Em manutenção!!!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

"Aquela doença" do Lula da Silva




Por Zé Carlos

Eu, como sempre o faço, tanto pelo dever, quase só meu, de construir a nossa página “Deu nos Blogs”, quanto mesmo por gosto, leio sempre o Blog da Lucinha Peixoto. Ela publicou uma postagem sobre a doença que acometeu o nosso ex-presidente Lula da Silva da qual eu gostei muito. Mesmo não sendo tão engajado politicamente quanto o é a Lucinha, eu acompanho os seus textos, mantendo minha posição de “político aristotélico”.

Sobre estas adjetivas palavras eu até recebi um e-mail de um amigo que não havia atinado porque eu me considerava assim. Eu aproveito o ensejo para explicar, pois talvez existam leitores meus que também tenham a mesma dúvida. Não há nenhuma teoria política, nem científica, nem filosófica por trás disto. É que talvez uma das minhas primeiras aquisições de conhecimento político, quando estudava Doutrina Social da Igreja com o Frei Romeu Peréia no Ginásio Pernambucano, foi saber de um dito atribuído ao filósofo grego Aristóteles em que ele dizia que “o homem é um animal político”. Interpretando eu, desde então, que isto quer dizer que mesmo que não queiramos, o nosso dia a dia está eivado de política por todos os lados.

Na família, com os amigos, com os colegas de trabalho, com o povo da rua e até com os políticos profissionais, mesmo quem não imagina que está fazendo política, o está. O poder faz parte de nossa atividade todo o tempo, e em nossas relações sociais mais simples estamos sempre lidando com ele. É isto que significa eu dizer que sou um “político aristotélico”. Embora o apelido não me priva de ser até mais do que isto certas horas, mas me dá o direito de escrever e me expressar sem muito estresse com os políticos que fizeram da atividade uma profissão, muitas vezes tão nobre e muitas vezes tão rendosa.

Lucinha Peixoto, pelo que leio dela, vai além desta simples noção de política, e nisso ela me deixa muito prá trás no mister. Mas, o que me chamou a atenção para seu artigo foi um simples parágrafo que aqui transcrevo e que pode ser visto no original clicando aqui.

Como cristã que sou, jamais eu desejaria que a garganta do Lula, mesmo tendo dito tantas besteiras, tivesse sofrido tanto ao ponto de criar um câncer. Eu hoje falo com muita facilidade esta palavra, mas, quando me lembro da minha infância em Bom Conselho, se os de minha geração lembrarem bem, ninguém nunca morreu lá de câncer. Isto porque, esta doença era tão mal vista, que ao acreditar que ela era apanágio daqueles que mereciam castigo, ninguém falava nem que morreu dela.

Eu talvez não seja tão cristão ou religioso igual a ela, e o que me tocou foi a correção e precisão dela quando fala do preconceito que se tinha com esta doença lá em Bom Conselho. E não era só o câncer e sim também a tuberculose. Eu lembro que minha mãe até evitava pronunciar a palavra “câncer”, dizendo que fulano o sicrano morrera com “aquela doença”. Velhos tempos e não tão belos dias aqueles.

Isto acontecia por um motivo muito simples. Todos, sábios e não sábios, sabiam que para o câncer não havia cura. Se alguém era pego por ele, isto era uma sentença de morte, dada por ninguém mais do que Deus,  e como Lucinha diz, ela era interpretada como o pagamento por coisas ruins cometidas. Tudo era envolto num véu de preconceito e ignorância típica de nossa época no século passado. Até mesmo a tuberculose era assim também vista, como o fora o cólera, a bexiga, a peste e outros males de outrora.

Estes eram os fatos externos. Vou além deles, ou mesmo aquém, falando dos fatos internos á mim mesmo. Sou filho desta época e filho de meus pais. Já convivera com meu pai que era cego por falta dos avanços da medicina, e com quem aprendi a conviver como se nenhum defeito tivesse. Cegueira não matava,  como o fazia o câncer, a tuberculose, e até, segundo dizem, a burrice, que graças a Deus em minha família ninguém nunca contraiu, com minha possível exceção, e sei que não é não é genético.

Eis que um dia, muito feio para minha família, depois de muita peleja para que minha mãe fosse ao médico, ela teve diagnosticado um câncer. Mesmo sem ela saber de nada, para todos nós foi um imenso horror, do qual eu participei sozinho, pois nesta época já estava longe, tentando ganhar a vida. O que sei é mais a descrição dos meus familiares e mesmo de minha imaginação ao pensar na reação de alguém que tinha medo até de falar o nome de uma doença, e agora se vê com ela. Só aí eu posso imaginar que o sofrimento pode ser maior ou menor de acordo com o que conhecemos, de acordo com aquilo de que somos informados.

Pelo nível de informação eu sofri muito menos do que alguns familiares e do que minha mãe, com absoluta certeza. Eu já sabia que “aquela doença”, como minha mãe falava, já não era o bicho papão de antigamente. Já havia cura para ela e era só uma questão de tempo para que minha mãe dela se livrasse, e assim o foi. A grande questão era convencer minha mãe a fazer o que tinha que ser feito. E graças a Deus pudemos fazê-lo, como o Lula da Silva hoje pode. Mas, foi levantado um ponto pela Lucinha que também ainda me assusta. Quantos podem? Quantas pessoas hoje ainda tem o câncer como “aquela doença” porque sabem que se forem dela uma vítima, estarão condenadas?

Eu acrescentaria, além do aspecto de saúde, o fator ligado à educação e à informação que levaram minha mãe e tantos outros a um sofrimento maior do que o necessário. Eu,  sem querer me gabar, pois alguns podem até pensar que agora eu esteja me comparando ao nosso ex-presidente, já tive dois cânceres (que palavra estranha!), ao ponto de não chamá-los mais de “aquela doença”, e já os curei devidamente. Alguém já disse que eu já estou “bom prá outro”, brincando comigo e aproveitando minha  situação de bem informado e sabendo que eu sofri muito menos do que minha mãe, que só teve um.

Desejo que o Lula da Silva, que já sofreu muito menos hoje com a notícia, pelo seu grau de informação, sendo um político influente, saia bem dessa ao ponto de pensar que tanto Educação quanto Saúde devem ser uma preocupação mais permanente do setor público do que o que se come durante o dia. Sem querer exagerar e ir além de minhas pernas políticas, eu diria que uma boa escola e um bom posto de saúde são melhores do que uma bolsa qualquer, se as três não puderem ser dadas todas, pela nossa escassez de meios.

domingo, 30 de outubro de 2011

II ENCONTRO DOS BOM-CONSELHENSE - PROGRAMAÇÃO


Praça Pedro II - Bom Conselho - PE


Por Zé Carlos

Recebemos há algumas horas a programação do Encontro, que antes era Encontro de Papacaceiros, e agora é Encontro de Bom-conselhenses, e que nos foi enviada pela conterrânea Glória Fernandes.

Procurando cumprir nossa obrigação de informar ao bom-conselhenses de fora e de dentro sobre o importante evento publicamos abaixo a programação, desejando, desde já, que seja um grande sucesso:

II ENCONTRO DOS BOM-CONSELHENSES

13.14.15 e 17 de janeiro de 2012.

Camisa e pulseira – R$ 30,00 entrada para o domingo
Baile - Mesa para 04 pessoas – R$ 80,00

PROGRAMAÇÃO

Dia 13

19h – Missa na Igreja de São Sebastião
21h – Concentração no Coreto em frente à Igreja São         
          Sebastião
21h30min – Saída da Serenata pelas ruas da cidade
  Comando do Maestro José Povoas
23h – Seresta na Praça D. Pedro II
          Regional Amigos Bom-Conselhenses
          Basto Peroba e seu Regional
          Filhos de Bom Conselho
Dia 14

10h – Saída para o Hotel Fazenda Raízes
          Um dia com muita animação, banho de piscina,                                     
          pescaria, muito bate papo, Musica ao Vivo e        
          almoço Livre.
22h – O grande Baile com a Orquestra OHARA e
          Regional Amigos Bom-Conselhenses
          Local – Clube dos 30
Dia 15

11h – Regional Amigos Bom-Conselhenses
12h - Feijoada  
13h - Gilberto e Banda
17h - Descida do Clube com muito frevo
19h - Encerramento na Praça D. Pedro II com Musica
       ao vivo
Dia 17

Ressaca no Hotel Fazenda Raízes com Pé de Serra.

Adriane Malta
Socorro Godoy
Divanete Ferro
Duenio Amaral
Bia Ferro

Vale a pena ver de novo!




