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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Enquete morta, enquete posta...




Por Zé Carlos

Durante 15 dias uma pergunta esteve no ar, neste Blog, mexendo com a vida de quem se interessa por política em nossa terra:

“Dentre as seguintes pessoas, quem você não desejaria que fosse o prefeito de Bom Conselho nas próximas eleições?”

Ela não foi um recorde de público votante aqui na AGD. Já tivemos muitos mais votantes na enquete sobre o Anonimato, na qual, pelo que parece, aqueles que votaram contra já cederam aos argumentos dos doutos no assunto e agora o aceitam de bom grado, inclusive agindo anonimamente, mostrando que é preciso coragem para assim agir.

Todavia, com 186 votantes, desta vez também ficamos satisfeitos, para os nossos padrões de audiência. Eu já disse que a AGD não é, e nunca pretendeu ser um blog de massas ou um blog popular. O que pretendemos é melhorar o que chamamos de “popular”, ou seja, levar que Bom Conselho cada vez leia mais e com espírito crítico. E isto, modéstia à parte, temos conseguido, incluindo aqui toda “classe” blogueira.

Nada melhor, antes de uma apresentação de resultados de uma eleição, do que falar de eleição, e de uma forma descontraída. Morreu esta semana um dos maiores humoristas brasileiros, o José Vasconcelos. Quem é da minha geração e gostava de humor, além de viver perambulando pela Praça Pedro II nos comitês eleitorais, ouviu um disco do humorista, do qual encontrei um texto que é reproduzido no filme abaixo. Este é o verdadeiro precursor do professor Astromar e de alguns políticos de nossa terra:


Se alguém não riu é porque o humor mudou ou não gosta de política. Eu gostei, mesmo aristotelicamente,  e ri muito. Agora vamos ao resultado da nossa enquete, mantendo a ordem alfabética:

Alexandre Tenório           125 (67%)
Alípio Soares       78 (41%)
Ana Lúcia Olsen (Mama)                151 (81%)
Ana Soares (CERU)           103 (55%)
Arlan Curvelo      126 (67%)
Audálio Ferreira                 142 (76%)
Bernardo do Posto           105 (56%)
Cleonides Tenório            80 (43%)
Cristina Curvelo                 97 (52%)
Daniel Brasileiro Filho      66 (35%)
Décio Tenório     99 (53%)
Dr. Daniel Brasileiro          71 (38%)
Dr. José Arnaldo Amaral                79 (42%)
Dr. José Tenório Neto     74 (39%)
Dr. Sales                79 (42%)
Dudé Amaral       138 (74%)
Edézio Ferreira Filho        99 (53%)
Edleuza Dionísio                102 (54%)
Edvalda Carvalho               113 (60%)
Eliomar Borges   73 (39%)
Elisabete Borges                104 (55%)
Emanuel Tenório Luna    74 (39%)
Francisco Alexandre (Piúta)         82 (44%)
Frei Zito                 70 (37%)
Geovane Lima    100 (53%)
Gervásio Matos                 126 (67%)
Gilmar Aleixo      88 (47%)
Givaldo Cavalcante           95 (51%)
Hélio Urquiza      72 (38%)
Ivete da Silva (Enfermeira)           79 (42%)
José Maria Taveira            78 (41%)
Judith Alapenha                98 (52%)
Katiússia Araújo                 129 (69%)
Léa Ramos            83 (44%)
Marcos Ferreira                 116 (62%)
Monsenhor Nelson Brito               49 (26%)
Nazário Filho       126 (67%)
Paula Frassinete                76 (40%)
Petrúcio Borges                 61 (32%)
Petrúcio Marinho              112 (60%)
Renato Curvelo                  86 (46%)
Renato Ferreira                 129 (69%)
Renivaldo Tenório            73 (39%)
Sílvia Borges        138 (74%)
Socorro Marinho               142 (76%)
Washington de Azevedo               98 (52%)
Zenício dos Santos            80 (43%)

Com um certo esforço, pelo número grande de pré-candidatos declarados por nossa mídia, pode-se ter uma noção do significado da taxa de rejeição de cada candidato a partir desta tabela. Por exemplo, começando pelo seu fim vemos o Zenício Santos com uma taxa de rejeição de 43%, ou seja, dentre os 186 votantes, 80 não gostariam que ele se assentasse na cadeira do coronel no Palácio do Coronel como resultado das próximos eleições municipais. Esta taxa de rejeição sobe para 69% no caso de Katiússia Araújo, e desce para 37% no caso de Frei Zito. São apenas exemplos.

