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sábado, 20 de setembro de 2014

A República da Floresta




Por Zezinho de Caetés

Ontem escrevi aqui que haveria uma demanda de Prozac, quando novembro vier, impulsionada pelo povo do PT que deixaria a terra prometida por Lula, depois deste descobrir que a terra não era só dele. A Marina, provavelmente, obterá o seu quinhão a partir de 2015, e adeus PT. Adeus à boca livre do dinheiro público para, em nome dos pobres, deixar ricos até aqueles que habitam a Papuda.

Hoje leio um texto do Sandro Vaia, que é impossível deixar de comentar, mesmo que os meus comentários sejam apenas redundantes. Ele tem é que ser mesmo divulgado e lido, por resumir, com sensibilidade, humor e expertise literária a saga do Lula, quando descobriu alguém mais pobre do que ele, que está pedindo passagem. O Vaia intitulou o texto de “Marina de Wall Street” (Blog do Noblat – 19/09/2014), que é a caricatura que o PT está apresentando da Marina para meter medo nos eleitores, da mesma forma que a Regina Duarte meteu medo, pelas promessas do PT, na campanha de 2002.

Naquela época foi necessária uma Carta ao Povo Brasileiro, na qual o Lula prometia que, se eleito, tudo continuaria onde o FHC tinha colocado. E enquanto esta promessa foi cumprida, tudo ia bem com nossa economia. No final do seu segundo mandato, já vendo que o título de “neoliberal” (que até hoje não sei o que significa) havia nele pegado, resolveu usar o “Tudo pelo Social” do Sarney, seu aliado de primeira hora, para comprar votos para a Dilma em 2010. En passant li ontem que o Sarney criticou duramente a Marina. Concordo com quem disse: “Eita candidata de sorte”. Ser criticada por certos políticos no Brasil é vitória na certa.

E o resto todos já sabem. A gerenta presidenta, que nunca foi nem gerente nem presidente, quis ir além de seu criador, tentando passar por faxineira e no final, nem isto conseguiu. Voltou de braços dados com o lixo da política brasileira para garantir mais um tempo para o PT.

Foi então que, mesmo não sendo de minas, surgiu a pedra Marina no meio do caminho ou talvez uma floresta inteira para sufocá-los. E eles, os petistas, presos e soltos, estão desesperados. Leiam o Sandro Vaia e vejam como isto está ocorrendo com o Lula, que agora deu para abraçar prédio junto com Pedro Stédile, o maior enrolão desta república que está para morrer, e dá lugar a uma nova. Eu só espero é que a 
República da Floresta seja um pouco melhor para o Brasil do que a república do lulopetismo. Pensando bem, se for pior, que Deus tenha piedade de nós.


“Campanhas eleitorais produzem milagres.

Transformam Neca Setúbal, por exemplo, a notável educadora de 2012 convidada a integrar o governo revolucionário do cicloviário Fernando Haddad, num pérfido logotipo do Itaú interessado em obter perdão de suas dívidas e defender a autonomia do Banco Central para agradar a neoliberal Marina Silva, seringueira de Wall Street.

Marina de Wall Street quer, num golpe de mestre, tirar a comida da mesa das crianças brasileiras para reforçar o banquete dos banqueiros.

En passant, a seringueira quer eliminar o Bolsa Familia, o 13o salário, as férias, o salário mínimo e acabar com esse mar de abundância que passou a assolar a mesa dos pobres brasileiros depois que o PT colocou a miséria fora da lei.

Mas isso Marina de Wall Street não vai conseguir porque o coração valente de Dilma Rousseff não permitirá que aconteça, “nem que a vaca tussa”.

Estamos falando apenas dos lances mais edificantes e mais educativos da campanha eleitoral. Há também as baixarias, como a ameaça daquele Stédile – dos-sem- terra, de colocar sua gente nas ruas “todos os dias” para evitar que a ex-fada da floresta, mesmo que escolhida equivocadamente pelo povo, aplique o veneno neoliberal diretamente nas veias da Nação.

No pasarán!

E os que já passaram não querem nem pensar em comprar o bilhete de volta.

Alternância de poder, desde que seja uma alternância interna - esse parece ser o lema da versão revista e reduzida do tipo de democracia com o qual o PT sonha nas noites de verão.

Uns 40 mil cargos de confiança clamam aos céus: daqui não saio, daqui ninguém me tira.

Os deuses primeiro enlouquecem aqueles a quem querem castigar. O “abraço” na Petrobras, liderado por ex-lider sindical e ex-presidente da República com o rosto visivelmente afogueado e a fala transtornada, exala desespero.

O tratamento que estava reservado aos inimigos de alma, os tucanos de sempre, gêmeos separados no nascimento, teve que ser desviado à criatura nascida e aleitada no mesmo berço, ungida não só pela infância pobre e uma história de vida semelhante à daquele que acredita que o Brasil é obra dele, mas também por uma trágica viuvez política que aumentou seu ar de madonna addolorata e seu cacife de votos.

Como Marina não é elite branca, não é liberal, como teve uma origem pobre, como é magra, frágil, diáfana, não é gerentona, nunca teve uma loja de R$ l,99 nem pode ser chamada de tucana, o PT não sabe como desconstrui-la sem dar um tiro na própria cabeça.

Talvez por isso Lula e o PT não saibam o que fazer com a faca que colocaram entre os dentes.


Marina de Wall Street, definitivamente, foi a mais indigente das invenções retóricas de seus intelectuais organicamente serviçais.”

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P.S: Eu não sou a favor do Bolsa Família como ele foi aplicado pelo Lula e Dilma, como forma de escravizar os eleitores pobres, sem mostrar-lhe uma saída. Espero que a Marina não faça o mesmo. O que não pode ser dito é que ela é contra o programa, apenas para fazer terrorismo eleitoral. Vejam este video: (Zezinho)

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