Por Zé Carlos

A semana que passou foi generosa em notícias. Pensando bem, o que nos últimos tempos não nos tem faltam são notícias. Como numa democracia, com uma oposição que cumpre o seu papel, sempre há pelo menos dois lados, é muito difícil dizer se as notícias são boas ou más. O importante para quem lida com a informação, mesmo de forma bissexta com nós, passamos o tempo todo grávido de assuntos.

A semana toda só se falou no Orlando Silva, uma hora era o cantor, outra hora era o ministro. Hoje só se fala no cantor, pois não há mais ministro com este nome. Agora é o Aldo Rebelo a bola da vez (sem trocadilhos e no bom sentido). Vamos ver as notícias que ele gera.

Ontem já vimos que as revistas semanais continuam as mesmas, sempre no afã de demitirem ministros e coibirem os “malfeitos” através das notícias. As revistas Épocas e Isto É agora vêem com novidades que envolvem o governador do Distrito Federal, que ainda nem entram neste filme e que provavelmente serão temas dos excelentes vídeos feitas pela equipe da UOL.

Vejam abaixo a descrição feita pela equipe produtora da UOL e vejam mais um filme das intermináveis semanas brasileiras. Parece até coisa do Saci Pererê.

O "Escuta Essa!" desta semana continua a saga de Orlando Silva, o ex-ministro do Esporte. Desta feita, o cantor Orlando Silva usa sua voz para mostrar o drama do político baiano que acabou substituído por Aldo Rebelo após denúncias de corrupção. Também aparece o vereador de Belo Horizonte que fez gravação em seu gabinete e desfilou de cueca diante da câmera e dentro da Câmara. Para fechar, Cristina Kirchner cai na balada após se reeleger na Argentina.

sábado, 29 de outubro de 2011

Alguns ainda continuam com o rabo preso ou com o rabo sujo




Por Lucinha Peixoto (*)

Hoje estava eu posta em sossego quando fui à página “Deu nos Blogs” da AGD. A Eliúde ou o Zé Carlos parece que querem me matar. Havia uma chamada para o Blog do Dr. Filhinho, com um título que me soou estranho: “O anonimato e a soberba”. Como eu já sabia que ele, o Dr. Filhinho, estava se recompondo de um surto psicótico e que agora está de castigo, depois que levou o André Bernardo a cometer a maior “barriga” do jornalismo do Agreste Meridional, depois da que eu mesma cometi quando publiquei no Blog da CIT, baseada num texto do Blog da Prefeita Mamãe Juju, que ela não tinha renunciado, e fui desmentida por toda a mídia daquela área, e com razão, eu pensei que ele não voltaria ao assunto. E não voltou mesmo. Meteu a viola no saco e foi estudar como deve ser, para não fazer a mamãe passar vexame. Embora eu saiba que ele anda lendo a AGD escondido da Mamãe Juju, mesmo que agora negue. E também lê o meu Blog tenho certeza.

O que havia lá era um texto, pasmem, do Sr. Ccsta. Ele voltou, depois de um silêncio enorme, com a desculpa de que obrigações cotidianas o impediram de ler os blogs. Antes eram as viagens agora são o que ele chama obrigações cotidianas, que todo mundo que acompanha o Blog do Roberto Almeida, que é o único que o atura como comentarista, sabe que é fazer comentário infantis e bobos sobre política pernambucana. Já levou tanta lambada dos anônimos e mesmo de outros que tem documentos,  que resolveu outra vez escrever sobre o anonimato.

E eu, pobre senhora metida a leitora, caí na besteira de ler o texto. Mas, foi bom para recomendar aos leitores que não façam isto, a não ser que estejam sem muito sono e nem um chá de camomila resolva, pois é fatal, no meio do texto se você não tiver dormido, só tarja preta resolve. Eu cheguei a dormir várias vezes. E quando acordava era difícil juntar as partes para pelo menos comentar um pouco. Agora eu sei porque o Dr. Renato disse que comentaria um texto anterior do Sr. Ccsta, com maturidade e não com senilidade.

Enquanto eu lia o texto do Dr. Renato, e mesmo como leiga no assunto, pela sua competência em escrever, eu me sentia em casa, como se diz. No do Sr. Ccsta, parecia que eu estava num deserto de ideias e morrendo de sono.

Ele começa dizendo que não o move o interesse de estimular polêmicas inúteis, como se não fosse ele o maior polemista de causas perdidas da blogosfera pernambucana, e cuja inutilidade só não é maior porque ele ainda consegue citar um livro do século passado em sua área de atuação.

E imaginem senhores que ele diz que leu o artigo do Dr. Renato num dos blogs dos arredores de Bom Conselho, segundo ele, quase um mês depois de publicado na AGD (aqui). É o reflexo da senilidade, e se um comentarista dos blogs onde ele comenta estiver certo, pode ser por ingestão de determinado medicamento, para o qual deve se ter saúde para tomar. As consequências são a lentidão nas respostas, e uma certa confusão mental que transparece toda hora em seu texto, quando conseguimos ficar acordados. E não faltarão blogueiros, como o Dr. Filhinho, que não entendem nadica de nada do assunto, para o publicarem dizendo que o Sr. Ccsta é o Astromar Junqueira da época moderna, como já fizeram.

Eu não sei porque tem um turma, da qual o Dr. Filhinho é o porta-bandeira, o Sr. Ccsta é a “baliza” e O Andarilho era a “contra-mestra”,  que finge não ler as coisas quando não querem falar delas. Todo mundo sabe que eles lêem a AGD e lêem meu Blog com a mesma sofreguidão que liam o Blog da CIT. Como não tem argumentos para um debate civilizado, um diz que vive viajando outro diz que está estudando, como o da Bahia dizia que estava rezando. Todo mundo sabe que isto é mentira, covardia e pretexto para fugir de qualquer debate civilizado. E ainda dizem que é anônimo que é covarde. O Andarilho o era e eu nunca o achei covarde. Era apenas pouco inteligente, igual ao Dr. Filhinho, que como dizem, nem conseguiu passar no vestibular para a UFPE.

No caso presente, do Sr. Ccsta, ele começa a denegrir o texto do Dr. Renato, mesmo antes de qualquer análise dentro da área deles. Vai logo dizendo que o texto é mal-escrito, que ele não sabe o significado das palavras, etc. etc. o que ele diz que num tribunal o juiz não permite fazê-lo então ele o faz aqui, apenas repetindo um comportamento que ele quis condenar no texto do Dr. Renato.

Eu dormi no terceiro parágrafo. Quando acordei lá estava ele dizendo que um advogado que usa a expressão “rabo sujo” é imaturo e incivil. E eu pobre idiota que achava que imaturo e incivil era quem tinha o “rabo sujo” e não quem fala ou escreve as palavras. E ainda continuo achando e concordando com o Dr. Renato: “Quem é contra o anonimato ou tem o rabo preso ou tem o rabo sujo”.

No parágrafo seguinte ele mostra por A mais B que é um leitor assíduo da AGD. Pois, ele não foi ao Encontro de Blogueiros, o Dr. Filhinho também não foi, ambos correram do debate no tempo oportuno e na ocasião própria, este último porque foi avisado antes das lambadas que ia levar. O único que vi reproduzindo esta a cena de alguém que perguntou, quando o Dr. Renato disse que o blogueiro não é responsável pelo comentários anônimos, e alguém questionou sobre a veracidade ou não dos comentários: E se forem verdadeiros? Foi o Zé Carlos quando historiou o Encontro e de uma forma muito clara, legível  e precisa. Mas, nunca admitem isto. Mas, por que o Sr. Ccsta citou o caso, que foi tão bem explicado pelo Dr. Renato? Simplesmente, para poder começar a enrolar o leitor.

Eu não fui ao Encontro, apenas li o que foi publicado e conversei com o Zé Carlos sobre o mesmo, e principalmente sobre a palestra do Dr. Renato. Eu não vi, nestes lugares citados onde ele tenha mencionado que o blogueiro precisa saber se o comentarista está dizendo a verdade ou não. O que eu entendi é que, sendo verdade ou não, o responsável pelo comentário é o comentarista e não o blogueiro, a não ser que se prove que o próprio blogueiro é o comentarista. E que para isto ser feito é preciso que se vá ás autoridades policiais e judiciárias para descobrir, quem foi o comentarista, ou mesmo o blogueiro, no caso dos blogs anônimos.