Entretanto, é melhor colocar uma ordem na tabela de resultados para uma melhor análise. Embaixo reproduzimos a mesma tabela, classificada por ordem de rejeição:

Ana Lúcia Olsen (Mama)                151 (81%)
Audálio Ferreira                 142 (76%)
Socorro Marinho               142 (76%)
Dudé Amaral       138 (74%)
Sílvia Borges        138 (74%)
Katiússia Araújo                 129 (69%)
Renato Ferreira                 129 (69%)
Arlan Curvelo      126 (67%)
Gervásio Matos                 126 (67%)
Nazário Filho       126 (67%)
Alexandre Tenório           125 (67%)
Marcos Ferreira                 116 (62%)
Edvalda Carvalho               113 (60%)
Petrúcio Marinho              112 (60%)
Bernardo do Posto           105 (56%)
Elisabete Borges                104 (55%)
Ana Soares (CERU)           103 (55%)
Edleuza Dionísio                102 (54%)
Geovane Lima    100 (53%)
Décio Tenório     99 (53%)
Edézio Ferreira Filho        99 (53%)
Judith Alapenha                98 (52%)
Washington de Azevedo               98 (52%)
Cristina Curvelo                 97 (52%)
Givaldo Cavalcante           95 (51%)
Gilmar Aleixo      88 (47%)
Renato Curvelo                  86 (46%)
Léa Ramos            83 (44%)
Francisco Alexandre (Piúta)         82 (44%)
Cleonides Tenório            80 (43%)
Zenício dos Santos            80 (43%)
Dr. José Arnaldo Amaral                79 (42%)
Dr. Sales                79 (42%)
Ivete da Silva (Enfermeira)           79 (42%)
Alípio Soares       78 (41%)
José Maria Taveira            78 (41%)
Paula Frassinete                76 (40%)
Dr. José Tenório Neto     74 (39%)
Emanuel Tenório Luna    74 (39%)
Eliomar Borges   73 (39%)
Renivaldo Tenório            73 (39%)
Hélio Urquiza      72 (38%)
Dr. Daniel Brasileiro          71 (38%)
Frei Zito                 70 (37%)
Daniel Brasileiro Filho      66 (35%)
Petrúcio Borges                 61 (32%)
Monsenhor Nelson Brito               49 (26%)

Pintei os primeiros 10 de vermelho, a cor do pare. Indicando que estes primeiros 10 pré-candidatos, pelo nosso regulamento, não passarão à nossa segunda rodada da pesquisa. Cada um deve fazer a análise que achar conveniente. Eu farei a minha de forma simples e direta, como se a enquete fosse representativa do eleitorado de Bom Conselho. Ou seja, que ela será reproduzida se pegássemos  a população votante de Bom Conselho e perguntássemos, a um por um, como responderia nossa pergunta. Sabemos que não é assim, nem mesmo com as melhores pesquisas feitas, com um custo enorme. Mas se análise for levar só em conta as margens de erros, ela só se aterá a eles e veremos que estamos fazendo algo muito frágil, como o são quase todos os levantamentos.

Dos 10 mais “rejeitados” pela população eu não conheço 8 deles. Os que conheço são os ex-prefeitos Audálio Ferreira e Gervásio Matos. Não sei se posso concluir para o conjunto que gente desconhecida e quem já alisou a cadeira do coronel não deveriam concorrer. Olhando o resto da lista vejo ainda um ex-prefeito e muitos por mim desconhecidos. O critério já enfranqueceu um pouco. É óbvio que um critério único sempre é falho. No seu conjunto, em relação ao rejeitado é que, 81% dos votantes não querem que a Mama postule ser prefeita de Bom Conselho. E percorrendo toda a tabela, no outro extremo, apenas 26% dos votantes não gostariam que o Monsenhor Nelson Brito deixasse a cadeira sacerdotal pela cadeira do coronel.

Lembrem-se sempre o que está por trás destas análises de rejeição. O resultado não implica que só 19% da população aprovasse  a Mama como candidata, nem que 74% aprovasse o Monsenhor Nelson. Há apenas uma tendência que, se fosse feita a pergunta contrária, isto é, em quem você votaria para prefeito, tendo-se o mesmo eleitorado, o Monsenhor seria mais sufragado do que a Mama, mas não na mesma proporção da rejeição. Obviamente, isto vai se tornando ainda mais nebuloso quando as taxas de rejeição vão se dirigindo para meio da tabela.

Por exemplo, é muito mais difícil tirar qualquer conclusão sobre o que significam as taxas de rejeição de Judith Alapenha e Renato Curvelo, do que aquela entre Alexandre Tenório e Petrúcio Borges. Na linguagem das pesquisas eleitorais diríamos que poderia haver um “empate técnico” entre os primeiros, e uma maior taxa de rejeição do Alexandre em relação ao Petrúcio, dentro da “margens de erro”.  Infelizmente, e por motivos que deveriam serem óbvios, não temos com calcular o quanto erramos nas enquetes, enquanto que nas pesquisas os estatísticos pensam que têm esse poder, mesmo que de vez em quando quebrem a cara.

