976, João Santiago, do Hino dos Batutas de São José, J.”. Michales da Marcha do bloco das Saudades, Lídio Maranhã, hino do Elefante e Alex Caldas do hino da Pitombeira, e tantos que encantavam com suas marchas, marchinhas os belos carnavais. Estes sim deixaram um legado do que é carnaval. E assim era o carnaval de tempos atrás onde à brincadeira era saudável, de amizade, de cortesia de afagos e de namoros sérios e de alegria entre todos, até a quarta feira de cinzas. O Zé Maria saiu revoltado, pois as agressões sofridas poderiam ser muito mais penosas, apenas neste momento alguns arranhões que saram porem o motivo de festejar o carnaval, jamais, disse ele. Isto aconteceu em previa o quanto mais nos dias de Momo?

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