No exemplo por ele citado, no qual alguém chama um homossexual enrustido de homossexual e ele se ofende, e ele sabe mais do que ninguém porque o usou, a difamação contra o homossexual enrustido foi feita pelo comentarista e não pelo blogueiro. É aquele que deve contas à justiça, pois “portador não merece pancada”, e isto resume pelo que eu entendi, com o meu curso médio no CEP, e já tendo ido muito além do Lula na educação formal. Quando o Dr. Renato explicou eu entendi até o que é “causalidade”. O que vi salientado pelo Zé Carlos, é o aspecto ético da questão. Eu, em meu blog se vier um comentário anônimo chamando o Sr. Ccsta de homossexual eu ficaria em dúvida se publicaria ou não. A dúvida viria de meus princípios éticos e não dos problemas jurídicos que ainda acho que não me atingem. E isto não significa que eu acredite ou não que o Sr. Ccsta é homossexual ou não  e nem estou interessada nisto. Não tenho preconceitos sobre a preferência sexual das pessoas, e se algum dia eu permitisse o comentário seria para dizer que ele sendo homossexual,  talvez se tornasse uma pessoa melhor do que o que se apresenta nos blogs.

A partir daí, era cada parágrafo um cochilo até que depois de vários chegamos ao penúltimo parágrafo onde o Sr. Ccsta admite o anonimato da fonte jornalística, com a ressalva de que o juiz pode mandar desfazer este sigilo. Eu não sei se isto é verdade no juridicismo brasileiro, ou mesmo se estende ao segredo da confissão, ou ao sigilo profissional. Não sei se é possível que algum juiz possa forçar um jornalista a denunciar suas fontes, nem a advogado ou médico denunciar seus clientes. Se isto for possível será um horror.  Com a palavra o Dr. Renato, que sabe escrever, pois o Sr. Ccsta já mostrou que tem uma gramática impecável mal usada num texto sem conteúdo. Cruzes!!!

E como o objetivo sempre foi intimidar os anônimos e os blogueiros, depois de vários textos onde ele disse que não havia legislação efetiva contra o anonimato, agora ele termina seu texto, conluiado com o Dr. Filhinho dizendo que os blogueiros devem esperar as primeiras ações na justiça, como uma forma de inibir a liberdade de expressão nos blogs, como ele brada sempre onde escreve nos blogs de Garanhuns, e o Dr. Filhinho veio com aquela história fajuta que era um descobridor implacável de IPs, confessando um crime de invasão de privacidade e outro de que não sei o nome, mas, o Dr. Renato deve saber, que é tentar fazer justiça com as próprias mão.

Para mim, o crime principal do Dr. Filhinho e seu advogado o Sr. Ccsta, não foi intimidar àquelas pessoas que sabiam e sabem que ele é um mentiroso, mas, o crime maior foi ter colocado um pavor nas pessoas de Bom Conselho em se expressarem da forma como quiserem exercendo o seu direito ao anonimato, dentro dos padrões éticos aceitos por sua comunidade. Por este crime a sociedade de Bom Conselho já o está cobrando muito e continuará a fazê-lo. Pena que quem vai sofre agora é a sua mainha. Ele, o Dr. Filhinho, já correu depois do surto psicótico enquadrado por ela, e eu pensei que o Sr. Ccsta teria ido com ele. E o homem voltou.

Dr. Renato, não o conheço pessoalmente, apenas pelos seus escritos, mas, sei que é um valoroso jovem de nossa terra, e é desse tipo de jovem que nossa cidade precisa.  Como mais velha, embora não chegue a idade de ser sua avó, eu tomo a liberdade de dizer-lhe que não vale a pena lutar contra a senilidade em estágio avançado, nem contra a “adolescência tardia”. Nem dê trela. Para o primeiro caso o remédio é um abrigo e convivência com os da mesma idade, e para o segundo, umas boas palmadas maternas resolvem.
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(*) Publicado originalmente no Blog da Lucinha Peixoto em 27.10.2011 (aqui). A arte da imagem é do Jameson Pinheiro, que avisa ser a semelhança com pessoas vivas, mortas ou desaparecidas, uma mera coincidência.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Durma-se com uma bronca dessas!!!




Por Zezinho de Caetés

Eu reconheço que o meu trabalho tem sido muito facilitado ultimamente por jornalistas que vão direto ao ponto. Tem um que vai tão direto ao ponto que uma coluna em seu blog chama-se “Direto ao Ponto”. É o Augusto Nunes. Desta vez ele se superou com um texto cujo título é tão extenso, que os mais preguiçosos talvez não passem dele: “O padroeiro dos pecadores, o chefe dos mensaleiros e o doutor em absolvição de culpados querem uma toga de confiança”, mas, sabe-se que foi proposital, lendo-se o que segue nele.

Quem até hoje não verificou que o Zé Dirceu, denunciado ao STF por formação de quadrilha e pela roubalheira do mensalão, vive seus dias de glória? A desenvoltura com que ele adentra todos os palcos cheios dos chamados esquerdistas progressistas, e agora mamadores do dinheiro público nas tetas de vacas da raça ONG, que agora competem com a da raça GIR, e é aplaudido de pé pelas suas tiradas de inocente angelical, já é por todos conhecida.

O que o Augusto Nunes escreve apenas mostra a que ponto estão certos aqueles que dizem como ontem eu citei do Reinaldo Azevedo aqui mesmo, que para ele o Estado é apenas um meio para satisfazer os propósitos do partido, no caso o PT e alguns satélites, ao invés de serem instrumentos em benefício do povo, estando no governo ou na oposição. Daí a miséria moral em que nos metemos nos últimos anos, com a descoberta de tantas falcatruas, ao ponto de eu, um opositor contumaz do poste presidenta, implorar aos céus para que seu governo não sucumba à herança maldita deixado pelo meu conterrâneo.

Ele fala de um encontro de uma trinca da pesada, com o objetivo de fazer valer a palavra do Lula de que o “mensalão” não existiu. E se as coisas continuarem assim, sem uma oposição valorosa e firme, eles vão conseguir, e pasmem, dentro do Estado de Direito, do qual eles tanto deturpam o significado, quando querem. Quem sabe na próxima reforma ministerial, não estejam por lá todos eles? O Bastos outra vez no Ministério da Justiça, o Zé Dirceu no Ministério da Defesa e o Lula no Ministério da Educação. Afinal de contas, o Roberto Almeida já contou mais de 50 títulos que ele receberá nos próximos dias.

E assim caminha a humanidade brasileira. Fiquem com o Augusto Nunes e como diz o apresentador de um programa, que de vez em quando vejo, que trata de crimes de todo tipo: “Durma-se com uma bronca dessas!!!

“Despejado da Casa Civil que aviltou, expulso de uma Câmara dos Deputados que absolve até Jaqueline Roriz, duas vezes acusado denunciado pela Procuradoria Geral da República de chefiar o bando envolvido na roubalheira do mensalão, José Dirceu aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal por formação de quadrilha e corrupção ativa. Se as instituições fossem mais musculosas, o atropelador  compulsivo de códigos legais, valores morais e normas éticas ainda tentando explicar-se em delegacias e tribunais. Como a idade política do Brasil recuou para mais perto do tempo das cavernas, Dirceu sente-se tão à vontade que, sempre mirando nos próprios interesses, deu de socorrer colegas de bandidagens fantasiado de defensor do Estado de Direito. Haja cinismo.

“Considero corretíssima a posição da presidenta Dilma e de seu governo de não fazer pré-julgamento, linchamento, e respeitar rigorosamente a presunção da inocência do ministro Orlando Silva e que o ônus da prova é de responsabilidade exclusiva do acusador”, voltou a torturar a língua portuguesa nesta terça-feira. “Se não nos mantivermos nessa linha, estaremos quebrando os princípios mais elementares de um Estado Democrático de Direito”. De costas para a perplexidade da plateia, o canastrão caprichou na pose de inocente e foi em frente: “Infelizmente, existe no país uma corrente muito grande, particularmente na mídia, que tem insistido nesse caminho do pré-julgamento, do linchamento… Eu sou uma vítima e exemplo claro disso”.  Haja estômago.

O Estado Democrático de Direito e José Dirceu não nasceram um para o outro, berra o prontuário do declarante. Um celebra a liberdade irrestrita de imprensa. Outro sonha com o “controle social da mídia”. Um se subordina ao império da lei. Outro sonha com a condenação à perpétua impunidade. O Estado de Direito estabelece a separação e a independência dos Poderes. O guerrilheiro de festim, no momento, manobra para instalar uma toga de confiança na vaga aberta no Supremo Tribunal Federal com a aposentadoria da ministra Ellen Gracie. Foi esse, por sinal, o tema da reunião que no fim de setembro juntou em Paris os companheiros José Dirceu, Márcio Thomaz Bastos e Lula.