É muito difícil, para quem está por fora de Bom Conselho e pouco próximo dos pré-candidatos ir além disto. Por isso passo para a especulação pura e simples, talvez  emulando o discurso do José Vasconcelos visto acima, falando um pouco daqueles que conheço, pelo menos um pouco.

O Alexandre Tenório ficou por um triz de não participar da segunda rodada da pesquisa. Será que ele vai sair na próxima ou não? Quem sabe o eleitorado não muda de opinião neste período, por alguma coisa que ele tenha feito recentemente?

A Judith Alapenha coincidentemente teve o mesmo número de votos que o seu secretário Washington Azevedo, com taxa de rejeição de  52%. Teria tido disto alguma influência em sua renúncia da secretaria? Qual será a reação popular na segunda rodada? Sairá Judith, Washington, os dois ou nenhum? Pura emoção.

A menor taxa de rejeição é do Monsenhor Nelson Brito. Suportará ele a segunda rodada, firme e forte? Será que isto o influenciará a entrar de vez na política? Ou reagirão as pessoas que não gostando da profissão de político, o queiram salvar e votem nele na segunda rodada. Só Deus sabe!

O que é que levou as pessoas a produzirem a mesma taxa de rejeição (baixa) para o pai e filho, Daniel Brasileiro? Aprovação do pai ou do filho ou de ambos? Continuará este resultado na próxima rodada?

Diante de tantas dúvidas e incertezas, hoje começa nossa segunda rodada da pesquisa, na qual termos 39 candidatos. Os que são bons em matemática logo perceberão e dirão: “Oh, energúmeno produzidor de enquetes, 47 menos 10 é 37 e não 39!” Eu apenas diria que eles estão certo, e os 39 são para compensar a não inclusão (cobrada depois e com razão) do nome do Danilo Godoy do nome do Boanerges Cerqueira, que somente ontem soube em uma entrevista que ele deu ao Blog do Cláudio André o Poeta. Agora fazemos justiça, e pedindo desculpas e que venha o outro.

Também iríamos colocar o nome do Felipe Alapenha, que esteve nas paradas bloguísticas como candidato á prefeitura durante algum tempo. Até agora, apesar dos desmentidos de sua mãe, não há uma definição do caso. Resolvemos então acreditar que se cumpra o que ela disse que ele vai retomar seu curso de Medicina e não se envolverá nisso, e não colocamos o seu nome na enquete. Mas, ele lá estará em outras rodadas da mesma, caso haja alguma reviravolta.

Chamamos a atenção que, entrando mais um candidato na lista, para não complicar o rígido cronograma de nossa enquete, no final da segunda rodada sairão os 12 mais votados e não os 10 como foi nesta rodada.  Outra coisa que nos foi cobrada é que o tempo dado para votação foi muito grande e agora o diminuímos para 10 dias, nesta segunda roada. Então temos a seguinte lista de pré-candidatos:

Alexandre Tenório
Alípio Soares
Ana Soares (CERU)
Bernardo do Posto
Boanerges Cerqueira
Cleonides Tenório
Cristina Curvelo
Daniel Brasileiro Filho
Danilo Godoy
Décio Tenório
Dr. Daniel Brasileiro
Dr. José Arnaldo Amaral
Dr. José Tenório Neto
Dr. Sales
Edézio Ferreira Filho
Edleuza Dionísio
Edvalda Carvalho
Eliomar Borges
Elisabete Borges
Emanuel Tenório Luna
Francisco Alexandre (Piúta)
Frei Zito
Geovane Lima
Gilmar Aleixo
Givaldo Cavalcante
Hélio Urquiza
Ivete da Silva (Enfermeira)
José Maria Taveira
Judith Alapenha
Léa Ramos
Marcos Ferreira
Monsenhor Nelson Brito
Paula Frassinete
Petrúcio Borges
Petrúcio Marinho
Renato Curvelo
Renivaldo Tenório
Washington de Azevedo
Zenício dos Santos

Então vamos continuar brincando da mesma coisa, votando em quem você, por algum motivo, não quer ver nem pintado na cadeira do coronel. Ao voto, então!

Um comentário:

  1. A enquete de vocês é inovativa e muito sugestiva. Eu gostaria que o Felipe Alapenha tivesse entrado, para sair logo no fim da rodada. Faltou o Cláudio André que também se filiou ao PDT escondido. Aguardem.

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