O encontro da trindade nada santa teria sido secreto se Dirceu não fosse uma usina de ideias de jerico: 43 anos depois de ter inventado o congresso clandestino com esconderijo conhecido, nosso Steve Jobs de chanchada resolveu inventar a conversa sigilosa agendada em público. O primeiro espanto ocorreu em outubro de 1968, quando juntou num sítio em Ibiúna, com menos de 10 mil habitantes, os mais de 1.200 participantes do congresso a UNE. Foram todos parar na cadeia. O segundo assombro consumou-se no meio da tarde de 27 de setembro, quando o padroeiro dos pecadores, o chefe dos mensaleiros e o doutor em absolvição de culpados se reuniram num apartamento do Hotel Lutetia. A trinca só não foi parar nas primeiras páginas porque os jornalistas andam meio distraídos.

A quebra de sigilo ocorreu na noite de 22 de setembro, durante uma palestra de Dirceu no auditório da Força Sindical, em São Paulo. Ao sentir a vibração do celular, o artista interrompeu o monólogo, identificou no visor a origem da chamada, abriu um sorriso de notícia boa, comunicou à plateia que a coisa era urgente, levantou-se da mesa e desapareceu nas coxias. Reapareceu quatro minutos depois ainda mais risonho e, antes de retomar o palavrório, resolveu matar de inveja os espectadores:

─ É que eu estou acertando a agenda com o nosso Luiz Inácio Lula da Silva ─ gabou-se. ─ Ele está viajando, está indo para a Europa, e eu vou encontrar com ele.

Sem saber da inconfidência, Lula decolou na noite seguinte, fez uma escala nos Estados Unidos e, em 25 de setembro, instalou-se no cenário da conversa que deveria ser sigilosa. A ideia do encontro na França nasceu quando o Instituto de Estudos Políticos marcou para 27 de setembro a cerimônia de entrega do título de Doutor Honoris Causa ao ex-presidente. Como o julgamento do mensalão vem aí, os três acharam que deveriam tratar com urgência do preenchimento da vaga no STF. Ficou combinado que os ex-ministros viajariam para França ─ em datas diferentes e por distintos motivos, para não dar na vista. Horas antes da festa, iriam ao encontro do chefe no hotel onde ficaria quatro dias hospedado.

Em 16 de setembro, depois de avisar no escritório que precisava descansar, o jurista que advoga até quando dorme embarcou com a mulher, num avião de carreira, “para duas semanas de férias”. O casal ficou alojado no Hotel George Sand (modestíssimo, se comparado ao Lutetia, que cobra diárias de até R$ 12 mil). Dirceu, que só lida com processos como réu, disse aos amigos que decolaria rumo a Paris “por causa de alguns compromissos como advogado”. Negou-se a revelar os nomes dos clientes e do hotel em que dormiria. Também não esclareceu se voaria em avião de carreira ou em jatinho fretado. Só conta que voltou ao Brasil no dia 28, quando Lula seguiu para a Polônia.

Durante a festa de doutorado, os três fingiram que era o primeiro encontro em Paris. Esqueceram de combinar com um jornalista que, à tarde, viu Márcio e Dirceu chegando ao Lutetia com a discrição de um espião paraguaio. Durante a conversa, Dirceu procurou convencer os parceiros de que a melhor candidata à toga momentaneamente sem dona é Maria Elizabeth Rocha, ministra do Superior Tribunal Militar. Amiga do ministro José Antonio Dias Toffoli, ex-advogado do PT e ex-chefe da Advocacia Geral da União, Maria Elizabeth trabalhou entre 2003 e 2007 na subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil.

Antes de ser indicada por Lula para o STM, portanto, passou cinco anos subordinada a José Dirceu e, depois, a Dilma Rousseff. Estava na Casa Civil quando explodiu o escândalo do mensalão. Essa anotação no currículo não desqualifica a jurista. Mas coloca sob suspeição a julgadora de um caso cujo desfecho pode tirar o sossego de Dilma e o sono de Dirceu. A trinca da reunião em Paris luta para impedir que se faça justiça. Se Ellen Gracie for substituída pela candidata preferida dos mensaleiros, os conspiradores trapalhões terão conseguido desmoralizar o Judiciário em geral e, em particular, o Supremo Tribunal Federal.”

Nossa enquete, fim da 2ª rodada, continuamos a rodar...




Por Zé Carlos

Nesta atividade blogueira, como em qualquer outra, há coisas que nos deixam felizes e outras que nos deixam tristes. Ainda há aquelas que se tirarmos uma média entre os extremos ficaremos indiferentes. É o como nos encontramos em relação ao resultado de nossa segunda rodada de votos, para descobrir quem seria o menos rejeitado para assumir o Palácio do Coronel em 2013.

Ao conversarmos sobre os resultados ficamos extremamente alegres com a audiência em termos de votos e em termos de acessos, enquanto a enquete esteve no ar. Já dissemos que houve dias de atingirmos 600 acessos, o que não é nosso normal, pois ficamos ainda lá pelos 300 ou 400 acessos diários. Ficamos felizes porque a enquete se mostrou atrativa e tivemos mais de 400 votantes (408 para sermos precisos). Por outro lado, algumas pessoas que interessavam pessoalmente a alguns de nós que ficassem para a outra rodada, não conseguiram ficar. Mas, isto é a democracia da rejeição. Temos que aceitar. Alguém até já propôs uma repescagem para trazer alguns de volta. Quem sabe.

Como somos céticos pensamos que nunca teríamos 400 interessados conectados e votando. Penso até que alguns dos nossos distritos não tenham tantos votos assim. Sabemos que uma parte dos votos vêem das “lan houses”, e que já existe até a profissão de “votante de enquete” que são garotos treinados para votar em alguém em troco de “algum”, nas “lan houses” ou em computadores ociosos dos órgãos públicos. Não discutiremos se isto é ético ou não porque suas consequências são infinitamente menores do que comprar votos nas eleições reais, e vemos tantos casos em nossa terra. Achamos até bom a geração de emprego e renda para alguns votantes.

Mas chega de delongas e vamos aos resultados de nossa 2ª rodada de nossa enquete. Em primeiro lugar em ordem alfabética:

Alexandre Tenório         182 (44%)
Alípio Soares     59 (14%)
Ana Soares (CERU)         174 (42%)
Bernardo do Posto         187 (45%)
Boanerges Cerqueira    227 (55%)
Cleonides Tenório          57 (13%)
Cristina Curvelo               266 (65%)
Daniel Brasileiro Filho    56 (13%)
Danilo Godoy    57 (13%)
Décio Tenório   183 (44%)
Dr. Daniel Brasileiro        55 (13%)
Dr. José Arnaldo Amaral              57 (13%)
Dr. José Tenório Neto   240 (58%)
Dr. Sales              68 (16%)
Edézio Ferreira Filho      187 (45%)
Edleuza Dionísio              191 (46%)
Edvalda Carvalho             194 (47%)
Eliomar Borges 231 (56%)
Elisabete Borges              185 (45%)
Emanuel Tenório Luna  57 (13%)
Francisco Alexandre (Piúta)       61 (14%)
Frei Zito               59 (14%)
Geovane Lima  182 (44%)
Gilmar Aleixo    56 (13%)
Givaldo Cavalcante         183 (44%)
Hélio Urquiza    60 (14%)
Ivete da Silva (Enfermeira)         252 (61%)
José Maria Taveira          59 (14%)
Judith Alapenha              260 (63%)
Léa Ramos          264 (64%)
Marcos Ferreira               177 (43%)
Monsenhor Nelson Brito             53 (12%)
Paula Frassinete              66 (16%)
Petrúcio Borges               173 (42%)
Petrúcio Marinho            209 (51%)
Renato Curvelo                223 (54%)
Renivaldo Tenório          66 (16%)
Washington de Azevedo             231 (56%)
Zenício dos Santos          55 (13%)

Pelo ainda grande número de candidatos, é muito difícil fazer qualquer análise, a não ser aquela que diz que a ordem alfabética não tem muita correlação com a taxa de rejeição. Publicamos a tabela para que fique o registro para os historiadores de blogs, que será uma profissão muito bem remunerado no futuro.

Passemos então ao resultado, mais compreensível, que é a classificação pela taxa de rejeição:

Cristina Curvelo               266 (65%)
Léa Ramos          264 (64%)
Judith Alapenha              260 (63%)
Ivete da Silva (Enfermeira)         252 (61%)
Dr. José Tenório Neto   240 (58%)
Eliomar Borges 231 (56%)
Washington de Azevedo             231 (56%)
Boanerges Cerqueira    227 (55%)
Renato Curvelo                223 (54%)
Petrúcio Marinho            209 (51%)
Edvalda Carvalho             194 (47%)
Edleuza Dionísio              191 (46%)
Bernardo do Posto         187 (45%)
Edézio Ferreira Filho      187 (45%)
Elisabete Borges              185 (45%)
Décio Tenório   183 (44%)
Givaldo Cavalcante         183 (44%)
Alexandre Tenório         182 (44%)
Geovane Lima  182 (44%)
Marcos Ferreira               177 (43%)
Ana Soares (CERU)         174 (42%)
Petrúcio Borges               173 (42%)
Dr. Sales              68 (16%)
Paula Frassinete              66 (16%)
Renivaldo Tenório          66 (16%)
Francisco Alexandre (Piúta)       61 (14%)
Hélio Urquiza    60 (14%)
Alípio Soares     59 (14%)
Frei Zito               59 (14%)
José Maria Taveira          59 (14%)
Cleonides Tenório          57 (13%)
Danilo Godoy    57 (13%)
Dr. José Arnaldo Amaral              57 (13%)
Emanuel Tenório Luna  57 (13%)
Daniel Brasileiro Filho    56 (13%)
Gilmar Aleixo    56 (13%)
Dr. Daniel Brasileiro        55 (13%)
Zenício dos Santos          55 (13%)
Monsenhor Nelson Brito             53 (12%)

A parte de cima da tabela, que está em vermelho, contêm os nomes dos mais rejeitados nesta rodada e que não participarão da 3ª rodada. Basta uma olhadela para ver o óbvio, que a Taxa de Rejeição (TR, não confundir com aquela do mercado financeiro) variou entre 65% e 12%. As pessoas que estão nestes extremos a Cristina Curvelo e o Monsenhor Nelson Brito apenas nos tiram da cabeça a ideia de que é o fator religioso que influenciou os votantes. Pelo que sabemos ambos são religiosos por demais. Há outros motivos que não sabemos.

Como sempre temos que analisar os resultados como se eles fossem representativos, pois se não for assim não teria graça nenhuma. Podemos apenas dizer que o povo quer ou deseja com mais ênfase que o Monsenhor Nelson continue na disputa e a Cristina saia. Superei o Conselheiro Acácio? Não?! Então vamos em frente.

Analisemos o grupo de vermelhos então,  pois eles foram rejeitados, mas, como já dissemos não há uma relação inversa perfeita entre rejeição e voto, e eles podem voltar na pesquisa direta. Parece claro que os votantes, desta vez, não querem que alguns políticos conhecidos continuem na sua intenção de se candidatarem a prefeitos. Os mais evidentes, são a atual prefeita Judith Alapenha, o Washington de Azevedo seu ex-secretário, Léa Ramos e Ivete da Silva atuais vereadoras, e Renato Curvelo que aparece sempre bem cotado nas pesquisas de intenção de votos e que já foi secretário da prefeitura também. É como se o povo dissesse, “olha, vocês estão muito saidinhos pro meu gosto”. Ou coisa parecida.

Dos restantes, que comporão nossa lista da enquete em sua 3ª rodada, temos como passível de análise a permanência do Bernardo do Posto em primeiro lugar e o Monsenhor Nelson em último. E como na enquete a regra é a mesma do reino dos céus onde “os últimos serão os primeiros”, o Monsenhor está em primeiro. Como na outra rodada ele já teve uma boa colocação, pensamos que ele já deve ir pensando em estender a “marcha dos excluídos” em direção à prefeitura. Dizemos isto sem mesmo saber se ele entrou para algum partido político ou se já a um pertencia. Talvez, por afinidade religiosa com a cúpula do partido na terra, ele poderia ir para o PSD.

Sobraram muitos políticos que já habitaram os cargos majoritários e legislativos. Até alguns, como o José Arnaldo que já habitou vários palácios e em vários lugares. Como campeão entre eles temos o Dr. Zenício, sendo rejeitado apenas por 13% dos votantes. Se o Monsenhor Nelson não ingressou em nenhum partido político, ele, o Dr. Zenício, já pode começar a lutar pela sua candidatura. Temos o Dr. Daniel, menos rejeitado do que o filho. Será que ele cederá a vez para a prole?  Por falar em prole, parece que a candidatura do Felipe Alapenha não vingou mesmo, e ele não vai poder figurar na próxima rodada, mas, quem sabe na próxima.

Ainda podemos notar que enquanto o Boanerges Cerqueira entrou e saiu imediatamente, o Danilo Godoy que entrou na mesma época não foi tão rejeitado. Não sabemos o porquê. Entre pessoas da mesma família temos com TR quase iguais o Emanuel Luna e José Maria Taveira, que como primos poderiam compor uma bela chapa. Bem, como todos irão para a 3ª rodada, vamos dar tempo ao tempo, enquanto o leitores farão sua própria análise para nela votar com consciência.

São estes os candidatos que comporão a próxima etapa de nossa eleição ao inverso:

Alexandre Tenório
Alípio Soares
Ana Soares (CERU)
Bernardo do Posto
Cleonides Tenório
Daniel Brasileiro Filho
Danilo Godoy
Décio Tenório
Dr. Daniel Brasileiro
Dr. José Arnaldo Amaral
Dr. Sales
Edézio Ferreira Filho
Elisabete Borges
Emanuel Tenório Luna
Francisco Alexandre (Piúta)
Frei Zito
Geovane Lima
Gilmar Aleixo
Givaldo Cavalcante
Hélio Urquiza
José Maria Taveira
Marcos Ferreira
Monsenhor Nelson Brito
Paula Frassinete
Petrúcio Borges
Renivaldo Tenório
Zenício dos Santos

São 27 candidatos e a pergunta de nossa enquete será a mesma:

Dentre as seguintes pessoas, quem você não desejaria que fosse o prefeito de Bom Conselho nas próximas eleições?

A duração da enquete agora será de 8 dias, e, como não houve a entrada de nenhuma outro candidato serão eliminados, para a próxima rodada, os 10 mais votados nesta 3ª rodada.

Agradecendo a audiência passada e desejando a próxima só podemos terminar dizendo: Tenham um bom voto!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Sai um comunista e entra outro. São todos iguais?




Por Zezinho de Caetés

Acabo de ouvir uma entrevista com o Aldo Rebelo na qual ele confirma o convite da presidenta e a sua aceitação para o Ministério do Esporte. Ele mesmo não sabia o que dizer e nem poderia. Para mim o Aldo entendia bem de Código Florestal no qual atuou muito bem, evitando que as ONGs internacionais fizessem do Brasil uma reserva ecológica enquanto seus habitantes ainda passam fome (ao contrário do que pregam os programinhas do PT para TV).

Por mim eu mudaria de partido, até aceitaria a sugestão da Lucinha Peixoto quanto a Daiane dos Santos, para evitar aquilo que falei antes sobre o “esporteduto”, se ela não fosse do PCdoB. Entretanto, é o meu conterrâneo apedeuta que manda, e que hoje ao tentar tirar o corpo de perto do Orlandinho deve ter ligado para o Planalto dizendo, olha, quanto ao Orlandinho tudo bem, ele não tinha cabelos louros e olhos azuis, mas o PCdoB tem que ficar. E a Dilma mais uma vez engoliu um comunista, e da cota vermelha do Lula (lembrem que ele tem gente da cota verde, azul e até preta e amarela).

Dos males o menor, pois eu nunca soube de pilantragem qa qual o Aldo Rebelo estivesse metido. Parece uma pessoa séria. Mas vamos dar mais um tempo para reflexão. Agora eu deixo vocês com um  texto do Reinaldo Azevedo,  que saiu hoje em seu blog, que expõe, com muito mais precisão e cultura, porque os partidos de esquerda tendem a ferir constituições democráticas. Em resumo pelo simples fatos que eles nunca foram democratas. Para comunista democrata é burguês.

O poder está organizado no Brasil para extorquir quem trabalha e alijá-lo das decisões

Nunca antes na história destepaiz um(a) presidente demitiu tantos ministros em tão pouco tempo. Isso enfeixa algumas possibilidades. Pode-se afirmar que Dilma Rousseff é menos tolerante do que seu antecessor com a corrupção. Lembrem-se que há menos de uma semana Luiz Inácio Apedeuta da Silva convocou o PCdoB e Orlando Silva à resistência, num esforço óbvio para desautorizar a presidente da República. Mas também se pode inferir que ao ineditismo da degola corresponde o ineditismo da roubalheira.

Estamos diante de uma questão de lógica. Se a Soberana demitir todos os 8.759 ministros por corrupção, a exaltação de sua severidade não pode esconder o fato óbvio: então era um governo de ladrões. Parece-me que o mais sensato é considerar que o que estava podre no governo Lula começou a cheirar definitivamente mal na gestão de sua sucessora. E o talento dela para o ilusionismo é, sem dúvida, menor do que o dele. Isso, em si, é bom para a formação moral do povo brasileiro. Lula é um deseducador nato. Mas como ignorar que Dilma Rousseff é a beneficiária do modelo instituído por seu antecessor? Como ignorar que ela era a dita gerente de todas essas pessoas cuja permanência no governo se mostra impossível? A presidente ajudou a construir essa herança maldita.

Atenção, minhas caras e meus caros! A questão não diz respeito apenas a nomes, a pessoas, a partidos. O que precisa ser desmontado é um método! E esse, entendo, deveria ser o trabalho organizado das oposições — sem prejuízo de denunciar a corrupção, sim, e cobrar a demissão daqueles que fraudam a confiança da população avançando nos cofres públicos. Segundo o que se noticia, Dilma está disposta a manter o PCdoB no Ministério do Esporte, a exemplo do que se deu nos outros casos de corrupção: o PT continuou com a Casa Civil; o PR conservou os Transportes (embora o partido diga que não reconhece como indicação sua o atual titular); o PMDB manteve a Agricultura, e Sarney não abriu mão do Turismo. Logo, por que o PCdoB teria de deixar o Esporte?

Nessa indagação que eles mesmos se fazem e que reproduzo aqui vai a essência do mal. É preciso começar a mudar uma cultura, ou este continuará a ser o país da safadeza. Estima-se em R$ 85 bilhões anuais a conta da corrupção. O governo federal conta com 89.550 cargos e postos de confiança (números de março deste ano, segundo o site Transparência Brasil), que servem para satisfazer a fome dos partidos. Os EUA, aquele país em que certo articulista brasileiro detectou a falta de um PMDB (imaginem vocês!!!), há apenas 9 mil. Em todo o Reino Unido, são 300.

O sistema, pois, é ruim. E será tanto pior quando o próprio governante estimula a lambança. O Esporte foi um ministério entregue de porteira fechada ao PCdoB. Nota-se ali uma verticalização, não? Do ministro ao laranja que finge ser dono de uma empresa fantasma para justificar gastos inexistentes, passando por ongueiros vigaristas, todos comungam da mesma legenda, são “vermelhos” — jamais de vergonha. Já o Ministério da Saúde é mais “democrático”: o PT fica com a Anvisa, o PMDB com a Funasa, um outro pedaço é dividido entre os dois… Na Agricultura, também há a convivência de partidos distintos. Esses ministérios estão longe de ser exemplos de virtude — e têm muito mais dinheiro do que o Esporte. Não é a porteira aberta ou fechada que faz a corrupção, mas a forma como se organiza o poder.

Para angariar apoios, para demonstrar que “nunca antes na história destepaiz” um governo foi tão democrático, tão camarada, tão amigo dos amigos, Lula criou um sistema que rigorosamente entregou aos partidos o comando da máquina pública. Não se trata daquela “entrega” para que executem um programa. Ao contrário! O governo, o dinheiro público, o aparelho estatal, tudo é posto a serviço de causas que nada têm a ver com as necessidades da população. Uns roubam para si e para os de sua corriola, e outros roubam em nome de uma causa.

A canalhice perpetrada por esquerdistas tem seu lado tragicômico porque, pegos com a boca na botija, eles tentam encontrar justificativas morais para a sua canalhice e logo se apressam em pregar “controle dos meios do comunicação”, como fez há dias um editorial do PCdoB em seu site. As evidências de corrupção derrubaram dois ministros do PMDB: Pedro Novais e Wagner Rossi. Em seu encontro nacional, o partido recusou peremptoriamente qualquer forma de controle da informação. Também não se viu nada parecido no PR, por exemplo.

Que desvio de dinheiro é melhor? Os do PMDB e do PR, que não querem censurar a imprensa, ou os do PT e do PCdoB, que atribuem tudo a uma conspiração da mídia? Ora, perguntem aos desdentados, aos miseráveis, aos pobres. A resposta, obviamente, é uma só: NENHUM! Deveriam estar todos na cadeia. Apenas destaco que os ladrões de esquerda têm o mau-caratismo adicional de tentar transformar a apropriação do bem público numa categoria política superior.

E por que o fazem? Respondi hoje a uma entrevista feita por estudantes universitários para um trabalho de conclusão de curso. Afirmei que o relativismo é a essência do pensamento da esquerda, o que Trotsky deixou consubstanciado no livro “Moral e Revolução” (que vivo citando aqui), mais especificamente no texto “A Nossa Moral e a Deles”. Ele diz algo terrível, que reproduzo literalmente. Fazendo a si mesmo a pergunta se tudo é permitido na luta revolucionária, ele responde:
“É permitido tudo aquilo que leve realmente à libertação dos homens. Já que este fim não pode ser atingido senão por via revolucionária, a moral emancipadora do proletariado tem necessariamente um caráter revolucionário. Como aos dogmas da religião, esta moral se opõe a todos os fetiches do idealismo, gendarmes filosóficos da classe dominante. Ela deduz as normas de conduta das leis do desenvolvimento social, isto é, antes de tudo, da luta de classes, que é a lei das leis.”

Eis aí. Ele afirma que a luta revolucionária tem compromisso apenas com a moral revolucionária. Todos os outros valores são inferiores e são meros “gendarmes” do idealismo burguês. Mas o que é a moral revolucionária? Quem define o seu conteúdo? O partido! Assim, aquilo que o partido decidir está automaticamente certo, qualquer coisa — inclusive a morte.  Lênin mandou matar o czar e sua família, também as crianças, sem processo, numa operação secreta, que ele escondeu até do comando do partido. Como o Partido Comunista tinha o chamado “centralismo democrático” — a direção decide em nome do coletivo —, a decisão nem pôde ser contestada.

A esquerda dinheirista de hoje evoca essa antiga moral revolucionária para se locupletar e se quer diferente dos demais ladrões. Mas não é! Se diferença há, ela está apenas em seu escandaloso cinismo

A GAZETA! PARABÉNS!


MATRIZ DE BOM CONSELHO - PE



Por José Antonio Taveira Belo / Zetinho

Falar da GAZETA e parabenizá-la sem destacar o editor Senhor Luiz Clério Duarte seria impossível fazer este periódico existir em nossa comunidade.

Portanto, este bom-conselhense de corpo e alma vem ao longo do tempo nesta batalha da informação aos seus conterrâneos. Persevera no dia a dia se mantém fiel no seu trabalho em prol da terra que nasceu e ama.

O trabalho jornalístico e de informação em uma cidade interiorana, como Bom Conselho, onde não se pode pender “para um lado ou para o outro”, sem ferir a elite local e nem tampouco desprezar a classe mais carente da população, requer paciência, perseverança e, muito mais do que isto, ficar alheio as firulas que surgem e dedicar-se a informar com imparcialidade, o que de “bom” e de “ruim” acontece na comunidade.

Este caminho o Senhor Luiz Clério vem trilhando durante estes 21 anos de circulação do nosso querido jornal A GAZETA.  Durante este período no caminho do “bem informar” aos seus leitores, sofreu graves humilhações, várias perseguições e pressão, inclusive mobilização com “passeata” pedindo sua expulsão da terra que nasceu, por parte de algumas pessoas, organizações sem que raiva fizesse o desistir deste intento trazido do berço, haja vista, que o Senhor Lúcio Duarte, de saudosa memória, sempre foi um homem da imprensa.

Firme e forte enfrentou corajosamente e cabeça erguida às adversidades que lhe surgia pela frente e, ai esta a moral da história, A GAZETA atinge a maioridade para enfrentar as dificuldades que surgirão, mas com certeza vai superá-las, pois foi conduzido e plantado o seu ideal pelo nosso editor Senhor Luiz Clério Duarte.

Quem acompanha a vida deste jornal, desde os primórdios tempos de circulação, constata a veracidade de transmitir e informar as noticia com fidelidade à comunidade da nossa querida cidade de Bom Conselho. O jornal é documento vivo que retrata e guarda para a posteridade todos acontecimento na comunidade. Ninguém pode apagar a nossa memória. Hoje, passado 21 anos da A GAZETA de vida, sofre ainda com os males das incompreensões e nem por isso deixa de informar aos seus leitores.

Em principio, ninguém acreditava que A GAZETA chegasse à maior idade.  Nasceu do fruto de homem bom-conselhense, e o fez crescer na comunidade. Hora a hora ele crescia, e todos já começavam admirar. Na juventude transferir-se para a Capital. Fez seu domicilio na Avenida Conde da Boa Vista e logo em seguida fez sua morada na Rua do Riachuelo. Dali administrou a sua sabedoria, mesmo distante, informava a comunidade bom-conselhense. Há poucos anos tomou a decisão de voltar a sua terra e ali plantar as raízes, arvorecer e frutificar, dando bons frutos que até o momento é saboreado por todos os seus leitores. A vida é assim, cheia de altos e baixos, mas o que vale mesmo é SABEDORIA, e isto têm demonstrado a todos.

Parabéns a AGAZETA! E parabéns ao Senhor LUIZ CLERIO DUARTE!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O Orlandinho já vai. Será que o Lula é para sempre?




Por Zezinho de Caetés


Hoje já publiquei neste blog. Falei do “esporteduto” criado com a beneplácito do meu conterrâneo Lula. Tudo passa por ele. Diz um salmo ou um evangelho, não sou muito religioso para saber com precisão que nada se passa na natureza sem o consentimento de Deus. Temos o nosso deus na política que é o Lula.

Agora que parece que o Orlandinho está nos seus estertores, nada melhor do que refrescar a memória do que foi e o que é Lula, para prevenir-nos do que ele será, em sua tentativa de voltar ao poder.

Com sempre faço, quando não posso escrever como aqueles que leio eu dou a vez a eles. Neste caso reproduzo abaixo o excelente texto do Marco Antônio Villa, com o título de “Lula para sempre”, publicado ontem no O Globo, que mostra com quem estamos lidando, com ou sem nosso cobrador de garagem do Esporte. Leiam e eu não volto. Prá quê!?


Luiz Inácio Lula da Silva não é um homem de palavra. Proclamou diversas vezes que, ao terminar o seu mandato presidencial, iria se recolher à vida privada e se afastar da política. Mentiu. Foi mais uma manobra astuta, entre tantas que realizou, desde 1972, quando chegou à diretoria do sindicato de São Bernardo, indicado pelo irmão, para ser uma espécie de porta-voz do Partidão (depois de eleito, esqueceu do acordo).

A permanente ação política do ex-presidente é um mau exemplo para o país. Não houve nenhuma acusação de corrupção no governo Dilma sem que ele apoiasse enfaticamente o acusado. Lula pressionou o governo para não “aceitar as pressões da mídia”. Apresentou a sua gestão como exemplo, ou seja, nunca apurou nenhuma denúncia, mesmo em casos com abundantes provas de mau uso dos recursos públicos. Contudo, seus conselhos não foram obedecidos.

Não deve causar estranheza este desprezo pelo interesse público. É típico de Lula. Para ele, o que vale é ter poder. Qualquer princípio pode ser instrumento para uma transação. Correção, ética e moralidade são palavras desconhecidas no seu vocabulário. Para impor a sua vontade passa por cima de qualquer ideia ou de pessoas. Tem obtido êxito. Claro que o ambiente político do país, do herói sem nenhum caráter, ajudou. E muito.

Ao longo do tempo, a doença do eterno poder foi crescendo. Começou na sala de um sindicato e terminou no Palácio do Planalto. E pretende retornar ao posto que considera seu. Para isso, desde o dia 1 de janeiro deste ano, não pensa em outra coisa. E toda ação política passa por este objetivo maior. Como de hábito, o interesse pessoal é o que conta. Qualquer obstáculo colocado no caminho será ultrapassado a qualquer custo.

O episódio envolvendo o ministro do Esporte é ilustrativo. A defesa enfática de Orlando Silva não dependeu da apresentação de provas da inocência do ministro. Não, muito pelo contrário. O que contou foi a importância para o seu projeto presidencial do apoio do PCdoB ao candidato petista na capital paulista. Lula sabe que o primeiro passo rumo ao terceiro governo é vencer em São Paulo. 2014 começa em 2012. O mesmo se repetiu no caso do Ministério dos Transportes e a importância do suporte do PR, independentemente dos “malfeitos”, como diria a presidente Dilma, realizados naquela pasta. E, no caso, ainda envolvia o interesse pessoal: o suplente de Nascimento no Senado era o seu amigo João Pedro.

O egocentrismo do ex-presidente é antigo. Tudo passa pela mediação pessoal. Transformou o delegado Romeu Tuma, chefe do Dops paulista, onde centenas de brasileiros foram torturados e dezenas foram assassinados, em democrata. Lula foi detido em 1980, quando não havia mais torturas. Recebeu tratamento privilegiado, como mesmo confessou, diversas vezes, em entrevistas, que foram utilizadas até na campanha do delegado ao Senado. Nunca fez referência às torturas. Transformou a casa dos horrores em hotel de luxo. E até chegou a nomear o filho de Tuma secretário nacional de Justiça!!

O desprezo pela História é permanente. Estabeleceu uma forte relação com o símbolo maior do atraso político do país: o senador José Ribamar da Costa, vulgo José Sarney. Retirou o político maranhense do ocaso político. Fez o que Sílvio Romero chamou de “suprema degradação de retrogradar, dando, de novo, um sentido histórico às oligarquias locais e outorgando-lhes nova função política e social”. E pior: entregou parte da máquina estatal para o deleite dos interesses familiares, com resultados já conhecidos.

O desprezo pelos valores democráticos e republicanos serve para explicar a simpatia de Lula para com os ditadores. Estabeleceu uma relação amistosa com Muamar Kadafi (o chamou de “amigo, irmão e líder”) e com Fidel Castro (outro “amigo”). Concedeu a tiranos africanos ajuda econômica a fundo perdido. Nunca – nunca mesmo – em oito anos de Presidência deu uma declaração contra as violações dos direitos humanos nas ditaduras do antigo Terceiro Mundo. Mas, diversas vezes, atacou os Estados Unidos.

Desta forma, é considerável a sua ojeriza a qualquer forma de oposição. Ele gosta somente de ouvir a sua própria voz. Não sabe conviver com as críticas. E nem com o passado. Nada pode se rivalizar ao que acredita ser o seu papel na história. Daí a demonização dos líderes sindicais que não rezavam pela sua cartilha, a desqualificação dos políticos que não aceitaram segui-lo. Além do discurso, usou do “convencimento” financeiro. Cooptou muitos dos antigos opositores utilizando-se dos recursos do Erário. Transformou as empresas estatais em apêndices dos seus desejos. Amarrou os destinos do país ao seu projeto de poder.

Como o conde de Monte Cristo, o ex-presidente conta cada dia que passa. A sua “vingança” é o retorno, em 2014. Conta com a complacência de um país que tem uma oposição omissa, ou, na melhor das hipóteses, tímida. Detém o controle absoluto do PT. Usa e abusa do partido para fortalecer a sua capacidade de negociação com outros partidos e setores da sociedade. É obedecido sem questionamentos.

Lula é uma avis rara da política brasileira. Nada o liga à nossa tradição. É um típico caudilho, tão característico da América Hispânica. Personalista, ególatra, sem princípios e obcecado pelo poder absoluto. E, como todo caudilho, quer se perpetuar no governo. Mas os retornos na América Latina nunca deram certo. Basta recordar dois exemplos: Getúlio Vargas e Juan Domingo Perón.”

Mais do mesmo, vamos fechar as torneiras do "esporteduto"?




Por Zezinho de Caetés

Eu gostaria de sair do tema esportivo, mas ainda não dá. O ministro Orlando ainda continua na ativa, e a imprensa não para, não para, não para não. Temos que continuar. Dizem, que a presidenta condicionou a permanência do ministro Orlando Silva à frente do Esporte ao desmonte da máquina eleitoral que o PCdoB montou na pasta. Ela exigiu, ainda, a substituição de nomes que estariam fazendo “negócios” na estrutura do ministério por gestores especializados. Para sanar os problemas do ministério sem afetar os compromissos do Brasil com a organização da Copa do Mundo de 2014, Orlando recebeu da presidente a missão de “trocar o pneu com o carro andando”, concluem lá pelos lados de Brasília.

Acrescentam que a ONG Federação Brasiliense de Kung Fu (Febrak) estaria “perseguindo” Orlando, através do policial João Dias Ferreira. Mesmo com pena dele e com cuidado para ele não tomar um golpe pela cara, a presidenta foi dura em relação à administração da pasta. Disse que existe no ministério um “descontrole” em relação aos convênios, mandou apertar a fiscalização e fechar a torneira da exploração política dos programas que rendem dividendos eleitorais para o PCdoB. A presidenta quer evitar o mal-estar com o partido, mas avisou que está desconfiada da entourage selecionada por Orlando para postos-chave no ministério.

O que foi apurado sobre a tropa nomeada para compor o ministério, pelo Correio Braziliense/Diario, reforça a preocupação da presidenta com o loteamento partidário que tomou conta do Esporte. Além do ministro, o partido conseguiu abrigar pelo menos outros 20 integrantes da cúpula comunista na estrutura de comando do ministério. Esses funcionários ocupam postos nos 192 cargos de direção e assessoramento do ministério e também acumulam funções nos diretórios estaduais do partido. Formam, segundo o soldado João Dias – que acusou Orlando de receber propina na garagem do ministério – a “comissão de arrecadação”.

Pasmem e se espantem senhores, que apenas 14 servidores de carreira estão em postos de chefia, no Ministério do Esporte, sendo nenhum DAS 5 ou DAS 6, isto é, de bom nível. O domínio de indicados políticos no Esporte contraria decreto assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2005, determinando que 75% dos DAS 1, 2 e 3 têm que ser ocupados por servidores de carreira e 50% dos cargos de nível 4 por funcionários efeitivos. Como a regra se refere a toda Esplanada dos Ministérios, algumas pastam que têm mais funcionários de carreira equilibram o perfil político-partidário de outras.

E ai tudo virou a casa da Mãe Joana Federal. Se gritar pega enrolão, não fica um, meu irmão. Para dizer que é ladrão tem que provar, no entanto. Andam dizendo por aí que o roubo da direita seria ruim porque motivado pelo egoísmo; já o roubo de esquerda nasceria nas profundezas do altruísmo, pois é preciso sujar as mãos para salvar a humanidade. Se isto é verdade, desta vez o Brasil estará salvo brevemente, pois nunca na história deste país se viu tantas mão tão sujas a lutar por ele. E quando penso que ainda é pouco para salvar-nos leia o que vi nos jornais:

“Contrariando recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU) de descentralizar e democratizar projetos culturais, o Ministério da Cultura autorizou a destinação de R$ 12,3 milhões para a produção do Rock in Rio Brasil 2011, o maior e um dos mais rentáveis festivais de música da América Latina. A captação, via Lei Rouanet, contrariou pareceres técnicos internos da própria pasta, que contestaram o volume de recursos públicos destinado a um projeto lucrativo e cobraram maior contrapartida dos produtores. Após a aprovação dos recursos, funcionários ganharam passe livre para o festival.

A “caravana” do Ministério da Cultura contou com o aval e a presença do secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, Henilton Parente de Menezes. Servidores que ocupam cargos comissionados postaram fotos da viagem nas redes sociais. O Código de Ética da Administração Federal estabelece limite de R$ 100 para presentes. O ingresso mais barato do Rock in Rio custava R$ 190 na bilheteria. A festa dos funcionários públicos só ocorreu porque o ministério ignorou recomendações da própria pasta e dos órgãos de controle. Por lei, o órgão deveria financiar eventos com dificuldade de se bancarem, o que não era o caso do Rock in Rio.”

E eu que pensava que quem só havia destoado no Rock in Rio teria sido a Cláudia Leite, pois não sei o que o “aché” estava lá fazendo, mas pelo jeito o ministério da Cultura fez pior. Será que a Ministra estava lá também, a preços módicos?

Para manter o bom hábito deixo-lhes com um texto do Jose Roberto de Toledo, publicado no  Estadão.com que tem o sugestivo título de “Fechar a torneira”. Deixo inclusive os link do original, para quem quiser ler mais sobre o caso Orlandinho x PCdoB possa fazê-lo, e eu não volto a não ser em outro texto já esperando que o Brasil tenha sido salvo pela presidenta.

“Cai, não cai. Nesse futuro intransitivo do ministro está se resumindo a novela do Ministério dos Esportes. É minimizar o problema para não resolvê-lo. Reportagens do Estado têm mostrado que a ação à margem do interesse público vai muito além de atos individuais. Trata-se de um projeto partidário, executado há dez anos pelo PC do B nas beiradas do poder petista. Qual filiado opera o duto é quase irrelevante.

O que ocorre nos Esportes transcende se alguém recebeu dinheiro sujo na garagem ou não. O problema é ser aceitável -para presidentes, governadores e prefeitos- que um partido instrumentalize programas de governo para sustentar seus filiados, inchar seus quadros e forrar seus cofres. Mesmo que de modo burocraticamente legal.

O “esporteduto” descrito pelos repórteres Daniel Bramatti e Júlia Duailibi fornece a infra-estrutura para que o dinheiro público ajude a aumentar o poder da agremiação. O exemplo é do PC do B, mas vale para outros partidos médios e pequenos que se coligam a legendas maiores. Funciona esquematicamente assim:

1) O pequeno partido se alia a uma sigla com força eleitoral. Em troca de tempo de TV para o candidato majoritário aliado, o partido ganha o comando de uma pasta e/ou de órgãos com poder de ordenar despesas: pode ser no governo federal, estadual ou municipal;

2) Com a caneta na mão, o partido e seu burocrata de plantão priorizam programas com capilaridade. É importante que a sua execução seja descentralizada e a verba seja distribuída para centenas de localidades. Os valores unitários baixos e a transferência do dinheiro para prefeituras e ONGs afastam a fiscalização e maximizam o impacto político-eleitoral do projeto;

3) Os recursos beneficiam desproporcionalmente as cidades onde o partido atua. Pode ser via prefeitos, ou através do secretário municipal que comanda a área do projeto. Quando nenhuma dessas condições de apresenta, “terceiriza-se” o gasto através de uma ONG especialmente criada ou adaptada para atender as demandas do projeto;

4) Dirigentes ou militantes do partido comandam a aplicação do dinheiro destinado ao projeto, selecionando prestadores de serviços e contratando gente. Novos militantes são cooptados para o partido por causa dos benefícios gerados pelo projeto na localidade;

5) Os militantes devolvem parte do que recebem ao partido na forma de contribuições periódicas. Com mais militantes, dinheiro em caixa e poder político, o partido consegue aumentar sua bancada de deputados e, por tabela, seu tempo de TV e sua cota no fundo partidário. Reforça assim seu cacife para negociar apoio na próxima eleição e reiniciar o ciclo.
Esse é o caminho legal, garagens à parte.

No caso do PC do B, o canal é o Ministério dos Esportes. Um dos patinhos feios da administração federal, desdenhado pelos maiores partidos depois que foi desmembrado do Turismo no início do governo Lula, seu orçamento vem crescendo em relação ao total do orçamento geral da União e em proporção ao PIB desde que os comunistas assumiram seu comando, em 2003.

Em 2010, foram pagos mais de R$ 800 milhões só do orçamento do ministério. Mas as verbas federais para o esporte incluem ainda R$ 160 milhões de patrocínios de empresas estatais, R$ 190 milhões da lei de incentivo ao esporte (via isenção fiscal de empresas) e R$ 370 milhões de dinheiro repassado das loterias federais. Somando tudo, dá cerca de R$ 1,7 bilhão, segundo levantamento da associação Contas Abertas.

No poder, o PC do B priorizou dois programas: “Esporte e lazer na cidade” e “Segundo tempo”. O valor anual pago pelo primeiro saltou de R$ 38 milhões para R$ 286 milhões em sete anos. O segundo, foi de R$ 13 milhões em 2003 para R$ 173 milhões em 2010 -ou seja, foi multiplicado por 13 em oito anos.

Nesse período, conta o repórter João Domingos, o PC do B saltou de 34 mil para mais de 100 mil filiados. Fez dois senadores, 14 deputados federais, 18 deputados estaduais, 42 prefeitos, 200 secretarias de esportes e 608 vereadores. Ou seja, cresceu na última década o que não conseguiu nos 80 anos anteriores de sua existência.

A questão, portanto, é maior do que a permanência de Orlando Silva no Ministério dos Esportes. Enquanto a reforma política não vem, mais importante que demitir ou não o ministro é fechar a torneira de “esporteduto”.